terça-feira, maio 27, 2014

CRISE UCRANIANA: Mais de 100 mortos em Donetsk após intenso bombardeio, 50 eram civis

Por Cristiano Alves
Com informações de Vesti.ru


O ataque de ontem, após a eleição do magnata Poroshenko, deixou mais de 100 mortos, sendo 50 deles civis e os demais milicianos, é o que informa a Auto-defesa, de Donetsk.

A batalha se deu num aeroporto da cidade. O regime de Kiev enviou helicópteros de ataque Mi-24, caças-bombardeiros Su-24 armados com bombas e foguetes, e caças supersônicos MiG-29, tendo sido um deles derrubado(o piloto ejetou). Além da aviação, foram feitos ataques de morteiro à cidade, causando vítimas civis.

Além de mais de 50 milicianos mortos no ataque, 2 caminhões médicos KamAz que transportavam feridos foram destruídos.

O áudio do piloto foi gravado e reproduzido:

CRISE UCRANIANA: General Igor Strelkov fuzila dois milicianos por saquear uma alfândega


Por Cristiano Alves
Com notícias da Lifenews.ru


Após a sua condenação à pena de morte por fuzilamento, o Exército Popular de Donetsk fuzilou hoje dois milicianos por saquear uma alfândega na República Popular de Donetsk.

O general Igor Strelkov, signatário da sentença, evocou um Decreto do Presidium do Soviete Supremo da URSS de 1941 sobre saques em épocas de guerra. Os milicianos Dmitriy Slavov(apelidade Búlgaro) e Nikolay Lukyanov(Luka), conforme informado pela agência de notícias Lifenews, usavam máscaras, cujo uso é vedado à milícia popular, para tentar subtrair bens como carros e outros da alfândega.

Registros de execução de integrantes da mesma força também ocorrem dentre as forças pró-Kiev. Na semana passada um grupo de milicianos pró-Kiev foram fuzilados por se recusarem a matar civis desarmados. Saques e massacres de civis são incentivados por esses grupos.




sábado, maio 24, 2014

CRISE UCRANIANA: As novas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk se unem para formar a "Novorrússia"

Por Cristiano Alves


A República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk, cuja separação da Ucrânia foi adquirida democraticamente através de referendo resolveram se unir e formar o Estado que será aqui referido como Novorrússia(do russo Novorossiya).


CRISE UCRANIANA: Cidadãos de Harkov, Ucrânia, obrigam terroristas do Setor de Direita a se a ajoelharem



Na Ucrânia, populares da cidade de Kharkov, uma das mais importantes cidades do país, cercaram um grupo capturado de ativistas do Setor de Direita, organização neonazista que visa a implantação de um Estado fascista e pró-europeu na Ucrânia, atualmente no poder. Confira em vídeo, legendado em português:

CINEMA: O proselitismo uranista sobre "A praia do futuro"

Por Cristiano Alves



Um dos grandes problemas do Brasil é que assim como nós temos uma direita burra, nós também temos uma esquerda burra e em breve falarei do segundo. Uma pessoa que vai a uma sala de cinema sem sequer ler a sinopse do filme é uma pessoa que certamente não pode e nem deve ser tida como culta, no máximo é um fanfarrão metido a intelectual. E depois, como se diz, por certo alguém viu no título "futuro" e achou que ele viajava no tempo pelas ondas da praia, já que o mesmo Wagner Moura estrelara "O homem do futuro". Aos idiotas, esclareço que "Praia do Futuro" é o nome da praia mais famosa de Fortaleza. E se alguém se sentiu ofendido pelo filme, já ouviram falar de "classificação etária"? Ah, quase esqueci que nem numerais a direita tem competência intelectual pra ler.

Pronto, falei do burro de direita, agora vou falar do burro de esquerda. Uma pessoa burra é uma pessoa que, independente de grau de instrução, seja ele analfabeto ou pós-doutor, não tem a capacidade de refletir, o burro não tem senso crítico, ele acredita cegamente em algo por que ele "ouviu falar na faculdade", "ouviu falar de outro", ele não analisa os fatos dialeticamente para chegar a uma síntese, ele simplesmente ignora o outro lado por que o outro é "um vermelho safado" ou "um fascista homofóbico". Assim como o extremista de direita vê comunistas até embaixo da cama, inclusive no liberal mais moderado, o extremista de esquerda vê fascistas em toda parte, inclusive na moça que "lhe deu um fora".

A Praia do futuro, em Fortaleza-CE

Vi pessoas aqui comentando negativamente as críticas às ideias do homossexualismo(estou falando aqui da ideologia que extrapolou seu propósito confesso de combater o preconceito e partiu para um proselitismo ideológico, e acreditem, algum imbecil não vai entender isso e vai dizer que estou falando da prática homossexual, que difere das ideias uranistas). Vi pessoas ditas "de esquerda" falando contra os "coxinhas homofóbicos que saíram do cinema", como se tivessem a obrigação de gostar e assistir a cenas de algo que não é normal(já deve ter gente coçando o dedo pra dizer que o texto é fundamentalista ao estilo Malafaya ou nazista). Pois bem senhores, eu vou citar aqui um coxinha, doutor, que tenho orgulho de tê-lo como grande professor. Esse coxinha ataca as ideias uranistas(LGBT) como "obscenidades transformadas em teorias", ele também descreve a relação entre homem e mulher como a única natural em seus Manuscritos Econômico Filosóficos. Esse "coxinha" de quem falo, senhores, esse "nazista, fascista, fascista, homofóbico..."(como vocês provavelmente devem estar imaginando) se chama Karl Heinrich Marx, doutor em filosofia! Gostaram? "Ah, mas Karl Marx escrevia isso há centenas de anos atrás"... Tão se coçando pra expor falácias ad temporum não é? Não duvido que um e outro esteja até pensando em replicar esse comentário usando mitos da imprensa burguesa segundo o qual "Marx era racista" ou "Marx teve um filho com a empregada". Engels foi mais além, ele disse que o triunfo das ideias uranistas(como eram chamadas as ideias homossexualistas naquele tempo, sim senhores, homossexualista e gayzista não é invenção de Olavo de Carvalho ou de Malafaya) implicaria em prejuízos para os próprios heterossexuais.

Se alguém aqui acha que "a Europa é mais avançada por que as pessoas encaram cenas como essas naturalmente", deixe-me lembrar que no continente mais imperialista do mundo, no continente da Organização do Tratado do Atlântico Norte, há partidos que defendem abertamente a pedofilia, além de deputados que defendem a legalização do incesto. Isso é progresso? Há alguns atrás, mesmo no mundo ocidental, um político desse tipo estaria preso. Na Rússia e em Belarus ou na Coreia do Norte políticos assim sequer se criariam. 

Esse filme é uma propaganda pós-modernista, e o objetivo do modernismo é destruir o consenso que existe em qualquer civilização, seja ela americana, africana, asiática... Ele visa uma subversão da ética, da moral, fontes do direito, fontes dos Direitos Humanos. Quando você destrói toda essa ética e relativiza completamente conceitos morais, logo você abre uma porta para a ideia de que "não existe nenhuma verdade", e a completa destruição da moral, algo perseguido por ninguém menos que Adolf Hitler(ele próprio um homossexual, segundo vários indícios), é uma ideologia funcional ao imperialismo, que assim estaria livre de amarras morais para fazer o que bem intende contra outros povos, e assim "levaria a diversidade" aos cinco cantos do mundo.

Quando neonazistas ucranianos massacram civis indefesos eles estão lutando pela União Europeia, pelos valores(ou a falta deles) expostos em "Praia do futuro", estão lutando pela "Conchita", a mulher barbada que virou musa da UE/OTAN, pela bandeira colorida! Defender o capitalismo e sua forma superior, o imperialismo, é defender a degeneração do ser humano!

Alguns podem alegar que "o filme retrata a particularidade das pessoas que tem seus direitos oprimidos e violados". Só que nem todo filme que aborda a questão dos homossexuais é necessariamente pós-moderno, um bom exemplo disso é o excelente filme de Tom Ford, "A single man"(Direito de amar em português), que aborda a questão de maneira inteligente, sem vulgaridade ou pornografia. Talvez o exemplo mais inteligente, já que aborda de forma mais genérica o "diferente" são os filmes dos X-men! Como assim? Eles são discriminados por serem diferentes, por terem nascido mutantes. São perseguidos, humilhados e nem sempre podem reagir. Dentre eles há um grupo, do professor Xavier, que procura se integrar à sociedade(o que Marx defendia para os grupos minoritários), talvez uma referência aos gays que só querem levar uma vida normal; outro grupo, do mutante Magneto, quer destruir a sociedade para impor os seus valores e reformulá-la segundo os seus interesses(uma referência aos devaneios dos uranistas representados no proselitismo LGBT).

Infelizmente, o cinema brasileira tem sido muito limitado. Na época da ditadura cívico-militar fascista, ele se resumia a isso, prova disso são os filmes da pornochanchada, feitos com o dinheiro público da Embrafilmes. Nos anos recentes, além Nathalia Dill protagoniza uma cena de sexo homossexual em "Paraísos artificiais", além de cenas de "casamento" não tradicional em filmes como Carandiru, e filmes sobre Cazuza e Renato Russo. Curiosamente, filmes sobre heróis que verdadeiramente merecem o nosso respeito admiração como os veteranos da Força Expedicionária Brasileira, combatentes antifascistas, são praticamente ignorados no cinema. O filme "A montanha", sobre a FEB na Itália, aparentemente enfrenta dificuldades e não se sabe se algum dia estará pronto, já que suas filmagens foram iniciadas em 2011 e até hoje não saiu no cinema.

Numa cidade como Fortaleza, onde infelizmente é grave o problema do travestismo, geralmente jovens que se prostituem para fugir da miséria, onde muitos rapazes aprendem que "é errado serem rapazes", que devem ser "pessoas", filmes assim tem um resultado trágico na sociedade. Melhor seria fazer um romance de um rapaz cearense que se apaixona por uma mulher na praia, seja brasileira ou estrangeira, e vive um amor verdadeiro, o natural, entre um homem e uma mulher, algo que infelizmente está em baixa em nossa sociedade.

terça-feira, maio 20, 2014

INTERNET: O que a direita guarda para você é ódio e racismo

Por Cristiano Alves
Com informações de O Globo

Jornal de direita divulga mapa da intolerância nas redes sociais

O ódio é um elemento indissociável da chamada "direita raivosa" como a molécula de oxigênio é indispensável a água. Qualquer um que pesquise em redes sociais não terá nenhuma dificuldade para encontrar sites que pregam o racismo, a misoginia, a homofobia(isto é, a violência desmotivada contra homossexuais) e também a russofobia(aversão psicótica a tudo que é russo), outros discursos de ódio e cyberbullying. Muitas dessas páginas, denunciadas ao Safernet, também são antigovernistas e são retiradas do ar, razão pela qual a direita tanto alardeia que "páginas contra Dilma são censuradas". 

Segundo o mapa, é comum que os jovens propagadores do ódio também se comportem na internet diferentemente do que se comportam em outros ambientes. Isso acontece por que o representante da chamada "direita raivosa" é em grande parte um sujeito sem muitos dotes intelectuais e retóricos, razão pela qual a internet é o único lugar onde consegue dar alguma repercussão à sua própria insignificância.

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HISTÓRIA: Um crime capitalista, o linchamento de Jesse Washington

Por Cristiano Alves


Capitalismo e racismo são duas faces da mesma moeda, já dizia Steve Biko, importante ativista da luta contra o regime do Apartheid na África do Sul, um regime nefasto e brutal, desumano e explorador comparável a apenas dois outros regimes, o do III Reich, surgido na Alemanha e espalhado para várias partes da Europa e o regime Jim Crow, uma das maiores aberrações já surgida no mundo capitalista, nos Estados Unidos da América.

Em 1916, quando Lenin e Stalin eram leões na escrita e no discurso contra a segregação racial, uma multidão de jovens enfurecidos, que "tinha certeza dos crimes de um adolescente chamado Jesse Washington", promoveu uma das maiores barbaridades já registradas pelos aparelhos fotográficos, o linchamento do afroamericano Jesse Washington.

Linchamento, um crime capitalista

Jesse Washington trabalhava  na fazenda do casal de imigrantes ingleses Fryer. Após a Sra. Lucy Frier aparecer morta com traumatismo craniano, o jovem Jesse, negro, foi o suspeito imediato. Jornais sensacionalistas trataram de alegar que Jesse não apenas matou a Sra. Lucy Frier, como também a estuprou. Investigações feitas em 2011 levaram a duas diferentes conclusões. Manfred Berg, investigador alemão, concluiu que Jesse matou Lucy Frier, mas não a estuprou. Julie Armstrong, da Universidade da Flórida do Sul, concluiu que Jesse nem matou nem estuprou a Sra. Lucy Frier. As investigações também revelaram que o jovem, como a maioria dos trabalhadores negros de fazendas, eram tratados de forma brutal.

Na época Jesse Washington foi preso, julgado e condenado, após uma confissão que, segundo investigadores, fora forjada pelos seus interrogadores, prática comum na justiça americana, onde indivíduos são presos, é prometida a sua soltura, caso confessem, mas são condenados e enviados a prisões ou até executados.

Após sair do tribunal, Jesse Washington era aguardado por uma multidão de populares enfurecidos que não apenas capturou Jesse, como também o amarrou, castrou o jovem e o pendurou em uma árvore sobre uma fogueira acesa. A multidão "cozinhou" Jesse Washington, queimando-o vivo. De acordo com a investigação de Manfred Berg, a multidão levantava Jesse e o colocava de volta na fogueira, de modo a maximizar o seu sofrimento. Todos os que participaram de seu linchamento sorriam e olhavam para as câmeras, certos de que não seriam sequer processados.

Após o crime bárbaro e brutal promovido pelos "homens de bem" americanos, pedaços de Jesse Washington foram cortados e vendidos como suvenir. O corpo de Jesse foi arrastado pela cidade. Apesar de que o linchamento era formalmente ilegal no Texas, o xerife da cidade que se encontrava no massacre nada fez para deter nem a multidão nem os policiais que a tudo assistiam. Diversas fotos do linchamento eram vendidas como suvenir na cidade de Waco, tida como "pacífica", apesar de ter tido efeito contrário para alguns visitantes que logo informaram ao restante do país sobre o caso, o que levou a diversas investigações que apontaram irregularidades no processo de Jesse Washington.

O linchamento só foi possível por que a imprensa local incitou os populares, demonizando Jesse sem qualquer certeza sobre a sua culpabilidade. Ele também se deu por que a multidão enfurecida "tinha certeza" da culpa de Jesse sem qualquer comprovação ou evidências de sua autoria. Ambos os recursos são usados ainda hoje utilizados por jornalistas como Rachel Sherezade e outros jornalistas de extrema-direita. Eles não apenas são usados contra pessoas cuja autoria do crime não é comprovada, como também são muito usadas para atacar o "comunismo malvado". Os extremistas de direita sempre "tem certeza" de que os comunistas "mataram, estupraram, defendem bandidos", dentre outras falsidades criadas com o intuito de promover o ódio.

Os países socialistas desconheceram qualquer linchamento, sendo que essa prática é inerente ao capitalismo, onde se promove o culto do ódio e o racismo. O extremista de direita não é alguém movido por sentimentos altruístas, ele é alguém que cultiva o ódio e nada cria, apenas destrói ou quer destruir. Ele reivindica o seu direito "sacrossanto" de ser racista e de linchar junto aos seus aquele que condena, seja ele culpado ou inocente, daí a sua histeria sempre que ouve falar de linchamento, prática que ultimamente tem ganho força no Brasil. O direitismo é um atraso de vida, é uma maldição que precisa ser exorcizada do nosso país, é dele que nascem regimes nefastos como o Jim Crow, III Reich, Apartheid ou o da Junta de Kiev. Aqueles que defendem a sua ideologia nefasta ou simplesmente com ela simpatizam são cúmplices morais de todos os seus crimes!

HISTÓRIA: Páginas do Facebook minimizam os crimes do nazismo

Por Cristiano Alves


Há algumas semanas, na Rússia, o presidente  Vladimir Putin ratificou o projeto de lei nº 197582-5, que criminaliza a negação dos crimes do nazismo e a distorção do papel da União Soviética na II Guerra Mundial. Enquanto o país do norte dá passos para frente, o Brasil dá passos para trás, carecendo de qualquer combate efetivo às formas diretas ou indiretas de reabilitação do nazismo promovidas em revistas, jornais, livros e na internet em redes sociais.


O jornalista Maxim Shevchenko certa vez condenou dois tipos de neonazismo, o neonazismo dos fascistas propriamente ditos e o neonazismo dos liberais. O primeiro grupo é mais notável e é mais fácil condená-los, o segundo grupo é socialmente aceito, embora levantem as mesmas bandeiras do primeiro grupo, só que sem bigode e suástica. 

Um dos recursos mais utilizados para a promoção do neonazismo é a minimização de seus crimes, assim, a Alemanha hitlerista, responsável por aproximadamente 60 milhões de mortos, 27 milhões só na União Soviética, além de mais de um terço da população da Polônia, é reduzida a apenas "6 milhões de mortos". Pior que isso, páginas que sustentam as ideias de Ludwig von Mises e de outros pensadores liberais extremistas, desavergonhadamente alegam que "Stalin e Mao, separadamente, mataram mais", sem qualquer evidências, sem qualquer indícios sequer, apenas sofismas. Ao igualar Stalin a Hitler, ou pior que isso, ao dizer que Stalin, um dos maiores combatentes do racismo do século XX, é "pior do que Hitler", que promoveu o racismo e o genocídio, que visava exterminar a população de eslavos da URSS, a exemplo do que os anglo-saxões da América fizeram aos mais de 20 milhões de americanos nativos.

Igualar Stalin e países socialistas a Adolf Hitler ou alegar que os primeiros são piores que o último é a forma mais comum de promoção da ideologia neonazista


Pior que isso, a exemplo do que fazem com o governo do PT, que segundo a mitologia direitóide "inventou a corrupção", não foi a Alemanha nazista que iniciou a IIGM, não foi a Alemanha nazista que promoveu a morte de 60 milhões de pessoas e estuprou milhões de mulheres eslavas, polonesas, ucranianas, bielorrussas, russas, sérvias e outras, não apenas violentadas, como também enforcadas; na verdade, dizem os direitóides, "foi o Exército Vermelho que promoveu a maior onda de estupro da história". Em realidade, não é segredo que alguns abusos foram cometidos durante a chegada do Exército Soviético em Berlim, é importante enfatizar "alguns" por que durante a chegada desse Exército na Alemanha nenhum único cidadão alemão foi enforcado. É possível ter certeza de alguns abusos cometidos do lado vermelho por que a própria justiça soviética nos dá exemplos de condenações de militares que cometiam abusos, demonstrando que se tratava de uma prática sem a aprovação governamental e mesmo punível, e até mesmo anticomunistas doentios como Alexander Soljenitsyn foram testemunhos de soldados presos por tais abusos, todavia mesmo essas exceções não se tavam sem um motivo. Muitos desses soldados foram homens que tiveram suas vidas completamente arruinadas, muitos tiveram suas mães, irmãs ou namoradas estupradas, e "toda ação tem uma reação". Todavia nenhum desvio de conduta dos soldados soviéticos podem ser comparados à violência institucionalizada promovida pelos nazi fascistas, que em muitos casos enviavam fotos suas enforcando cidadãos pacíficos na URSS e na Iugoslávia para parentes seus como "troféus de guerra". É típico de fascistas o culto da violência desmotivada, do sadismo! Deste modo, de forma alguma os crimes cometidos pelos nazistas, o corpo esquartejado de Zoya Kosmodemyanskaya, pode ser equiparado a ocasionais abusos dos soldados soviéticos que tiveram suas vidas destruídas pelos nazistas. Além do extermínio de 27 milhões de soviéticos, não estão contabilizados aí os inválidos, que perderam uma vida normal ao perder partes do corpo durante a guerra ou tornaram-se neuróticos pelo estresse por ela provocada, ou ainda aqueles que passaram a morar em buracos por que mais de 2 milhões de lares foram destruídos em seu país.


Nada disso é levado em consideração pela "direita raivosa", que prefere minimizar os crimes do nazismo e mesmo colocá-los no papel de "vítimas". São esses mesmos energúmenos que chegam a ponto de dizer descaradamente que "o nazismo é de esquerda", apesar de apoiá-lo de forma imoral e promíscua! Todo aquele que minimiza os crimes do nazismo ou iguala esse sistema, que criou leis segregacionistas oriundas da pseudociência conhecida por eugenia, deve ser encarado como um ato de apologia do nazismo, que ao menos no papel é considerado crime pela Lei 7.716/89. E o que falta para responsabilizar penalmente esses indivíduos?

É necessário que no Brasil um deputado comunista prove que honra a cor da bandeira de seu partido e que qualquer força progressista proponha uma reformulação na Lei 7.716/89 para equiparar a minimização dos crimes do nazismo à propaganda do nazifascismo. Essa medida não apenas iria evitar que o fascismo se espalhasse como um incêndio na internet, como também seria um golpe muito forte em partidos coniventes com tais ideias.

O Brasil não pode permitir a reabilitação do nazismo e nem a revisão da história que a extrema-direita promove através da internet e de seus órgãos de imprensa.

Pela criminalização da minimização dos crimes do nazismo!
Pela penalização dos neonazistas, sejam eles fascistas sem máscara, liberais ou "libertários"!

segunda-feira, maio 19, 2014

CRISE UCRANIANA: O nazismo voltou, a Ucrânia que a imprensa não mostra

No vídeo, em inúmeras oportunidades, marchas neonazista ao estilo da Alemanha hitleriana gritam pelos nomes de Bandera e Shuhyevich, ambos criminosos de guerra responsáveis por incontáveis atos de limpeza étnica contra poloneses, extermínio de judeus e mesmo perseguição e assassinado do próprio povo.

O que será necessário para a imprensa ocidental denunciar o regime neonazista de Kiev? Iniciar uma nova guerra mundial? Colocar russos em câmaras de gás? Os russos jamais significaram nada para o ocidente, talvez isso explique por que a União Soviética preferiu falar dos 6 milhões de judeus assassinados pelo nazismo em Nurembergue a falar dos 27 milhões de soviéticos.

domingo, maio 18, 2014

FOTO DA SEMANA: Pussy Riot agora quer "ajuda" do imperialismo americano à Venezuela


Elas são cantoras ou políticas? Agora a nova bandeira do Pussy Riot, conhecidas por tentar promover um show numa catedral em Moscou e pelo seu apoio a Trotsky, ao movimento LGBT e outros pós-modernos, é a do #SOSvenezuela , fazendo o dinheiro da USAID-CANVAS valer a pena!



MUNDO: A mulher barbada austríaca e o beco sem saída do pós-modernismo

Por Cristiano Alves


Conchita Wurst, o/a novo símbolo sexual do regime capitalista

É sabido em todo mundo que artistas tem suas esquisitices, seja para interpretar um personagem, seja para denotar sua orientação sexual, seja por um motivo qualquer, todavia dentro dessas esquisitices há um limite quando falamos delas sendo veiculadas num espaço público destinado às massas, algo que influenciará comportamentos e tendências.

É um fato que há centenas de anos artistas masculinos se vestem de mulher para incorporar um personagem, uma vez que nessa mesma época as mulheres eram proibidas de trabalhar no ramo artístico, e as que ousavam fazê-lo eram sempre associadas de alguma forma com a prostituição pela sociedade machista e misógina. Nos dias de hoje muitos homens ainda se vestem de mulher para interpretar personagem, assumindo a sua masculinidade logo após o término do show. Alguns artistas, mesmo sendo homossexuais portam-se homens ou mulheres, terminado o show; poderíamos citar, por exemplo, o caso de artistas como Ney Matogrosso ou Cássia Eller, que apesar de seu jeito masculinizado assumia-se mulher. Outros artistas, mesmo sendo travestis, optam por uma identidade, a masculina ou a feminina; pode-se mencionar nesse campo nomes como Tammy Gretchen, Rogéria, "a" finada Vera Verão ou mesmo "a" Lacraia. Todavia, se alguém acha que já viu de tudo, poucos certamente viram figuras tão aberrantes como Conchita Wurst, o novo símbolo sexual e popstar da União Europeia, revelada no último domingo em um programa que expressa o quão decadente e capitalista é o ocidente.

O culto da personalidade no ocidente decadente é histérico e patético, exaltando artistas que pouco ou nada fizeram para engrandecer o seu povo e da causa dos trabalhadores e camponeses. Mas esse culto da personalidade na sociedade do espetáculo não só é normal como funcional ao sistema.

Sobre a decadência moral do capitalismo alertaram pensadores das mais diversas tendências, religiosos e ateus, mas certamente o maior alarme foi feito pelos pais fundadores do socialismo científico, isto é, os filósofos alemães Karl Heinrich Marx e Friedrich Engels. Suas posições os colocavam em violenta oposição aos chamados "socialistas utópicos", que conforme o nome já sugerem, defendiam um socialismo espúrio que mais cedo ou mais tarde seriam nada mais do que um "capitalismo social". Um desses debates e certamente o mais conhecido deles se deu na Alemanha, terra dos povos germanos, dos celtas e de outros povos conhecidos por ser um povo guerreiro, dos cavaleiros que ostentavam as pesadas armaduras teutônicas fabricadas pela Escola de Nurembergue, de nomes como Geyer Flórian. Naquele país, o filósofo alemão K. Marx, marido dedicado e pai de família, recebeu uma carta do seu quase homônimo Karl Heinrich Ulrichs. Durante os anos 60 do século XIX, Ulrichs escreveu uma carta a Marx e enviou vários livros a Marx levantando a bandeira do "uranismo", uma concepção gnóstica, inspirada na antiga religião pagã romana, que igualava a homo e transexualidade à heterossexualidade.

Karl Marx, como comunista e homem sábio que era, rejeitou a ideologia de Karl Ulrichs, ele passou os livros para seu camarada Friedrich Engels. Este, transtornado com o conteúdo dos livros, enviou uma carta a Marx expressando o seu repúdio pelos livros de Ulrichs, chamando a este último de "pederasta" que "vai contra a natureza". Ele alegava que as ideias de Ulrichs nada mais eram que "obscenidades transformadas em teoria"1. Ele tinha uma preocupação, a de que heterossexuais como ele próprio(isto é, Engels), viessem a sofrer sérios problemas conforme fosse garantidos direitos especiais aos homossexuais. A clarividência do alemão pode ser facilmente constatada por diversas evidências nos dias atuais, em sites e congressos LGBT clama-se abertamente que ao mesmo tempo que "é normal ser homossexual, a heterossexualidade, não é natural ser heterossexual"2. Não faz nem três anos que a polícia francesa reprimiu brutalmente manifestantes pacíficos franceses que protestavam contra a aprovação de direitos especiais para LGBTs. A Rússia é caluniada, difamada  e até embargada por não dobrar os joelhos ante a cruzada totalitária LGBT. Parafraseando o bispo católico dos cavaleiros teutônicos do filme de Einsenstein, Alexander Nevsky, "aquele que não se curvar ao triângulo colorido deverá perecer"! Hoje qualquer pessoa que, num ambiente intelectualizado, critique o movimento LGBT, é imediatamente taxado de "nazista", de "homofóbico", como se combater uma ideia política fosse o mesmo que desejar exterminar os seus partidários(esse discurso, aliás, é o mesmo que a extrema direita usa contra os comunistas, sustentando que sua ideia de "combater a burguesia" é querer "praticar genocídio contra burgueses"). Todas essas ações, que incluem a persecução penal de quem se recusa a exercer a genuflexão ante a ideologia LGBT são invariavelmente e indiscutivelmente uma forma de censura, uma prova de que "a garantia de seus direitos implica na retirada de direitos dos heterossexuais", sendo a maioria transformada por coerção política numa minoria.

Para o filósofo alemão K. Marx, a ideologia pós-moderna do capitalismo não passa de "obscenidades transformadas em teoria". Para o seu camarada, F. Engels, somente o comunismo transformaria a monogamia numa realidade social.

Os fundadores do comunismo científico jamais se dobraram à ameaça LGBT e as de seus aliados socialistas utópicos, cujas propostas eram tidas por "fantasias risíveis". Engels mostrou-se sempre vocal contra os abusos políticos dos tataravós dos homossexualistas atuais. Muitos que se diziam seus "seguidores" escreveram o programa de Gotha, descrito pelos fundadores do socialismo científico como oportunista e ultrarreacionário. Marx tratou de escrever a Crítica ao Programa de Gotha, Engels foi mais além, associando os revisionistas aos uranistas(termo usado na época para descrever os homossexualistas, visto que reivindicavam a proteção do deus romano Urano). Em alguns momentos, Engels mesmo chegou a usar termos bastante picantes, referindo-se, por exemplo a Wilhelm Liebknecht, que "gerou um programa podre junto ao come-cu Hasselman"3. Em "Da origem da família, da propriedade privada e do Estado", Engels referiu-se à "degradação dos homens gregos" com a pederastia e com o mito de Ganimedes, que teria "degradado mesmo os deuses". Marx não pensava diferente de Engels sobre o assunto, nos Manuscritos econômico-filosóficos, Max diz que "a relação imediata, natural, necessária do homem ao homem(aqui no sentido de ser humano) é também a relação do homem à mulher"4. O sábio alemão, descrevendo Karl Boruttau, defensor de libertinagens sexuais ao estilo dos pós-modernistas contemporâneos, referiu-se a ele como um schwanzchwulen, algo como "bichona desprezível". Ainda, o seu camarada Friedrich Engels, casado com a operária irlandesa Mary Burns5, mencionou que os "princípios morais naturais" floresceriam no futuro comunista, onde "a monogamia(heterossexual), em vez de definhar-se, se tornaria em realidade - também para o homem"6, e a homossexualidade também desapareceria7.

Se os pais fundadores do comunismo científico desaprovaram tudo que estava fora da normalidade, isto é, a heterossexualidade, segundo o pensamento marxista. Os fundadores do primeiro Estado Social Socialista, a União Soviética, pensariam na mesma linha. Nesse sentido Lenin foi bastante enfático em uma carta a Clara Zetkin, preocupado com suas preocupações exageradas sobre questões sexuais, o revolucionário russo respondeu:

"A lista de vossos pecados, Clara, ainda não terminou. Ouvi dizer que, em vossas reuniões noturnas dedicadas à leitura e aos debates com as operárias, ocupai-vos sobretudo com as questões do sexo e do casamento. Esse assunto estaria no centro de vossas preocupações, de vossa instrução política e de vossa ação educativa! Não acreditei no que ouvi.

(...)Parece-me que essa abundância de teorias sexuais, que não são em grande parte senão hipóteses arbitrárias, provém de necessidades inteiramente pessoais, isto é, da necessidade de justificar aos olhos da moral burguesa a própria vida anormal ou os próprios instintos sexuais excessivos e de fazê-la tolerá-los.

Esse respeito velado pela moral burguesa repugna-me tanto quanto essa paixão pelas questões sexuais. Tem um belo revestimento de formas subversivas e revolucionárias, mas essa ocupação não passa, no fim das contas, de puramente burguesa. A ela se dedicam de preferência os intelectuais e as outras camadas da sociedade que lhes são próximas. Para tal tipo de ocupação não há lugar no Partido, entre o proletariado que luta e tem consciência de classe."8

Exemplo de "arte" ocidental pós-modernista, manifestação estranha ao socialismo

Assim, como vemos, Lenin era terminante contrário às bandeiras políticas hoje levantadas pelos pós-modernistas e pelo movimento LGBT. Os mitômanos do movimento propagam a mentira de que "Lenin garantiu o casamento dos homossexuais", mito esse facilmente derrubado com uma rápida lida no Código Civil da República Socialista Federativa Soviética da Rússia(CC RSFSR), criado por influência de Lenin, como bem descrito pelo Dr. Raimundo Nonato Cruz, presidente da OAB durante os anos 30:

Art. 7º - Por ocasião do registro do casamento, os conjuges teem o direito de declarar se desejam usar um nome de familia comum, o do marido ou o da mulher, ou se desejam conservar os nomes de antes do casamento.

Deste modo, como se pode perceber, Lenin, um combatente abnegado da luta contra o racismo, pela emancipação nacional, pelos direitos da mulher e pelo socialismo, condenava a bandeira colorida levantada pelos pós-modernistas, descrevendo-a como uma "bandeira burguesa".

Stalin, aluno de Lenin, não possui qualquer texto conhecido que fale abertamente sobre a questão sexual, todavia é sabido que nada ele fez contra a medida adotada pelo presidente Kalinin, a pedido da OGPU, órgão de segurança que condenava o ato homossexual masculino. Em vez de Stalin, o grande escritor soviético Maxim Gorky escreveu um artigo onde ele respondia a diversas questões questionadas a Stalin por cartas de comunistas de outros países. Sobre a homossexualidade, escrevia Gorky que se trata de um fator "corrompedor do homem", este citou um dito sarcástico dos comunistas alemães segundo os quais "destrua os homossexualistas e o fascismo desaparecerá". Mais tarde, o médico e cientista natural Wilhelm Reich expressaria sua discordância quanto à posição do escritor comunista russo, alegando que sua posição, referente às "ligas masculinas" do Partido Nazista, onde a prática homossexual era constante(especialmente no caso da SA), não levava em conta o caso do "homossexualismo de miseráveis e marinheiros", que muitas vezes, por sua posição de miséria, o que dificultaria sua relação com o sexo oposto, os levaria à prostituição ou à homossexualidade como forma de satisfação de suas necessidades orgonômicas, em sua obra "A revolução sexual". Todos os pensadores da Escola de Frankfurt também condenariam o homossexualismo e a obra "Problemas ideológicos contemporâneos", escrita por quatro comunistas internacionais, Bruno Frei, M. Sandros, K. Zarodov e Ib Nörlund, acerca dos eventos e tendências nascidas do movimento de maio de 68, condenariam todos os apelos por "libertação sexual", bandeira dos renegados trotskistas e dos neoanarquistas, segundo os autores do livro.

Se  resta para alguém alguma dúvida sobre o caráter opressor do ocidente capitalista LGBT, movimento que supostamente "luta pelo oprimido", é importante lembrar que não casos isolados, mas centenas revelam o seu caráter opressor através dos séculos. Um dos fundadores do nazismo alemão, Ernst Rhöms, era conhecido por ser um famoso pederasta, assim como grande parte dos integrantes da SA, a tropa de choque histérica e violenta dos nazistas. O próprio Adolf Hitler, segundo vários indícios, era homossexual(homoafetivo ou como queiram chamá-lo). Anders Breivik, que gastara milhares de euros com cirurgias plásticas, segundo diversos jornais(incluindo o LGBT Queerty e o Pinknews) e mesmo testemunhas em seu julgamento, não apenas era não-tradicional, como também teria sido visto na Parada LGBT de Oslo, isso muito antes de abrir fogo contra os "marxistas culturais", primeiramente contra mulheres. Um jornalista britânico, Johann Hari, gay e ateu, escreveu um longo artigo provando a relação entre fascismo e homossexualismo militante, demonstrando como quase todos os líderes de organizações neonazistas europeias são militantes LGBT e em alguns casos até produtores de pornô desta natureza. E, se diante desses fatos alguém ainda duvida, é importante frisar que os Estados Unidos, a maior potência imperialista dos dias atuais, onde está situada a segunda cidade "mais gay" do mundo(a primeira está em outro Estado imperialista, Israel, e a terceira noutro Estado imperialista, a Holanda), o Pentágono tentou desenvolver uma "bomba gay", que transformaria homens heterossexuais em homens homossexuais10, uma arma secreta que segundo algumas fontes dos próprios EUA, insuspeitas de "posições homofóbicas", ainda não teve o seu projeto abandonado. Deste modo, mesmo que alguém sustente que "isso não tem nada a ver com o movimento LGBT e que homossexuais honestos até são contra", isso não apaga o fato de que a promoção desta cultura LGBT está no interesse do imperialismo e é usado inclusive como arma para a subversão dos povos conforme seus próprios interesses, seja como bomba militar, seja como "bomba" no rádio e na TV. Estamos falando de 7.5 milhões de dólares gastos só nesse projeto!

Documentos vazados das Forças Armadas dos Estados Unidos comprovam de forma inexorável que o imperialismo gastou 7.5 milhões numa bomba que tornaria indivíduos homossexuais, o que comprova o interesse direto do capitalismo contemporâneo na promoção da "cultura LGBT".

Numa época em que é chic ser ignorante se faz necessário elucidar todos estes fatos e evocar toda esta teoria para demonstrar que a crítica ao pós-modernismo e ao homossexualismo nada tem a ver com seguir Bolsonaro ou o pastor Feliciano, essa crítica também não tem nada a ver com "nacional-bolchevismo" ou "eurasianismo" como insinuado por alguns que se opõem ao conteúdo deste site. A crítica a essas posições liberais, burguesas, é inerente ao marxismo-leninismo, fato que constitui uma verdade inexorável, e para constatá-lo não é preciso ser nenhum doutor no assunto, ou "teórico marxista", é necessário apenas saber ler, ler sem preguiça os grandes clássicos do marxismo-leninismo. "Ah, mas Marx e Lenin escreveram essas coisas há centenas de anos atrás", dizem os pós-modernistas travestidos de comunistas ao mesmo tempo em que contraditoriamente vomitam as teses também centenárias homossexualistas. É verdade que o marxismo é dialético, todavia dialética não é o mesmo que extremismo relativista. Alguns termos usados por Marx e Engels contra os uranistas seriam inapropriados nos dias atuais, todavia isto não elimina a necessidade de um combate ferrenho contra os pós-modernistas. A essência do pós-modernismo, como bem colocado no brilhante artigo de Augusto César Mazdaki, está exatamente na negação de qualquer verdade, e uma vez que "não existe qualquer verdade", logo não há por que se ater a uma metodologia para combater o capitalismo, capitalismo esse que segundo os pós-modernistas "já não é mais capitalismo, já não é mais opressor, já não existe mais burguesia e proletariado", e assim, para o pós-modernismo, o melhor a fazer seria se contentar com o sistema e ir rebolar numa grande Parada LGBT ao som de Lady Gaga.

É um equívoco perseguido apenas por mentes ingênuas e inocentes acreditar que a atual "luta contra a homofobia", "luta contra a transfobia", que o "ativismo LGBT" ou seja qual for o nome fantasia assumido por um dado movimento burguês pós-modernista, se limita apenas a "acabar com a discriminação". Não se trata de "acabar com a discriminação", e sim promover um bombardeio, uma guerra de informação, visando perverter valores da ética e da moral. E será que isso "não ofende a ninguém"? Que isso "é apenas defender os direitos de homossexuais"? Quem promove as grandes paradas gays não quer apenas "dizer que é errado maltratar pessoas por causa de sua orientação sexual", isso os comunistas e qualquer pessoa com bom senso já faz, o que eles querem é poder exibir seus órgãos sexuais para crianças, é poder exibir na rua suas partes íntimas como carne em uma vitrine, é poder, nas palavras de um indivíduo não-tradicional entrevistado pela Band, "dar o rabo em paz no meio da rua", além de querer consumir entorpecentes, conforme informado pela Polícia Militar11.

Assim, como vemos, a ideologia não-oficial da burguesia contemporânea é o pós-modernismo que se manifesta através de uma série de bombardeios ideológicos que visam eliminar determinados consensos existentes nas mais diversas civilizações, sejam elas americanas, africanas, europeias ou asiáticas, consenso esse que serve de base para os Direitos Humanos e para várias outras leis que regem os Estados civilizados. Uma vez que esse consenso é destruído, que ele se torna maleável, logo princípios éticos e morais também assim se tornam. Na Europa, e isso é público, há políticos que defendem a legalização do incesto e até mesmo um partido, na Holanda, abertamente favorável à pedofilia. Porém, isso é só a ponta do iceberg! Uma vez que "não há mais certo e errado", também as ações do imperialismo deixam de ser "certas ou erradas" e assim se tornam, consequentemente, moralmente e ideologicamente justificáveis, afinal, sob o estandarte pós-moderno, não é mais o europeu invasor que oprime o africano, e sim o africano que atrapalha o trabalho do europeu invasor, e quem disse que é invasão, quando se tem uma mídia para dizer que não e dar uma tintura "democrática" a isso tudo? Quem, sob o pós-modernismo, precisa lutar contra o racismo, quando basta apenas comprar uma camisa que abraça o insulto racista? Quem, sob o pós-modernismo, precisa lutar contra a misoginia quando basta apenas abraçar o insulto do agressor?

Quem precisaria combater combater o racismo e a misoginia quando, pelas ideias pós-modernistas, é mais fácil dizer que "somos todos macacos" ou "somos todas vadias", abraçando o estereótipo atribuído pelo opressor?


Se a relação entre opressor e oprimido pode ser manipulada sob o estandarte pós-moderno, também pode ser manipulado qualquer consenso sobre a "normalidade" e inclusive sobre a nossa própria identidade. Quando um concurso televisivo de repercussão internacional, assistido por famílias e pessoas de todas as idades, divulga aos 5 cantos do mundo carícias homossexuais entre duas jovens na TV, isso é como dizer "está tudo bem fazer isso, meninas", isso influencia comportamentos! Quando o mesmo programa admite em sua seleção um(a?) "mulher barbada", em realidade um travesti que não decidiu se quer ser homem ou mulher(ou que quer fingir que é um dos dois) e o lança na TV, isso também influencia comportamentos. Quando o mesmo programa, além de fazer tudo isso em frente ao público, escolhe essa mesma "entidade" como ganhadora do programa, sem qualquer talento, exceto o de exposição ao ridículo, como um "ícone" da juventude, isso é uma forma de não apenas influenciar os jovens, como também uma forma de dizer "nós preferimos isso a colocar alguém de Belarus como campeão". A escolha de Conchita é uma escolha que representa o beco sem saída do pós-modernismo, a prova de que sob o capitalismo a humanidade caminha para trás, sem qualquer chance de caminhar ou saltar à frente, e é em nome dessa "Conchita", dessa aberração burguesa, que pessoas estão sendo fuziladas e queimadas vivas na Ucrânia. É em seu nome que uma junta neonazista chegou ao poder, para perverter o seu país na União Europeia(apelidada pelos russos e bielorrussos de "Gayropa").

Este pensador neocon exaltado pela extrema-direita propaga histericamente o anticomunismo abusando de recursos pós-modernos, convidando ao seu programa, travestido de "seminário de filosofia", narcoadictos, e abusando insistentemente de coprolalia.

No Brasil as ideias pós-modernistas são abraçadas por quase todos os partidos políticos disponíveis, tanto de direita quanto por partidos de esquerda, especialmente dentre a "extrema-esquerda", que prega a rebeldia pela rebeldia. Isso acontece por que no Brasil, como bem colocado pela Profª Dra. Anita Leocádia, historiadora e professora da UFRJ, não existe um partido comunista no Brasil. Há partidos que reivindicam esses títulos, que tem em suas fileiras comunistas, mas que pouco fazem ante uma grande ofensiva política. A direita, partidos como o PSDB, DEM e outros aliados, promovem também o pós-modernismo através de rádios e TVs que pertencem a deputados desses partidos. Não se pode olvidar que durante os tempos da ditadura cívico-militar fascista o cinema nacional foi reduzido às "pornochanchadas", que promoviam a obscenidade hetero e homossexual, além da pedofilia e em alguns casos mesmo a zoofilia, a ditadura que tinha como sua expressão cultural nomes como Ney Matogrosso, que não é muito diferente "da" Conchita europeia. Ironicamente, esses mesmos defensores de tal regime defendem, desavergonhadamente a "moral e os bons costumes", dizem que o "homossexualismo é contra a família", ao mesmo tempo em que gastam milhares de reais em bordéis e institucionalizam a exploração sexual das mulheres, a prostituição. O socialismo a nível mundial é a cura para essa realidade, a propriedade privada dos meios de produção e a reivindicação de seu caráter de verdade universal e absoluta é a força vital do pós-modernismo! O pós-modernismo é como a água, que assume a forma do vasilhame onde é depositado, assim ele pode em determinadas situações assumir uma aparência de esquerda, mesmo de "marxista-leninista", noutras ele assume uma forma ultraconservadora, fundamentalista, católica no caso brasileiro, incorporado na pessoa do indivíduo que se diz um bom cristão, mas prega nas redes sociais e em vídeos o ódio, destilando toda a sua coprolalia, sendo por isso tido como "filósofo culto", "dotado de uma inteligência demolidora", por uma multidão de idiotas pós-modernos que atribuem as mazelas criadas pelo sistema que eles exaltam ao "marxismo cultural", um marxismo de um Marx que jamais leram. Esses também "lutam pela Conchita".

O grande Lenin dizia que o "o fascismo é o capitalismo em decadência", e é de todos conhecido que a UE/OTAN da Conchita possui Estados neonazistas em suas fileiras que proíbem a Parada da Vitória, que criminalizam as ideias e a simbologia comunistas, que promovem a russofobia ou são que são coniventes com o racismo antinegro e contra outras nacionalidades. Deste modo a luta pelo comunismo é também uma luta contra o pós-modernismo, e a luta contra o pós-modernismo sem uma luta contra o capitalismo é uma luta espúria, sem objetivos. É preciso se rebelar contra a degeneração, jogar na lata do lixo a bandeira colorida capitalista e levantar bem alto a bandeira vermelha do bolchevismo!


Longe das "Conchitas", drags, transgêneros e de outras manifestações ocidentais capitalistas, a "diversidade" tem um conceito diferente no socialismo, isso explica a "desilusão com o socialismo" por nomes como Pagu e outros. Na foto, indivíduos de diversas nacionalidades soviéticas.

1-  Marx, Karl, Engels, Friedrich: Collected Works, vols. 42, 43 (New York: International,1988), 43: 295–96
2- http://www.ibahia.com/a/blogs/sexualidade/2012/07/18/por-que-a-heterossexualidade-nao-e-natural/
3- Marx Engels Werke vol.38, German edition - p. 30/31
4- MARX, Karl. Manuscritos econômico filosóficos. Pg. 137. Ed. Martin Claret. São Paulo. 2001
5- Precisamente, Engels viveu com a Srta. Burns sem com ela se casar formalmente.
6- 
Engels. Friedrich, The Origin of the Family, Private Property and the State. Translated by Alec West, in ‘Selected Works in One Volume’ (Moscow: Progress; New York: International, 1968), p. 511.
7- Hekma, Gert; Oosterhuis, Harry; and Steakley, James (1995). Gay men and the sexual history of the political left, Eds. Harrington Park Press, 1995.
8- ZETKIN, Clara. Lenin e o movimento feminino. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/zetkin/1920/mes/lenin.htm Acesso em 15/05/2014 às 15:32

9- URSS. Códigos Civis dos Soviets, comentado por R. N. Cruz. Biblioteca Jurídica Brasileira. Ed. A. Coelho Branco Fº. Rio de Janeiro. 1934.
10- US military pondered love not war. Matéria da BBC disponível em: http://news.bbc.co.uk/2/hi/4174519.stm Acesso em 17/05/2014.
11- Reportagem sobre a Parada LGBT disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=T6DQ4xuM0-I

quinta-feira, maio 15, 2014

CRISE UCRANIANA: Jovem comunista de 17 anos foi assassinado

Por Tito




Vadim Papura
Ele estudava política em seu primeiro ano na Universidade Nacional de Odessa.
Ele não bebia qualquer álcool, fazia atletismo.
Ele odiava o nazismo e queria fazer o mundo melhor.
Ele era comunista .
Em 2 de maio ele foi ao campo de Kulikovo em Odessa, ele queria proteger as mulheres
Ele só tinha 17 anos.
Lembraremos dele.


Fontes da notícia: http://www.dialog.ua/news/3017_1399814061

segunda-feira, maio 12, 2014

FOTO DA SEMANA: O capitalismo degenera!


Áustria 40 anos atrás. E agora...

MUNDO: Cabe a cada um decidir entre o ocidente decadente e o ethos soviético da Rússia



À direita a "mulher barbada" da Áustria(União Europeia), sublime expressão do ocidente decadente, vencedor da Eurovisão, "concurso musical" que promove propaganda homossexual. À direita a procuradora-geral da Crimeia, a tenente-coronel Natalya Poklonskaya, que mesmo perseguida pelos fascistas ucranianos e espancada por criminosos reafirmou sua decisão de lutar contra eles, mantendo sua feminilidade. Ela é uma referência da Rússia.

REBELA-TE CONTRA A DEGENERAÇÃO!
DIGA NÃO AO CAPITALISMO E À UNIÃO EUROPEIA!
DIGA NÃO À "CULTURA" CAPITALISTA DO OCIDENTE DECADENTE!

sábado, maio 10, 2014

NOTÍCIAS: A Página Vermelha promove mostra de cinema de guerra soviético em Fortaleza

Por Cristiano Alves



A Página Vermelha exibe uma mostra de cinema soviético sobre a Segunda Guerra Mundial do ponto de vista soviético, um ponto de vista que não costuma ser exibido publicamente, em 8 e 10 de maio, devido ao dia da vitória(9 de maio), na cidade de Fortaleza.

A seção de cinema é gratuita e exibe filmes como "Padenie Berlina"(A queda de Berlim) e "Idi i smotri"(Vá e veja), o primeiro legendado pelo autor desta página.

SEMANA DA VITÓRIA: Ivan Kojedub, o herói de duas guerras

Por Cristiano Alves

Ivan Kojedub(1920-1991), Herói da União Soviética por três vezes, e seu caça LA-5

Nascido no norte da Ucrânia, Ivan Kojedub se tornaria o maior ás dos aliados durante a II Guerra.

Kojedub graduou-se piloto em 1941, com o posto de Segundo-Sargento, no mesmo ano do início da guerra, mas seria apenas instrutor. Sentindo que seus talentos seriam melhor aproveitados em voo, ele tomou a corajosa decisão de servir como piloto(em batalhas como a de Stalingrado, o tempo de vida médio de um piloto não costumava exceder 4 horas). No início da guerra os aviões soviéticos, ao contrário dos alemães, não possuíam rádio, tinham que balançar as asas para sinalizar.

A primeira batalha aérea quase foi sua última, seu avião La-5 foi seriamente atingido por um caça Messerschmit Bf 106 e por pouco o projétil não atravessou a fuselagem e o matou em voo. Ele conseguiu retornar à base e pousar seu avião. Sua primeira vitória se deu contra um caça-bombardeiro Ju-87 Stuka, sobre a cidade de Kursk. No dia seguinte ele abateu outro caça, e alguns dias depois lograria abater 2 Bf-106. Em fevereiro de 1944, por ter abatido 20 aviões em seus 146 voos, ele recebeu o título de Herói da União Soviética. 

A partir de 1944, Kojedub passara a voar em um novo caça, um La-5F, construído com os recursos dos camponeses de uma Fazenda Coletiva de mel de abelha da região de Stalingrado. Em agosto seria promovido ao posto de Capitão, passando a comandar um regimento aéreo voando em um La-7. Em 19 de agosto, estavam registrados em sua conta 256 voos e 48 aviões fascistas abatidos. 

Um Lavochkin La-5 da Guarda, modelo pilotado por Kojyedub

Ao final da guerra, Kojedub registrava 330 voos militares, 120 batalhas aéreas e 62 aviões inimigos abatidos. Diferente do maior ás da guerra, o alemão Erich Hartmann, Kojedub jamais foi derrubado(Hartmann por algumas vezes teve seu avião destruído, sobrevivendo de paraquedas). Ao final da guerra, Kojedub, conforme revelado em sua autobiografia, ficaria face ao que mais tarde seria o seu novo inimigo. Numa batalha aérea, um piloto aliado de Kojedub seria atacado por engano por caças da Força Aérea Americana(USAF) nos céus de Berlim. Ivan Kojyedub não titubeou e atacou os dois caças americanos, destruindo ambos. O piloto de um conseguiu se salvar com o paraquedas, o outro morreu dentro do avião. Durante a IIGM, alega-se que Ivan Kojedub também fora o primeiro piloto de caça a destruir um caça a jato, o Me-262.

Herói da União Soviética três vezes durante a IIGM, Kojyedub levava uma vida tranquila no país, gozando dos benefícios auferidos por esse status conferido a civis e militares da URSS e de outros países, dentre os quais o transporte de ônibus gratuito, direito a uma viagem de avião gratuita por ano, redução nos impostos e outros. A paz experimentada por Kojedub cessaria diante de uma nova guerra, agora contra seu ex-aliado, os Estados Unidos, na Coreia.

Com o ataque da Coreia do Sul, forças americanas e da ONU contra a Coreia do Norte, a situação do país piorava, apelando para a ajuda chinesa. Por se tratar de membro da ONU, a URSS não podia intervir diretamente no conflito, em vez disso enviaria voluntários para a guerra. Procurado pelo MGB em plena calada da noite, nem mesmo a esposa de Kojedub entendeu do que se tratava. O ajuda do herói soviético fora procurada por pessoalmente por Stalin, não o marechal, mas o general aviador, filho do líder soviético, ele próprio um veterano da IIGM.

Num exemplo de internacionalismo, Kojedub ajudariam a defender outro país, além do seu. Enviado à Coreia, ele e outros veteranos soviéticos vestiram uniformes chineses e oficialmente lutavam pela China, aliado da Coreia do Norte. Kojedub seria apresentado às novas máquinas que defenderiam os céus da Coreia, os caças a jato MiG-15, uma revolução na aviação, feita a partir dos modelos capturados dos nazistas, mas com um motor sob a fuselagem, motor esse que a URSS conseguiria através da espionagem. Após uma visita comercial a uma fábrica da Rolls Royce, um agente soviético acompanhado do ministro Mikoyan usara um sapato com uma esponja que absolvia as raspas do metal usado na fabricação da turbina Rolls Royce, o último componente essencial na fabricação do caça a jato soviético. Os soviéticos, chineses e coreanos usariam o caça com motor a jato designado no Reino Unido contra os próprios ingleses e americanos nos céus coreanos.

O caça a jato MiG-15 foi pilotado por Ivan Kojyedub. Ele logrou destruir 17 aeronaves da Força Aérea Americana(USAF) nos céus da Coréia Democrática

Kojedub fora enviado para ser instrutor de voo na Coreia, o que elevava o moral dos coreanos e chineses ao saber que eram instruídos por um herói de guerra soviético. O comando soviético proibiu a Kojedub entrar em combate nos céus da Coreia, receoso de um escândalo envolvendo um herói de guerra combatendo os EUA e a ONU. Os demais pilotos soviéticos eram autorizados a combater apenas sobre o território norte-coreano.

Ousado, Kojedub ignorou a ordem do comando militar soviético. Pilotando o caça a jato MiG-15, o ucraniano lograria destruir pelo menos 17 aeronaves americanas, dentre caças e bombardeiros. Os caças MiG levavam grande vantagem sobre os caças de hélice e os patéticos F-80 da USAF, que eram lentos e possuíam um design que não lhes permitia muita manobrabilidade no combate a jato. Além disso, os caças a jato soviéticos, oficialmente da Força Aérea Coreana, tinham grande facilidade para derrubar os enormes bombardeiros americanos, salvando milhões de vidas coreanas e a integridade de diversas cidades. A humilhação enfrentada pelos pilotos americanos foi tão grande que em pouco tempo os EUA copiariam o design do MiG-15, desenvolvendo o F-86 Sabre, a fim de acabar com a superioridade aérea soviética, um caça que usava asas em delta, diferente do F-80.

Diferente de antes, os americanos agora encontravam paridade no combate aéreo, seu caça possuía vantagens a baixas altitudes, embora o MiG possuísse a altas altitudes. Kojedub logrou destruir 17 Sabres americanos até o fim da Guerra da Coreia.

A participação dos pilotos soviéticos na Guerra da Coreia fora segredo por décadas, os pilotos frequentemente levavam cartões com frases em coreano, mas no fogo de batalha acabavam falando russo, algo capturado em gravações de rádio americanas, mas jamais plenamente comprovadas.

Kojedub seria promovido a Marechal no início dos anos 90, tornando-se uma lenda da aviação eternizada em 1991.

Ivan Kojedub eternizou-se como Marechal da União Soviética(nessa foto era general). Ele, e não o nefasto Stepan Bandera, foi o verdadeiro herói da Ucrânia, um ucraniano que combateu o fascismo desde o seu primeiro dia. Kojyedub é um exemplo para todo o povo ucraniano, uma inspiração contra o regime fascista instalado em Kiev com o apoio de um novo inimigo, a OTAN.

sexta-feira, maio 09, 2014

SEMANA DA VITÓRIA: Três paladinos antifascistas

Por Cristiano Aves




Três padres ortodoxos veteranos da Segunda Guerra, paladinos antifascistas, da Eparquia de Perm. Arcipreste Boris Bartov, Arcipreste Valentin Drugov e o monge Nikon. Dois deles foram mecânicos, um de aviões, outro de carros, e o monge Nikon um soldado operador de morteiro. Os três entraram para o sacerdócio após o fim da guerra e orgulhosamente ostentam as suas medalhas junto à cruz sacerdotal.

Enquanto a Igreja Católica Romana colocou-se ao lado do nazismo, enviando à Alemanha o cardeal Arsenigo para o lado de Hitler e abençoando os "heróis alemães da Batalha de Moscou", a quase totalidade dos cristãos ortodoxos combateu as hordas do fascismo. Mesmo hoje nomes como o padre Paulo Ricardo vergonhosamente promovem o anticomunismo e consequentemente defendem o fascismo, ideário que jamais condenaram expressamente.

terça-feira, maio 06, 2014

CRISE UCRANIANA: Na Ucrânia, uso da fita georgiana será considerado "terrorismo"

Por Cristiano Alves

Fitas georgianas são distribuídas gratuitamente nas semanas que antecedem o Dia da Vitória


O governo neonazista de Kiev agora tomou mais uma decisão escandalosa. Há algumas semanas atrás, a Junta proibiu a realização da Parada da Vitória de 9 de maio na Ucrânia, o dia 9 de maio, dia da derrota do nazismo nas ex-repúblicas soviéticas, foi declarado dia de luto pelo regime de Kiev. Agora, além da proibição da língua russa e da parada antifascista, o governo proíbe a utilização da fita georgiana, usada em honra à batalha que expulsou os nazistas do território soviético.

A fita georgiana tem esse nome por sua associação com São George, o santo romano da Capadócia que derrotou um dragão. No Império Russo foi instituída a Ordem de São George, que era pendurada com uma fita nas cores amarelo e preto. Ela era a mais alta condecoração militar do Império Russo. No romance "Guerra e Paz", do escritor russo Lyev Tolstoy, ela é citada. A ordem foi atribuída a muitos que combateram o Exército Francês de Napoleão Bonaparte. 



Com a Revolução de Outubro foi instituído o Estado laico e a Ordem de São George foi reformulada, ganhando uma tonalidade laranja(em razão do vermelho comunista) e preta. Em vez da antiga condecoração, foi instituída a Ordem da Glória, assim como outras ordens que possuíam a mesma fita característica, nas cores laranja e preto. Com o fim da URSS, a Ordem da Glória foi cancelada e reinstituída a Ordem de São George.

Na década de 2000, como fator de consenso e união de todas as forças políticas do país, foi instituída por uma ação cívica a fita georgiana, usada tanto por comunistas quanto por outras forças políticas da Rússia, por vezes usados com outras fitas para caracterizar melhor as convicções ideológicas de cada um. A fita ganhou um tom antifascista, de defesa do próprio país ante o invasor externo.

No ano 2013, com a queda do governo democraticamente eleito da Ucrânia e a ascensão de uma junta governamental neonazista, diversas medidas antipopulares e de caráter fascista passaram a ser tomadas, tais como proibição da língua russa e outras línguas usadas na Ucrânia, incluindo o grego, perseguição de ucranianos não favoráveis ao novo governo, busca e assassinato de comunistas, proibição de ideias comunistas e destruição de monumentos antifascistas. Assim, os ucranianos antifascistas recorreriam a um símbolo para se distinguir dos neonazistas, a fita georgiana.
 
Ucraniano da República Popular de Donyetsk ostenta uma fita georgiana

Se a fita georgiana provocava algumas discussões na sociedade russa, em razão de sua banalização(alguns adolescentes usavam-nas até no cadarço do tênis), ela agora se afirma como um indiscutível símbolo antifascista, sendo usada por forças populares ucranianas e em diversas manifestações contra o governo de Kiev. O uso constante da fita provocou a ira do Praviy Sektor e da deputada Irina Farion, que não apenas exigiu a sua proibição, como o fuzilamento de manifestantes pacíficos que carreguem a bandeira da Rússia. O novo governo instituiu uma tirania e chama os seus opositores de "pró-russos", curiosamente esquecendo-se de que ele próprio surgiu como um movimento pró-OTAN/UE.



O novo governo de Kiev cria leis e projetos de leis que lançam irmão contra irmão, proibindo a utilização de "qualquer símbolo russo". Esse governo, no Brasil saudado pelo PSTU e pela deputada Luciana Genro, demonstra que o fascismo é uma força reacionária que a Junta de Kiev está disposta a reativar.



Fonte: Moskovskiy Komsomolets

SEMANA DA VITÓRIA: A irmãzinha, a história de uma combatente antifascista

Por Cristiano Alves


A então subtenente Katya, com a Ordem da Guerra Patriótica,  com um sargento e um soldado fuzileiros navais

Yekaterina Illarionova Mihailova nasceu em 1925 em Leningrado. Filha de militares, tornou-se órfã durante a infância. Tentou se alistar na força aérea nos anos 30, mas foi rejeitada por causa da idade. Determinada, entrou na escola de enfermeiras.

O ingresso de Yekaterina(Katya) no Exército Vermelho se daria em 1941, quando, indo visitar o irmão em Brest, extremo-ocidente da URSS, o seu trem civil seria atacado por caças Stuka alemães, provocando o seu descarrilhamento, ao qual Katya sobreviveria. De acordo com seu depoimento, ela viu cadáveres e feridos por toda parte, aos quais se apressou em socorrer. Junto aos feridos, ela voltou a pé para Smolensk onde alistou-se no Exército e tornou-se padioleira, soldado que vai para a batalha e carrega os feridos em macas.

Participou de várias missões de reconhecimento no front, socorrendo companheiros seus. Numa de suas missões, ficaria gravemente ferida com a explosão de um projétil de morteiro, que em suas palavras "a jogaria mais alto que uma árvore", ficando com sua perna ferida e sendo levada ao hospital militar na retaguarda.

De volta ao combate, Katya foi enviada para a Batalha de Stalingrado, onde serviria na retaguarda em um navio-hospital, onde foi reconhecida por seu brilhante trabalho e foi promovida a Subtenente. Cansada de seu trabalho na retaguarda, ela queria ir ao front, e por seu amor pelo mar queria ingressar no corpo de Fuzileiros Navais, que até então tinha apenas homens em suas fileiras. Seu pedido de ingresso nos Fuzileiros Navais foi a princípio rejeitado, apelando então para uma carta endereçada ao comandante-supremo das forças armadas soviéticas, o primeiro-ministro Iósif Vissaryonovich Stalin, que então a autorizou no corpo. Stalin sempre fez diversas concessões aos pedidos das mulheres soviéticas para seu ingresso nas mais diversas áreas, sendo um bom exemplo disso a carta de Maria Oktyabrskaya, que lhe solicitava a construção de um tanque feito com seus próprios recursos econômicos, ou a criação de um grupo de aviadores formado por mulheres, pedido de Marina Raskova.

Aos 17 anos, a jovem Katya se tornaria a primeira fuzileira-naval das forças armadas soviéticas, corpo que descendia dos lendários marinheiros de Kronstadt. Os fuzileiros navais eram conhecidos pelos fascistas como "a morte negra" por causa de seus uniformes pretos, por se tratar de uma tropa de elite altamente treinada, por seu preparo físico e por ser conhecida pelo seu combate obstinado. A recepção de Katya não foi nada amistosa entre os fuzileiros navais, céticos quanto à capacidade da jovem baixinha e fisicamente frágil. A princípio ela se tornaria instrutora do corpo de saúde, depois participaria da recaptura de Temryuk e receberia a primeira Ordem da Guerra Patriótica por sua participação na Batalha de Kerch, na Crimeia.

Os fuzileiros navais soviéticos eram uma tropa de elite da Marinha Vermelha, notáveis por seu uniforme diferenciado: negro com camiseta de listras pretas e fitas de munição usadas em "estilo cangaceiro". Os nazistas os chamavam de "a morte negra".

Em agosto de 1944, Katya participaria da batalha pela recaptura de Bilhorod-Dnyestrovsk, na Ucrânia. Cruzando o rio Dniestr, sua tropa escalaria um pico ocupado pelo inimigo. Durante o assalto à base fascista, Katya logrou em assaltar uma fortificação alemã, fazendo sozinha 14 prisioneiros e tratando 17 homens feridos. Por sua participação, ela recebeu a Ordem da Bandeira Vermelha. Meses depois, num exemplo de internacionalismo proletário, ela participaria de uma de suas mais ousadas ações, durante a campanha de libertação da Iugoslávia, na Croácia.

A Ordem da Bandeira Vermelha, atribuída por heroísmo em combate ou longo serviço nas Forças Armadas, duas vezes atribuída a Katya durante a guerra. A jovem baixinha russa logrou capturar sozinha 14 nazistas. Na Ordem está escrito "Proletários de todos os países, uni-vos!"

Katya e seus companheiros lançariam um ataque diversionário a partir de uma ilha inundada no rio Danúbio. Em razão da inundação, sua unidade, composta por 50 fuzileiros navais, usaria as árvores como posições de tiro. Após uma longa troca de tiros, dos 50 infantes navais, somente 13 sobreviveram, todos feridos. 7 dos 13 sobreviventes cairiam nas correntezas da água congelante, mas seriam salvos por Katya, que amarrou-os às árvores usando a bandoleira do fuzil e cintos. No tiroteio, Katya seria ferida na mão e contrairia pneumonia.

"Katyusha" seria hospitalizada com pneumonia e um ferimento na mão, mas ainda assim deixaria o hospital militar sem autorização para se juntar à tropa novamente, heroísmo que lhe valeu uma segunda Ordem da Bandeira Vermelha.

Com o fim da Grande Guerra, Katya seria desmobilizada, passando a atuar na Cruz Vermelha Soviética e no Crescente Vermelho. Recebeu a Medalha do Rouxinol de Florença, sendo a única mulher soviética a recebê-lo. Formou-se em medicina em 1950 e como médica trabalhou até 1985. Foi candidata para a nomeação de Herói da União Soviética 3 vezes, o que se efetivaria apenas em 1990.

Hoje, com 88 anos, é conhecida pelo seu jeito jovial e lúcido, visitando escolas, universidades e outras instituições para contar sobre sua experiência. Está frequentemente presente nas arquibancadas da grande Parada da Vitória do 9 de maio.

Yekatyerina Illarionovna, nos dias atuais, usando uma fita georgiana em sua capa e sua medalha de "Herói da União Soviética"


Vídeo-documentário sobre Katya: