sábado, outubro 02, 2010

O grupo Baader-Meinhoff

Por Cristiano Alves

Após a II Guerra Mundial, a Alemanha Ocidental tornou-se um Estado vassalo dos EUA, fornecendo a estes bases aéreas sem as quais estes jamais teriam ameaçado a paz no Leste Europeu ou promovido massacres e genocídios em lugares como o Oriente Médio. Para se ter uma idéia do que isso significa, nenhum porta-aviões americano seria capaz de transportar bombardeiros invisíveis, caças F-16(que podem atacar alvos terrestres e aéreos) e caças F-15, de superioridade aérea. Assim, o nazismo havia acabado, mas havia sido erguido uma nova ordem tão nociva quanto este regime.

Ocorre que durante os anos 60, milhares de alemães eram contra a volta do fascismo em seu país, justamente aquilo que os americanos e os novos políticos representavam em ações criminosas como a Guerra do Vietnã, dentre outras. É nesse contexto que surge a RAF, isto é, a "Facção do Exército Vermelho", organização revolucionária que desejava estirpar da Alemanha Ocidental quaisquer resquícios de fascismo e tornar seu país uma República Democrática, como sua vizinha oriental.

Com a união de segmentos do movimento estudantil, intelectuais e alguns trabalhadores, surge uma nova organização que promovia ataques diretos contra os sucessores do fascismo, fossem eles a editora Springer(uma versão alemã da VEJA), a polícia alemã, responsável por ataques a manifestantes anti-imperialistas, ou mesmo bases americanas na Alemanha Ocidental, promovendo ainda resgates de prisioneiros políticos. Por estas ações, cuja liderança muitas vezes partia de Andreas Baader ou da jornalista Ulrike Meinhoff, o grupo ficou conhecido como Baader-Meinhoff, que as autoridades alemãs trataram de equiparar a prisioneiros de delito comum.

A despeito de seu caráter revolucionário, seu erro, entretanto, foi não ter construído um movimento de massas forte, que apoiasse seus atos e compartilhasse a sua causa, como ocorreu com os bolchevistas na Rússia. Acreditar que o capitalismo será derrubado com "ações de comandos" ou mero golpismo é uma enorma ilusão esquerdista.

O filme "The Baader-Meinhoff complex" retrata muito da história desta organização revolucionárias, embora muitas vezes o equipare a criminosos comuns. Pode-se dizer que é um bom filme, embora ele omita, intencionalmente, em muitas ocasiões, os ideais pelos quais lutavam os revolucionários alemães. No filme há muita ação, mas sem dúvidas uma importante ênfase nos textos de Ulrike Meinhoff, tão ou mais perigosos que as armas e atentados promovidos por sua organização.

Sem dúvidas, a despeito de seus erros, a RAF é um exemplo para as gerações, uma organização que lutou contra a injustiça e o imperialismo, por ideais nobres, ao contrário das gerações atuais mergulhadas nas drogas, na prostituição, vítimas da anomia.



Ditador americano Harry Truman infectou 696 gualtemaltecos

Cristiano Alves

O ditador americano Harry S. Truman, cujo governo foi responsável por medidas totalitárias como a "Caça às Bruxas", o holocausto de centenas de milhares de civis japoneses através dos primeiros atos de terrorismo nuclear da história, e o genocídio de pelo menos 2 milhões de coreanos, autorizou a utilização de experiências com seres humanos ao estilo do Dr. Mengele, que recebeu asilo no Brasil.

Ocorre que este fato, até então ocultado pela grande mídia, veio recentemente à tona no The Guardian e inclusive mencionado por Hillary Clinton, quase 60 anos após este crime. Os civis foram infectados por doenças como a gonorréia e a sífilis para testes com a penicilina. Este tipo de exames persistiu até os anos 60.

Fontes:

The New York Times: http://www.nytimes.com/aponline/2010/10/01/us/politics/AP-US-Syphilis-Experiment.html?_r=1&hp

The Guardian:
http://www.guardian.co.uk/world/2010/oct/01/us-apology-guatemala-syphilis-tests
PSTU cede espaço para o PSDB no último dia do horário político

Cristiano Alves


Nesta quinta-feira, dia 30/09, se deu o último dia do horário eleitoral, onde cada candidato e partido emitiu sua última mensagem ao eleitor.

Ocorre que no horário político do PSTU, entretanto, teve lugar o direito de resposta deste partido, o que deve ter estristecido muitos seguidores deste, talvez mesmo parecido uma injustiça para alguns que não fazem parte do PSTU. Ocorre que, para quem conhece a natureza deste partido, a realidade é bem diferente.

O PSTU, que tanto adora difundir as calúnicas de revistas como a VEJA, que tem na chefia de sua edição altos nomes do PSDB, de fato caluniou intencionalmente o candidato José Serra para, assim, ceder seu espaço para o PSDB. Todos aqui sabem que muito da ideologia do PSTU tem por fonte a Veja e outros órgãos burgueses ligados ao PSDB, de maneira que, assim, como bons trotskistas que são, apenas cederam seu espaço para a burguesia, a despeito de seu jargão.

O mesmo processo se deu em diferentes estados da federação.