domingo, dezembro 26, 2010

CULTURA

De Bach a Lady Gaga
Por Cristiano Alves

Croácia, ano 2010, uma famosa personalidade de grande influência naquele e em outros países ordena que uma multidão toda tire sua roupa, tendo o mais absoluto controle da situação, político e mental naquela situação. Se você acha que esta atitude foi coordenada por algum "comunista-satanista" que quer destruir a família e queria fuzilar a todos num campo de concentração, está redondamente enganado. Este fato ocorreu durante um show de "Lady Gaga" na Croácia, onde, após o ocorrido, ordenou a todos os alienados presentes que se masturbassem, uma vez que seus "dançarinos", para evitar uma palavra mais pesada para este tipo de profissional, simulavam atos de onanismo. Após esta depravação, a "cantora" enrolou-se com a bandeira da Eslovênia, que não mantém relações muito boas com a Croácia.

Constitui uma verdade inexorável a decadência moral e cultural da burguesia nas condições do capitalismo contemporâneo. Se a classe burguesa já representara no passado o progresso e o avanço, servindo de mecenas para grandes artistas como Johann Sebastian Bach, da Alemanha, dentre outros grandes músicos, poetas, pintores e escritores, hoje a referida classe social encontra nas drogas e em artistas como Lady Gaga, Madona, Tatu, dentre outros, uma nova arma para embrutecer o proletariado internacional. Se esta mesma burguesia não pode conceber a idéia de proletários pensantes, comunistas, com senso crítico e alto nível cultural, o que lhes permitiria contestar o sistema, o jeito é apelar para aquilo que toque os instintos mais primitivos do homem, a violência, a pornografia, a luxúria.

Por mais que manifestações culturais positivas sejam verificadas em sociedades capitalistas, como concertos clássicos e mesmo cantores populares, de rock ou outros estilos musicais sem uma mensagem subliminar pornográfica, individualista ou consumista, estas constituem normalmente a exceção, não recebendo nem 1/3 da publicidade e divulgação de manifestações que só atestam a decadência e inferioridade da burguesia, hodiernamente, uma vez que é frequentemente alegado que estas "não geram lucro", força motor do capitalismo. Muitas vezes é alegado que "o povo é ignorante" ou não tem interesse em cultura, uma afirmativa falsa, considerando as enormes multidões de concertos de música clássica em países como a Suécia e França, onde idéias socialistas tem grande popularidade e não há tanta idolatria pró-americana.

A idéia de usar o culto do grotesco como arma de propaganda imperialista é uma idéia muito antiga, que teve início já nos tempos da Guerra Fria. Em "O plano de Dulles", documentário russo, é mostrada uma diretiva do antigo diretor da CIA contra a União Soviética, onde este reconhece abertamente a impossibilidade de uma vitória militar contra a União Soviética, apresentando como solução para isto a elaboração de um programa e um conjunto de medidas voltadas para desacreditar o governo soviético ante a juventude, patrocinando a pornografia, o sadismo, o culto da violência em transmissões para a União Soviética e outros países, de maneira que isto levaria a juventude a enxergar o país ianque como "democrático". O teor deste documento, assim como suas implicações práticas, são alvos de críticas de grupos políticos socialistas, progressistas e até mesmo de organizações religiosas. Em Moscou, por exemplo, tem sido notícia a oposição de comunistas e fiéis cristãos contra concertos como os de Madona ou o Tatu, que estimulava o homoerotismo, representado por duas jovens que iniciaram sua carreira ainda como menores de idade.

De fato, cenas como aquelas vistas em "shows" promovidos pela burguesia inexistem em países socialistas ou de democracia popular. A realidade capitalista é que parte da classe média se droga com narcóticos e nítidas manifestações de decadência da burguesia como Lady Gaga, a nova arma do capitalismo para sperpetuar sua ideologia reacionária e genocida nas entranhas da alma humana, ao passo que a classe operária e camponesa é a maior vítima deste tipo de imoralidade que, certamente, irá perecer completamene apenas numa sociedade verdadeiramente livre, democrática e socialista. É nessa sociedade, e somente nela, que se poderá construir um homem superior voltado para novos valores humanístas, e não capitalistas e fascistas, que levará adiante a roda da história e fará evoluir a nossa raça humana.



 

"Zengjuk a dalt", canção comunista húngara, atestando a superioridade do socialismo sobre a a cultura da burguesia

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