ESPECIAL
Anticomunismo é terrorismo!
Por Vladimir Tavares
Fogueira de livros na Hungria em Budapeste, 1956, empreendida por anticomunistas |
Fogueira de livros na Alemanha Nazista, nos anos 30, empreendida por anticomunistas |
Muitas são as fontes que comprovam o ridículo do anticomunismo, 5, 50, 100, 300 milhões[1], números astronômicos que traduzem o desespero daqueles que, sem resolver os problemas de milhões de trabalhadores em todo mundo, condenando os povos à miséria material e espiritual, fazem o possível para sufocar todas as alternativas de mudança e revolução social, empreendendo técnicas avançadas de terrorismo psicológico contra a coletividade.
O fato, entretanto, é que estes propagandistas nada mais são do que lobos em pele de cordeiro, falando em "censura" e "falta de liberdade de expressão" em países buscam sistemas econômico-sociais alternativos, criminalizando movimentos sociais e até mesmo perseguindo indivíduos que ousam desafiar o sistema e desmascarar publicamente a sua ideologia e prática podre, como Julian Assange, autor do "Wikileaks".
Sem dúvidas, umas mentiras mais populares é o mito das "milhões de vítimas do comunismo", que de tão ridículo oscila entre 3 e 300 milhões de mortos, variando de acordo com o desequilíbrio psicológico deste ou aquele propagandista anticomunista, ausentes de quaisquer evidências comprobatórias.
Sem dúvidas, chocaria a muitos saber que só na Era Stalin, por exemplo, à qual é atribuída a maioria das "mortes", a população soviética cresceu em aproximadamente 45 milhões de pessoas, mesmo com a II Guerra Mundial, que na URSS vitimou entre 24 e 30 milhões de pessoas(repare que aqui há uma margem de erro, sem no entando falar em cifras astronômicas.
Segundo as estatísticas, na Era Stalin a população da URSS aumentou em cerca de 45 milhões de pessoas |
De acordo com o CIA Factbook, um livro da CIA elaborado a partir da coleta de dados, em 1990 a população da URSS em Julho de 1990 era de 290,938,469 pessoas, excluindo-se os países bálticos, isto é, Letônia, Estônia e Lituânia, que somavam aproximadamente 10 milhões de pessoas. A taxa de crescimento populacional era de 0.7%, superior à de muitos países desenvolvidos da época, a taxa de alfabetização era de 99% e a força de trabalho era de 152,300,000 de civis, com carência de mão de obra especializada.[2]
Embora a burguesia continue repetindo ad infinitum que "o comunismo matou milhões", o que logicamente apontaria um decrécimo populacional na URSS, na realidade foi o inverso que ocorreu. Esta é a tabela oficial da demografia soviética[3]:
*Diz respeito aos dados da RSFSR, novo Estado surgido após a desintegração do Império Russo, que abrangia mais 30 milhões de habitantes(18 milhões de poloneses, 3 milhões de finlandeses, 3 milhões de romenos, 5 milhões de bálticos e 400 mil cidadãos perdidos para os turcos).
**Diz respeito às perdas da II Guerra Mundial na URSS, estimadas entre 25 e 30 milhões de vítimas, mais 1,5 milhões em mortalidade infantil.
Gráfico do crescimento populacional no antigo Império Russo, RSFSR e URSS[4] |
Nenhum espaço deve ser dado para o anticomunismo nas faculdades, escolas, redes sociais ou na sociedade em aberto. É necessário denunciar a rede de mentiras criados por estes indivíduos que, tal como vermes, destróem a mente humana e mutilam seu senso crítico. Anticomunismo é terrorismo!
Monumento ao soldado libertador, no Treptower Park, Berlim, onde o soldado, segurando uma criança e uma espada, pisoteia a suástica, símbolo máximo da reação anticomunista |
[1] Ver http://apaginavermelha.blogspot.com/2011/02/historia-afinal-quantos-milhoes-o.html
[2] CIA Factbook 1990 Em 10/04/2009
[3] Andreev, E.M., et al., Naselenie Sovetskogo Soiuza, 1922-1991. Moscow, Nauka, 1993.
[4] Ibid