domingo, julho 31, 2011

REFLEXÃO

O SOCIALISMO, E SÓ O SOCIALISMO, PODERÁ CONSTRUIR UMA SOCIEDADE SUPERIOR

Coréia do Norte: cidadãos ajudam na limpeza das ruas da cidade

Brasil: cidadãos sujam as ruas da cidade

...mas a seleção conseguiu vencer a Coréia por 2x1 na Copa.
INTERNACIONAL


Uma visita à Coréia do Norte por jovens brasileiros
Por Cristiano Alves



No mês de maio de 2011 os responsáveis pelo blog "Solidariedade com a Coréia Popular" deram um exemplo de internacionalismo e solidariedade com a classe operária internacional ao visitar um dos países mais demonizados pelo PIG(Partido da Imprensa Golpista). A paranóia coreanófoba e anticomunista não perdoou nem mesmo a seleção de futebol norte-coreana, durante a Copa de 2010, com matérias desrespeitosas e inclusive homofóbicas, o que foi repudiado por vários trabalhadores e setores da intelectualidade.

Participaram da visita os jovens G. Martínez, A. Rosendo e A. Ortega, todos da República Federativa do Brasil. No país coreano, conta A. Rosendo que logo de início desmascararam um dos mitos1 perpetrados pela mídia ocidental, no Brasil noticiado pela Folha, ou melhor, a Falha de São Paulo, o de que "na Coréia do Norte mulheres foram proibidas de usar calças"2, mito este perpetrado inclusive por jornais esquerdistas(isto é, de extrema-esquerda) como o "A Verdade"(de Moçambique)2, e o Causa Operária Online, do PCO(Brasil).3

O grupo conheceu a cultura coreana, suas tradições, costumes, além de ter testemunhado o deslumbrante grau de limpeza da cidade Pyongyang, além de ter visitado estabelecimentos coreanos como escolas, super-mercados, monumentos históricos, museus, dentre outros. Ainda, segundo um dos brasileiros, um outro fator notável na Coréia do Norte é a exuberante beleza das mulheres do país, mais até do que em países como a Suécia, também famosa pela beleza de suas mulheres. Diferente de outros visitantes, estes ocidentais estavam vacinados contra preconceitos etnocentristas comuns no showrnalismo ocidental.

A despeito das críticas à chamada Idéia Juche, traçadas pelo grande marxista-leninista William Bland, do Reino Unido, faz-se necessário um estudo desta idéia e de seu impacto na vida dos trabalhadores coreanos, a fim de compreender melhor seus fins e meios, e como um novo e superior sistema político-econômico no Brasil poderia torná-lo um país respeitável e transformá-lo numa superpotência.

Confira a seguir as fotos tiradas por Alexandre Rosendo, um dos visitantes:

Guardas coreanos cuidam de um canteiro de uma praça na cidade.

Guarda de trânsito patrulha as ruas de Pyongyang, onde é baixa a incidência de crimes automobilísticos.

Parque norte-coreano.

Cidadãos norte-coreanos cuidam da limpeza da cidade. O modelo inspirado no marxismo produz um novo homem, contrastante com a figura do elemento que joga lixo nas ruas e transforma cidades e lugares públicos num chiqueiro, tão comum nos países capitalistas.4

Estudantes coreanas em visita ao Túmulo de Kim Jong Suk. Repare que todas usam calça, imagem que comprova que a Folha de São Paulo e o PCO criminosamente falsificam notícias sobre outros países.

A. Ortega, A. Rosendo e G. Martínez prestando homenagem a Kim Jong Suk, importante revolucionária coreana.

Os três brasileiros em Pyongyang, Coréia do Norte. Repare nas mulheres com calças, ao fundo, comprovando a falsidade das notícias da Folha de São Paulo e do PCO.

A. Ortega presta sua homenagem aos heróis da luta anti-imperialista coreana.

Coreana em visita ao túmulo de importantes nomes coreanos. Repare que ela usa calças.

Visitantes brasileiros posam ao lado de Alejandro Caos de Benós, único funcionário ocidental do governo coreano.

Brasileiros posam ao lado de camaradas de diversos países do mundo, numa demonstração de internacionalismo.

Aula de música na Coréia Popular.

A. Rosendo inspeciona mercadorias numa loja norte-coreana.

Museu exibe itens de um general americano capturado durante a Guerra da Coréia.

Considerado o melhor avião de caça da Guerra da Coréia, este MiG-15 está em exposição. Centenas destes aviões foram pilotados por pilotos soviéticos, cuja participação no conflito era secreta. Um destes pilotos internacionalistas foi o ucraniano Ivan Kojyedub, militar honrado com o título de Herói da União Soviética, considerado o maior ás da II Guerra Mundial do lado aliano, e mais tarde promovido a Marechal.

T-34/85, carro de combate considerado o melhor da IIGM e da Guerra da Coréia, responsável por incontáveis vitórias sobre os imperialistas alemães na Europa e sobre os imperialistas americanos na Península da Coréia. É usado até hoje pela Polônia, tendo sido empregado por este país no Iraque inclusive.
Jovens brasileiros posam ante o Pueblo, barco americano capturado pelos coreanos, junto com a guia coreana.

Duas jovens coreanas apreciam a beleza de um parque na cidade. Repare que ambas usam calças.
Vista do Hotel Ryungyong
Aula de canto na Coréia do Norte. Repare na disciplina e organização dos alunos, geralmente inexistente em salas de aula brasileiras ou americanas. De acordo com Alexandre Rosendo, a sociedade socialista norte-coreana valoriza a disciplina e o espírito de liderança, tendo cada coletivo o seu representante. Nota-se a gravata vermelha, usada pelas crianças e pré-adolescentes comunistas.

Aula de artes numa escola coreana

Aula de informática na Coréia do Norte. Embora a terra choson sofra um bloqueio econômico que impossibilita contratos provedores estrangeiros de internet, o currículo inclui noções de como usar a internet e intranet. Repare no uniforme impecável dos alunos coreanos, cujo zelo e nível de organização só pode ser encontrado no universo militar nos países ocidentais.

Foto de uma fazenda coletiva na RDPC.

Vila no interior do país, com sua própria terra arável.

Jovens caminham pelas ruas de Pyongyang(repare nas calças das garotas, desmentindo a notícia do PCO e da FSP). Ao contrário do clamado por jornais amarelos ocidentais, as pessoas caminham livremente pela capital coreana.
Aula de música em escola coreana
Confira também os vídeos feitos por A. Ortega, A. Rosendo e G. Martínez e compare-o com a maioria dos vídeos preconceituosos divulgados pela grande mídia a respeito do país. Vale lembrar o comentário de um dos espectadores do vídeo a respeito do sistema educacional coreano: "nem mesmo o colégio particular em que nasci era tão organizado assim, acho que nasci no país errado".













1- http://surgiu.com.br/noticia/809/coreia-do-norte-proibe-mulheres-de-usarem-calcas.html
2- http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u724566.shtml
3- http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=15754
4- Embora seja possível encontrar um oásis de limpeza no mundo capitalista, a julgar por lugares como Gramado e Canela no Brasil capitalista, por exemplo, em regra encontra-se lixo e poluição sonora e visual nas ruas de países capitalistas, o que é agravado ainda mais pelo modelo consumista, no qual milhares de litros de petróleo são desperdiçados e pelo menos 40 mil toneladas de aparelhos celulares(que contém metais difíceis de ser minerados) vão par a lata do lixo diariamente.

quinta-feira, julho 28, 2011

OBITUÁRIO


A despedida de um paladino da verdade: Ludo Martens
Por Cristiano Alves



Neste dia 6 de junho faleceu o incansável lutador das causas dos trabalhadores de todo mundo, pesquisador e historiador Ludo Martens. Nascido no Reino da Bélgica, em 1946, Martens foi um ativista do movimento comunista belga, denunciou a causa revisionista, que tomara conta do movimento comunista internacional após o XX Congresso do PCUS, que corrompeu os ideais marxistas-leninistas a partir de dentro.

Na história do homem há aqueles que por ignorância ou má fé, não se dedicam a pesquisar a veracidade de fatos ou alegações, reproduzindo ideologias tal como o gado a seguir o seu condutor, ainda que se trate de levá-lo para a lama ou um abismo. De fato, nas escolas e nas livrarias, é muito comum encontrar autores com uma atitude lemingue em relação à história, reproduzindo mentiras, meias verdades, sem qualquer investigação séria. Um dos alvos preferidos da chamada "história oficial" é a União Soviética e os comunistas, uma vez que defendem algo abominável para os capitalistas, que é o fim da propriedade privada dos meios de produção. Para mentir e criar todo um clima de terror psicológico, estes indivíduos, tal como feiticeiros, conjuram uma realidade fictícia, onde um líder assina incansavelmente sentenças de fuzilamento, mata 10, 50 100, 500 milhões... em números que variam de acordo com a fúria e nível de corrupção intelectual deste ou daquele pseudo-historiador, em realidade, nada mais do que propagandistas muito bem pagos a soldo do grupo de 1% mais rico do mundo, que concentra em suas mãos 40% das riquezas do nosso planeta. Em toda essa fumaça de podrição e corrupção, o historiador Ludo Martens surgiu como um paladino no meio da escuridão, conduzindo um importante trabalho de pesquisa de alta relevância para todos aqueles que tem compromisso com a verdade dos fatos, que repudiam o revisionismo fascista.

O historiador belga ficou notável pelos seus trabalhos francófonos a respeito da União Soviética, sendo o seu mais famoso trabalho a obra Un autre regard sur Staline (em português, "Stalin, um novo olhar", da Revan), nesta obra Ludo Martens destrói vários mitos e clichês sobre a URSS que até hoje eram tidos como dogmas inquebrantáveis, dentre os quais a idéia de que "comunismo é fascismo só que pior", de que "o Holodomor foi uma fome provocada pelos comunistas para matar os ucranianos", de que "Stalin preparou mal a guerra antifascista", de que "a URSS só cresceu por causa do trabalho escravo", de que "o povo soviético era oprimido pelo comunismo", de que "o comunismo matou milhões", "Trotsky teria sido melhor para a URSS", o "Testamento de Lenin", dentre outros mitos criados e reproduzidos de forma doutrinária em paradidáticos escolares, revistas, livros, jornais, programas televisivos... A respeito de algumas dessas mentiras, por exemplo, o mito de que "o comunismo matou mais do que o nazismo", Ludo Martens revela que a fonte desta mentira é cara aos nazistas, que uma vez acobertados pelo governo dos EUA, que perseguia comunistas enquanto acolhia criminosos de guerra fascistas, eram empregados em agências de inteligência e tinham toda a liberdade para propagar seus mitos hitlerianos. Sem dúvidas isso foi fundamental para criar nos EUA e em outros países um clima de terror e conseguir apoio para todas as ações contra a URSS e qualquer país que visasse seguir um caminho independente dos Estados Unidos.

Ainda outros trabalhos importantes de Ludo Martens são fruto de sua luta política contra grupos de quinta-coluna no movimento dos trabalhadores, notadamente, o trotskismo e a IV Internacional. Em sua obra "O trotskismo a serviço da CIA contra os comunistas"(cuja tradução em português é do autor deste artigo), Ludo Martens desmascara o papel dos trotskistas no movimento belga e em outros países, denunciando-os como pícaros do comunismo, apresentando, por exemplo, declarações de Ernst Mandel, seu conterrâneo e líder da IV Internacional, onde este apóia descaradamente a Perestroyka e menciosa Borís Yeltsin como um "seguidor de Trotsky", depois atacando-o como um "stalinista", quando as coisas começaram a complicar na recém surgida e impotente Federação Russa. O autor apresenta ainda gritos de apoio dos trotkistas a outros movimentos de caráter reacionário como o levante húngaro de 1956, que visava restaurar o poder dos partidários do fascista Horthy. Esse namoro do trotskismo internacional com agências americanas é antigo e é uma herança maldita de seu pai, Lyev Trotsky, que já no México entregava os comunistas ao FBI americano(nessa época a CIA ainda não existia), numa tentativa de obter um green card, conforme registrado no documento de nome RG-84, que informa as atividades da agência.

Além de esclarecer o papel do trotskismo, Martens não perdeu de vista os revisionistas, analisando suas práticas e trazendo a tona vários fatos que objetivamente levaram ao fim da União Soviética. Adotava o historiador um estilo objetivo, sempre apresentando um método dialético, onde Ludo apresenta os argumentos da outra parte e argumentos de outros historiadores ou fatos que corroboram ou refutam aquela versão, trazendo ao leitor uma versão segura e desprovida de subjetivismo. Uma de suas obras, recomendada para aqueles que querem compreender as causas que levaram ao fim da primeira experiência socialista está na obra "Anos Brejnev: revisionismo ou stalinismo", onde, após uma análise do período Brejnev, Ludo Martens revela que Brejnev optou, no plano teórico, por seguir todas as formulações revisionistas do XX Congresso do PCUS, adotando esta linha como a sua, além de proteger corruptos que iam desde funcionários pícaros do PCUS até a sua família em escândalos como desvio de recursos, e inclusive tráfico de diamante, contribuindo para a formação de uma "classe de burocratas" que mais tarde não falharia em roubar a propriedade socialista e emergir na Rússia como oligarcas e mafiosos.

Durante os anos 90 e após o ano 2000, Ludo Martens militou ativamente no Reino da Bélgica, participando da organização do Seminário Internacional Comunista, e na República Democrática do Congo, liderada pelo revolucionário Kabila. Na Rússia, Martens fora laureado com o título e a medalha de "Herói do Rússia dos Trabalhadores", movimento político importante durante os anos 90, recebendo de Viktor Ampilov o prêmio. O historiador belga defendeu também o estabelecimento de um sistema socialista na Bélgica, cuja capital também é sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte(OTAN-NATO). Além de sua batalha contra o capitalismo, o historiador e ativista belga vinha lutando ativamente contra outro inimigo igualmente mortal, o câncer, deixando para as novas gerações uma importante vacina contra a ignorância e o anticomunismo: a verdade, o conhecimento!



Acervo de Ludo Martens em português:
http://comunidadestalin.blogspot.com/search/label/Ludo%20Martens

Falando a verdade: Terrorismo direitista e paranóia anticomunista na Noruega


 

English video:


EDITORIAL

Desmascarando uma falsa fonte
Por Cristiano Alves

Recentemente, ao ler os comentários escritos em um dos vídeos chamou-me a atenção um comentário de um dos leitores, mencionando um certo "Vadim Erikman" que apresentava certas estatísticas a respeito das "vítimas do comunismo". Fiquei curioso, tendo resolvido buscar um pouco a respeito de tal autor no Google. Nas buscas que fiz, encontrei tal autor citado em vários blogs brasileiros e portugueses sobre a II Guerra Mundial e de extrema-direita:

"O escritor russo Vadim Erlikman, por exemplo, fez as seguintes estimativas"
( www.cruzdeferro.com.br/index_arquivos/stalin.htm )

"Total: aproximadamente nove milhões (segundo oescritor russo Vadim Erlikman)*"
( delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/1103032.html )

"O escritor russo Vadim Erlikman, fez as seguintes estimativas: Número de mortos. Executados: 1,5 milhão. Fome e privações (gulags)"
( reporterdecristo.com/a-historia-do-socialismo-sovietico-e-n... )

Ao se deparar com essas informações, resolvi pesquisar quem era o tal "Vadim Erlikman", por ter supostamente feito tais descobertas deveria ter seu próprio site ou artigos pela internet, tal como o jornalista sueco Mário Souza, ou Ludo Martens. O primeiro tem o seu próprio site na internet, contato por e-mail, e vários artigos pela rede, o segundo tem, além de artigos e sua página, também fotos e até vídeos no Youtube, demonstrado que são entes reais. A busca de imagens por "Vadim Erlikman", curiosamente, não retorna nenhum resultado, exceto fotos de Stalin. A busca por "Вадим Эрликман", seu nome em cirílico também não retorna resultados, exceto fotos de Stalin e até Bin Laden. A busca por "Вадим Ерликман", onde usei outra letra cirílica(Е pronuncia-se "ye", e Э pronuncia-se "é"), também não trouxe resultados de fotos. No que diz respeito a sites ou artigos, verificou-se o mesmo em português, apenas citações em fórums, ausência total de artigos, páginas ou qualquer trabalho do suposto "historiador", porém uma informação interessante, de que o tal autor não é nem historiador, mas jornalista independente, e a julgar pela relevância de seu nome no buscador, também não é nenhum pesquisador.

Tudo isso não é nenhuma surpresa, uma vez que historiadores ou não, anticomunistas estão sempre buscando aumentar o máximo possível o número de "vítimas de Stalin", ignorando que o país na época enfrentava uma ameaça real de invasão e infiltração de fascistas e agentes do imperialismo, diferente do que ocorria no Brasil da ditadura militar, cuja ameaça era fictícia usada com propósitos de repressão e sadismo para manter o poder da burguesia e do latifúndio.

O recado que fica para aqueles que se deparam com esse tipo de informações é que sejam céticos, desconfiam e tenha pelo menos 90% de certeza de que a fonte é falsa, uma vez que já foi mostrado em outros artigos de A Página Vermelha, que anticomunismo é doença e que grande parte de seus perpetradores mentem continuamente com intuito de provocar terror psicológico, afastar militantes do movimento, enganar os trabalhadores, negando qualquer possibilidade de mudança, defendendo o status quo e opondo-se a um mundo justo(e não "mais justo", uma vez que o capitalismo não é justo). O mais imundo criadouro de porcos acaba parecendo limpo na frente da sujeira e vilania anticomunista.

Ver também:

Mentiras sobre a história da URSS
http://www.mariosousa.se/MentirassobreahistoriadaUniaoSovietica.html

Afinal, quantos milhões o comunismo matou?
http://apaginavermelha.blogspot.com/2011/02/historia-afinal-quantos-milhoes-o.html

Anticomunismo é terrorismo
http://apaginavermelha.blogspot.com/2011/02/especial-anticomunismo-e-terrorismo-por.html

domingo, julho 03, 2011

HISTÓRIA

Descóbrese que en 1938 os nazis recrutaron o Ministro de Asuntos Exteriores de Polonia 
(Artigo em galego extraído do blog Estouras)

Publicado o 13 de xuño en Историческая память (Fundación Historia)

En 1938 o ministro polaco de Asuntos Exteriores, Jozef Beck, foi recrutado polos nazis. Aparece isto revelado nas confesións do Tenente Xeneral da Luftwaffe, Alfred Gerstenberg, publicadas na colección documental “Tainy diplomatii Tret’ego Reikha: Germanskie diplomaty, rukovoditeli zarubezhnykh voennykh misii, voennye i politseiskie attaché v sovetskom plenu. Dokumenty iz sledstvennykh del” [“Secretos da Diplomacia do Terceiro Reich. Diplomáticos alemáns, Líderes de Misións Militares no Estranxeiro, Agregados Políticos e Militares cativos dos soviéticos. Documentos dos Arquivos de Investigación” (Moscova, 2011), publicado pola “Fundación Democracia”.

Nun interrogatorio do 17 de agosto de 1945, o xeneral Gerstenberg, quen ocupara o posto de agregado das forzas aéreas en Polonia desde 1938, comunicou a seguinte información a respecto do recrutamento de Beck:

«Pregunta: É ben coñecido que Goering visitaba a miúdo Polonia. Realmente o seu único interese en Polonia era a caza?

Resposta: Goering acudía acotío a Polonia e outros países a cazar, mais en realidade el non estaba tan interesado na caza como en usar a caza para agochar as tarefas políticas que levaba a cabo. Antes da miña marcha a Polonia, Goering díxome que viaxaría a Polonia para cazar e facilitar as miñas tarefas.

E de feito, en 1938 Goering chegou a Polonia, onde foi cazar co ministro polaco de Asuntos Exteriores, Beck. Durante esta cazaría Goering deulle a Beck un cheque por 300 mil marcos, despois do cal Beck comezou unha forte amizade con Alemaña.

Pregunta: Como sabe que Goering subornou a Beck?

Resposta: Souben que Beck fora subornado por Goering a través de Moltke, embaixador alemán en Polonia, quen tomou parte na cazaría. Grazas a este contacto Moltke dixo que Beck non fuxiría das nosas gadoupas.»

(Tainy diplomatii Tret’ego Reikka. Moscova, 2011, p. 581. A transcrición está en: TsA FSB. D. N-21147. T. 1. L. 35-53.)

A información sobre o recrutamento de Jozef Beck por parte dos nazis explica moitas cousas da política exterior polaco en 1938 e 1939, segundo Aleksandr Diukov, director do Fondo para a Memoria Histórica. «Cando Alemaña encetou a revisión das fronteiras europeas, Polonia fixou outro tanto», comentou. «Xa que logo, en marzo de 1938, Varsovia organizou unha acción de provocación na súa fronteira con Lituania, dándolle un ultimato en que demandaba que recoñecese oficialmente como territorio polaco a provincia de Vilna, anexionada polas forzas polacas en 1922 e ocupada en 1920. De se negar, Polonia ameazou con declarar a guerra a Lituania. Esta iniciativa recibiu o apoio de Berlín.

Pouco despois, Polonia tomou parte con Alemaña no desmembramento de Checoslovaquia para se apoderar da provincia de Tesin. Polonia foi o agresor de facto. O 20 de setembro de 1938, o embaixador polaco en Berlín, a falar con Hitler, comentou que a postura do seu país paralizara a «posibilidade dunha intervención soviética no tema checo». En marzo de 1939 Polonia situouse de novo no mesmo lado da barricada con Alemaña, apoiando activamente a idea da ocupación húngara da Transcarpacia ucraína.

Cando falan destes eventos históricos, os historiadores polacos tentan convencernos de que, en realidade, durante a década dos 30 Polonia só levou a cabo unha política de “equilibrio” entre Alemaña e a Unión Soviética. No entanto, isto é falso. É doado comprobar que a política exterior polaco corría polo rego dos nazis. A información do recrutamento de Beck explica a razón.»
 
 
 
Comentários da edição de A Página Vermelha: Será que o diretor polaco Andrzei Wajda também irá fazer uma produção milionária sobre a colaboração nazi-polonesa, incluindo a invasão da Tchecoeslováquia por forças nazistas e polacas durante a anexação de Zaolzie?