segunda-feira, setembro 30, 2013

MUNDO: Inspetora da ONU confirma que rebeldes é que usaram armas químicas na Síria





Essa notícia deveria estar na primeira página dos jornais, mas o arco midiático em apoio aos lobbies da guerra restringiu severamente sua disseminação. Uma das inspetoras da ONU encarregada de checar o uso de armas químicas na Síria declarou, em maio deste ano, que todos os indícios apontavam para a responsabilidade dos rebeldes. Os rebeldes é que estariam usando armas químicas, e jogando a culpa no governo.

A declaração de Carla Del Ponte circulou em alguns veículos europeus (como a BBC) e em todos os sites árabes, mas foi abafada pela hegemônica mídia pró-americana. Autoridades russas, nervosas com a possibilidade dos EUA iniciarem mais uma guerra insana, voltaram a citar o testemunho de Ponte no intuito de amainar o frenesi guerreiro dos falcões americanos.

Apesar da declaração de Ponte não se referir aos ataques mais recentes, a informação colhida por ela reforça a teoria de que são os rebeldes é que usam gás sarin para chocar a opinião pública mundial e jogá-la contra o presidente sírio.

Segundo o New York Times, Obama deu um passo atrás, e afirmou que deixará a decisão de atacar a Síria nas mãos do Congresso. Mas é difícil acreditar que o Congresso resistirá a pressão dos bilionários lobbies da guerra e da grande mídia americana. O New York Times, como sempre, apoia a guerra; daqui a alguns, possivelmente, fará uma mea culpa.

Autor: Miguel do Rosário

quarta-feira, setembro 25, 2013

A VOZ DO COMUNISMO: Debate ao vivo - Marxismo cultural no Brasil, mito ou verdade?

Nesta noite de sexta-feira(27/09/2013), às 21:00, o nosso programa A Voz do Comunismo, no Youtube, trará um debate ao vivo entre o jurista e jornalista cearense Cristiano Alves, autor de A Página Vermelha, e a Dra. Angela Mesacaza, advogada catarinense, acerca do tema "Marxismo cultural no Brasil: mito ou verdade?". Um link para a transmissão será gerado e postado neste tópico.


 


Confira:

Parte 1:



Parte 2:

terça-feira, setembro 24, 2013

BRASIL: Cidade maranhense é a que receberá o maior número de médicos cubanos

Por Mariana Tokarnia/Agência Brasil





Eles ainda aguardam o registro provisório, que será emitido pelo Conselho Regional de Medicina. A expectativa é que comecem a atender na próxima semana

Recém-chegados no último fim de semana, os seis médicos cubanos do Mais Médicos aproveitaram o dia para conhecer os colegas com quem irão trabalhar, os postos de saúde onde atuarão e a casa em que irão morar em Chapadinha, no interior do Maranhão. A cidade foi a que mais recebeu médicos cubanos pelo Programa Mais Médicos, no total seis.

Eles ainda aguardam o registro provisório, que será emitido pelo Conselho Regional de Medicina. A expectativa é que comecem a atender na próxima semana.

Chapadinha tem 76 mil habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a cidade atende a mais 16 municípios vizinhos, totalizando 350 mil pessoas. A cidade dispõe de um hospital e 14 postos de saúde. O corpo médico atual soma 32 profissionais, que se dividem entre a atenção básica e a especializada.

Com a chegada dos cubanos, os profissionais poderão voltar-se à atenção especializada, já que os estrangeiros se ocuparão da atenção básica. "A gente vai conseguir levar para a população a assistência médica e bloquear a ida dos pacientes para o hospital por problemas que possam ser resolvidos no posto de saúde perto da casa dele", explica o secretário de Saúde, Charles Bacelar. "Temos no hospital, um grande número de internações relacionadas à atenção básica".

O dia de hoje (23) começou com uma reunião. Bacelar explicou aos médicos como e onde irão atuar. Em seguida, cada um deles conheceu a futura sala de atendimento.

O médico Juan Montero terá de dividir a sala com a enfermeira brasileira Nitheyanna dos Santos. O posto de saúde de Bairro Novo é o que está em piores condições. O teto e as paredes estão com infiltrações. Na sala de atendimento, apenas uma mesa, uma cadeira, e uma maca. A cadeira, quebrada. O local atende mil famílias. A prefeitura diz que já solicitou uma reforma.

"Aqui é mais ou menos parecido com o meu país, com o meu consultório", diz Montero. A partir da semana que vem, ele pretende acompanhar as visitas dos agentes comunitários.

"Primeiro, vamos apresentar a população para ele, para poder passar confiança. Ele está chegando agora e algumas pessoas ainda estão desconfiadas", diz Nitheyanna. Ela diz que vai ajudar o futuro colega com o português: "Os pacientes têm a linguagem deles. Chegam dizendo que estão com dor na bacia, nos quartos. Tem vezes que nem a gente entende. Temos que pedir para eles mostrarem onde é a dor".

No posto, a procura por consulta é disputada. Com apenas um médico duas vezes por semana, as consultas são todas agendadas. "Já teve até briga. Chegou um senhor procurando consulta e só tinha para o fim do mês. Ele ficou bravo e voltou com uma faca. Tivemos que conversar bastante com ele para se acalmar". O médico cubano irá trabalhar 40 horas semanais. Com isso, os pacientes serão atendidos por ordem de chegada.

Já o posto de saúde de Areal foi recentemente reformado. Juan Carlos Rojas terá uma sala só para ele. O número de pacientes, no entanto, é maior, são 4 mil famílias cadastradas. Lá, a visita à comunidade é obrigação. Um ou dois dias da agenda do médico serão dedicadas às visitas aos pacientes acamados que não têm condições de ir ao posto e às famílias, para dar orientações.

"O atendimento domiciliar é como a gente trabalha com a prevenção. É quando conhecemos a família, a área", explica a enfermeira Cleomara Caldas.

Na cidade, a maior parte das doenças pode ser evitada com a mudança de hábitos da população, de acordo com a secretaria de Saúde. No entanto, Chapadinha não tem saneamento básico adequadom, e grande parte das doenças está relacionada com a água. A Pesquisa Saneamento Básico de 2008 do IBGE mostra que 17 mil casas tem água encanada, porém nenhuma conta com tratamento de esgoto.

Após as visitas, os médicos foram encaminhados à casa onde ficarão hospedados. O local ainda está recebendo os últimos reparos. Pelas regras do Mais Médicos, o município deve arcar com a alimentação e hospedagem. A prefeitura optou por comprar os alimentos e abastecer a casa. A prefeita Maria Ducilene Cordeiro diz que estuda um valor para repassar diretamente aos profissionais, mas ainda não tem uma estimativa.

A casa tem três quartos. Um deles é ocupado por Aicza Madelaine. Dois médicos dividem um cômodo e mais três, outro. A médica diz que pode ser "complicado" conviver com cinco homens por três anos - tempo de duração do programa. Já os rapazes queixam-se do quarto compartilhado. A prefeitura informou que está preparando uma segunda casa, para melhor acomodação.

Durante a semana, os médicos devem se ocupar em conhecer a população. A orientação é que façam palestras nos postos onde irão trabalhar.

A dona de casa Maria da Silva Araújo sofre de pressão alta, por isso vai ao médico uma vez a cada três meses para pegar a receita do remédio controlado. Com a chegada dos novos médicos, espera melhora no atendimento. "Vai ser bom, os médicos daqui, maioria vem de fora, as pessoas ficam sem médico. Graças a Deus, vai ficar melhor", diz Maria, que cuida de seis netos.

segunda-feira, setembro 23, 2013

EDITORIAL: Um troll e um ex-toureador nos atacam

Por Cristiano Alves


Um troll (Leonardo Bruno)

E um "ex-toureador"(Bertone Sousa)


Desde seu surgimento, no ano 2000, A Página Vermelha tem recebido milhares de visitantes que geralmente nos incentivam para dar continuidade ao nosso trabalho e saúdam-nos por este espaço não ser mais um tentáculo da grande mídia, por ser este sítio comprometido com causas sociais, pela sua exaltação da amizade dos povos e por seu teor anti-imperialista e antirracista. Mas como não poderia deixar de ser, ser uma página com número expressivo de visitas tem um preço, os opositores e trolls. Mesmo um blog inofensivo como o "Querido leitor" teve problemas com trolls, sua dona deve que sair do Brasil e apagar todos os dados relativos às suas filhas na internet, ameaçadas por um troll1. Apesar de várias ameaças recebidas, ainda não chegamos nesse estágio, entretanto medidas de segurança são tomadas.

A Página Vermelha, por tratar de temas polêmicos e fazer uma defesa estoica de ideias em prol da comunidade, dos trabalhadores, segue na mesma linha, "negro de m...", "comunista safado", "mentiroso", "genocida", "agente da(sic) KGB", "jumento nordestino" são apenas alguns dentre outros epítetos que a direita raivosa atribui ao autor deste site, insultos que em vez de ofenderem, provocam boas risadas e muito dizem sobre seus opositores. Alguns indivíduos, não por admiração, mas por uma compulsão anticomunista, explicável apenas pela psiquiatria, mesmo acompanham essa página cheios de espuma na boca. Seguido um debate entre um péssimo profissional da UFT, o professor Bertone Sousa, surgiu um artigo extremamente obscuro caluniando e difamando A Página Vermelha e especialmente seu autor, de um articulista do renomado site de extrema-direita Mídia Sem Máscara(MSM), um certo "Conde Loppeaux de la Villanueva"(para facilitar o trabalho de nossos leitores, empregaremos adiante "Vila Nova"). Alguns vieram perguntar-me quem é o dito cujo, mas afinal, quem é o tal "Conde de Vila Nova"?

O "conde de Vila Nova" é um troll conhecido em sites comunistas, ateus, feministas, antirracistas e escreve para sites como "Defesa Hetero" e MSM, sendo um renomado articulista de direita

O tal Conde de Vila Nova é um advogado de extrema-direita que atua em Belém, o Dr. Leonardo Bruno de Oliveira, um obnóxio conhecidíssimo em sites sobre socialismo e ateísmo, que já ganhou até uma página na Desciclopédia, é dono de um site de coprolalia cheio de artigos escatológicos que divulgam o ódio, o fanatismo católico e o anticomunismo. De nobre Leonardo Bruno nada tem, aliás, o grande Lenin disse certa vez que uma herança positiva da nobreza na Rússia foi sua polidez, o filósofo e advogado russo defendeu o enobrecimento da classe trabalhadora e não seu embrutecimento. Longe de qualquer título nobiliárquico, Vila Nova é um ser impregnado de ódio e brutalidade, qualquer um que digite no Google a entrada "o blogueiro racista continua solto" encontrará várias referências sobre o dito cujo, para ele, num artigo escrito em 1/08/2007, não há nenhum problema em "chamar negros de macacos" ou de qualquer outro insulto com estereótipos raciais, segundo ele "negros tem nostalgia do chicote"2, para o Conde, a "cultura negra é um lixo" e muçulmanos não passam de terroristas "que se reproduzem como ratos", ele chega a lançar o disparate de que no Iraque o principal responsável pelo extermínio de mais de 2 milhões de iraquianos não foi a guerra iniciada pelos EUA, nem seu bloqueio econômico, mas "a ação de terroristas islâmicos". No que diz respeito à cultura negra, que Leonardo Bruno desconhece, é curioso como esse fala dessa arrogantemente como se fosse alguma espécie de "grande maestro"... do século XIX. Sua arrogância "intelectual" é uma marca registrada que o levou a escrever um artigo onde me classifica como "jumento analfabeto nordestino stalinista". Quanto à classificação de "jumento", isso não nego que sou, nem eu nem grandes namoradas e amigas íntimas cuja afetividade até hoje cultivo, muitas de outros países, engana-se quem acha que "tamanho não é documento", felizmente, fui devidamente presenteado pela natureza, ao contrário desse que talvez por alguma frustração nesse plano resolveu atacar-me. Essa frustração do Dr. Leonardo Bruno talvez explique por que ele "odeia praias e festas", como ele mesmo nos diz em seu blog:

"Tal como o Rio, as capitais nordestinas me fazem lembrar turistas gringos idiotas, prostitutas..."3

Então para o articulista do site de Olavo de Carvalho só capitais nordestinas tem prostitutas? Será que ele já ouviu falar da Rua Augusta em São Paulo? Será que ele sabe que no Rio Grande do Sul há bordeis na entrada de cidades turísticas como Canela? Que além do local físico, há até sites que agenciam prostitutas do norte ao sul do Brasil? Sua opinião não é "mero acidente", na "finada" rede social Orkut, em 23/09/2009, referia-se ao povo nordestino, que é honesto e trabalhador, como "sub-raça nordestina"4, e afirmava que "o povo baiano negroide adora cheirar merda"5. Mas tudo se pode afirmar sem sofrer as consequências quando se é um extremista de direita. Ironicamente, Vila Nova, possesso pelo ódio e pela vaidade, que no cristianismo são dois dos sete pecados capitais, se diz "cristão", "gente de bem"(ironicamente o nome de um jornal do Ku Klux Klan). Mas como já dizia o Barão de Montesquieu, este sim um real nobre em status e em suas ideias, para alguns não basta serem bandidos, querem ser também "bandidos e cristãos".

O Conde parece ter uma compulsão contra turistas, num de seus vídeos, ele diz que "turistas são uma raça de idiotas", no trecho citado ele fala em "turistas gringos idiotas", algo que mostra bem xenofobia em seu perfil psicológico. Esse ignóbil acredita mesmo que só o Nordeste recebe turistas? Turistas no Brasil não apenas são um fator positivo para a economia, uma vez que representa a entrada de dólares e a criação de empregos para guias turísticos, trabalhadores da área hoteleira, professores de inglês, dentre outros, como também são um grande fator de enriquecimento cultural e afetivo. Muitos turistas sabem valorizar o povo brasileiro mais do que eles próprios, muitas turistas valorizam mais o homem brasileiro do que as próprias mulheres brasileiras, situação facilmente constatada em locais como Canoa Quebrada, Natal, Jericoacoara, que recebem lindas turistas da Suécia, Cabo Verde, Espanha e Alemanha, muitas inclusive escolhendo mulatos brasileiros como seus maridos, situação análoga que ocorre às mulheres, por parte de turistas masculinos. Turistas estrangeiros e principalmente intercambistas trazem uma nova mentalidade e emprestam-nos o seu modo de vida, trazendo uma nova ética, uma nova mentalidade. Uma intercambista americana recebida pelo autor deste artigo, da AFS, citava por exemplo algumas diferenças entre a mentalidade da classe média de seu país, onde os jovens trabalham desde cedo em atividades que no Brasil a pequena-burguesia vê como "humilhantes", tal como trabalho em restaurantes, barracas de limonadas, dentre outras. Há que ressaltar que no Brasil, a chegada das ideias comunistas se deu com a chegada dos imigrantes italianos, que por isso e por sua contribuição como força criadora merecem também nosso respeito. Imigrantes ucranianos fundaram belos museus no Paraná. Somente um ignorante pode ser xenófobo no Brasil. Ironicamente, Leonardo, um xenófobo frustrado, alega em seu artigo que "se eu tivesse sangue germânico seria nazista". Mas que coerência pode-se esperar de um reacionário? "Acuse-os do que você faz", dizem eles! Na verdade, "eu tenho sangue germânico", mas ao contrário do que reza o hino holandês, não respeito o rei da Espanha. Uma das minhas avós foi uma jovem holandesa alva como a neve, fugitiva da I Guerra Mundial, que se casou no Brasil com um mulato cearense, mas não tenho nenhuma simpatia por ideias fascistas, pois estas são o que existe de mais podre no elitismo, esse flagelo que pariu o racismo e o nazismo.

Aqui uma das fantasias do Dr. Leonardo Bruno, descrito por um psiquiatra de Pernambuco como possuindo masoquismo em seu superego (clique para ampliar)

Esse "conde" que odeia praias, turistas e em seus vídeos apresenta uma forma de falar tão delicada demonstra em seu artigo sobre o "jumento analfabeto" certa animosidade para um vídeo meu comemorativo da vitória sobre o fascismo em que estou cingido com um uniforme comunista soviético, presente de uma amiga ucraniana. Essa "animosidade", embora disfarçada de ódio, pode ter uma explicação passional. Segundo alguns, o "Conde católico e moralista" seria um homoafetivo enrustido, frustrado após um amor não correspondido por um piloto da Força Aérea Brasileira. Sua aversão a praias, onde mulheres costumam estar mais à vontade, poderia ser entendido como algo isolado, se deixássemos de lado o fato de que o articulista do Mídia Sem Máscara tem o alter ego "Rachel Piazst", uma "moça curitibana loira, polonesa e reacionária". A máscara do troll caiu quando, em postagem tardia no Orkut, o direitista caricato acidentalmente assinou como "Conde-", sua forma usual de responder em terceira pessoa. Após esse vexame, Vila Nova deixou de usar esse fake no Orkut. Milhares de gargalhadas surgiram quando foi revelado que a sex symbol reacionária paranaense era na realidade um gordinho baixinho e desengonçado paraense. Ironicamente, escreveu o "guardião da moral e dos bons costumes" que "não há delírio maior do que homens brincando de noiva".

"Rachel Piazst" revelando acidentalmente sua identidade, ironicamente o cidadão com conflitos existenciais alegaria depois que "não há delírio maior do que homens brincando de noiva".

O coprógrafo do MSM, tal como o professor Bertone Sousa, é um indivíduo arrogante, cheio de prepotências intelectuais, mas ao contrário deste último, que ao menos tem como provar sua especialidade acadêmica, ainda que não a exerça de fato, o Conde se descreve como um "advogado, comerciante e especialista em história". Onde o Conde se tornou "especialista em história"? Em sua faculdade de direito? Em sua bodega? Parece que no Brasil está na moda que sujeitos que vomitem ódio e intolerância como a professora Maristela Basso e o Dr. Leonardo Bruno se digam "especialistas" enquanto espumam ao dar pitacos sobre o que não conhecem. É curioso como esse "especialista" sem especialidade chama a mim, fluente em quatro línguas e iniciante em outras duas, alfabetizado em dois alfabetos, de "analfabeto". Quem não se lembra de uma idosa burguesa e reacionária que, histericamente, chamava dois policiais militares de analfabetos, após estes prenderem-na por injúria qualificada por motivo racial, por chamar a um deficiente físico de "preto lixo e macaco"? Mas todo extremista de direita é um vaidoso narcisista que pensa ser um "grande intelectual", um "magíster", alguns até se declaram "filósofos" por repetir meros clichês, mas num país onde um jogador sem qualquer trabalho literário é homenageado pela Academia Brasileira de Letras tudo é possível. É uma pena que Leonardo Bruno, do alto de sua "intelequitualidade", mantenha uma página escatológica impregnada de erros crassos de ortografia e de concordância. Um pequeno vídeo no Youtube, "O articulista desarticulado" nos mostra algumas pérolas presentes no desserviço intelectual prestado por este que pensa que é escritor:

"o incidente com o rei da Espanha está ameaçado de sofrer uma retaliação"6 (Quem ameaçaria um incidente?)

"a abstenção, que foi mais de 50%, se recusou a votar"7 (Abstenção agora é gente e pode concordar?)

"É curioso pensar que a reportagem cite o Foro de São Paulo e não faça nenhuma menção a este movimento"8 (Como alguém pode citar algo sem mencionar?)

"deve-se transformar a extirpação de clitórios"9 (Talvez nem saiba o que é um "clitório" nem um "clitóris"!)

"a polícia política soviética mudou de vários nomes"10 (Até um estrangeiro com conhecimento vago do português escreveria melhor!)

"Ser burro e falar o eco da massa é sinal clarividente de inteligência"11 (Como alguém pode "falar o eco"?)

"A média pensante de brasileiros com o estômago"12 (Há muitos brasileiros sem o estômago?)

"...a tal ciência só falta crê"13 (A quem ele chamava de analfabeto mesmo?)

Típico de um coprófago que segue Olavo de Carvalho, ridicularizado pela própria direita, por economistas como Rodrigo Constantino! Quais as leituras de Vila Nova? Paulo Coelho? Se a extrema-direita costuma alegar que o sistema de cotas nas universidades só geram "incompetentes e burros", resta perguntar, qual foi a cota do Conde? Embora possa parecer um caso isolado para alguns, esse sujeitinho não está sozinho, ele é uma caricatura perfeita da extrema-direita, um prepotente que "se acha culto e intelectual que descobriu a verdade revelada e iluminada sobre o comunismo satano-gayzista", o típico caricato que nunca leu um livro na vida e acha que vai "salvar o Brasil do comunismo", que o conhece "tão bem" quanto a sua própria gramática. Tomei conhecimento de tal indivíduo através de um recado seu no "finado" Orkut, onde este recorria a insultos de baixo calão contra mim e parentes próximos, incluindo minha própria mãe, me dando vasta munição para acioná-lo na esfera penal e civil, mas limitei-me apenas a bloquear o troll, tendo em vista se tratar de um sujeito doente. É absolutamente normal a divergência de ideias e o debate saudável, inclusive com pessoas de extrema-direita, pois isso nos possibilita conhecer suas ideias, entretanto pessoas que não tem argumentos e são despreparadas para o debate costumam adotar um tom agressivo, injurioso, calunioso, pueril, baixo e inferior. Leonardo Bruno é um advogado sem compostura, que revela qualquer total desconhecimento de sua área nos vídeos que faz, segundo alguns, sua "atividade jurídica" limita-se a cobrar cheques sem fundo de lojas paraenses. Sua atividade "intelequitual" limita-se a trabalhos de coprografia. Algumas criações de Vila Nova contém sim alguma verdade, especialmente seu vídeo onde este critica os anarcocapitalistas, entretanto ela normalmente se perde no poço de intolerância que é seu site pessoal e no Mídia Sem Máscara. Esse mau profissional não tem reverência por nada e nem por ninguém, nem mesmo aviadores escapam de seu ódio e de sua homofobia, segundo ele, em resposta a um cidadão que se identificava como aviador, este, por sua profissão, "provavelmente também deve ser um frequentador assíduo de saunas gays".

Como bom mentiroso que é, Conde diz que eu "fugi do debate no Skype proposto por ele", mas por que eu iria perder meu tempo com um extremista sem quaisquer princípios e escrúpulos morais? Uma nulidade filosófica. Um historiador formado pela UFBA, Gilberto de Oliveira, alega que chegou a tentar discutir com ele por Skype, mas Vila Nova, num ato de covardia e sem argumentos, e também sem sua coragem para xingar típica de seus escritos, atrás de um monitor, simplesmente resolveu cancelar a ligação e bloquear o historiador. Quando no Youtube este alegou que "os nazistas tinham uma aliança militar com os comunistas", aleguei o contrário e provei mostrando um artigo sobre o pacto em inglês, então o rábula(que não sabia que eu estava comentando), que talvez jamais tenha cursado Direito Internacional, alegou que "na verdade o texto original está apenas em alemão e que uma cláusula secreta falava sobre aliança militar", o que o rábula esquece é que todo tratado de direito internacional é firmado na língua dos países que o firmam, no caso do Pacto Molotov-Ribbentropp, em alemão e russo, daí postei o texto integral do pacto em russo e inglês, extraído de uma página lituana insuspeita de "partidarismo comunista", daí desarmado e sem argumentos, o que fez o nosso pombo enxadrista? Simplesmente me bloqueou e censurou meus comentários, depois foi escrever um artigo em seu blog escatológico para cantar vitória e dizer que "eu o bloqueei". Como alguém pode ser tão sem escrúpulos? É preciso lembrar da máxima da extrema-direita, "acuse-os do que você faz". O mais engraçado foi esse ter feito um vídeo comparando a minha afirmação de que a Polônia não foi invadida pelos soviéticos, dada a inexistência de um Estado polonês após a invasão nazista e o não reconhecimento das ações soviéticas como invasão pelos principais Estados europeus e mesmo pela Liga das Nações; com a invasão de tribos indígenas, que tinham uma estrutura completamente diferente do Estado polonês e que eram povos alienígenas às potências europeias que os invadiram, diferente do que houve na Polônia onde a URSS se limitou a incorporar os povos que há uma década integraram seu território e tinham com essa afinidades linguísticas e culturais(no caso ucranianos e bielorrussos).

A desonestidade do "conde de Vila Nova": quando mostrei que jamais existiu "aliança militar entre comunistas e nazistas", mas sim um tratado que falava em esferas de influência(como entre Stalin e Churchill), o caricato de direita me bloqueia e depois vai escrever um artigo dizendo que eu o bloqueei

Tal como Bertone Sousa, o Conde é desonesto, extrai trechos de textos de A Página Vermelha e manipula-os. Em seu parágrafo sobre o Holodomor, por exemplo, Vila Nova, que talvez nem mesmo sabe o que é uma pêssanka, mostra como absurdo que exista uma apologética do socialismo, mas curiosamente, o que ele e seu mestre Olavo fazem em seus sites é uma infindável apologética dos horrores do catolicismo, das cruzadas e da inquisição, alegam que foi uma "defesa contra o islamismo terrorrista", mas omitem que esses cruzados católicos invadiram e saquearam cristãos ortodoxos em Constantinopla, atacaram e incineraram cristãos ortodoxos vivos em Pskov até os cavaleiros teutônicos serem derrotados e humilhados pelo Príncipe Alexander Nevsky, da República de Novgorod. A maior hipocrisia que pode existir é um católico, membro de uma instituição que carrega nas costas a repressão, tortura e assassinato, cruzadas e inquisição, apoio aos nazistas, uma igreja facínora, querer pagar de "bom moço que acha errado e cruel matar em nome de uma ideia". Ora, logicamente, se alguém acha certo matar "em nome da fé", então esse alguém não deve achar errado "matar em nome de uma ideia". Os comunistas não tem como prioridade o uso da violência, entretanto não são tolos e não querem ser pegos de surpresa, como ocorreu na Comuna de Paris, na República Soviética Húngara, na República Soviética Finlandesa e na Polônia, onde revoluções pacíficas foram sufocadas em sangue e substituídas por regimes fascistas. E depois, quem disse que "somente revoluções comunistas matam"? Será que já ouviram falar da Revolução Americana? Como os reacionários acham que ela foi feita? Que Washington convidou todos para um banquete, pediu aos ingleses que se retirassem e então saiu distribuindo abraços e apertos de mão?

Como é típico dos artigos do "Conde de Vila Nova", não há nenhuma profundidade intelectual em suas análises históricas, ele diz por exemplo, que "existe vasta documentação sobre os crimes de Stalin na Ucrânia", mas curiosamente, com uma documentação "tão vasta", ele não nos mostra uma sequer. Para sustentar um mito criado pela Gestapo ecoado pela imprensa ocidental, ele alega em seus vídeos e artigos que "diplomatas italianos e alemães sabiam", o que não diz é que esses "diplomatas alemães e italianos" eram meros funcionários de governos nazi-fascistas que tentavam a todo custo justificar a ideia de invasão da União Soviética. Ele diz que esse "segredo foi omitido por que esses governos comerciavam com a URSS", que "a URSS armou os fascistas por causa de seu comércio", o que não diz é que toda a Europa comercializava e se relacionava com os nazistas antes da guerra, aliás, o Brasil também o fazia e em terras tupiniquins a Alemanha hitleriana era a menina dos olhos do conservadorismo brasileiro. Sem jamais ter lido a obra de Ludo Martens, este simplesmente apresenta como "refutação" o fato de que ele integrava o Partido do Trabalho da Bélgica, que "era comunista" e usando fakes até alega que "Martens recebia dinheiro da(sic) KGB". O que o caricato não sabe, é que a obra "Stalin, um novo olhar" foi escrita em 1993 e publicada em 1994, o KGB foi extinto em 1991, e nessas alturas, aliás, já não era um órgão de "combate à contrarrevolução", mas que até teve um papel ativo na contrarrevolução na Romênia em conjunto com a CIA, que levou à derrubada de Ceausescu. Mas o principal, o Conde não toma em conta que diferente de autores anticomunistas, cujas obras são predominantemente compilados empíricos(que não raramente incluem aí nazistas e colaboradores ), obras de autores comunistas como Ludo Martens ou mesmo de autores neutros como Domenico Losurdo são resultado de ampla pesquisa epistemológica. Assim, por exemplo, a obra de Ludo Martens cita em inúmeras oportunidades historiadores renomados como o Dr. John Arch Getty Jr., embaixadores americanos como o Dr. Joseph Davies, jurista, além de profissionais que estiveram na URSS e lá moraram, além de historiadores russos e mesmo americanos anticomunistas como Robert Conquest, é fruto do diálogo com vários autores, e não mero "panfletarismo" ou "proselitismo" como aquele que o advogado embusteiro faz em sítio virtual. Mas certamente seria demais exigir que uma ameba "intelectuóide" saiba o que é uma "citação bibliográfica", uma "pesquisa bibliográfica", epistemologia. Conde assim age por que é ignorante, Bertone Sousa o faz por que é desonesto. O trabalho de Ludo Martens, um médico humanista que por anos trabalhou no Congo, defendendo os direitos dos negros, um gigante da história e da humanidade, diferentemente desses homúnculos anticomunistas, é um trabalho sério impassível de críticas baratas e infundadas oriundas de uma mente insana e apedeuta anticomunista.

Mas para Vila Nova, conforme este mesmo alega em um de seus artigos, "tudo é válido na guerra pela propaganda", inclusive mentir, falsificar fatos ou adotar como "fonte de credibilidade" autores que comprovadamente utilizam como fontes neonazistas, autores como Viktor Suvorov(Vladimir Rezun), que em "O Exército Vermelho por dentro" declara abertamente seu respeito pelo general Andriey Vlassov, desertor do Exército Vermelho que sob a tutela de Himmler montou um exército colaboracionista de russos, o ROA, para exterminar seu próprio povo, mas ao fim da guerra acabou sendo capturado, processado, julgado e condenado à forca na Praça Vermelha. Querer entender o "socialismo de cerco"(empregando a expressão cunhada por Michael Parenti) pela opinião de nazistas ou mesmo de historiadores anticomunistas ocidentais é o mesmo que querer entender os judeus por autores nazistas ou querer uma opinião sobre a república vinda de um autor monarquista, as chances da opinião ser tendenciosa e mesmo falsa são imensas.

Bertone Sousa e Leonardo Bruno são como Ivan Karamazov e Smerdyakov, personagens do romance de Dostoyevskiy, Os Irmãos Karamazov, um é o autor intelectual do crime, outro o seu executor, comparar os dois é comparar o obnóxio com o ignóbil, qual deles é o pior? O "conde" e o "ex-toureador" repetem em uníssono que "o comunismo é pior do que o nazismo", este último um regime de extermínio de eslavos, negros e judeus, ambos são fanáticos, que veem no comunismo "o mal encarnado"... Ambos são agressivos e intolerantes para com quem apresenta fontes diversas das suas, são sectários, brutos, vis, fracos e inferiores! Qual a diferença entre os dois? A lógica nos ensina que até um criminoso pode falar a verdade, e alegar o contrário é falácia ad hominem. O conde, do alto de seus devaneios, diferentemente de Bertone, ao menos tem a coragem para se assumir como extrema-direita, ao passo que este último, seja por sua covardia e aparente tentativa de "ficar em cima do muro", se recusa a fazê-lo e mesmo, hipocritamente, ataca quem o faz chamando-os de "fascistas"(característica nele facilmente constatada). Bertone diz que A Página Vermelha é uma "MSM num polo oposto", mesmo se isso fosse verdade, é melhor estar no polo oposto do que estar num mesmo polo com um tabardo diferente. O conde não apenas tem a hombridade de se reconhecer como "direita", como também percebe e mesmo elucida de forma brilhante as ideias de Bertone como "de direita". O erro maior de seu artigo, além dos ataques pessoais ao autor desta página, é apresentar Bertone como um "esquerdista incurável", visto que seu artigo mostra justamente o oposto sobre o ex-toureador. Também há que admitir que o conde acerta quando diz que "Bertone faz sim proselitismo", proselitismo do anticomunismo e de ideias claramente fascistas, algo feito indiretamente citando autores que tem por base colaboradores de nazistas e censurando toda e qualquer opinião que lhe é contrária, incluindo de professores e jornalistas, chamando de "burra e desmiolada" uma mulher que ousa dizer que "seu site perdeu a credibilidade", assim demonstrando sua face intolerante e autoritária para com as mulheres. Nesse quesito, ao menos o conde é menos seletivo ao emitir seus preconceitos.

Ambos são duas nulidades filosóficas, são elementos de periculosidade para a sociedade que num sistema socialista seriam a justo título removidos do convívio social por divulgar o ódio, a mentira, a desinformação, o machismo e a intolerância, por agirem como inimigos do povo. O Conde atinge principalmente os ignorantes e jovens sem cabeça formada, o ex-toureador atinge principalmente um público intelectualizado uma vez que está numa instituição de ensino superior. Ambos são perturbadores da paz, são antidemocráticos e suas ideias são funcionais apenas para extremistas de direita, para fascistas clericais e hordas de ignorantes que poluem o universo virtual. Para Edgar Morin, antropólogo e sociólogo, o homem tem a necessidade de "olhar e ser olhado", alguns querem ser olhados por fatores positivos, uma criação, seu altruísmo, pela beleza... os comunistas querem ser vistos por criar uma sociedade melhor e são bem vistos por aqueles que trabalham por seu combate e triunfo sobre o fascismo, pela promoção de políticas sociais voltadas para o obreiro e o campesino, pela sua defesa da paz; outros querem ser vistos por fatores negativos, seja o barulho de seus automóveis com escandalosas caixas de som, por suas extravagâncias feitas com altas somas de dinheiro ou pelo seu ódio desmesurado e fascismo.

Numa sociedade capitalista e desumana, sem dúvidas o grande vencedor é o "conde" Leonardo Bruno, pois com toda a sua histeria e esquizofrenia elitista ele ganha pleno espaço na mídia. Direita ajuda direita! O autor de A Página Vermelha já tentou, sem sucesso ter artigos publicados em revistas como a Carta Capital, Resistir.info, no Opera Mundi(que a direita curiosamente tacha de "leninista"), sempre sem sucesso, artigos enviados sem qualquer resposta, mas para ser justo, o autor de A Página Vermelha já teve artigos publicados em revistas de esquerda... do Canadá! O advogado de extrema-direita não apenas aparece positivamente nas páginas do Estadão, como é convidado para palestras e mesmo para um dos mais renomados jornais de direita, o Mídia Sem Máscara, talvez no Brasil o braço direito de Olavo de Carvalho. Um fato não pode ser negado, o troll pode cantar vitória, pois tem seu lugar ao sol! E ainda há energúmenos que acreditam que "vivemos numa ditadura comunista".



3- DE OLIVEIRA, Leonardo Bruno. Mentiras carnavalescas. Em http://cavaleiroconde.blogspot.com.br/2011/03/mentiras-carnavalescas.html
4- O endereço original da citação foi retirado do ar, entretanto, o Orkut ainda disponibiliza um registro dela em http://www.orkut.com.br/Main#UniversalSearch?searchFor=F&cmm=9009222&q=conde
5- ibid


Enquanto a extrema-direita sempre foi uma divulgadora do ódio travestido de "cristandade", da intolerância, seja ela a do "Orgulho LGBT" ou do "Orgulho hetero", os comunistas sempre exaltaram a criatividade, a amizade dos povos e o respeito pelos obreiros e campesinos, perseguindo como meta a criação de um novo homem:

sábado, setembro 21, 2013

IMAGEM DA SEMANA



Você sabia que enquanto você diz que "a Alemanha Oriental(socialista) não prestava por que não tinha BMW", milhares de brasileiros ainda moram como essa senhora do interior do Maranhão?

quarta-feira, setembro 18, 2013

BRASIL: "Liquidar o PT seria como matar Hitler", alega publicitário


Por V. Tavares


Para o publicitário Enio Mainardi, não bastou ter feito um mal ao mundo ao colocar neste o seu filho Diogo Mainardi, também é preciso defender publicamente o ódio, graças ao qual surgem no Brasil organizações extremistas, neofascistas, que agridem fisicamente membros do Partido dos Trabalhadores, organização política que atualmente detém o poder na República Federativa do Brasil.

A postagem do publicitário começa com o famoso mantra, segundo Stalin foi "malvado e cruel e por isso matou milhões", daí coloca Lula como seu par e depois compara-o a Hitler. Essa colocação insensata é uma prova de que antistalinismo é anticomunismo, e anticomunismo é um flagelo, uma doença, que, como bem alerta Michael Parenti, não é apenas um "sentimento contra as ideias de Marx e Engels", mas uma compulsão, um impulso contra qualquer política ou ideia nacionalista, desenvolvimentista, socialista, comunista, social-democrata ou populista que extremistas enquadrem como "comunistas". Para a direita americana, por exemplo, "miscigenação é comunismo"(coitados dos brasileiros, num país cheio de comunistas). Isso não se dava por que esses "gostavam do comunismo", mas do contrário, por que abominavam a miscigenação e o comunismo, razão pela qual equiparavam o primeiro ao este último.


Discursos de demonização do comunismo e de Stalin são um mantra da extrema-direita, cujo "argumento" é apenas o ódio e a mentira. Será que alguém já viu algum direitista engajado na luta contra o racismo, o sexismo, a desigualdade social ou por qualquer outra bandeira progressista? Não, apenas sabem espumar feito cães raivosos, histéricos incapazes de olhar além do próprio umbigo e movidos por seus próprios preconceitos. O que se pode aprender com a direita? Será que o Brasil realmente precisa deles? Melhor seria que se mudassem para outra galáxia!



sábado, setembro 14, 2013

MOVIMENTO: Como é a juventude nos países socialistas

Por Cristiano Alves


Qualquer indivíduo com mais de dois neurônios sabe que existe uma intensa campanha difamatória contra uma sociedade livre, democrática voltada para a satisfação dos interesses dos trabalhadores, isto é, contra uma sociedade socialista, para isso criando vários mitos e não raramente mesmo comparando jovens comunistas a "jovens nazistas". De fato, juventudes comunistas, nazistas e mesmo escoteiros de países capitalistas tem um elemento em comum que é sua disciplina, e isso advém da hierarquia militar, instituição anterior a todos esses sistemas político-ideológicos, e não é por que um leão e um rato tem quatro patas, que leão é um rato.

O grande magíster alemão, o Dr. Karl Heinrich Marx e seu camarada Friedrich Engels, também filósofo, enfatizaram em suas obras, especialmente em O manifesto comunista, a necessidade da "solidariedade entre os trabalhadores", isto é, um espírito de entreajuda, um sentimento de bondade para com os membros da sociedade, da comunidade, ao contrário do sistema capitalista, onde vigora o princípio do individualismo, do elitismo, mãe do racismo e do sexismo. Note-se ainda que Marx não falou em "solidariedade entre os trabalhadores alemães", ou "solidariedade entre os trabalhadores arianos", ele falou em solidariedade entre os trabalhadores, independente de origem nacional, cor da pele, credo, etc. Com a consolidação da Revolução Socialista em países como a URSS, Alemanha, Cuba e outros, apresentou-se como tarefa fundamental o desenvolvimento de um espírito de solidariedade entre a juventude, de modo a adaptá-las para o convívio harmônico na nova sociedade, criando assim um novo homem. Nos vários países socialistas e de democracia popular surgiram órgãos da juventude conhecidos como "pioneiros", similar aos escoteiros ocidentais, só que bem mais abrangentes e mais ricos ideologicamente, uma vez que tinha por um de seus objetivos a difusão das ideias marxistas-leninistas entre as crianças de 7 a 14 anos. Na organização, aprendiam noções de política internacional, a condenar a guerra imperialista, o racismo e outros males, abrangendo um grande número de crianças. Também aprendiam a cantar canções socialistas. Uma vez que amadureciam, ingressavam noutra organização voltada para a juventude comunista, que na maioria dos países compreendia jovens de 15 a 25 anos. Para citar algumas mais célebres, na URSS formou-se a Komsomol, na Alemanha Oriental o FDJ, na Hungria popular o KISZ e em Cuba a UJC. As atividades de uma juventude comunista envolvem além do estudo ideológico, acampamentos, música, festivais recreativos, turismo e intercâmbio cultural. Era comum, por exemplo, que jovens comunistas alemães do leste recebessem estudantes do continente africano, visto como a vanguarda da luta contra o imperialismo e o neocolonialismo, essa mesma juventude, ao contrário da juventude nazista, versada em nefastas ideologias de superioridade racial, declaravam em suas marchas e canções sua "amizade para com os soviéticos". A juventude comunista sempre foi uma "reserva" para o Partido Comunista nos vários países em que existiu, bem como uma força de transformação da sociedade. Atividades como o trabalho voluntário em finais de semana em fábricas e fazendas sempre foi encorajado por tais órgãos, ou ainda limpando ruas de cidades ou pintando faixas de pedestres, atividades ainda comuns em Cuba e Belarus.

- Komsomol(URSS)

A Komsomol(abreviação de Komunisticheskaya molodyoj, isto é, juventude comunista), também representado pela sigla VLKSM, seguia além da ideia comunista, a ideia de "viver corretamente". Na organização comunista era desencorajado o alcoolismo, o cigarro, palavrões e a religião, além de atividades apresentadas pelos bolcheviques como "hooliganismo". A alternativa proposta pela organização eram os esportes, o trabalho voluntário e clubes artísticos. A seus membros era garantido um emprego compulsório.

A Komsomol soviética chegou a ter jornais como o Komsomolskaya Pravda(A verdade da Komsomol), a fundar cidades como Komsomolsk na Amure e mesmo a fazer filmes por conta própria como o mais célebre filme artístico V nebo nochnye vedmy, sobre as aviadoras soviéticas que combateram os fascistas durante a IIGM, as "Bruxas da Noite".

Além de todas essas atividades, os jovens comunistas exerceram um grande papel durante a IIGM, muitos sendo condecorados com o título e a medalha de Herói da União Soviética. O mais célebre nome, certamente, foi o de Zoya Kosmodemyanskaya. Estudante secundarista e membro do Komsomol, ela foi voluntária para a luta de guerrilhas atrás das linhas inimigas, em território ocupado pelos fascistas, atividade que envolvia enormes riscos e exigia muita coragem, uma vez que envolvia uma nova modalidade tática que na época era novidade, o salto de paraquedas. Após êxitos em várias missões, Zoya foi capturada pelos fascistas, após ser delatada por um companheiro seu que fora torturado. Mesmo sob tortura, Zoya não traiu seus companheiros, razão pela qual foi enforcada pelos fascistas e teve seu corpo esquartejado a golpes de machadada, enquanto seus carrascos riam e bebiam. Uma vez identificado pela inteligência militar do Exército Vermelho, a unidade do exército alemão responsável pela barbárie foi atacada e Stalin emitira uma ordem aos seus soldados que não poupassem qualquer militar de tal unidade, inclusive os que se rendessem.

Algumas canções do Komsomol:

Lenin, Partido e Komsolmol(aqui os jovens comunistas usam uniformes do Komsomol e roupas típicas das nacionalidades que integravam a URSS)


E a batalha continua("Conosco está a juventude de todo o planeta, nosso destacamento de construtores")



- FDJ(Alemanha Oriental)

"Jovens adultos, levantem-se, a noite cruel acabou", assim se inicia uma famosa canção da Juventude Livre Alemã(em alemão, FDJ), a prova de que o sistema social socialista pode arrancar um país da obscuridade, do fascismo, e torná-lo um país livre, socialista. A juventude comunista alemã, antifascista, a exemplo da juventude comunista soviética, incorporou os ideais socialistas e o "modo de vida correto". Além de várias atividades esportivas e trabalho voluntário, os jovens comunistas alemães também desenvolviam concertos de rock, muitos patrocinados pelo poder público socialista alemão. A mais célebre integrante do FDJ foi sem dúvidas a atual chanceler alemã Angela Merkel.

Parada da FDJ em Berlim Oriental, em 1950, muitos deles desportistas


Vídeo que apresenta a juventude comunista alemã em 1950 como construtores de uma nova sociedade. Em seu congresso participam jovens da União Soviética e da Ásia.


Evento musical da juventude comunista alemã em 1987, em Leipzig, assistida pelo então presidente alemão Erick Honecker


Bau auf, a canção do construtor


Hino da Alemanha Oriental, com imagens da juventude comunista


- KISZ(Hungria)

A Liga da Juventude Comunista(KISZ) foi formada em 1957, dada a necessidade de um órgão para difusão das ideias comunistas no país, que no ano anterior foram colocadas em risco após uma tentativa de golpe organizada pelos partidários do Almirante Horthy, que nos anos da guerra foi um aliado fiel de Adolf Hitler. A exemplo das juventudes comunistas de outros países, o KISZ promovia o esporte e a cultura, tendo criando canções que até hoje são conhecidas por milhares de húngaros, muitas remasterizadas nos anos 90 em um disco bestseller chamado "Best of communism".

O KISZ forma uma unidade


A luta não pode parar


Cantemos a canção(Coletânea de canções revolucionárias)


Lenin dal(A canção de Lenin): "As correntes nos pés pesaram, mas com orgulho o povo as arrancou, viva o herói que por nós sua vida sacrificou, Lenin, viva o povo e Lenin!"



- UJC(Cuba)

A Juventude Comunista Cubana, a exemplo das demais juventudes comunistas, promove atividades de teor cultural e esportivo. Com mais de 50 anos, celebra sua existência com tribunas anti-imperialistas e concertos de música latina. Seu mais célebre membro é o jovem Elián González, que preferiu ir morar em Cuba a viver na ditadura imperialista americana, hoje também oficial do Exército Cubano.

Informe sobre os 50 anos da UJC



Reportagem da Telesur sobre o aniversário de 50 anos da UJC



Só o socialismo apresenta um novo caminho para a humanidade!

domingo, setembro 08, 2013

FARSAS: Proibição de Bíblias na Coreia do Norte, mito ou verdade?

Por Cristiano Alves


Imagens como essa são compartilhadas em redes sociais como suposta "prova da perseguição de cristãos na Coreia"

É comum encontrar compartilhamentos em redes sociais e sites politicamente motivados, fotos como essa que mostram supostas "execuções de cristãos na Coreia do Norte que violam os Direitos Humanos". Mas essas informações e essa foto são mito ou verdade?

Essas informações e a foto são um mito! A foto acima, nitidamente uma montagem, mostra guardas com uniformes comunistas chineses, e não norte-coreanos, isso fica evidente no seu estilo de quepe, ademais os guardas foram incluídos por montagem. Que tipo de soldado ficaria em frente a um fuzil durante um fuzilamento?

Tal como a imagem, a informação de que "Bíblias são proibidas" também é um mito. Se é proibida a Bíblia, que lei a proíbe? Qual decreto? Qual portaria? Ademais, contra fatos não há argumentos! O vídeo abaixo, filmado numa igreja ortodoxa em Pyongyang mostra uma missa onde a Bíblia é lida. A igreja encontra-se atuante há mais de 5 anos no país, desde os tempos de Kim Jong Il. Percebe-se no vídeo a participação de clérigos russos e coreanos:









Não se deixe enganar! Sempre duvide, investigue e só então forme uma opinião sobre as "informações" que receber! A rede mundial, os jornais e a TV estarão sempre prontos para enganar você!

sábado, setembro 07, 2013

MUNDO: José Mujica: "Único bombardeio admissível seria de leite em pó e biscoitos"

Do portal Opera Mundi




Em meio ao clima de tensão no Oriente Médio com a possibilidade de intervenção militar na Síria, José Mujica ironiza: “O único bombardeio admissível seria de leite em pó, biscoitos e comida”,disse.

O presidente uruguaio defende que uma ação militar não é o melhor caminho para solucionar o conflito civil no país. “Isso seria tentar apagar uma fogueira colocando mais combustível”, argumenta em referência ao plano norte-americano de intervenção. “A guerra não se resolve introduzindo mais guerra. Isso leva a situação para um caminho de conflitos intermináveis que promove um profundo ressentimento que vai transformar em luta e resistência “aqui e ali”, reitera em entrevista a uma emissora local do Uruguai.

Citado pela imprensa espanhola neste sábado (07/09), o presidente uruguaio fez referências na história contemporânea para argumentar os impactos negativos da guerra. “Cada uma das tentativas nos últimos 30 anos de impor a democracia ocidental - da forma como conhecemos –, na Ásia ou no mundo Árabe, teve o resultado semelhante de sacrifício e dor”, analisou ao El Pais.

Na contramão de Mujica, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu hoje (7) aos membros do Congresso que não fechem os olhos ao uso de armas químicas na Síria. "Nós somos os Estados Unidos. Não podemos ficar cegos diante das imagens da Síria. É por isso que peço aos membros do Congresso, dos dois partidos, que se unam e ajam para promover o mundo onde nós queremos viver, o mundo que queremos deixar aos nossos filhos e às futuras gerações", disse Obama, que procura o apoio do Congresso para ataques militares à Síria. O presidente falou à população em um programa semanal de rádio.

O Congresso norte-americano deve começar, na segunda-feira (9), a debater os ataques defendidos por Barack Obama como reação ao uso de armas químicas no dia 21 de agosto, nos arredores de Damasco, capital síria, pelo qual responsabiliza o regime do presidente Bashar Al Assad.

DEBATE: Bertone Sousa, o ex-toureador ataca de novo

Por Cristiano Alves

O artigo abaixo é uma tréplica de um artigo denominado "Cristiano Alves: um stalinista incurável", escrito por um charlatão denominado Bertone Sousa. Ele traz uma série clichês comuns à direita, alguns sem qualquer laivo de veracidade, apresentado pelo professor da UFT e histérico anticomunista.




Alguns leitores devem ter tomado conhecimento de um certo "Bertone Sousa", indivíduo prepotente, histérico ante a ideia de que a dogmática anticomunista na qual crê cegamente, tal como um cálculo matemático, na realidade carece de veracidade e de provas. De fato, comentando com alguns amigos historiadores apresentei o blog de tal sujeito e citei o seu artigo. Estes, ao tomar conhecimento do dito cujo, rapidamente duvidaram do diploma do sujeitinho citado, um deles, o historiador e professor formado pela UFBA Gilberto Oliveira, inclusive chegou a pesquisar sobre o sujeito, duvidando de que realmente fosse historiador. Percebeu o historiador baiano que o o ex-toureador Bertone formou-se recentemente pela UFMA. Ainda, desmantelou o mito de que "Stalin matou milhões", citando professores seus que apoiaram-se em dados estatísticos já citados em outros artigos em A Página Vermelha.

Aqui um exemplo do nosso professor "moderado" e machista numa resposta desproporcional a uma das críticas de seu artigo, a doutora Angela, advogada catarinense, a quem ele insulta como "burra e desmiolada", ao estilo "Conde Vila Nova"

Ao que parece, o tal Bertone Sousa, revoltado com o tom do artigo, que nitidamente desmascara quase todas as suas mentiras, deixando algumas passar em razão do tamanho da discussão e já esperando um artigo contra este site, resolver escrever um artigo injuriante e difamatório denominado "Cristiano Alves, um stalinista incurável", como se isso fosse uma doença. De fato, a maioria das pessoas que defende o marxismo-leninismo, isto é, as ideias de Marx, Engels, Lenin e Stalin são chamadas de "stalinistas", geralmente em tom pejorativo, para apresentar tais indivíduos como sendo "a extrema-esquerda", "nazistas vermelhos". Certa vez, o marxista-leninista britânico William "Bill" Bland mencinou numa palestra à Sarat Academy cujo tema era "stalinismo", que não existe "stalinismo, mas marxismo-leninismo", entretanto, como bem ensina o magíster britânico "não há maior honra para alguém que aspira ser um grande marxista-leninista do que ser chamado de stalinista".

"Não há maior honra para alguém que aspira ser um grande marxista-leninista do que ser chamado de stalinista" William Bland

É sabido que a maioria das pessoas conta em média quatro mentiras em um período de dez minutos, todavia Bertone Sousa não é apenas um mal profissional, um palpiteiro desequilibrado, como é principalmente um mau caráter, razão pela qual mente compulsoriamente em seu texto "Cristiano Alves: um stalinista incurável". Como prova de uma mentira contada por Bertone Sousa temos aqui a seguinte sentença em seu artigo supracitado:

"Primeiro ele tentou dizer que não havia antissemitismo na União Soviética. Quando lhe provei que houve, ele mudou de assunto"

Ora, qualquer pessoa que tenha acessado ao artigo "Lenin e o comunismo", de B. Sousa, e seus comentários fica convidada a encontrar nele qualquer referência a antissemitismo. Em nenhum momento Bertone "provou que houve antissemitismo na URSS", e em nenhum momento foi "mudado de assunto". Basta ir no artigo "Lenin e o comunismo", digitar "CTRL+F" e entrar com as palavras chaves "antissemitismo" ou "anti-semitismo", no máximo irá encontrar na página do ex-toureador quatro referências para a palavra "judeu" que nada tem a ver com a afirmação de Bertone. Aliás, se o nosso ex-toureador tivesse se atrevido a fazer tal afirmação, isso seria um prato cheio para esculachá-lo e denunciá-lo como charlatão, mentiroso e mau caráter que é! Será que B. Sousa tem alguma noção do que é "antissemitismo"? Vejamos aqui uma citação de um célebre antissemita alemão:

"Judeus e mosquitos são incômodo para a humanidade, que deveria se livrar deles de um jeito ou de outro... eu sugiro que o melhor seria o gás"1

Agora comparemos essa citação, do Kaiser Guilherme II, com uma resposta de Stalin a uma organização judaica norte-americana:

"Em resposta à sua pergunta: O chovinismo nacional e racial é um vestígio de costumes misantrópicos característicos do período do canibalismo. O antissemitismo, uma forma extrema de chovinismo racial, é o mais perigoso vestígio do canibalismo. O antissemitismo é a vantagem dos exploradores, tal como um condutor de energia que visa atingir o povo trabalhador no capitalismo. O antissemitismo é perigoso para o povo trabalhador por ser um falso caminho que os leva os retira da estrada correta e os põe na selva. Assim, os comunistas, como consistentes internacionalistas, não podem ser senão inimigos jurados, irreconciliáveis, do antissemitismo. Na URSS o antissemitismo é punido com a as mais severas leis tal como um fenômeno profundamente hostil ao sistema soviético. Sob a lei da URSS, antissemitas ativos são passíveis de pena de morte"2

Como vemos aqui, o Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética e premier do Estado soviético menciona ser o antissemitismo passível de pena de morte, normalmente efetuada através de fuzilamento com um tiro na nuca por um agente carcerário.Vale lembrar que ainda em 1917, quando era o Comissário do povo das nacionalidades, Stalin redigiu a "Declaração dos povos da Rússia"3, na qual exigia em seu programa o fim dos pogroms, a autodeterminação dos povos, a abolição dos privilégios nacionais e a liberdade das minorias étnicas. Mas Stalin não era um "satânico antissemita"? Que "satânico antissemita" é esse que não apenas reitera a pena de morte para antissemitas ativos como também defende a liberdade das minorias étnicas? Embora isso soe como um lugar comum, é um fato que Stalin teve por genro um judeu, o político soviético Lazar Kaganovich, que casou-se com sua filha Svetlana Stalin. Como se isso não fosse suficiente, é interessante lembrar que o primeiro "Estado judeu" foi construído durante a época de Stalin, a República Socialista Soviética Autônoma dos Judeus, com a capital em Birobidjan, a "Palestina Soviética", que não confiscou terras de povos nativos e nem expulsou árabes ou asiáticos de suas casas. Tratou-se de um projeto com o intuito de reparar os judeus pelos pogroms antissemitas contra ele promovidos e fomentados pelo tzarismo, e de colonizar áreas no extremo-oriente soviético, numa zona longe de conflitos onde os judeus poderiam ter vivido em paz sem tomar terras árabes. As escolas de Birobidjan inclusive davam aulas em ídiche, e suas ruas eram limpas e planejadas. Não se pode olvidar que foram as tropas do Exército Vermelho que, sob o comando do Generalíssimo Stalin, libertaram milhões de judeus aprisionados em campos de concentração da Alemanha nazista, um fato histórico que jamais foi esquecido até mesmo por judeus ocidentalistas. Mesmo Holywood, descrito pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva como um "campeão de anticomunismo", rendeu suas homenagens ao Exército Vermelho em clássicos do cinema agraciados com o Oscar como "A lista de Schindler"(um dos fatores que despertou no autor desse texto sua simpatia pela URSS, Stalin e as ideias comunistas), do diretor judeu Steven Spilberg, quando um oficial comunista, do alto de seu cavalo, proclama "Vocês foram libertados pelo Exército Soviético!"; no filme "Um sinal de esperança"(Jacob, the liar), estrelado por Robin Williams, quando um comboio lotado de prisioneiros judeus a caminho de um campo de concentração é parado por tanques soviéticos; e por filmes como "O pianista", que descreve a saga de um pianista judeu polonês que no final é libertado pelo Exército Soviético. Até mesmo o cinema alemão, no famoso filme "Europa Europa", baseado no testemunho de um judeu sobrevivente do Holocausto que fingiu ser nazista para não ser executado, lembrou da libertação dos judeus promovida pelo Exército Vermelho. E só para ressaltar que Bertone Sousa não passa de um mentiroso patológico, típico fascista, vale lembrar que a URSS, sob o governo de Stalin, foi um dos Estados que votou na ONU a favor da criação do Estado de Israel. 


Foto da estação de trem de Birobidjan, capital da "Palestina Soviética". Milhares de personalidades judaicas galgaram ocuparam posições de destaque na União Soviética, um dos comandantes da defesa da Fortaleza de Brest, o comissário Fomin, recebeu o título e a medalha, post mortem, de Herói da União Soviética. A despeito disso, os anticomunistas insistem no mito de que "Stalin era antissemita".

Diante de mentiras tão descabidas e desnecessárias, vale questionar de onde Bertone Sousa tira seus "fatos históricos"? Do papel higiênico? Do vaso sanitário? Qual será a próxima invenção de Bertone referente aos "mirabolantes crimes de Stalin"? Dizer que Stalin perseguia negros? Que a Inquisição Espanhola foi criada por Stalin(já que foi seminarista)? Que foi Stalin que idealizou o lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki? Que foi Stalin que escreveu "O martelo das feiticeiras"4??? Que foi Stalin que esquartejou Tiradentes? Que o touro-de-bronze e o pau-de-arara foram inventados por Stalin? Quais são os limites de um mentiroso, se é que existe algum? Tal como Olavo de Carvalho, com suas alegações absurdas de que Stalin e Mao eram "pedófilos homossexuais", comentar as alegações feitas por Bertone Sousa é uma tarefa mais apropriada para um psiquiatra! Aquele que mente mata uma parte da humanidade, ao que parece o nefasto autor que se denomina "historiador", um insulto a qualquer historiador sério, não aprendeu essa lição, faltando com a verdade compulsoriamente tal como uma "olavete". E este ainda tem a indecência e o cinismo de comparar A Página Vermelha ao site "Mídia Sem Máscara".

Bertone Sousa acha que "existe uma conspiração contra sua pessoa", que existe um "complô para chamá-lo de fascista por que ele não se ajoelhou ante um retrato de Stalin". Não se trata disso, nem esse foi o objetivo do autor ao convidá-lo para conhecer A Página Vermelha e ao apresentar historiadores que demonstram que ele está errado, nem mesmo se trata de "proselitismo", mas de uma questão de justiça. Alguns indivíduos podem perguntar: "como alguém pode admirar Stalin"? A essa pergunta, vale responder com a citação de uma senhora polonesa de origem judia que combateu os fascistas alemães: "mas como podemos não apoiar Stálin, ele que construiu o socialismo, que derrotou o fascismo, que encarnou todas as nossas esperanças?"5 Bertone acha que "é preciso ser stalinista para enxergar positivamente a Era Stalin", a isso vale citar um autor que durante praticamente toda a sua vida escreveu o que pensava de pior sobre o "malvado stalinismo", que no auge de sua juventude mesmo chegou a tramar um atentado contra Stalin e quase chegou a tirar-lhe a vida, Alexander Zinoviev. Este senhor, vivendo na Alemanha Ocidental, percebeu a catástrofe que foi o fim da URSS para seu país e escreveu:

"Fui um anti-stalinista convicto desde a idade de 17 anos. A ideia de um atentado contra Stálin invadia os meus pensamentos e sentimentos. Estudamos as possibilidades “técnicas” de um atentado. E passamos à sua preparação prática. Se me tivessem condenado à morte em 1939, essa decisão teria sido justa. Eu concebera o plano de matar Stálin e isso era um crime, não?
Quando Stálin ainda estava vivo, eu via as coisas de outro modo, mas agora que posso sobrevoar este século, digo: Stálin foi a maior personalidade do nosso século, o maior gênio político. Adotar uma atitude científica a respeito de alguém é diferente de manifestar uma atitude pessoal"6

Se o turrão Bertone Sousa suja suas calças só de pensar que pode estar errado, ou tem pesadelos onde "stalinistas comem criancinhas", este poderia tentar pelo menos tentar ler um autor americano chamado Joseph Davies. Davies não era "stalinista", nem mesmo comunista, aliás, como ele mesmo descreve em seu livro, foi formado com "os valores americanos". Ele fora o embaixador dos Estados Unidos na União Soviética, viajou por todo o país, que para ele era exótico, e se deu conta de como as coisas realmente funcionavam lá. Não se tratava de "um bêbado dopado por Yuriy Bezmenov" que passou anos embriagado, mas de um jurista, advogado, lúcido e sóbrio. Em sua obra "Missão em Moscou", transformada em filme, inclusive, Joseph Davies, que assistiu aos julgamentos dos Processos de Moscou, refuta a ideia de que "os Processos de Moscou foram um julgamento-farsa", além disso ele declara, ante outras autoridades que assistiram aos julgamentos, que o depoimento dos acusados pareceu-lhe sincero, isso em se tratando de um advogado com mais de 20 anos de experiência! 


Sobre os Processos de Mosocou, vale lembrar, o historiador britânico Eric Hobsbawm apresentou-os inclusive como uma forma que Stalin encontrou para "combater a burocracia" em sua obra "A Era dos Extremos", já mencionada e inclusive criticada num artigo em A Página Vermelha. As ligações dos acusados nos Processos de Moscou com círculos nazistas já foi exposta em obras como "A grande conspiração: a guerra secreta contra a Rússia Soviética", de Michael Sayers e Albert E. Kahn. Mas como o ex-toureador parece não ler nem gibi, ele prossegue em seus devaneios:

"Politzer foi executado pela Gestapo, portanto não viveu o suficiente para ver Kruschev denunciar os crimes do stalinismo no XX Congresso do PCUS em 1956."

Agora vale perguntar, será que B. Sousa realmente teve a curiosidade de investigar o discurso de Hruschov para afirmar tamanho disparate? O discurso de N. S. Hruschov foi sem dúvidas o discurso mais importante do século XX, pois ele conseguiu dividir, por assim bem dizer, um império que envolvia 1/3 do globo, isto é, o império do socialismo, que abriu as portas para a construção de um novo mundo sem miséria e sem fome. Esse congresso do PCUS, diferente de todos os outros anteriores a ele, foi feito a portas fechadas, trancadas, enquanto seu conteúdo era transmitido diretamente para jornais como o The New York Times, e por quê? Stalin tinha uma enorme popularidade na União Soviética, além de ser associado à vitória antifascista, seu governo tirara milhões de pessoas da mais absoluta miséria e ignorância, o país tornara-se uma das principais potências mundiais e assustava o mundo imperialista por causa de seu poderio, fosse ele militar ou de suas ideias. Hruschov, conforme se sabe, iniciara nos anos 30 um "culto da personalidade" em torno de Stalin, era um bajulador que visava depois caluniá-lo, como fez Roberto Jefferson contra o ex-presidente Lula antes de acusá-lo como o chefe do mensalão, por não conseguir seu apoio durante seu julgamento. Hruschov não era teórico e era conhecido por suas decisões autoritárias, sem adotar o princípio de "liderança coletiva", não tinha carisma, vindo a ganhar algum após o sucesso do programa das "Terras virgens" no Cazaquistão e do sucesso do Sputnik e do voo histórico de Yuri Gagárin, primeiro homem no espaço. Ele também tinha um projeto econômico diferente que visava fortalecer "capitalistas enrustidos", diretores corruptos de fábricas estatais, elevar sua posição no Estado Soviético, exatamente por isso ele não apenas defendeu teorias estranhas ao marxismo como o "partido de todo o povo"(inclusive dos remanescentes da burguesia, e não "do proletariado"), do "fim da luta de classes"(o que possibilitou a ascensão de burocratas pró-capitalistas) e da chegada iminente ao comunismo, quando o país ainda desenvolvia suas forças produtivas. A fim de apagar o legado marxista-leninista da direção anterior, Hruschov convocou o XX Congresso do PCUS, fazendo uma série de acusações contra Stalin. Qualquer indivíduo com o mínimo senso de racionalismo sabe que acusações só tem alguma valia quando são reforçadas por "provas", diccere et non probare est non diccere, o que não foi o caso do discurso de Hruschov. O professor da Montclair University, Grover Furr, analisou todas as acusações de Hruschov e lançou um livro que tornou-se best-seller na Rússia(Grover Furr é fluente em russo), o livro se chama Antistalinskaya podlost(Vilania antistalinista), e em inglês se chama "Hruschov Lied"(Hruschov mentiu). Em sua obra, Grover Furr prova que mais de 60 das acusações feitas por Hruschov eram falsas! Isso explica bem por que Hruschov organizou tal congresso "às escondidas". Este evento, conforme se sabe, foi um "Cavalo de Tróia" dentro do movimento comunista internacional, tendo se espalhado como um vírus por quase toda a esquerda mundial, dividido e enfraquecido partidos e reforçando as posições ideológicas do anticomunismo. Ele repassou aos PCs mundiais uma linha de abandono da luta de classes, de rejeição do "stalinismo" e por conseguinte do socialismo científico por si só. O discurso de Hruschov pode parecer aos incautos como uma "crítica da esquerda pela esquerda", entretanto não passa de vigarice de um revisionista que criou as condições para demolição do primeiro Estado socialista. Já em sua época ele fora denunciado como falso pelos comunistas chineses, albaneses e gregos.


Enver Hoxha, líder comunista albanês, denunciou as mentiras de Hruschov durante o XX Congresso do PCUS e já nos anos 50 anunciava as intenções deste de restaurar o capitalismo na  URSS, o que se confirmou verdadeiro em 1991.

Bertone vai mais longe, citando um artigo do The New York Times que por sua vez cita o historiador antissoviético Roy Medvedev. É curioso como Bertone é sistemático, sempre selecionando autores notadamente antissoviéticos, anticomunistas e gabando-se de ser "moderado". O fanatismo5 tem como características a agressividade excessiva(no caso a dele para com o "malvado stalinismo" e o comunismo de uma forma geral), preconceitos(uma vez que se recusa a conhecer qualquer autor que ele chama de "militantes stalinistas"), estreiteza mental(demonstrada em inúmeras oportunidades), extrema credulidade quanto a um determinado sistema(no caso sua credulidade em autores com acusações absurdas sobre o "comunismo", por mais que careçam de dados estatísticos ou até tragam fontes nazistas) e ódio(seu ódio manifesto contra o comunismo, que para B. Sousa é "pior que o nazismo"). Sua visão de mundo é maniqueísta, para ele o "historiador bom" é apenas aquele que pinta o "inferno vermelho". Acerca de Roy Medvedev, citado por B. Sousa, vale citar um importantíssimo fato sobre este mencionado por M. Sousa, da Suécia, em artigo publicado em sueco, português, russo, inglês e espanhol:

"Conquest, Solzhenitsyn, Medvedev e outros utilizaram-se de estatística publicada pela União Sovética, por exemplo escrutínios nacionais da população, aos quais adicionaram um suposto aumento populacional sem ter em conta a situação real existente no país. Assim chegaram à conclusão de quantas pessoas deveria de haver no país no final de certos anos. As pessoas que faltavam eram apresentadas como mortos e presos à conta do socialismo. Um método simples mas totalmente falso. Este tipo de "revelação" de acontecimentos políticos tão importantes nunca passaria se a "revelação" fosse sobre o mundo ocidental. Nesse caso teria havido com toda a certeza professores e historiadores que se levantariam contra tal falsificação. Mas como o que estava em causa era a União Soviética, a falsificação tem passado. Um dos motivos é certamente o de que professores e historiadores põem as possibilidades de avançar na carreira profissional em primeiro lugar e só muito depois a honra profissional."6

A última sentença da citação de Mário Sousa cai como uma luva na descrição de Bertone Sousa. Como vimos, as "estatísticas" de Medvedev não se baseiam em nenhum dado demográfico, tratando-se de um cálculo fraudulento conhecido como "Método Dushnyuk", idealizado pelo professor Walter Dushnyuk, identificado como um membro ativo da Organização dos Ucranianos Nacionalistas, um bando criminoso de tendência fascista que colaborou ativamente com os nazistas durante a grande guerra. Segundo acusações e provas apresentadas por governos e historiadores da República Tcheca, Polônia, Rússia e Bielorrússia foram eles os responsáveis por atos de "limpeza étnica", sendo a mais célebre o massacre promovido em Hatyn, na Bielorrússia, onde a população local foi reunida dentro de uma igreja e incinerada viva, crime retratado no obra magna cinematográfica de E. Klimov, "Idti i smotri"(Vá e veja). Até algum tempo acreditava-se que o crime fora obra de fascistas alemães, todavia evidências recentes levantaram evidências deste ter sido cometida por fascistas ucranianos7. E depois B. Sousa fica inquieto quando é descrito, corretamente, como um fascista!

Mais adiante, o ex-toureador de ego estourado prossegue em suas mentiras:

"De nada adiantou eu ter lhe mostrado autores renomados que falam sobre o Holodomor, o genocídio ucraniano, onde cerca de sete milhões de pessoas morreram entre 1932-1933 por causa da ação de Stálin de confiscar os grãos daquela República e isolar seus cidadãos impedindo-os de sair do país, devido à resistência de muitos camponeses à política de coletivização vinda de Moscou.

(...)

Eu havia inclusive postado no início daquela seção de comentários um artigo (um dos poucos em língua portuguesa) sobre o assunto, muito bem fundamentado, em mais de 50 páginas sobre o assunto, de Luís de Matos Ribeiro, da Universidade de Lisboa. E o que Cristiano falou sobre o artigo? Nada, simplesmente emudeceu e o ignorou"

Mas é claro que foi ignorado!!! Pois tal "citação de Bertone Sousa" simplesmente inexiste tanto no artigo quanto na seção de comentários, basta pressionar CTRL+F na página de seu artigo "Lenin e o comunismo" e digitar "Ribeiro". Não há uma só entrada para tal autor. Parece que o ex-toureador, num ímpeto de histeria para "combater o malvado stalinismo" resolveu falsificar até citações! Ou será que B. Sousa, em sua ânsia de censurar artigos de jornalistas e de leitores deste site que acompanham o debate e a ele se opõem resolveu "censurar a si mesmo" para parecer justo? Ironicamente, este cidadão que inventa citações inexistentes é o mesmo que chama ao autor desse artigo de dono de uma "mente doentia". Bertone é psicólogo agora? Onde se formou em psicologia? No mesmo buraco onde "aprendeu" história?

Mas para o autor não basta dizer que "Stalin era malvado", é preciso citar "fatos ruins" como "crime de Stalin", assim o autor prossegue citando o "Holodomor". Conforme já mostrado em A Página Vermelha e em importantes obras historiográficas de autores russos, americanos, portugueses, espanhóis, canadenses e belgas, o Holodomor não passa de uma farsa, de um hoax! Trata-se de um trabalho de desinformação inicialmente promovido por fascistas alemães e ucranianos, depois pela imprensa marrom de William Hearst, pelos emigrados ucranianos que colaboraram com o nazismo e depois pela máfia ucraniana, dona de canais de TV, e do governo Yuschenko, o mesmo que promoveu dois colaboradores de nazistas à condição de "Herói da Ucrânia", dentre os quais Roman Shuhyevich, comandante do Batalhão Rossygnol, da Waffen SS Galizen. Este governo, que enviou tropas para o Iraque para lutar ao lado dos lacaios de George W. Bush, tornou crime a "negação do Holodomor". Ah, mas "eu tenho um amigo ucraniano cuja vó disse que viu o Holodomor e passou fome", "há milhares de testemunhas oculares que até são contra o nazismo"... De fato, como todo bom trabalho de desinformação, há algumas verdades nele. Nenhum historiador, atualmente, ante a abertura dos arquivos soviéticos, nega que "houve fome na Ucrânia", o que se discute são as causas desta fome e se ela teria sido uma "fome provocada", ou "fome genocídio", pela qual poderia ser diretamente responsabilizado o bolchevismo. Uma explicação histórica que responsabiliza o bolchevismo é hegemônica no ocidente e integram para os principais historiadores burgueses o paradigma da Guerra Fria, todavia esse paradigma está sendo questionado por historiadores americanos como John Arch Getty, Grover Furr, e nomes russos como o membro da Academia de Ciências Yuriy Júkov, assim como ingleses como Harpal Brar e outros.

Ato de "Independência da Ucrânia" em Ternopol, 1941. No centro o retrato de Adolf Hitler, à esquerda de Stepan Bandera e à direita de E. Konovalts. Conforme registrado em arquivos poloneses, era comum que esses colaboradores executassem crianças polonesas empregando técnicas como arrancamento de escalpo, martelar um prego no crânio ou partir crânios com um machado. Essas técnicas também eram empregados contra ucranianos que ajudavam poloneses ou se recusavam a servir nas forças de Bandera

O pesquisador e historiador Mark Tauger, de West Virginia, estudou recentemente a questão e concluiu que a fome não foi causada pelo governo e sim por fatores naturais8. Antes da coletivização, sucediam-se ondas de fome em razão das más colheitas na Ucrânia. Tal fato, no entanto, foi abundantemente usado para fazer propaganda antissoviética. Aliás, vale citar o depoimento de quem esteve na Ucrânia em 1932, o professor do Williams College Frederick Schumman:

"A oposição (dos kulaques) manifestou-se de início pelo abate do gado bovino e cavalar, que consideravam preferível a vê-los colectivizados. Dado que a maioria das vacas e dos cavalos pertencia aos kulaques, o resultado foi terrível para a agricultura soviética. Entre 1928 e 1933, o número de cavalos passou de cerca de 30 milhões para menos de 15 milhões; de 70 milhões de cabeças de gado bovino, das quais 31 milhões vacas, passou-se para 38 milhões, das quais 20 milhões de vacas; o número de carneiros e cabras diminuiu de 147 milhões para 50 milhões e o de porcos, de 20 milhões para 12 milhões. Em 1941, a economia rural soviética ainda não tinha recuperado completamente destas perdas terríveis (...) Alguns (kulaques) assassinaram 103 funcionários, incendiaram propriedades colectivas e chegaram a queimar as suas próprias colheitas e sementes. Um número ainda maior recusou-se a semear e a colher, talvez na convicção de que as autoridades lhes fariam concessões e lhes assegurariam de qualquer forma a alimentação. O que se seguiu foi a “fome” de 1932-1933. (...) Relatos macabros, fictícios na sua maior parte, apareceram na imprensa nazi e na imprensa de Hearst nos Estados Unidos (...). A fome, nas suas fases ulteriores, não foi o resultado de um défice de alimentação, apesar da redução importante das sementes e das colheitas, consequência das requisições especiais na Primavera de 1932, motivadas aparentemente pelo receio de uma guerra com o Japão. A maior parte das vítimas foram kulaques que se haviam recusado a semear os seus campos ou que tinham destruído a sua colheita"9

Vale lembrar que esse depoimento de um professor americano não-comunista que esteve na Ucrânia é corroborado por um autor ucraniano fascista, Isaac Mazepa, que fora ministro de Petlyura em 1918:

"Começou por haver distúrbios nos kolkhozes, noutros lugares foram mortos funcionários comunistas e seus colaboradores. Mas depois desenvolveu-se sobretudo um sistema de resistência passiva que visava entravar sistematicamente os planos dos bolcheviques para as sementeiras e colheitas. Os camponeses faziam parte da resistência passiva; mas, na Ucrânia, a resistência adquiriu o carácter de uma luta nacional"10

Conforme dito no artigo anterior, não há uma só ordem de Stalin para que especificamente fossem atingidos os ucranianos, como não há "ordens de Stalin para executar apenas ucranianos" ou qualquer outra coisa que se configure como um "genocídio". Aliás foi durante a liderança do magíster georgiano que a Ucrânia se tornou um próspero que eliminou a fome, um mal que até 1932 repetia-se de forma contínua! O campo foi coletivizado, modernizado, recebendo máquinas e tratores e um novo sistema agrícola que até os dias atuais é empregado até mesmo em países capitalistas como Israel, onde o "kol'hoz" é denominado "kibutz". Conforme bem nos mostra Mihail Kalashnikov(sim, o famoso inventor do mais usado fuzil do mundo), numa entrevista à jornalista francesa Elena Jolly, em sua obra Rajadas da História, houve por parte dos bolcheviques alguns abusos durante a coletivização, entretanto, confirma Kalashnikov, que teve sua família kulak deportada durante a coletivização para próximo do Cazaquistão, grande parte desses abusos partiam de autoridades locais do partido, e não "ordens diretas de Stalin", exatamente por isso o revolucionário georgiano escreveu um artigo chamado "A vertigem do sucesso", onde criticava esses excessos. Stalin, ao contrário do que pensam alguns, não era um "ser onipresente, onisciente e onipotente", era um ser humano e não podia saber de tudo que se passava num país três vezes maior que o Brasil, ainda numa época em que os meios de comunicação eram precários. E ainda acusam os "stalinistas" de "endeusar Stalin"! Entretanto, esse excesso de longe chega a "7 milhões", diga-se de passagem, a metade da população ucraniana na época e aproximadamente a integralidade de sua população adulta. As fronteiras da Ucrânia mudaram durante os anos 20, houve uma redução na taxa de natalidade, em razão de métodos contraceptivos e a urbanização do país, além dos cossacos do Kuban terem optado pela nacionalidade russa, em vez de ucraniana. Mas de onde os "7 milhões" defendidos por Bertone Sousa e por toda a camarilha de anticomunistas histéricos? Será que restou a Bertone ao menos alguma competência para checar suas fontes?

William Randolph Hearst, entre oficiais nazistas, foi o magnata americano dono de jornais lidos por milhões que difundiu nos EUAo mito da "fome genocídio soviética", baseada em factoides.

Segundo o Dr. Dana G. Dalrymple, economista agrícola e historiador, em artigo publicado na revista Soviet Studies, a fome soviética matou 5,5 milhões de pessoas, estimativa média baseada em 20 autores. Daí vale questionar, quais foram as fontes do professor?

A primeira fonte é Thomas Walker, um fugitivo do sistema penal britânico e americano que fez uma rápida viagem pela URSS e quando regressou aos EUA alegou em um tribunal "jamais ter posto os pés na Ucrânia". Este Sr. Walker, que outrora usara o nome "Robert Green". Este tal "Walker"(literalmente, "caminhante"), fora a principal fonte da rede de jornais coordenada pelo magnata americano filofascista William Hearst, rival de Joe Pulitzer e conhecido por seu jornalismo sensacionalista, "jornalismo amarelo". A matéria de Hearst usava como "provas da fome na Ucrânia" fotos da Guerra Civil Russa, tiradas em 1921 por Fritjof Nansen, e montagens denunciadas no Canadá por Douglas Tottle. Sua matéria no Chicago American fora denunciada como fraudulenta pelo jornalista Louis Fischer no semanal americano The Nation, em 1935.

Arquivo referente à extradição de Thomas Walker/Robert Green. Clique para ampliar.

A segunda fonte do professor Dana é Otto Schiller, funcionário do governo nazista ucraniano encarregado de reorganizar a agricultura. Ele cita o número de 7,5 milhões em seu texto publicado em Berlim em 1943, citado por Dalrymple.

Outra fonte citada por Dalrymple é Edwald Ammende, nazista que esteve na Rússia pela última vez em 1921 e escreveu ao The New York Times nos anos 30 mencionando 7,5 milhões de mortos, alegando que havia até mesmo pessoas "morrendo nas ruas de Kiev". Essas falsas informações foram desmentidas por Harold Denny, correspondente do jornal novaiorquino:

"O vosso correspondente esteve em Kíev durante vários dias em Julho último, no momento em que supostamente as pessoas morriam, mas nem na cidade nem nos campos em redor havia fome." Algumas semanas mais tarde Harold Denny regressou ao tema: "Em nenhuma parte reinava a fome. Em nenhuma parte havia o receio de fome. Havia comida, inclusive pão, nos mercados locais. Os camponeses sorriam e eram generosos com os alimentos."

Outra fonte é Frederick Birchall, um dos primeiros jornalistas americanos a assumir publicamente sua simpatia pelo nazismo. Ele fala em 4 milhões.

Uma das fontes são William H. Chamberlain, que primeiro fala em 4, depois em 7 milhões, baseado em "estimativas de residentes", e Eugene Lyons, que fala em 5 milhões de mortos, baseados em boatos de russos residentes em... Moscou. Ambos eram anticomunistas profissionais, corruptos intelectuais, que mais tarde se tornaram membros do Comitê Americano para a Libertação do Bolchevismo, que dirigia a Radio Svoboda(Rádio Liberdade, Europa Livre), que tinha 90% de seu financiamento oriundo da CIA e teve por seu diretor o famoso espião nazista Reinhard Gehler, a serviço dos Estados Unidos da América.

Richard Sallet é outra das fontes do professor Dalrymple, ele menciona sem explicações o número mais alto, 10 milhões, nos jornais pró-nazistas de William Hearst.

De todas as 20 fontes citadas, apenas duas indicam números baixos, Ralph Barnes, do New York Herald Tribune e Walter Duranty, do The New York Times. Das demais cifras astronômicas, como bem nos mostra Ludo Martens, "três tinham origem na imprensa pró-nazi e cinco em publicações de direita dos anos McCarthy (1949-1953). Dalrymple utiliza dois autores fascistas alemães, um antigo colaboracionista nazi ucraniano, um emigrado russo de direita, dois agentes da CIA e um jornalista simpatizante de Hitler"11. Grande parte dos dados fora fornecido por "residentes estrangeiros na URSS não identificados". Mas é assim, quando se trata de caluniar e difamar a União Soviética e o socialismo vale tudo! Ao contrário dos judeus, não existe um "lobby comunista" no universo acadêmico. Qualquer autor que tente atacar os judeus, ou, ainda, atacar o ideal sionista, é imediatamente tachado de "nazista", de "racista" e suas obras sobre os judeus inspiradas em fontes nazistas é rapidamente alvo de ataques e inclusive intervenção judicial. Entretanto, quando se trata de atacar o comunismo, então obras que tomem por fontes autores nazistas são imediatamente aceitos sob o manto da respeitabilidade acadêmica, podem até se tornar best sellers e, melhor que isso, acabam se tornando fonte para outros historiadores pró-nazistas e anticomunistas desinteressados em citar diretamente fontes nazistas. De fato, anticomunismo não é apenas uma "histeria", também pode ser tornar um bom negócio, lucrativo! Olavo de Carvalho bem sabe disso. Talvez B. Sousa não seja tão bobo quanto parece.

Mas a metralhadora de clichês de ex-toureador estourado não para por aí, ele recorre a um velho expediente, a ideia do "culto da personalidade", já abordado por autores como Bill Bland, Ludo Martens e outros. O "culto da personalidade" não tem nada a ver com Stalin, ele é um fenômeno político presente em praticamente todas as grandes civilizações. Quem nunca ouviu falar que "político X ou Y é um homem de moral", que ele "é do povo", que ele "encarna as esperanças da nação"? "Culto da personalidade" é um fenômeno notável no Egito Antigo, mas nos dias da Revolução Americana, George Washington era retratado como um herói, e hodiernamente, no Reino Unido, o hino do país se chama "Deus salve a rainha"(por que não o povo?), e que tal falarmos um pouco de Obama, carrasco imperialista que esteve à testa do banho de sangue na Líbia e foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, a "celebridade mundial"? Na Rússia , a realidade não foi muito diferente. Como bem nos mostra o blogueiro russo Michael Kuznetsov, é comum na Rússia que líderes(não confundir com "chefes") sejam chamados pelas massas de "pai". Durante os primeiros dias da Rússia revolucionária, um dos alvos do "culto da personalidade" foi Kerenskiy, que defendia a permanência russa na guerra. Lenin, como nos mostra Eric Hobsbawm(A Era dos Extremos) era aclamado pelas massas e mostrado pela propaganda como o velikiy vojd proletariata(grande líder do proletariado), uma expressão que em alemão receberia a falavra führer. Trotsky era retratado tal como São George, em um cavalo matando um dragão. Com Stalin não foi diferente, ele não apenas fora um dos líderes da Revolução de Outubro, como era o líder do principal e a princípio único Estado socialista do mundo. Era natural que muitos lhe rendessem suas homenagens por isso, entretanto havia aqueles que o bajulavam para depois desacreditá-lo, nomes como Karl Radek e Nikita Hruschov, para o qual "ninguém deveria ousar levantar as mãos contra o vojd". Independente de suas intenções, vale salientar que o "culto da personalidade" jamais foi instigado por Stalin, do contrário, este inclusive se contrapôs a essa ideia. Vejamos aqui o que dizia Stalin a aduladores:

"Você fala de "devoção" a mim... Eu o aconselharia a abandonar o "princípio" de devoção a pessoas. Não é o caminho bolchevique. Seja devotado à classe trabalhadora, ao Partido, ao Estado. Isso é algo bom e útil. Mas não o confunda com devoção a pessoas, essa vã e inútil ladainha de intelectuais de mente pequena"12

O maior monumento a um ser humano na URSS construído na Era Stalin foi dedicado a um operário e uma camponesa

O magíster georgiano, ao contrário do que pregam os propagandistas da burguesia, rejeitava categoricamente noções individualistas de "poder absoluto":

"O marxismo não nega completamente o papel desempenhado por indivíduos destacados ou que a história é feita pelo pessoas. Mas... grandes pessoas podem desempenhar qualquer coisa apenas enquanto estão aptas para entender essas condições, para entender como mudá-las. Se eles falham para entender essas condições e querem alterá-las de acordo com caprichos de sua imaginação, eles se encontrarão na situação de Don Quixote...

Indivíduos não podem decidir. Decisões de indivíduos são sempre, ou quase sempre, decisões unilaterais... Em cada corpo coletivo, há pessoas cujas opiniões devem ser levadas em conta... Da experiência de três revoluções nós sabemos que cerca de 100 decisões tomadas por indivíduos sem ser testadas e corrigidas coletivamente, aproximadamente 90 são unilaterais...

Sob nenhuma circunstância nossos trabalhadores tolerariam o poder nas mãos de uma pessoa. Conosco, personagens de maior autoridade são reduzidos a nulidades, tornam-se meras cifras, tão logo as massas de trabalhadores perdem a confiança neles"13


Essas citações de Stalin, do início dos anos 30, permaneceram uma constante no pensamento do professor. Em fins dos anos 30 foi proposto ao líder soviético a publicação de um livro sobre "a infância de Stalin", que para o professor não passava de um "trabalho de adulação, nocivo", rejeitando a "teoria de heróis". Dissera sobre o livro em fevereiro de 1938":

"Sou absolutamente contra a publicação de 'Estórias da infância de Stalin'(...) Eu sugiro que queimemos este livro"14


Como vemos, Stalin categoricamente rejeitava adulações. É natural, entretanto, que sendo um líder de enorme popularidade, ele tivesse grande respeito das massas trabalhadoras. Ao contrário do que ocorre em países como a Coreia do Norte, na União Soviética os maiores monumentos não eram "estátuas de Stalin", eram eles monumentos a operários e camponeses, um deles notável em Moscou. Para entender o impacto que o governo de Stalin teve sobre a vida de milhões de pessoas, não se pode olvidar o que Sadridin Ainí, primeiro presidente da Academia de Ciências republicana do Tadjiquistão dissera sobre o país da Ásia Central:

"No Tadjiquistão pré-revolucionário, as pessoas que sabiam ler e escrever, os homens instruídos, eram tão raros como árvores frutíferas num deserto"15

Segundo a revista Vestník Prosveschenya(Boletim de ensino), do governo tzarista, no Tadjiquistão o analfabetismo só poderia ser abolido no curso de mil anos. Para Lenin, jamais poderia ser construído o socialismo no Tadjiquistão sem se resolver o problema da falta de alfabetização, razão pela qual foi criada uma comissão extraordinária para resolver o problema, nos anos 20 formou-se a sociedade "Abaixo o analfabetismo!" e na época de Stalin foram criadas milhares de escolas no país, a ponto de em 1939 o índice de alfabetização da República Socialista Soviética do Tadjiquistão somar 71,7%. Foi nessa época que foram criadas as primeiras universidades do país. Essa Era de Ouro também foi percebida por milhões de mulheres, especialmente na Ásia Central. Lá, na República de Buhara(mais tarde Uzbequistão, Tadjiquistão e Quirguistão) como bem nos mostra a jornalista americana Anna Louise Strong em sua obra The Stalin Era, as mulheres viviam sob a obscuridade teocrática, eram consideradas "bens semoventes", tal como um cavalo ou gado, tinham por obrigação usar a paranja, como a chamavam a burca uzbeque, e eram passíveis de morte caso a retirassem, inclusive por decapitação, também não podiam ir à escola. O poder soviético não apenas promoveu uma revolução cultural neste lugar, como decretou a pena capital para quem quer que impedisse uma mulher de ir à escola. É por esses e outros motivos que Stalin era visto como um grande líder soviético. 

Antes do estabelecimento do poder soviético na Ásia Central, as mulheres do atual Uzbequistão e Tadjiquistão eram obrigadas a utilizar este tipo de vestimenta, a paranja. Foi na época de Stalin que o seu uso foi desencorajado, abolido e seus encorajadores sexistas punidos inclusive com a pena capital.

Conforme historiadores e biógrafos seus atestam, Ióssif Vissarionovich era um homem modesto, simples, cujo estilo de vida seria mais tarde adotado por nomes como o revolucionário Sankara, em Burkina Fasso, ou o presidente Pepe Mujica, no Uruguai. Henri Barbusse, escritor francês, nos confirma esse fato:

"Uma pessoa vai ao primeiro andar, onde curtinas brancas estendem-se por três janelas. Essas três janelas estão na casa de Stalin. Na minúscula sala encontra-se um capote militar com um quepe pendurado. Em adição, está uma sala com três banheiros e uma sala de jantar. Os banheiros estão mobiliados como o de um respeitável hotel de segunda classe."16

Tal como o seu modo de vida, Djugashvili recebia um salário modesto:

"A cada mês ele recebe quinhentos rublos, que constituem o salário máximo dos oficiais do Partido Comunista (montante entre £20 e £25 em moeda britânica)..."17

A simplicidade do modo de vida de Iósif Vissarionovitch é descrita por sua filha Svetlana Stalin, no tocante ao seu uso de uma dacha(casa de campo) em Kuntsevo:

"Meu pai viveu no térreo. Ele viveu em uma sala que usava para tudo. Ele dormia no sofá, que pela noite convertia-se em cama"18

Para o líder albanês Enver Hodja, Stalin era um homem "modesto e moderado":

"Stalin não era um tirano, nem déspota. Ele era um homem de princípios; ele era justo, modesto e muito afável com as pessoas, os quadros e colegas"19

Mas alguém poderia perguntar "por que o afável Stalin mandou matar Trotsky". De fato, é desconhecida tal ordem escrita, embora haja evidências do envolvimento do NKVD no assassinato deste último, mas será que alguém consegue ter a coragem para questionar o "porquê"?

Ora, há várias evidências da colaboração de Trotsky com o imperialismo alemão(fascista), britânico(nos anos da Guerra Civil Russa) e americano, em fins dos anos 30, mas qual a fonte de tais informações? Os "malvados stalinistas comedores de criancinhas"? Não, o próprio Trotsky! Em 1939, Trotsky escreveu um artigo chamado "Why I decided to to appear before Dies Committee"20. Neste artigo, o desertor político manifesta sua intenção de colaborar com a inteligência americana, burguesa, contra os comunistas americanos, mexicanos e agentes soviéticos. O tal "Dies Committee" tornou-se internacionalmente conhecido por outra nomenclatura sua, o "Comitê de atividades antiamericanas", presidido pelo senador Joseph McCarthy. Este inquisidor ianque logrou enviar milhares de indivíduos, comunistas e suspeitos, para serem eletrocutados até a morte na famosa "cadeira elétrica". Ao anunciar tal intenção, Trotsky converteu-se voluntariamente num agente do imperialismo! Assim, o serviço secreto soviético tinha duas opções, a primeira era fazer vista grossa por que "Trotsky fora um dos líderes da Guerra Civil Russa e por isso estava acima do bem e do mal", e permitir que milhões de comunistas americanos e mexicanos fossem torturados e mortos, ou simplesmente executar um agente do imperialismo danoso à Revolução Mundial. Mantemos a opinião de que esta última alternativa foi acertada e louvável! "Ah, mas Trotsky lutou ao lado de Lenin, liderou homens durante a Guerra Civil"... sim, tal Andriey Vlassov, general soviético que durante a IIGM desertou para a Alemanha nazista, organizando um exército formado por vadios e timoratos que colaboraram com Hitler para exterminar seu próprio povo, o "Exército de Libertação Russa"(ROA). Este célebre desertor foi capturado, mas diferente de Trotsky, foi publicamente enforcado na Praça Vermelha.

Uma aula do professor Bertone Sousa(e de parte dos "aristocratas acadêmicos")

É essencial para um marxista-leninista conhecer a história, de modo que este possa identificar as gritantes mentiras e disparates criados em torno do socialismo. O objetivo dos anticomunistas é o terrorismo psicológico, de modo a negar a possibilidade de uma sociedade alternativa ao capitalismo. Que difamadores e vigaristas escrevam todos os anos livros escrevendo sobre "como o comunismo é perverso", sobre como "Stalin comia criancinhas" não apenas é algo corriqueiro, como já previsto no século XIX pelo sábio magíster alemão, o Dr. Karl Heinrich Marx, em suas obras. Somente apedeutas podem crer cegamente em tais disparates, daí é normal que a trupe que anima o site de Bertone Sousa prossiga nesta linha. Para demonstrar o nível de "inteligência" dos seus asseclas, um deles, na seção de comentários, identificado como "Nelson", tentou, em 31/08/2013 ás 16:28, sustentar a tese do Holodomor apoiando-se em um vídeo chamado "Holodomor, o que você ainda não viu", um vídeo feito... por este que vos escreve com o fim de desmistificar o "Holodomor" com várias referências e até fotos. Um certo Jonatan comenta que deu “uma volta” na Página Vermelha e constatei que, para um Blog com mais de 900 mil visualizações não há sequer um comentário dos leitores sobre os textos. Não é preciso ser médico para constatar que Jonatan tem problemas oculares ou tal como seu mestre B. Sousa é um bom mentiroso. A Página Vermelha tem mais de 400 comentários registrados pelo seu hospedeiro, isso sem contar os comentários publicados entre 2001 e 2006 em seu livro de visitas hospedado em outro site. Mas são notáveis os interesses aos quais serve a página de Bertone, um certo Candido Villas cita sua admiração pelo "trabalho do velho Olavo"(de Carvalho!!!) e pela sua.

Um ótimo exemplo do nível intelectual dos que povoam a página de Bertone Sousa. Aqui um energúmeno argumenta a favor da tese do "Holodomor" apresentando justamente um vídeo que fala contra o Holodomor. Mas o cérebro de tais indivíduos comporta apenas imagens, num país de cultura audio-visual.

Bertone Sousa é um sujeitinho complexado, que tem medo de admitir estar errado. Não é o autor de A Página Vermelha que tem medo, como citado em seu artigo sobre este, do contrário não temo a nada e nem a ninguém! Já me deparei com professores como Bertone Sousa em universidades, um desses, da UERN, simplesmente ficou sem palavras em sala de aula quando mostrei-lhe a falácia de suas acusações de "milhões de mortos por Stalin", retirando de sua bolsa a obra de Ludo Martens, despertando uma reação similar a de um vampiro ante uma cruz. A Página Vermelha e seu autor são caçadores de mentiras e sua maior arma, o seu principal argumento é a verdade, os seus métodos são a dúvida, a investigação e a conclusão, métodos que podem horrorizar muitos. Ironicamente, B. Sousa se refere ao Cristiano como um "mentecapto". Mas é sempre assim, quando alguém emprega métodos racionais, e não maniqueístas e místicos, então esse alguém é "mentecapto", é "jumento analfabeto stalinista"(como escrito sobre o autor de A Página Vermelha no site ultrarreacionário Mídia Sem Máscara), dentre outros jargões. Mas é assim, defender o marxismo-leninismo, lutar por uma sociedade comunista, sem miséria, sem fome, com o império da saúde e da educação, da razão, é uma tarefa para poucos com nervos de aço, e não para covardes e timoratos que por sua incapacidade investigativa preferem conformar-se com os dogmas "sacrossantos" da burguesia.



1- RÖHL, John C. G. Röhl. “The Kaiser and his court: Wilhelm II and the government of Germany”, p210-211
2- STALIN, Joseph. "Anti-Semitism: Reply to an Inquiry of the Jewish News Agency in the United States" dated January 12, 1931
3- "Povos da Rússia" refere-se às mais de 100 nacionalidades diferentes que conviviam no antigo Império Russo.
4- Ou Malleus Malleficarum, um dos mais célebres manuais da Inquisição, de autoria dos monges Sprenger e Kraemer.
5- WIKIPEDIA. Artigo sobre fanatismo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanatismo
6- SOUSA, Mário. Mentiras sobre a história da União Soviética. Disponível em http://mariosousa.se/MentirassobreahistoriadaUniaoSovietica.html Acesso em 06/08/2013 às 21:00.
7- MOROZ, Petr. Palachi Hatyni, kto oni? Artigo publicado no jornal Newsland. Disponível em http://newsland.com/news/detail/id/1017924/ Acesso em 06/09/2013, às 20:40. 
8- LEITE, Valdirene. Ficção e história em A revolução dos bichos. Em http://comunidadestalin.blogspot.com.br/2012/12/ficcao-e-historia-em-revolucao-dos.html
9- Citado na obra Fraud, Famine and fascism, de Douglas Tottle, p. 94
10- Sydney and Beatrice Webb, Soviet Comunism: a New Cililization? Longmans, Greer and Co.,
edição National Union of General and Municipal Workers, 1935 , p. 247
11- MARTENS, Ludo. Stalin, um novo olhar. Em: http://www.hist-socialismo.com/docs/UmOutroOlharStaline.pdf Acesso às 21:07 em 06/09/2013. 
12- STALIN, Josef. Works, Volume 13; Moscow; 1955; p. 20. Citado em "Stalin - The cult of individual", por William Bland. Disponível em http://www.mltranslations.org/Britain/StalinBB.htm Acesso em 07/09/2013 às 09:27. Tradução do inglês para o português por Cristiano Alves
13- ibid.; p. 107-08, 109, 113. Citado em "Stalin - The cult of individual", por William Bland. Disponível em http://www.mltranslations.org/Britain/StalinBB.htm Acesso em 07/09/2013 às 09:27. Tradução do inglês para o português por Cristiano Alves
14- ibid.; p. 327. Citado em "Stalin - The cult of individual", por William Bland. Disponível em http://www.mltranslations.org/Britain/StalinBB.htm Acesso em 07/09/2013 às 09:27. Tradução do inglês para o português por Cristiano Alves
15- ASIMOV, Mohammed. Tadjiquistão. Editorial da Agência de Imprensa Novosti. Moscou, 1987. Traduzido do espanhol para o português por Cristiano Alves.
16- BARBUSSE, Henri. Stalin: A New World Seen through One Man; London; 1935; p. vii, viii, 291, 294. Citado em "Stalin - The cult of individual", por William Bland. Disponível em http://www.mltranslations.org/Britain/StalinBB.htm Acesso em 07/09/2013 às 09:27. Tradução do inglês para o português por Cristiano Alves
17- ibid
18- ALLYLULYEVA, Svetlana. Letters to a Friend; London; 1967; p. 28. Citado em "Stalin - The cult of individual", por William Bland. Disponível em http://www.mltranslations.org/Britain/StalinBB.htm Acesso em 07/09/2013 às 09:27. Tradução do inglês para o português por Cristiano Alves
19- HODJA, Enver. With Stalin: Memoirs; Tirana; 1979; p. 14-15. Citado em "Stalin - The cult of individual", por William Bland. Disponível em http://www.mltranslations.org/Britain/StalinBB.htm Acesso em 07/09/2013 às 09:27. Tradução do inglês para o português por Cristiano Alves



"A luta não pode parar"(canção húngara)