Teses frankstenianas(1)
Cristiano Alves
O Estado brasileiro existe para poucos, ampara poucos e acoberta poucos. Sendo o Brasil um país de capitalismo selvagem, 40 milhões de miseráveis são as maiores vítimas das políticas anti-populares de governos sucessivos, de olhos fechados para a questão social, já que se torna mais fácil para este ou aquele "coronel" comprar um voto de um miserável faminto e doente.
Há quem sustente que sendo o Brasil um país de terceiro mundo com imensa dívida externa, a questão social fica comprometida por este que seria um "motivo de força maior", como nos fazem pensar os defensores do injusto Estado brasileiro, e isso justificaria, assim, um "abandono desculpável" da questão social. Essa tese, lamentavelmente, tem, inclusive, ganhado força no meio jurídico, sob o manto do que se conhece por "reserva do possível". Assim, baseados nessa tese, alguns juízes tem se pronunciado em favor do Estado em ações que demandam o fornecimento de remédios a pessoas com doenças graves sem condições de obtê-los, já que a Constituição Repúblicana fixa a obrigação estatal para com a saúde pública, um Direito Social. Reforçam ainda essa tese um coral de "copistas" das leis européias, fazendo uma inserção franksteniana do referido princípio sem levar em conta as possibilidades econômicas e materiais do Brasil.
O fato é que, no meio jurídico, há um grande número do método científico aristotélico, onde "a verdade seria um puro resultado de uma boa argumentação lógica". Assim, se "A" argumenta que 2+2=5 e "B", que não sabe que 2+2=4, sustenta que isso é falso, então "A" estaria correto, já que não se provou o contrário, incorrendo num formalismo lógico excessivo e perigoso, ignorando o moderno método científico empirio-crítico. O fato é que, ao contrário do que alguns juristas brasileiros apregoam, não há nada que justifique a isenção do Estado de suas obrigações sociais baseados no argumento da "reserva do possível". Estamos falando do país que, conforme bem demonstra o jornal A Nova Democracia, é o único fornecedor internacional de niobium, mineral utilizado na fabricação de diversos componentes metálicos, eletrônicos e principalmente aeroespaciais (afirma-se que sem o referido elemento, aviões sequer chegariam a decolar). Ainda, é sabido que o Brasil é auto-suficiente em petróleo, produz aviões de primeira linha, conta com uma biodiversidade imensa, que possibilita a liderança no mercado dos biocombustíveis, bem como uma série de medicamentos da floresta amazônica constantemente contrabandeados e patenteados por alienígenas que violam as leis nacionais de forma impune. Some-se a isso grande quantidade de riquezas minerais existentes em solo brasileiro, tais como abudante ouro e manganês.
Ora, há uma série de países menores do que o Brasil com dificuldades econômicas provenientes de embargos, tais como Belarus(sem oceano) e principalmente Cuba, bem como países infinitamente menores do que o Brasil, tais como Suécia e Bélgica, com recursos minerais escassos, que atendem às necessidades sociais de seu povo, especialmente no tocante ao aspecto saúde. Não se deve ignorar aqui os colossais montantes de reais perdidos para a corrupção e o desperdício. Por que, então, não pode o Estado brasileiro satisfazer a essas necessidades? Os pobres e miseráveis brasileiros não são culpados pelas aventuras e desaventuras de políticos de extrema má-fé!
Portanto, baseado nessas premissas, constitui uma falácia a justificativa, ou melhor, escusa, de que o atendimento da questão social estaria impedido em razão da dívida externa, baseado no argumento da "reserva do possível", já que se trata de uma lógica incorreta. Será que os nossos juristas nunca estudaram geografia ou introdução à economia? É certo que essa teoria alemã certamente não pode ser ignorada, porém não pode ser também copiada de forma franksteniana sem levar em consideração aspectos particulares, principalmente econômicos e geográficos de determinado país ou região.
1- De "Frankstein", personagem fictício fruto da junção de diversas partes de cadáveres, reanimado por eletricidade em laboratório.
quarta-feira, maio 28, 2008
quinta-feira, maio 15, 2008
Bonecos de Hitler agora estarão a venda para crianças ucranianas
Cristiano Alves
Não bastasse a onda de fascismo que vem corroendo as ex-Repúblicas Soviéticas, na Ucrânia e no Báltico se dão os maiores empreendimentos em favor da reabilitação dos criminosos que, violando todos os tratados e acordos internacionais, provocaram o maior holocausto do século XX, o extermínio de soviéticos, as maiores vítimas da segunda guerra mundial.
O presente regime ucraniano, fazendo a defesa ardente do capital e da propriedade privada, produz uma Ucrânia de uns poucos mafiosos super-poderosos, bilionários, em detrimento de uma população pobre e desolada, mão de obra agora acorrentada às companhias privadas dos EUA e Europa Ocidental. Para tal, segue-se também uma ideologia, inclusive recorrendo-se à demonização e vilipendiação de qualquer coisa que relembre a República Socialista Soviética da Ucrânia, uma das 3 repúblicas da URSS com representação na ONU(ao lado da Rússia e Belarus). Para "ocidentalizar" ainda mais a Ucrânia, as elites tem buscado uma espécie de "identificação" com a Suécia ou Alemanha. Para tal o país recentemente inaugurou monumentos ao traidor Ivan Mazepa, que durante os tempos do tzar Pedro I, o protetor dos cossacos que garantiu-lhes autonomia, desertou para as forças suecas do Rei Carlos XII para lutar contra o seu próprio povo e os russos durante a Guerra do Norte. Mazepa e Carlos XII foram derrotados e obrigados a se refugiar covardemente em uma fortaleza turca, onde ficaram até o final de suas vidas. Que tipo de país celebraria a sua própria invasão? Imaginemos a Irlanda celebrando o "dia da Inglaterra", ou os argentinos comemorando o "dia da invasão às Malvinas".
O fato é que não bastasse a exaltação de sua própria invasão, o país também reabilitou o criminoso de guerra Roman Shuhkevich, um homem que traiu o seu próprio povo para servir no Batalhão Rossignol, da Waffen SS, a mais sanguinária de todas as forças nazi-fascistas, responsável pela promoção da limpeza étnica, destruição de vilas e cidades, estupros e execuções em massa promovidos contra cidadãos pacíficos soviéticos.
Assim, exaltando sua própria invasão e reabilitando criminosos fascistas ao mesmo tempo em que o nome de lutadores da liberdade são jogados na lata do lixo e apagados dos livros de história, estarão agora à venda na Ucrânia bonecos de Hitler de clara alusão ao nazi-fascismo, bonecos estes produzidos em Taiwan e já comercializados em lojas especializadas na Ucrânia. A comercialização desses bonecos de clara apologia ao nazismo(o que na UE é inclusive considerado crime) ganhou destaque na mídia internacional, inclusive na BBC. Assim, no país que celebra seus invasores e reabilita seus traidores, agora as crianças ucranianas terão a liberdade de escolher se Hitler fica mais simpático em seus uniformes de comício ou em um capote da SS(não se esqueçam também do capote de couro!), afinal de contas a Ucrânia de hoje é "laranja, independente e livre".
A matéria:
http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/04/23/boneco_de_hitler_esta_a_venda_na_ucrania_1283312.html
Cristiano Alves
Não bastasse a onda de fascismo que vem corroendo as ex-Repúblicas Soviéticas, na Ucrânia e no Báltico se dão os maiores empreendimentos em favor da reabilitação dos criminosos que, violando todos os tratados e acordos internacionais, provocaram o maior holocausto do século XX, o extermínio de soviéticos, as maiores vítimas da segunda guerra mundial.
O presente regime ucraniano, fazendo a defesa ardente do capital e da propriedade privada, produz uma Ucrânia de uns poucos mafiosos super-poderosos, bilionários, em detrimento de uma população pobre e desolada, mão de obra agora acorrentada às companhias privadas dos EUA e Europa Ocidental. Para tal, segue-se também uma ideologia, inclusive recorrendo-se à demonização e vilipendiação de qualquer coisa que relembre a República Socialista Soviética da Ucrânia, uma das 3 repúblicas da URSS com representação na ONU(ao lado da Rússia e Belarus). Para "ocidentalizar" ainda mais a Ucrânia, as elites tem buscado uma espécie de "identificação" com a Suécia ou Alemanha. Para tal o país recentemente inaugurou monumentos ao traidor Ivan Mazepa, que durante os tempos do tzar Pedro I, o protetor dos cossacos que garantiu-lhes autonomia, desertou para as forças suecas do Rei Carlos XII para lutar contra o seu próprio povo e os russos durante a Guerra do Norte. Mazepa e Carlos XII foram derrotados e obrigados a se refugiar covardemente em uma fortaleza turca, onde ficaram até o final de suas vidas. Que tipo de país celebraria a sua própria invasão? Imaginemos a Irlanda celebrando o "dia da Inglaterra", ou os argentinos comemorando o "dia da invasão às Malvinas".
O fato é que não bastasse a exaltação de sua própria invasão, o país também reabilitou o criminoso de guerra Roman Shuhkevich, um homem que traiu o seu próprio povo para servir no Batalhão Rossignol, da Waffen SS, a mais sanguinária de todas as forças nazi-fascistas, responsável pela promoção da limpeza étnica, destruição de vilas e cidades, estupros e execuções em massa promovidos contra cidadãos pacíficos soviéticos.
Assim, exaltando sua própria invasão e reabilitando criminosos fascistas ao mesmo tempo em que o nome de lutadores da liberdade são jogados na lata do lixo e apagados dos livros de história, estarão agora à venda na Ucrânia bonecos de Hitler de clara alusão ao nazi-fascismo, bonecos estes produzidos em Taiwan e já comercializados em lojas especializadas na Ucrânia. A comercialização desses bonecos de clara apologia ao nazismo(o que na UE é inclusive considerado crime) ganhou destaque na mídia internacional, inclusive na BBC. Assim, no país que celebra seus invasores e reabilita seus traidores, agora as crianças ucranianas terão a liberdade de escolher se Hitler fica mais simpático em seus uniformes de comício ou em um capote da SS(não se esqueçam também do capote de couro!), afinal de contas a Ucrânia de hoje é "laranja, independente e livre".
A matéria:
http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/04/23/boneco_de_hitler_esta_a_venda_na_ucrania_1283312.html
quarta-feira, maio 14, 2008
O terremoto na China será culpa do comunismo
Cristiano Alves
É um fato que a mídia reacionária sempre teve o costume de colar mortos por catástrofes naturais ou calamidades na culpa do "comunismo", quando essas se dão no território(e por vezes até fora dele) de qualquer país que adote um modelo econômico independente.
Assim, o Jornal Hoje, exibido na Rede Globo, fez questão de, indiretamente, responsabilizar o governo chinês pela morte de crianças em uma escola destruída pelo terremoto que recentemente abalou o país.
Esse tipo de atitude, ainda que seja apenas a ponta do iceberg, contra um país antagônico a Washington, que, apesar de estar a quilômetros de ser comunsita, nos mostra bem a forma como funciona o "showrnalismo", o "jornalismo do espetáculo e do sensacional". Assim, não se admirem se daqui há alguns anos 15.000 vítimas(1) do terremoto que abalou a China, transformarem-se em 150.000 "vítimas dos comunismo".
(1) Número até o presente momento calculado
Cristiano Alves
É um fato que a mídia reacionária sempre teve o costume de colar mortos por catástrofes naturais ou calamidades na culpa do "comunismo", quando essas se dão no território(e por vezes até fora dele) de qualquer país que adote um modelo econômico independente.
Assim, o Jornal Hoje, exibido na Rede Globo, fez questão de, indiretamente, responsabilizar o governo chinês pela morte de crianças em uma escola destruída pelo terremoto que recentemente abalou o país.
Esse tipo de atitude, ainda que seja apenas a ponta do iceberg, contra um país antagônico a Washington, que, apesar de estar a quilômetros de ser comunsita, nos mostra bem a forma como funciona o "showrnalismo", o "jornalismo do espetáculo e do sensacional". Assim, não se admirem se daqui há alguns anos 15.000 vítimas(1) do terremoto que abalou a China, transformarem-se em 150.000 "vítimas dos comunismo".
(1) Número até o presente momento calculado
9 de maio(53 anos da Vitória sobre a Alemanha fascista)
Para o dia 9 de maio, recomenda-se aos leitores de "Notas Vermelhas" o documentário "The battle of Russia", pruduzido em 1943 nos Estados Unidos da América. Um documentário sério e altamente esclarescedor sobre o real papel da União Soviética no mundo:
Para o dia 9 de maio, recomenda-se aos leitores de "Notas Vermelhas" o documentário "The battle of Russia", pruduzido em 1943 nos Estados Unidos da América. Um documentário sério e altamente esclarescedor sobre o real papel da União Soviética no mundo:
Assinar:
Postagens (Atom)