quinta-feira, julho 24, 2014

CRISE EM ISRAEL: Resposta ao professor sionista Jorge Ignacio Szewkies

Por Cristiano Alves

Recentemente um professor sionista, Jorge Ignacio Szewkies, em entrevista ao Jornal dos Pampas, do Rio Grande do Sul, alegava que a luta de Israel é uma "luta contra o fundamentalismo islâmico", logo Israel que apoia monarquias fundamentalistas como a da Arábia Saudita, que ainda degola mulheres pelo "crime de bruxaria". Este artigo destrói cada ponto levantado pelo professor sionista, cuja entrevista é publicada no Canal da Direita. O comentário do professor pode ser visto no vídeo abaixo, e sua resposta logo abaixo.






Os argumentos desse professor são absolutamente previsíveis, superficiais e o principal, FACILMENTE REFUTÁVEIS! Ele incorre na falácia de generalização em diversas oportunidades!

1- Ele fala de "mundo islâmico". Isso é um argumento vago. O islã, assim como o cristianismo e o judaísmo, se divide em várias facções. No judaísmo há judeus sionistas e judeus antissionistas que condenam este massacre! No cristianismo temos a ortodoxia e o catolicismo, além do protestantismo. Apesar de serem cristãos, os católicos saquearam a cidade cristã de Constantinopla em uma cruzada, promoveram a inquisição, são acionistas da indústria armamentista e são donos da maior sauna gay da Europa, além de seu envolvimento em casos de pedofilia. Tudo isso, isto é, cruzadas, inquisição, pedofilia, saunas gays... são estranhos à Igreja Ortodoxa.

Se duas grandes religiões como o Cristianismo e Judaísmo apresentam facções diferentes, o Islã não é indiferente. O tratamento que um muçulmano tártaro dá a uma mulher na República do Tatarstão ou no Bashkortostão(onde será o próximo encontro do BRICS, em Ufá) é completamente diferente daquele dado em locais como a Turquia e o Egito, onde mulheres solteiras ficam confinadas em hotéis para não serem assediadas e tocadas pelos homens, como se fossem um pedaço de carne, simplesmente por não cobrir o corpo).

2- Em 1:30 o professor mente pela omissão! Sim, realmente se trata de um cristão humilhado e crucificado na Síria. O que ele não nos diz é que esses mesmos muçulmanos que cometeram essa barbárie eram COMBATIDOS POR OUTROS MUÇULMANOS, leais a Bashar Al Assad! Até mesmo Olavo de Carvalho, guru da extrema-direita brasileira, exortou suas hordas irascíveis a apoiar Bashar Al Assad, que por sinal JÁ ERA APOIADO PELA ESQUERDA!

E não é só isso que o professor sionista omite! Esses terroristas sírios, do islã wahabita, não só foram condenados pela esquerda, como foram também apoiados pelo Estado de Israel e pelos Estados Unidos. Israel chegou a bombardear alvos pertencentes ao Exército Árabe Sírio. Terroristas islâmicos wahabitas foram treinados em solo israelense. Israel apoiou esses terroristas não apenas militarmente, mas também através de sua mídia!

A esquerda em peso apoiou a luta contra a "Oposição Síria", matadora de cristãos, como também os mais progressistas muçulmanos, sendo a "Syrian Girl" um bom exemplo disso, além do próprio Assad, que recebeu líderes da Igreja Ortodoxa. Deste modo o professor demonstra ignorância ou desonestidade sobre a esquerda.

O mesmo raciocínio se aplica à vala coletiva cheia de cristãos, qualquer um pode procurar no Google manifestações contra a oposição síria e Israel que acharão aos montes. Não tente nos enganar, professor!

3- Há fotos de presos enforcados em um guindaste. Isso acontece a muitos grupos na Palestina e no Irã, o que se dá muitas vezes por se tratarem de espiões interessados em derrubar o Estado desses países. Diferente das ações de Israel, que massacram populações inteiras, nesse caso percebemos alvos específicos. Por mais que seu julgamento seja duvidável, são indubitavelmente menos violentos que as ações de Israel.

4- O apedrejamento de mulheres adúlteras não só é condenado pela esquerda, como qualquer manifestação de fanatismo religioso. Aliás é mérito da esquerda ter facilitado os processos de divórcio, sendo o Código Civil dos Soviets de 1922 um exemplo vivo disso! Enquanto nos anos 20 as mulheres podiam se divorciar na URSS, isso só foi possível em Estados capitalistas como o Brasil nos anos 70.

A esquerda não apenas condena o apedrejamento de mulheres, como qualquer tentativa de inferiorizá-las, como é comum em alguns meios de direita, onde mulheres são hostilizadas e até estupradas, sendo que a direita culpa "as roupas", apesar de que as estatísticas provam que a maioria dos estupros ocorre contra mulheres em vestimentas de trabalho, sem falar em mulheres abusadas sexualmente no trabalho(mesmo vestidas da cabeça aos pés). É curioso como na hora de criticar o islã todo direitista sionista e americanista rapidamente se converte em um "feminista". Para eles as mulheres do mundo islâmico merecem toda solidariedade, as do mundo ocidental que se virem!

5- Com relação à cultura da violência para crianças, isso é uma realidade em todos os países, e normalmente não se trata de "violência pela violência", mas por uma causa(com exceções). Desde pequenos, tanto dentre os árabes, como no mundo capitalista, não apenas jogamos video games que simulam combate militar, como ganhamos armas de brinquedo, assistimos a filmes onde os heróis matam o inimigo esquartejado, esganado, enforcado, fuzilado, retalhado, apunhalado, degolado, esmagado por um caminhão, esquartejado por um ventilador, empalado, etc. Nisso a esquerda se divide entre aqueles que entendem ser a violência justa se em nome de uma causa justa e os "pacifistas" que odeiam a violência e adotam medidas visando a proibição do porte de armas e até de eventos recreativos que simulam combates militares. Logo esse argumento do professor é falho e inclusive hipócrita! 

Para finalizar, não é só a esquerda que odeia Israel, mas também setores numerosos da direita, especialmente os nacionalistas e tradicionalistas, o vlog do Irmão Natanael, que de longe é de esquerda, é um perfeito exemplo disso, assim como nomes como Marie Le Pen e outros. Todo esse ódio se dá por um motivo justo, o de contrapor um Estado genocida que massacra seu próprio povo, que apoia movimentos terroristas que exterminam cristãos, que apoia o regime sanguinário de Petró Poroshenko, na Ucrânia, e que promove o anticomunismo, a despeito de sua existência ter se dado, dentre outros votos, graças ao voto da União Soviética, para o qual o Estado israelense virou as costas para se transformar num posto avançado do imperialismo anglo-americano. Esse mesmo socialismo atacado pelo professor, na União Soviética, e não o sionismo(!), criou o primeiro Estado judaico moderno, a República Socialista Autônoma dos Judeus, em Birobodjan! Lá havia escolas e jornais em ídiche e não havia qualquer guerra ou conflito com povos locais. Em vez disso, os sionistas preferiram tomar as terras dos palestinos, que antes de Israel conviviam pacificamente com judeus, como atestam vários rabinos que lá viveram, e simplesmente sucederam o papel da Alemanha nazista!

Em tempo: Quanto à liberdade de expressão, nós não somos tolos! Não existe "democracia absoluta", todo Estado tem sua face autoritária. O Estado de Israel trucidou jovens em um barco da Cruz Vermelha que levavam suprimentos médicos e ajuda humanitária ao país. Israel não só reprime manifestações contra o seu Estado nas fronteiras israelenses. O cartunista brasileiro Latuff é procurado pelo serviço secreto de Israel, o Mossad, e listado como um "terrorista antissemita" por causa de charges onde ridiculariza os massacres promovidos por Israel.

Não existe nada é mais parecido com o nazismo do que o sionismo!




Um comentário:

Anônimo disse...

Uma musica da banda espanhola SKA-P chamada Intifada disse algo assim: "David virou Golias"

Um abraço
Mauricio