Por Cristiano Alves
Recentemente saiu no The New York Times uma matéria sobre um site que estava arrecadando milhões de dólares através da internet. Até aí nada surpreendente, exceto pelo nome do site "Fashism". Certamente, qualquer um que tenha conhecimento da língua russa acha absurdo tal nome, qualquer um que conheça a história acha um sacrilégio, porém qualquer que conheça bem o capitalismo e seus mecanismos, além dos dois quesitos anteriores, enxerga aí apenas mais um ato de vilania.
De fato, o site nome do site, na verdade, não quer dizer "fascismo"(fashism em russo), mas é uma junção bizarra de "fashion" + "fascismo", isso por que a proposta do site é fazer com que usuários, anonimamente, postem suas fotos com uma determinada peça de roupa para que outros marquem as opções "Eu amei" ou "Eu odiei". Na verdade, este tipo de site é apenas um lado macabro do capitalismo, numa sociedade onde as pessoas seguem uma ditadura comportamental, onde até mesmo a forma como elas devem se vestir é ditada pela sociedade de consumo, pela ideologia, tudo sob um propósito mercadológico.
Seja pela proposta do site, seja pelo seu nome bizarro e de extremo mal gosto, ele é mais uma vez a idéia de que o capitalismo, não o comunismo, tem muito em comum com o fascismo, e o site referido faz o favor de reforçar este argumento. Um nítido desrespeito àqueles que lutaram contra o nazismo entre 1939-41 passa despercebido para muita gente, fazendo o pensamento de Mussolini parecer apenas uma "brincadeira", algo "simpático". Após nome tão bizarro, qual será a próxima, um site chamado "Not Z"(que soa em inglês americano como "nazi") ou "Hit lore"(Hitler)?
Fonte: http://bits.blogs.nytimes.com/2010/11/19/social-shopping-site-fashism-gets-cash/
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