quarta-feira, outubro 22, 2014

NOVORRÚSSIA: Quem são as mulheres que combatem no Exército Popular no Donbass

Por Cristiano Alves

A soldado-metralhador "Lama", de uma unidade cossaca do Exército Popular

Com a eclosão do putsch da Maydan a Ucrânia voltou a conhecer algo que não conhecia desde os anos 40, a guerra em suas próprias fronteiras. A guerra civil na Ucrânia se deu pela decisão da Junta de Kiev de proibir a língua russa no país, o que levou a população do leste do país a repudiar o novo governo, levando-os a declarar a independência da República Popular de Lugansk, junto com a República Popular de Donetsk, o que levou as autoridades de Kiev a reprimir militarmente a população do Leste e unidades militares e policiais a desertarem em massa para formar um Exército Popular, depois fortalecido com a chegada de voluntários de todos os países, em reação à adoção de forças mercenárias estrangeiras e "Batalhões Punitivos" para fazer o serviço sujo do tirano Petró Poroshenko nos territórios do leste. 


Guerrilheiras usando a "fita georgiana", símbolo da vitória antifascista

Como foi bem colocado por Antonina Tkachenko, veterana da IIGM que mora em Lugansk (antiga Voroshilovogrado), região Leste da Ucrânia e autoproclamada República Popular de Lugansk, "nós sabíamos quem eram os alemães, mas aqui nós não sabemos quem são os nossos e quem são os outros". Levantaram-se pessoas de toda a região e de outros países contra o regime de Kiev que hoje é liderado por dois partidos de abertas tendências neonazistas, o Svoboda (ironicamente significando "Liberdade") e o Praviy Sektor, que adota a mesma bandeira da OUN-UPA(organização de colaboradores de nazistas durante a IIGM) e tem como seu ídolo nomes como Stepan Bandera e Roman Shuhyevich, comandante do Batalhão Rouxinó, da Waffen SS. Seu hobby é derrubar monumentos a Lenin.

O levante antifascista nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (Novorrússia) levarou os mais diversos cidadãos a ingressar na Milícia Popular (Opolchenye), formado por pessoas das mais variadas idades, sexos e nacionalidades. As mulheres da Novorrússia encontraram uma forma mais responsável e verdadeira de serem feministas, pegando em armas contra o agressor reacionário, em vez de gritos histéricos e ensandecidos "contra o patriarcado e pela sororidade", típico do rito de onanismo político de energúmenas ocidentais sem qualquer preparo militar ou disposição para mudar a sociedade, seja por armas, seja por ideias. As mulheres do Donbass, em vez de se limitarem a postar selfies com "Eu não mereço ser estuprada" postam selfies com a mensagem "#stopbombingdonbass" (Pare de bombardear o Donbass) e pegam em armas contra o agressor nazi-fascista.

"Eles vem aqui, matam cidadãos pacíficos e nós somos terroristas?!", questionou a miliciana do Donbass

A combatente Vlada, ex-cabelereira, serve num posto em Metallist, o mais perigoso de Lugansk, com uma aparência que em nada lembra o das "nossas revolucionárias virtuais", cujo alvo de seu ódio inclui até mesmo mulheres de cabelos longos, nas palavras da ativista comunista Angela Sztormowsky. Vlada mantém uma aparência feminina e pega em armas ao lado de companheiros masculinos. Ela já está há meses no Exército Popular, veio por que "os combatentes precisam de ajuda", conforme entrevista dada ao canal russo NTV1.

A miliciana Yelyena chegou a gravar um vídeo com um fuzil Kalashnikov2 de coronha rebatível usado por paraquedistas, explicando com convicção o seu testemunho sobre a situação na cidade de Slavyansk em julho deste ano, cidade na qual nasceu. A jovem combatente descreve com detalhes como a cidade foi bombardeada a cada dia pela Junta, pela artilharia e por aviões de ataque, como as pessoas ficaram sem água, tendo que recorrer à fontes da cidade, como pessoas comuns foram mortas pelos bombardeios de Kiev, cujo governo chama ao Exército Popular de "terroristas". Foi para defender essa população massacrada pelas tropas de Kiev que Yelyena se juntou ao Exército Popular, em suas próprias palavras. Ela casou-se, há alguns meses, com o comandante miliciano "Motorola".

Enquanto no Brasil, os médicos são conhecidos por posições ultrarreacionárias, elitistas, racistas e xenófobas, a médica do Exército Popular Natalya Arhipova, apelidada de "Mamãe de jaleco branco", tinha grande prestígio dentre os guerrilheiro novorrussos, todavia, mesmo trabalhando em hospitais militares, Natalya Arhipova foi eternizada após uma bomba de fragmentação lançada por um caça-bombardeiro Su-25 em um prédio onde ela se encontrava. Embora tenha sobrevivido ao ataque, sem as suas pernas, ela insistia que ajudassem os sobreviventes do ataque. Em razão da grande perda de sangue, mesmo trabalhando em hospitais, por ajudas as pessoas ela acabou pagando com o sacrifício da própria vida, com apenas 45 anos de idade, deixando duas filhas. A médica Yekaterina, com apenas 21 anos, ingressou nas fileiras das Autodefesas como médica de campanha, todavia depois trocou de função, tornando-se combatente regular das Autodefesas. Yekaterina, conforme entrevista dada ao canal Russia Today3, já chegou a matar militares a serviço de Kiev. Na entrevista, além de seu fuzil Kalashnikov, ela usa uma camisa de paraquedistas, uma caça camuflada, meias brancas e tênis, em uma toca. Tal é a situação de muitos milicianos, combatentes irregulares, muitas vezes utilizando o que conseguem, o que explica os diferentes uniformes.


Natalya Arhipova, médica do Exército Popular e ministra da saúde da República Popular de Lugansk, encontrava-se agonizante sem as duas pernas após o bombardeio do prédio onde se encontravam pela Força Aérea Ucraniana, clamando aos que a ajudavam que cuidassem dos feridos. Devido à perda de sangue, ela veio a falecer logo em seguida.

Mulheres surgem num vídeo encapuzadas com balaclavas. Não, não se trata de mais um vídeo da banda filo-liberal Pussy Riot, mas sim do destacamento feminino do Batalhão Rus4, da Novorrússia. Essas mulheres não tem nenhuma atenção por parte da grande mídia ocidental. Segundo elas, seguem um estilo de vida espartano, falando de seu alojamento. Junto ao seu espírito combativo está a sua vaidade, junto ao seu fuzil elas guardam laquê para o cabelo, desodorantes, batons e outros artefatos femininos. Elas se dizem prontas para defender a sua pátria. Uma delas serve, junto ao seu namorado, na Milícia Popular. São frequentemente chamadas de "irmãzinhas" pelos seus camaradas.

Miliciana posa com um lança-rojões RPG, em uniforme comunista da IIGM, após os combates em Saur Mogila

Dentre as várias mulheres de diversas convicções políticas, profissões e funções na Milícia Popular está a ex-floricultora Stanislava5, de pouco mais de 20 anos, ela não quis ficar na cozinha nem ser enfermeira de campanha, mas ser combatente e tomar parte diretamente em ações armadas para "defender a sua terra e os seus queridos, a própria mãe, a quem ela ama muito", conforme suas próprias palavras. Em sua entrevista nós percebemos uma jovem equilibrada, emocionalmente e ideologicamente estável, uma "pessoa comum" como ela mesma se descreve, que fala com serenidade sobre suas convicções e motivos que a levaram a pegar em armas. Ela também ridiculariza o argumento de que Kiev quer "libertá-los" e também o de que a Milícia Popular é formada por terroristas, "eles bombardeiam e matam civis pacíficos e nos chamam de terroristas". Stanislava descreve-se como cristã que defende sua terra, as crianças, os homens e mulheres, adultos e idosos. Também afirma ser contra a guerra, que "ninguém quer a guerra", e que tem planos futuros para se casar e ter filhos, conviver num lugar pacífico com seus amigos. Corajosa e ousada, ela afirma que não usa colete balístico durante os combates, pois são pesados para ela, atrapalhando a mobilidade.

Mas as mulheres da Novorrússia não são apenas médicas e fuzileiras, algumas lidam com armamentos pesados e assustadores como a metralhadora6, armamento coletivo. A jovem novorrussa apelidada "Lama", exerce a função de soldado-metralhador. Em entrevista feita pelos próprios milicianos descreve como ela ingressou na Milícia Popular. Filha de um pai militar, ela pretendia, até a eclosão da guerra, ingressar no MVD(o Ministério dos Assuntos Internos) e depois fazer parte de alguma unidade de Operações Especiais. Ela não tem interesse em "cosméticos e filmes", nem mesmo assiste televisão, conforme alega na entrevista. Questionada se não havia outro meio de resolver o problema no Donbass por outro miliciano, ela alega que infelizmente, por enquanto, não há outros métodos além da luta, as conversações pacíficas mostraram-se infrutíferas, não havendo outra proposta, senão a ajuda das armas. Ela afirma está pronta para matar e nada teme, estando os seus pais de acordo com sua atitude. A jovem novorrussa serve na "Volchya Sotnya" (Centúria Lupina), unidade composta por cossacos liderada pelo comandante cossaco Babayev (apelido de Alexander Mojayev).




Não são poucas as mulheres nas forças novorrussas, de nacionalidades diversas. A voluntária bielorrussa Natalya "Solzinho" (do apelido carinhoso "Solnyshko") afirma que cansou de "apoiar a Milícia Popular apenas pela internet, no Facebook e no Vkontakte"7 (redes sociais), ingressando nas forças guerrilheiras como sniper. Ela alega que tomou a decisão por conta própria e foi individualmente até a zona de combate. Era vendedora em Belarus, para onde pretende voltar ao fim da guerra, para ajudar a sua mãe. Durante alguns dias circularam rumores de sua morte, aparecendo viva recentemente.

Ilona Banyevich(Bonya) é comandante de uma Companhia de Comando da Milícia Popular, sua formação é de confeiteira, fazia doces e bolos antes da guerra. Ela foi condecorada duas vezes com a Cruz de São George, a mais alta condecoração da República Popular de Donetsk por suas ações em combate, tendo sido a primeira sido atribuída por um ferimento em combate, um tiro que atingiu a sua face. Bonya participou da tomada do Aeroporto de Donetsk. 


Ilona Banyevich, ex-confeiteira, lidera uma companhia de comando, e foi duas vezes condecorada por heroísmo em combate e por um ferimento em batalha

Mas não são apenas mulheres solteiras que lutam nas forças guerrilheiras. Seguindo o exemplo da lendária Herói da União Soviética Mariya Oktyabrskaya, "Lyena", de Lugansk, é tanquista, operando a metralhadora de um dos tanques adquiridos pelo Exército Popular8. A mãe de uma filha de dois anos luta com o seu marido por esta. Para Oksana, combatente, a feminilidade não afeta o espírito combativo das mulheres, afirma ela, após uma demonstração de sua precisão com um fuzil Kalashnikov de uma nova série, também mãe. Alyona, uma combatente diversionária da inteligência do exército de Donetsk9, serve desde o primeiro dia da guerra no Exército Popular, pois afirma ter como objetivo a "defesa de sua cidade natal, pois não quer seus filhos vivendo sob um governo que manda queimar e matar o próprio povo". A mãe de dois filhos tomou a decisão após presenciar o massacre de Odessa em maio deste ano, quando cidadãos ucranianos, comunistas e sindicalistas, foram queimados vivos e fuzilados por ativistas e paramilitares banderistas pró-Maydan. Ela descreve o seu grupo como "uma família". Em entrevista dada ela também ridiculariza as afirmações caluniosas sobre a guerrilha no Donbass, alegando que por isso não perde tempo com a televisão, e nem perdia em tempos de paz, que ela reflete apenas a desinformação da mídia de Kiev.

As mulheres dão à Novorrússia não apenas o apoio militar, não apenas a força, como também o apoio moral e ideológico. Anastasiya Mihaylovskaya, atriz russa, grava e publica vídeos em favor da luta pela Novorrússia e de Iósif Stalin10, um "sim à existência", com texto do pensador russo Alexader Duguin, disponível no site de vídeos Youtube.



Os milicianos do Donbass vem de todas as partes do mundo, tanto da Ucrânia, quanto da Rússia, quanto de outros países. As mulheres que ingressam na luta, assim como os homens, tem diferentes convicções políticas, mas um objetivo em comum, defender o Donbass de uma força agressora e reacionária, que mata mulheres, crianças e idosos, que destrói famílias e envia batalhões financiados por poderosos oligarcas para fazer da Novorrússia só mais uma província de um Estado fascista e genocida, que executa o seu próprio povo, incluindo cidadãos pacíficos, em nome de uma aliança espúria com a OTAN e a União Europeia. A Junta de Kiev, o regime de Poroshenko, representam os verdadeiros separatistas, não os milicianos que lutam para viver num país independente e socialista, sem oligarcas, onde todos os meios de produção pertencem ao povo. Unidos por um mesmo sentimento, bandeiras da União Soviética dividem a trincheira com bandeiras de Cristo Pantokrator. Bandeiras vermelhas combatem lado a lado com bandeiras amarelas, negras e brancas. 

Mulheres que levavam uma vida normal até a eclosão da guerra demonstram que a guerra também é assunto de mulheres, e que a causa da Novorrússia é uma causa que representa a todos, em defesa de cidadãos inocentes. A causa da Novorrússia é uma causa que merece o apoio dos trabalhadores de todo o mundo, por uma alvorada de liberdade, contra a escuridão do fascismo. A causa novorrussa é uma causa da liberdade, do socialismo verdadeiro, combativo, patriótico, stalinista!


Fontes:

1- https://www.youtube.com/watch?v=uG3VPWaZjzA
2- https://www.youtube.com/watch?v=fZrEoicrp6E
3- https://www.youtube.com/watch?v=aCLYIHjfUyc
4- https://www.youtube.com/watch?v=5PdoCLD32Xw
5- https://www.youtube.com/watch?v=GOCvTER0B_0
6- https://www.youtube.com/watch?v=7axAlhbiB34
7- https://www.youtube.com/watch?v=DBL8K88_FJg
8- https://www.youtube.com/watch?v=IdglBKkRN40
9- https://www.youtube.com/watch?v=3CzdQM0xHz0
10- https://www.youtube.com/watch?v=_hTOHtquZQU

CARTA ABERTA: Não queremos um presidente liberal, imperialista e traficante!

Por Cristiano Alves


Nessas eleições temos que deixar clara a nossa posição política. Não somos de modo algum partidários do PT e temos plena ciência de erros políticos e inclusive de seus crimes contra o povo brasileiro. Em cada debate é cada vez mais claro que não há grandes diferenças entre os dois candidatos, todavia mesmo entre 0 e 0,1 existe uma diferença, apesar de ambos terem 0.

A coligação política de Aécio Neves representa as forças mais reacionárias da sociedade brasileira, não por acaso ele é o favorito dentre os extremistas de direita, incluindo neonazistas. Ele também apresenta um retrocesso privatizador nos moldes de FHC e é um péssimo exemplo moral, inclusive. Em A Página Vermelha nós prezamos pela moral socialista, a moral do povo trabalhador, que não contempla o culto de psicotrópicos.

Aécio Neves é o pior dos candidatos no presente momento, seu currículo político contem censura à imprensa, incluindo uma política inquisitória contra jornalistas independentes que envolve a apreensão de seus computadores por órgãos policiais, medidas contra os trabalhadores, oportunismo político, cooptação de corruptos e "comunistas arrependidos" como Aloysio Nunes, seu vice ultrarreacionário, posições anticomunistas e em política internacional sua postura é de teor anticubano, anti-BRICS e inclusive adota o candidato um discurso de agressão e belicismo contra vizinhos latino-americanos, o que é endorsado pelas nítidas posturas americanistas do candidato. Aécio Neves vai afastar o Brasil de alternativas como o BRICS, de seus vizinhos latino-americanos, e irá realinhar o Brasil com Washington, tornando-se um parceiro do imperialismo americano na luta contra povos vizinhos como o povo da Bolívia e de outros países sulamericanos.

Nós, o povo brasileiro, em especial os comunistas, temos por obrigação impedir a chegada de um traficante malévolo do porte de Aécio Neves ao poder. São vários os indícios de Aécio com o tráfico, ele já admitiu ter feito uso de substâncias como a maconha e vários são os indícios de seu envolvimento com tóxicos como a cocaína. Assim, Aécio representa não só uma péssima escolha política como inclusive moral.

Nessas eleições, é preciso fazer a escolha certa, não se trata de "votar em Dilma", e sim de "votar contra Aécio", tendo Dilma Rousseff como a única opção no momento. Votar nulo, branco ou justificar é ficar em cima do muro, é abster-se de participar do processo político, de impedir uma alternativa muito pior para milhões de trabalhadores do Brasil e de outros países latino-americanos.

Chamamos todos os leitores da página para votar em Dilma Rousseff nesse final de semana e impedir, assim, uma escolha política muito pior para o povo brasileiro!

terça-feira, outubro 21, 2014

POLÍTICA: Aécio Neves desponta como candidato favorito em fórum neonazista

A captura de dela foi feita no fórum neonazista Stormfront, dentre outros vários tópicos favoráveis ao candidato.

Clique para ampliar

De fato os melhores propagandistas de Dilma Rousseff são os eleitores de Aécio Neves!

segunda-feira, outubro 13, 2014

IDEOLOGIA: A verdade sobre Pol Pot

Por Cristiano Alves


A internet é um terreno fértil para as teorias mais exóticas, desde as mais extremadas às mais conformistas. Quando se trata da história dos países socialistas, a esmagadora maioria do que se vê é propaganda anticomunista, desinformação e terrorismo psicológico, mas também há a possibilidade, ainda que tímida, de se encontrar informações verdadeiras, detalhadas, pesquisadas e até documentadas. Dentre o extenso leque de teorias exóticas encontradas na internet encontra-se sites que defendem o Khmer Vermelho e Pol Pot. A Página Vermelha dedicou-se a analisar alguns argumentos.

Sabe-se que grande parte dos blogs e outras páginas da internet são escritas por jovens politicamente inexperientes e jovens sem muita leitura, ou por vezes sem senso crítico, sendo assim facilmente seduzidos por ideias simplistas, reducionistas, "se X é atacado por Y, assim como N, logo X é um personagem positivo". É baseado nesse raciocínio que surgem defensores do nazismo e até da pedofilia(sim, as internet possui sites que defendem a pedofilia sob a ótica do anarco-capitalismo, ou libertarianismo). Alguns tomam uma determinada posição por ignorância, outros por desonestidade. Em outros casos são jovens com problemas familiares, que visam na internet um meio para exorcizar seus demônios e expressar sua revolta pessoal, decorrente desses atritos.

É necessário partir inicialmente de algumas premissas básicas, Pol Pot não era comunista, o Khmer Vermelho não possui nenhuma política que se identifique com o comunismo e grande parte dos crimes a ele atribuídos foram resultado das campanhas genocidas da Força Aérea Americana(USAF) contra o Vietnã, que frequentemente invadia o território cambojano em busca de vietcongs.

Pol Pot, um aliado do imperialismo de Ronald Reagan e Margareth Thatcher

Dentre o mar de mentiras sobre o comunismo várias verdades são intencionalmente omitidas, e uma dessas é o apoio dado por Ronald Reagan e Margareth Thatcher, o casal idolatrado por todo anticomunista e mais extremado liberal. Durante 15 anos os Estados Unidos apoiaram a causa do Khmer Vermelho, tido como um aliado na desestabilização da Indochina.

Conforme revelado pelo jornalista australiano John Pilger:

"The US not only helped to create conditions that brought Cambodia's Khmer Rouge to power in 1975, but actively supported the genocidal force, politically and financially. By January 1980, the US was secretly funding Pol Pot's exiled forces on the Thai border. The extent of this support -- $85 million from 1980-86 -- was revealed 6 years later in correspondence between congressional lawyer Jonathan Winer, then counsel to Sen. John Kerry (D-MA) of the Senate Foreign Relations Committee and the Vietnam Veterans of America Foundation."

"Os EUA não apenas ajudaram a criar as condições que trouxeram o Khmer Vermelho ao poder em 1975, mas ativamente apoiaram a força genocida, politicamente e financeiramente. Em janeiro de 1980, os EUA estavam secretamente fundando forças exiladas de Pol Pot na fronteira com a Tailândia. A dimensão desse apoio era de 85 milhões de 1980 a 1986 foi revelada 6 anos depois em uma correspondência entre o advogado congressista Jonathan Winer, então conselheiro do Sen. John Kerry (D-MA) do Comitê de Relações Exteriores do Senado e a Fundação dos Veteranos do Vietnã da América".

Durante os anos 70, o Kampuchea(nova denominação do Camboja, como inclusive era chamado pela imprensa britânica) iniciou uma série de ações contra a minoria vietnamita, provocando uma guerra com o Vietnã. Nesses mesmos anos 70, conforme informado pelo professor Grover Furr, marxista-leninista americano, os EUA pressionaram a ONU para manter Pol Pot como representante oficial do Camboja, mesmo após a sua saída do poder, como forma de manter o novo governo cambojano pró-vietnamita excluído.

Em 1981, Zbigniew Brzezinsky, acessor do presidente Jimmy Carter, alegou ter encorajado a liderança chinesa a apoiar Pol Pot. Segundo ele, "os EUA(assim como a China) enviaram armas ao Khmer Vermelho através da fronteira com a Tailândia".

O papel do Reino Unido, então sob a liderança de Margareth Thatcher, foi secreto até 1989. Conforme revelado pelo Sunday Telegraph, pelo jornalista Simon O'Dwyer-Russel, correspondente diplomático de defesa e com contatos profissionais e familiares com o SAS(Serviço Aéreo Especial, tropa de elite britânica), o Reino Unido treinou vários guerrilheiros do Khmer Vermelho em bases tailandesas por mais de quatro anos. Todos os seus instrutores eram britânicos, do SAS, alguns eram veteranos das Malvinas, liderados por um capitão. Todos eram do serviço ativo. 

Ao contrário dos Estados Unidos, o Reino Unido negou por muito tempo o seu auxílio ao Khmer Vermelho, até 25 de junho de 1991, quando admitiu publicamente que treinou a "resistência" do Khmer Vermelho desde 1983. O país europeu também armou o Khmer Vermelho com minas terrestres e treinou inclusive os guerrilheiros para o uso e manufatura de explosivos.

Nem comunista, nem maoísta

De acordo com Jason Unruhe, do blog Maoist Rebel News, Pol Pot não foi o único responsável pelas mortes no Camboja, mas também não era nem comunista e nem mesmo maoísta, mas um oportunista. Inicialmente eles nem mesmo se diziam comunistas, mas depois se disseram tais, todavia segundo as ideias de Marx e Engels o que define um comunista é a sua prática. E no "Kampuchea Democrático"(como seus partidários adoram chamar o país) não há nenhuma política que caracterize o regime do Khmer como comunista. O país também foi intensamente bombardeado pela USAF, que provocou mais de 10 milhões de mortes na Indochina, só no Camboja, 10% da população(cerca de 600 mil) morreram vítimas de bombardeios da Força Aérea Americana. Tudo isso torna difícil distinguir no país o que é verdade e o que é propaganda imperialista.

Pol Pot nunca se considerou um maoísta enquanto Mao vivia, Mao nunca chamou Pol Pot de "maoísta", e Pol Pot jamais apoiou a "Gangue dos Quatro", os sucessores ideológicos de Mao. Em vez disso, Pol os chamou de "contrarrevolucionários". O apoio da China maoísta ao Khmer Vermelho não é indicativo de que "Mao reconhecia Pol como seu aluno", lembremos que a China apoiou a luta de vários países do terceiro mundo, incluindo países sem a liderança de um partido comunista. Pol Pot era um oportunista. Em 77 ele declarara que Deng Xiaoping era um oportunista, mas quando este chegou ao poder, ele começou a elogiá-lo, e jamais se disse novamente maoísta.

O regime do Khmer Vermelho, segundo a Albânia socialista

O regime do Khmer Vermelho é extensivamente usado como um espantalho pela burguesia reacionária para atacar o comunismo. "Vejam Pol Pot e o Camboja", dizem os anticomunistas como tentativa de explicar o "fracasso" do comunismo e uma suposta política genocida como norma. Ocorre que todos esses marionetes dos grandes capitalistas e de pedófilos ocultam uma verdade, que é a oposição feita por vários(senão todos) os Partidos Comunistas de todo o mundo às políticas desumanas e impopulares do Khmer Vermelho. 

Uma das críticas mais ferrenhas ao regime do Khmer foi feita pelo Partido dos Trabalhadores da Albânia, liderado por Enver Hodja. Enquanto algumas pessoas de esquerda tentam fazer uma apologética do regime cambojano, Hodja alega que "os diplomatas albaneses viram com os seus próprios olhos o povo cambojano ser tratado de forma desumana pela panelinha de Pol Pot e Yeng Sari". A Embaixada da Albânia, país que forneceu ajuda humanitária ao Camboja, foi cercada por arame farpado, tal como um campo de concentração, assim como a embaixada de outros países. Se esse era o tratamento dado pelo Kampuchea "Democrático", imaginemos que tratamento era dado aos inimigos... 

Enver Hodja foi mais longe, chamando a ditadura do Khmer Vermelho de "grupo barbárico de fascistas de Pol Pot", questionando por que os imperialistas chineses os apoiavam. 

Quem ataca o Khmer Vermelho?

É verdade que muitos líderes comunistas foram atacados por forças anticomunistas, mas também por forças supostamente comunistas, entretanto eles dividiram opiniões. Um bom exemplo disso é Iósif Stalin, condenado no XX Congresso do PCUS, mas defendido por quatro grandes Partidos Comunistas históricos, o Partido dos Trabalhadores da Albânia, o Partido Comunista Chinês, o Partido Comunista Romeno e o Partido Comunista Grego(KKE). Dentro da própria URSS vários setores do PCUS defenderam Stalin contra os ataques de Nikita Khuschov, dentre os quais Vyacheslav Molotov, o general Vassiliy Stalin, o Marechal Júkov, nos anos 70, além do Marechal Vassilyevskiy e outras personalidades políticas. Além dos Partidos Comunistas, lembremos que o povo da Geórgia se insurgiu em enormes manifestações contra Nikita Khruschov, não apenas comunistas georgianos, como também nacionalistas e até liberais! Na década de 2000, Stalin foi votado como o 3º maior nome da Rússia, em um concurso televisivo de 2008, mais de 40 após calúnias e difamações contra o líder georgiano, além de ser hoje na Rússia defendido por comunistas, nacionalistas e até monarquistas.

Diferente de Stalin, a esmagadora maioria dos Partidos Comunistas de grande relevo, senão todos, condenou a causa de Pol Pot e do Khmer Vermelho, que hoje praticamente não tem nenhum apoio ou simpatia por parte da população cambojana. Se Pol Pot foi tão relevante, como insistem alguns de seus apologistas, por que será que no Camboja não há nenhum movimento a ele favorável, ou ainda fora do Vietnã, exceto alguns escassos blogs pela web? Que grande papel Pol Pot desempenhou em prol da causa comunista? Nenhum!

Além dos partidos comunistas, grandes comunistas se opuseram individualmente ao Khmer Vermelho, dentre os quais nomes como Grover Furr, William Bland, Ludo Martens, Kurginyan, dentre outros, o que mina o argumento de que "criticar o Khmer é tomar partido do anticomunismo".

Longe de representar qualquer avanço ou referência de socialismo, como foi o caso de países como Cuba, União Soviética, Tchecoeslováquia, Alemanha Oriental, China, ou Albânia, só para citar alguns exemplos, o Camboja serve apenas como o argumento de espantalho do anticomunista. Cabe a qualquer comunista minimamente informado ter determinação para estudar e a ousadia para demonstrar que, longe de qualquer política comunista, Pol Pot foi um marionete de príncipes liberais como Reagan e Thatcher, que depois seria traído pelos antigos aliados, algo típico da política norte-americana.

MUNDO: Capitalismo e pedofilia

Por Cristiano Alves



O capitalismo representa na atualidade um modelo obsoleto e falho, não apenas economicamente, com as suas intermináveis crises que levam à destruição do emprego de bilhões de trabalhadores em todo o mundo, como também culturalmente e moralmente.

Sobre isso foi publicado recentemente na Croácia um artigo chamado "A pedofilia e a sexualização da infância saíram de controle", que comprovam o que os comunistas já sabiam, isto é, que o capitalismo é o único sistema na atualidade que dá aval para que pervertidos e degenerados impunham a sua ditadura comportamental. É o único sistema que dá aval para a atuação aberta e sem máscara de pedófilos, fato esse absolutamente estranho às sociedades socialistas.

Enquanto os países governados pelo Partido Comunista conheceram uma infância saudável, organizada pelas organizações de Pioneiros, de Outubristas e outras associações comunistas infantis, onde crianças aprendiam a divertir-se de forma saudável, a repudiar o racismo, assim como a disciplina e o companheirismo, no capitalismo as crianças são desde a mais tenra idade bombardeadas com propaganda consumista(estima-se que aos 5 anos de idade uma criança já viu pelo menos 10 mil propagandas comerciais) e com a propaganda de um estilo de vida decadente, sexualizado, apresentadas como um "adulto miniatura". Renomadas revistas de moda apresentam "crianças sexy", pré-adolescentes tem contato com literatura de sadomasoquismo como "50 tons de cinza", crianças se oferecem como carne em um açougue com fotos sensuais em redes sociais, dentre outros comportamentos que os comunistas condenam mas o capitalismo promove.

As fotos a seguir foram feitas em diferentes locais da Europa.














CRISE NA UCRÂNIA: Pavel Gubaryov, ex-governador de Donetsk, encontra-se internado inconsciente em Rostov


Por Cristiano Alves
Com informações de Lifenews


O ex-governador de Donetsk, Pavel Gubaryov, encontra-se internado inconsciente no hospital de Rostov-na-Don. Seu carro foi alvejado por tiros de autoria desconhecida ainda, na estrada Donetsk-Rostov. De acordo com algumas fontes, Gubaryov hoje alegou que hoje faria um discurso relatando a situação na Novorrússia.

Pavel Gubaryov foi vítima de um sequestro pelo SBU, a polícia secreta ucraniana, sendo preso e torturado, até ser libertado pela milícia popular em maio.


Fontes: http://lifenews.ru/news/142598

sábado, outubro 11, 2014

MARXISMO CULTURAL: Mais de uma hora de música comunista

1 hora de música comunista soviética




1 hora de música comunista alemã




1 hora de música comunista coreana

GRANDE CAMPANHA DE AJUDA AO DONBASS


Camarada, ajude o Donbass! Cada contribuição sua é munição e suprimentos para o Exército Popular da Novorrússia.

Envie a sua ajuda de pelo menos R$ 10,00 através do Paypal: apaginavermelha@gmail.com

R$ 10,00 é um valor baixo, mas não quando 200 pessoas o enviam! Mostremos a solidariedade brasileira para com o povo novorrusso!

ESCÂNDALO: Neonazista ucraniano tem vazadas as suas fotos com uma coleção de pênis de borracha

Por Urso Anti-Maydan


"Destruam os homossexualistas e o fascismo desaparecerá" (Maxim Gorky, citando os comunistas alemães em "Humanismo Proletário")


Os batalhões punitivas ucranianos se tornaram as latas de lixo para resíduos de toda a CEI. Dessa vez, no regimento fascista "Azov" ingressou o nacional-homossexual Yura "Taxista", que fugiu de Moscou. 

Nas fotos, que vazaram na internet, Yura possui a sua própria coleção de pênis de borracha, bem como posando para o seu namorado em meias femininas. 

Nazismo, homossexualidade, travestismo e outras perversões sexuais andam de mãos dadas na Ucrânia. E se os mais famoso banderista-gay Oleg Lyashko planeja obter a maioria nas eleições para a Rada, não é de se admirar que os mesmos pervertidos supervisionem as suas forças armadas?

Esta não é a primeira vez que os "galos de briga" do Azov caem na "panela". Já foram publicados detalhes de um outro pervertido e esquizofrênico, Artyom "Rojões", do Azov, que foi pego vendo pornografia homossexual de um dos seus assinantes

Agora "Rojões" já está sob custódia pelo assassinato de um civil. Como ele é um cliente regular de uma clínica psiquiátrica de Lviv, pode-se simplesmente mandá-lo para outro "tratamento", e depois ele estará de volta e receberá as armas dos nazi. 

Yura "Taxista" ainda está nas fileiras do Batalhão Azov, onde no quartel masculino certamente não desperdiça tempo.




Reparemos na suástica tatuada no braço direito do militante nazista e integrante do Batalhão Azov

sexta-feira, outubro 10, 2014

NOVORRÚSSIA: República Popular de Lugansk repristina lei que criminaliza a pederastia e institui a pena de morte para a pedofilia


Por Cristiano Alves
Com informações de Anti-Maydan


De acordo com o site Anti-Maydan, pró-Novorrússia, a República Popular de Lugansk aprovou a repristinação da lei contra a pederastia, instituído na era soviética. A punição é de 2 a 5 anos de prisão. Também fica instituída a pena de morte para casos de pedofilia.

Ainda não há confirmação oficial da notícia, tendo ela sido divulgada tanto em sites contra a Novorrússia quanto sites contra a Junta de Kiev. Casos de pederastia são comuns dentre os batalhões punitivos, grupos paramilitares que executam o serviço sujo da Junta de Kiev, além de estuprarem mulheres e promoverem fuzilamento em massa de civis.

A República Popular de Lugansk representa a vanguarda da esquerda mundial, ensinando à "nova esquerda" ocidental como se faz uma revolução, mostrando que em seu país a ideologia de Israel e dos Estados Unidos não tem vez.



GRANDE CAMPANHA DE AJUDA AO DONBASS

A Página Vermelha já tem a sua primeira doação para o Donbass! A ajuda será enviada pelo autor de A Página Vermelha até a zona de conflito com o auxílio da organização comunista Sut Vremeni.

Por motivos de segurança o nome do doador foi omitido, estando ele livre para divulgá-lo. O valor corresponde à doação mais a taxa de transferência do Paypal.

Contribua enviando R$ 10,00 ou mais para apaginavermelha@gmail.com através do Paypal.

O dinheiro será usado na compra de medicamentos e outros equipamentos para o Exército Popular da Novorrússia.

quinta-feira, outubro 09, 2014

GRANDE CAMPANHA DE AJUDA AO DONBASS

Por Cristiano Alves





A Página Vermelha anuncia orgulhosamente que ajudará a revolução em curso na Novorrússia. Pensar é agir!

Compreendendo que muitos brasileiros não poderão comparecer fisicamente no Donbass, o autor de A Página Vermelha levará pessoalmente ajuda à região de combate. Aqueles que desejam ajudar os revolucionários podem desde já contribuir através de cartão de crédito via Paypal com qualquer valor acima de R$ 10,00. As contas serão prestadas em A Página Vermelha antes da viagem! O valor arrecadado será empregado na compra de remédios e/ou equipamentos de inverno, visto que a viagem se dará durante o inverno russo. A ajuda humanitária será efetivada com a ajuda da organização comunista russa Sut Vremeni, importante componente voluntário do Batalhão Vostok.

CONTRIBUA PARA A REVOLUÇÃO NA NOVORRÚSSIA!

Paypal: apaginavermelha@gmail.com

domingo, outubro 05, 2014

NOVORRÚSSIA: Cenas da Revolução

Com imagens da Lifenews


NOVORRÚSSIA: A revolução avança, a tomada do aeroporto(Vídeo)


Na Novorrússia, homens e mulheres estão lutando por um novo país, por uma ideia, contra o regime sanguinário de Kiev. Um dos passos mais importantes dessa luta, cujos protagonistas são camponeses e operários do leste da Ucrânia e de vários outros países, homens e mulheres, que combatem hombridade, foi a tomada do aeroporto de Donetsk das mãos dos lacaios de Poroshenko:




A luta pela Novorrússia pode ser um passo muito importante no restabelecimento da União Soviética!

quarta-feira, outubro 01, 2014

CRISE UCRANIANA: Sergey Lavrov pediu o fim do silêncio sobre as valas coletivas encontradas na Ucrânia


Por Cristiano Alves
Com informações de A Voz da Rússia


O ministro das relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, exigiu explicações sobre as valas coletivas encontradas encontradas no sudeste da Ucrânia, onde acredita-se que há mais de 400 corpos enterrados. Lavrov acusa organizações ocidentais e internacionais de fazer vista grossa quanto às atrocidades cometidas pelas tropas a serviço do regime de Poroshenko.

CRISE UCRANIANA: Cidadãos de Harkov lamentam a derrubada de monumento a Lenin

Com informações de Russia Today


Cidadãos ucranianos da cidade de Kharkov lamentaram a derrubada de um monumento a Lenin na cidade de Kharkov, depositando flores no local. A derrubada, conforme diversos noticiários, foi planejada minuciosamente e executada por militantes da organização neonazista Praviy Sektor, o Setor Direita, responsável pela derrubada do governo do ex-presidente Yanukovich.

A despeito da resistência popular, civis desarmados foram espancados e torturados pelas hordas neonazistas de Kiev.


MUNDO: República Popular da China completa 65 anos

A Página Vermelha disponibiliza dois grandes épicos em respeito ao dia 1º de outubro:

A ópera "O Leste é vermelho":




O filme "A fundação de uma república", com Jet Li, Jackie Chan e Donnie Yen:

POLÍTICA: "Homossexualismo ou morte", uma nota sobre a polêmica em torno do candidato Levy Fidélix

Por Cristiano Alves


Neste fim de semana um grande escândalo veio à tona, "alguém criticou a sacrossanta e imaculada causa uranista LGBT". Rapidamente era esquecido o fato de que Aécio Neves fez declarações com nítido intento antissemita, rapidamente eram esquecidas as ledices proferidas pelo candidato Levy Fidélix sobre o BRICS "bolivariano", um bloco composto por Rússia, Índia, China, RSA e Brasil. Mas uma coisa se tornaria um grande alarde de alcance internacional ele cometeu heresia de criticar a "Santa Sé LGBT", por isso deve estar agora disposto à enfrentar a inquisição uranista!

Levy Fidélix mencionou vários impropérios em sua fala, inclusive quando compara os homossexuais a pedófilos, impropérios esses que não são piores do que os do partido de Luciana Genro, o PSOL, que demoniza qualquer um que não concorde com a ideologia uranista de seu partido como um "genocida", "apologista da violência", "criminoso", a sua filosofia de "homossexualismo ou morte", ou concorda com a ideologia LGBT, ou deverá perecer, melhor totalitarismo não há! Não importa se o indivíduo é um pai de família, é um conhecedor da economia, um filósofo, um pensador, um altruísta, alguém que ajuda a construir a sociedade ou um combatente revolucionário que enfrenta hordas de fascistas financiados e incentivados pela União Europeia e pelos Estados Unidos. Nada disso importa, importa apenas que defenda o sacrossanto direito de militantes homossexuais fazerem grandes festas hedonistas em espaços públicos! "Ou defende o homossexualismo ou não tem espaço".

Não pedimos votos para o candidato Levy Fidélix, A Página Vermelha tem deixado claro que apoia de forma crítica a candidata Dilma Rousseff(em último caso o voto nulo), em razão de sua política internacional e de sua aproximação com os países do BRICS, cuja aproximação trará grandes benefícios econômicos e culturais para o povo brasileiro, aproximando-o de três países de cultura milenar e que não foram contaminados com o flagelo do pós-modernismo. Todavia, Levy Fidélix, mesmo com as suas repugnantes posturas anticomunistas, teve coragem de dizer o que um verdadeiro marxista diria sobre a ofensiva e a opressão ideológica dos grupos homossexualistas. O grande filósofo alemão Karl Heinrich Marx, aclamado o maior filósofo de todos os tempos em pesquisa da BBC, chamou as teorias uranista que hoje são impostas a nós quase sem contestação, de "obscenidades disfarçadas de teoria", foi mais além, referiu-se à Karl Ulrichs como uma "bichona", dado o nível abominável de suas teorias. Friedrich Engels foi mais além, atacando intensamente os "vícios abomináveis" da cultura grega em "Da origem da família, da propriedade privada e do Estado". Lenin teria dito a Luciana Genro o mesmo que disse a Clara Zetkin, quando disse que essa preocupação excessiva com questões sexuais só poderiam ser oriundas de alguém querendo justificar sua própria vida desregrada. Stalin. Lukashenko, presidente da República de Belarus, também denunciou a tentativa da União Europeia de obrigar Belarus a promover o casamento de pessoas do mesmo sexo. Nós enfatizamos que tomamos a mesma posição de Karl Marx, de Engels, de Lenin, de Stalin, de Che Guevara, de Lukashenko, de Rafael Lusvarghi, o primeiro brasileiro a combater na milícia antifascista do Donbass! 

Nós nos colocamos ao lado do progresso! Isso significa dizer que qualquer tanto o autor deste texto, quanto qualquer comunista sério, poderia estar agora no lugar de Levy Fidélix, que chegou a precisar de proteção da Polícia Federal em razão de ameaças contra a sua vida que ele tem sofrido em razão do seu discurso contra o movimento totaritário LGBT. 

Caráter não conhece ideologia política nem sexo, nem etnia e nem mesmo orientação sexual. E Levy Francisco Fidélix, mesmo com suas colocações absurdas e posições contra os médicos cubanos, razão pela qual não merece o nosso apoio político, merece ao menos a nossa solidariedade. Ele teve a coragem de dizer em rede nacional que preferia perder votos a se colocar de joelhos ante a Inquisição LGBT! Nós de A Página Vermelha também tomamos a mesma postura, nós não temos medo de militantes pós-modernos uranistas! Como marxistas-leninistas, defendemos que a história de todas as sociedades é a história da luta de classes, e não da "luta de gêneros". Entendemos o fenômeno uranista e manifestações como o queerismo, tão alardeado nas gigantescas paradas LGBT, como uma manifestação de decadência da burguesia e instrumento de eufemização da luta de classes e manutenção da submissão e exploração do proletariado. Isso foi feito em Roma, onde os patrícios tinham o poder sexual sobre os seus escravos, foi feito no Brasil colônia contra os negros e é feito hoje contar o povo trabalhador brasileiro, é feito em favor de uma elite que afirma seu poder sobre homens e mulheres, e isso explica a superexposição do gay na televisão em programas matinais, vespertinos e novelas noturnas, onde personagens LGBTs são sempre representados por atores consagrados. Esse fenômeno exclusivo do ocidente tem em seus porta-vozes os líderes do imperialismo como Hillary Clinton e Barack Obama, de Guido Westerwelle, arautos da causa LGBT mundial, de modo que aqueles que defendem a causa uranista defendem direta ou indiretamente a causa imperialista!

Não se pode permitir que a causa uranista conquiste mentes proferindo mentiras através do mal uso da estatística, "fulano morreu, fulano era gay, logo fulano morreu por que era gay". Sabe-se, através de diversos órgãos públicos, que a maioria dos casos de crimes contra gays, especialmente os mais bárbaros, são crimes passionais. Por que motivo alguém heterossexual normal iria querer cortar a cabeça de um gay? Mesmo os crimes que se dão pelo fato do indivíduo ser gay são em muitos casos uma história mal contada, afinal, em tese ninguém tem escrito na testa que é gay(apesar de que alguns gostariam de tatuar isso). Crimes contra gays em função de sua sexualidade são mínimos, estão em números quase inexpressivos, podendo ser resolvidos através de órgãos de justiça, através de advogados, de promotores... Rejeitamos a concessão de privilégios para indivíduos ou uma reificação de seu status por estes fazerem sexo de modo diferente. Não se pode recuar ante uma ideologia do imperialismo!

Levy Fidélix falou por todos nós, com erros, chegando a perder a chance para fazer uma crítica lúcida ao movimento LGBT, mas essa crítica lúcida será levada a cabo pela esquerda revolucionária! Assim como Karl Marx evocou uma maioria de proletários a combater uma minoria de burgueses, a maioria da população deve colocar um fim nessa minoria reacionária, pós-modernista e pró-imperialista representada pelo movimento LGBT. Não se pode falar num combate ao imperialismo, ao liberalismo, sem se falar num combate ao pós-modernismo! E se esses grupos uranistas se consideram intocáveis e sacrossantos, então que tenham a decência de se retirarem do cenário político! É muito fácil caluniar, difamar e injuriar alguém, independente de convicções, por meio de internet, de redes sociais, é fácil ser um "justiceiro de divã", difícil é ter coragem para dizer o que Levy Fidélix disse em plena rede nacional na cara de uma militante uranista! É preciso unir pessoas de diferentes tendências ideológicas no combate ao uranismo, luta essa que os comunistas sempre empreenderam com total sucesso e vitória!