ASSIM FUNCIONA O SOCIALISMO
Nota da edição
Por Cristiano Alves
Os textos a seguir encontram-se conforme a grafia da língua potuguesa brasileira adotada durante os anos 60, sendo comum encontrar palavras diferentes da correta grafia contemporânea. Os textos que se seguem são um perfeito retrato de como o socialismo, e só o socialismo, foi capaz de colocar uma solução definitiva num dos maiores males da humanidade - a ignorância, tudo isso resolvido num prazo inferior a 20 anos, algo que nos países capitalistas levou mais de 200, demonstrando que somente este sistema pode garantir às massas a plena liberdade de expressão e de pensamento.
Os comunistas lançaram o Movimento de todo o povo para extirpação do analfabetismo e em aproximadamente 15 anos conseguiram erradicar esse mal do país, sob a liderança de Stalin, algo reconhecido inclusive por historiadores como E. M. Burns e até pela CIA americana. Há que se frisar no texto uma importante recomendação que separa o nome de Lenin do nome de Lula tal como o ouro do barro, onde o primeiro frisa a importância dos estudantes não apenas de "ler e escrever", mas também de "ler e escrever corretamente a língua", o que coloca as idéias e métodos comunistas anos-luz adiante dos métodos e idéias do Partido dos Trabalhadores(PT) brasileiro.
O MOVIMENTO DE TODO O POVO PARA EXTIRPAÇÃO DO ANALFABETISMO
A foice e o martelo, símbolos do bolchevismo, sobre uma estrela vermelha, símbolo comunista que representa os 5 continentes com a presença da classe operária |
A idéia da revolução cultural, colocada por V. I. Lênine como parte integrante da transformação socialista da sociedade, encontrou sua expressão concreta nas realizações culturais conquistadas pelo povo soviético nos anos de 1926 a 1932. Em fins do primeiro decênio da existência Poder soviético alcançaram-se, graças aos esforços da classe operária e dos camponeses e sob a direção do Partido Comunista, êxitos formidáveis no assenso da cultura e da instrução dos trabalhadores da URSS. Ampliou-se e melhorou considerávelmente a assistência cultural às massas populares, desenvolveu-se um tenaz trabalho para liquidar o analfabetismo entre a população adulta e estendeu-se a rêde de escolas.
Registrando com satisfação o avanço cultural geral do país, a sessão comemorativa do X Aniversário da Grande Revolução Socialista de Outubro, celebrada pelo Comitê Central Executivo da URSS, assinalou, ao mesmo tempo que, em comparação com os grandiosos objetivos perseguidos pela revolução e com a fome insaciável de cultura sentida pelas massas, o conseguido nesta ordem de coisas, longe estava de ser satisfatório.
"Nos umbrais do segundo decênio da Revolução de Outubro – dizia a resolução da referida sessão – o Comitê Central Executivo da União de Repúblicas Socialistas Soviéticas considera necessário vincular diretamente e de modo mais estreito tôda a causa da edificação cultural às tarefas da industrialização, já que é parte inseparável do plano socialista único de reconstrução do país".
Ao se iniciar a realização do primeiro plano qüinqüenal impuseram-se com grande fôrça as tarefas relacionadas com a revolução no campo da cultura, ao mesmo tempo que se criavam as premissas materiais necessárias para acelerar o ritmo da edificação cultural.
De tôdas as tarefas impostas no campo da cultura, uma das primordiais e mais urgentes era a da total extirpação do analfabetismo. Em 1926 só 51,1 por cento da população de todo o país sabia ler e escrever e em algumas nacionalidades o número de analfabetos era ainda maior (entre os cossacos sómente 7,1 por cento sabia ler e escrever; entre os yakutios, 5,8; entre os quirguises, 4,6; entre os tadchiques 2,2 e entre os turcomenos 2,3 por cento). Nos princípios do primeiro plano qüinqüenal mais da metade da população rural maior de 9 anos continuava sendo analfabeta. A porcentagem mais elevada de pessoas que sabiam ler e escrever encontrava-se na classe operária, especialmente entre os operários mais qualificados. Assim, por exemplo, na indústria metalúrgica e na construção de maquiário de Leningrado, o número de operários analfabetos, em 1929, era de 2,8 por cento, em média, e na região de Moscou, nestes mesmos ramos da indústria, de 3,6 por cento. Todavia, entre os operários têxteis achava-se ainda bastante difundido o analfabetismo (especialmente entre as operárias) e o enorme crescimento da classe operária durante os anos do primeiro plano qüinqüenal, com a grande massa de trablhadores procedentes do campo, fêz com que aumentasse o número de operários analfabetos.
Respondendo ao apêlo do Partido nos primeiros anos do plano qüinqüenal desenvolveu-se, com fôrça nova, o movimento das massas em prol da liquidação do analfabetismo. Sob a palavra de ordem "Ensinar a ler e a escrever a quem não sabe" incorporaram-se ao movimento pela extirpação do analfabetismo centenas de milhares de pessoas. Em 1930, os instrutores chegaram a somar um total de quase um milhão de pessoas. Na zona do Baixo Volga atuavam, naquela época, cêrca de 125 000 instrutores; na região dos Urais 65 000; na região central das Terras Negras, cêrca de 100 000. Enquanto que no transcurso de oito anos – de 1922 a 1929 – cursavam mais de 9 milhões de analfabetos e semi-analfabetos, nos anos de 1930-32 as diferentes escolas de liquidação do analfabetismo agrupavam mais de 30 milhões de pessoas. Foi esta uma grandiosa conquista da revolução cultural.
O PRIMEIRO PLANO QÜINQÜENAL, PLANO DO ENSINO PRIMÁRIO GERAL OBRIGATÓRIO
(...) O Estado soviético, ao pôr em prática o ensino primário geral impunha, ao mesmo tempo, à passagem gradual ao ensino geral de sete anos. A fim de assegurar a solução desta terefa, o Govêrno soviético aumentou considerávelmente os orçamentos para a edificação, reparação e material didático das escolas, e aplicou uma série de medidas no sentido de melhorar a situação material dos mestres e fornecer às crianças de menores possibilidades econômicas livros de textos, cadernos, calçados, roupa, alimentos, etc.
Concedeu-se especial atenção ao preparo do pessoal pedagógico. De 1930 e devido à implantação do ensino geral, o Comitê central das Juventudes Comunistas mobilizava todos os anos, dezenas de milhares de jovens comunistas para trabalhar nas escolas e nos estabelecimentos de ensino do magistério.
Em fins do plano qüinqüenal resolveu-se, no fundamental, a tarefa de implantar em todo o país o ensino primário geral e obrigatório e de estabelecer o ensino geral de sete anos na cidade. Em 1931-32, o número de escolares na URSS alcançara a cifra de 20 900 000. Durante êstes mesmos anos elevou-se para 5 milhões o número de estudantes da escola-média completa.
O ensino primário geral obrigatório levou-se a cabo e também se pôs em prática com êxito, nas repúblicas nacionais. Assim, nas escolas da Ucrânia, estudavam em 1923, 98 por cento e na Bielo-Rússia 97 por cento de tôdas as crianças de idade escolar. As Repúblicas soviéticas da Ásia Central fizeram progressos impressionantes no desenvolvimento do ensino primário(18).
Durante todos os anos do primeiro qüinqüenio construiram-se e se inauguraram, de acôrdo com o plano estatal de edificação, mais de 13 000 edifícios escolares de nova planta, com capacidade para ... 3 800 000 crianças.
Tendo-se conseguido êste formidável aumento do número de alunos, o Partido impôs, ao mesmo tempo, com grande fôrça, a tarefa de lutar para melhroar a qualidade do ensino nas escolas.
Durante os anos do primeiro plano qüinqüenal o Partido Comunista e o Govêrno soviético aprovaram importantes disposições que determinavam o programa de reorganização e consolidação da ofensiva do socialismo em tôda a frente.
Marcou um momento decisivo na história da escola média soviética a resolução "Acêrca da escola primária e média" adotada pelo C.C. Do P. C.(b.) da URSS a 5 de setembro de 1931. O Comitê Central do Partido, depois de assinalar os grandes êxitos obtidos no ensino escolar, registrava que o estado da escola soviética estava ainda muito longe de responder as exigências que lhe impunha a etapa que atravessava a edificação socialista.
Um efeito cardeal no trabalho das escolas consistia em que não forneciam o volume suficiente de conhecimentos gerais e em que não resolviam, ainda, de modo satisfatório, o problema de preparar em todos os aspectos as pessoas dotadas já das primeiras letras, para chegar a dominar os fundamentos da ci~encia. Impôs-se a tarefa de primordial importância para o Partido no tocante ao ensino médio, a luta pelo melhoramento da qualidade do trabalho escolar e para acabar com as deformações no campo da teoria e da prática pedagógica. O Comitê Central do Partido desmascarou a teoria anti-leninista dada "extinção gradual da escola" e condenou severamente a mania de ensaiar anarquicamente, no trabalho das escolas, tôda sorte de métodos (plano Dalton, métodos de brigadas de laboratório, etc.), que na essência nada mais eram que a transferência mecânica e sem crítica dos métodos de educação burguesa à escola soviética. O Comitê Central propunha que se tomassem como base do trabalho da escola as indicações que V. I. Lênine fizera, em 1920, em suas notas sôbre as teses de N. K. Krupskaya "Acêrca do ensino político" e no discurso pronunciado por êle no III Congresso das Juventudes Comunistas.
A aplicação da resolução do C.C. Do PC(b) da URSS "Sôbre os programas escolares e o regime na escola primária e média", adotada em 25 de agôsto de 1932, coadjuvou a conseqüente aplicação dos princípios socialistas à educação popular. Os novos programas escolares deviam garantir aos estudantes a assimilação verdadeira, firme e sistemática dos fundamentos da ciência, o conhecimento dos fatos e a aquisição do hábito de falar e escrever corretamente, bem como o enriquecimento dos conhecimentos no domínio da física, da química, da biologia e de outras disciplinas.
A elevação do nível do trabalho educativo da escola dependia, grandemente, de que se fortalecesse o regime escolar e a disciplina dos estudantes. Por isto, a resolução do Comitê Central concedia atenção a êste aspecto da vida escolar. Estabeleceram-se sólidas bases para a organização do processo escolar e para o fortalecimento do regime das escolas. A forma fundamental de organização do trabalho escolar na escola média deviam ser as classes como uma composição homogênea de estudantes e um horário rigoroso de estudos. Tomaram-se medidas para melhorar a disciplina escolarar e para assegurar ao máximo o papel dirigente do mestre no trabalho educativo.
Deu-se grande atenção à formação de uma disciplina consciente entre os alunos, no qual os mestres eram ajudados pelas Juventudes Comunistas, pelas organizações de pioneiros e pelas sociedades de pais de família. Em 1932, devido ao décimo aniversário do movimento dos pioneiros, o Comitê Central do PC(b) da URSS adotou uma resolução: "Sôbre o trabalho da organização dos pioneiros" na qual se indicava que devia ocupar o centro de sua atenção a tarefa de conseguir que as crianças adotassem uma atitude socialista para com o estudo e o trabalho.
- No Turquestão, por exemplo, durante o curso escolar de 1932-1933 aumentou em mais de 15 vêzes o número de alunos(de 6 783 para 103 436) em comparação com o período anterior à revolução; no Usbequestão o aumento foi de quase 40 vêzes (de 17 299 para 664 346) e no Tajiquistão de mais de 339 vêzes (de 369 para 124 970).
Fonte: ibid, Pgs. 463-465
Um comentário:
O que adianta alfabetizar 100% da população e depois a mesma não poder ter acesso a qualquer tipo de documento, livro, carta jornal, recorte, material impresso ou em mídia e isso sem contar o bloqueio a internet como aconteçe em Cuba e na Coréia do Norte.
100 % de alfabestismo e a população só ter direito a acesso a documentos oficiais, a jornais dito representantes do povo e o único em circulação como o Pravda na antiga URSS o o Jonal oficial da Coréia do Norte o Rodong Sinmun e entre outos tantos?
Um professor meu diza que a constituição RUssa era uma das mais bonitas e depois ficava em silêncio e rindo ironicamente.
Onde você quer chegar Cristiano?
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