Por Cristiano Alves
Alguém já deve ter passado por uma situação talvez engraçada ou constrangedora onde alguém profere um insulto ou elogio e olhamos para os lados ou para trás, para constatar se realmente aquelas palavras são dirigidas a nós. Recentemente, o pensador neofascista Olavo de Carvalho, em sua página do Facebook, exortou seus seguidores a "estudar e investigar os intelectuais que querem reabilitar o stalinismo". Isso foi feito logo após a chegada do ano de 2014.
O furor parece ter se iniciado após a divulgação de um vídeo promovido pelo autor desse texto e pela Dra. Angela Sztormowsky, uma das articulistas de A Página Vermelha. O vídeo não apenas desmascarava a falácia do "marxismo cultural", provando que existe sim um "fascismo cultural", incitado dia e noite pela TV, por programas policialescos que hostilizam a pobreza e promovem o ódio e o linchamento. A denúncia de que pessoas são perseguidas na academia e principalmente no trabalho por serem comunistas verdadeiros pareceu ter irritado o mistificador barato. Quando este falou em "intelectuais que querem reabilitar Stalin no Brasil", num país tomado por ideias revisionistas, onde até a esquerda se dobra às ideias da direita, parece ter ficado evidente que o alvo de Olavo de Carvalho era A Página Vermelha, A Voz do Comunismo, o Canal da Vitória e outras criações intelectuais associados a mim e à camarada Angela. Coincidência ou não, nas semanas subsequentes a esse chamado macabro, esta sofreu 3 tentativas de assalto à sua residência, sendo que na última o meliante sofreu séria retaliação, embora tenha escapado com vida.
Ao contrário dos devaneios senis do embusteiro que sonha em ser professor, não há partidos por trás de "A Página Vermelha". De fato, há muitos partidos, normalmente clandestinos, que adotam textos de A Página Vermelha em seus grupos de estudos, já tivemos artigos publicados em revistas canadenses e mesmo reproduzidos em sites mais conhecidos. Também é fato que temos traduções de grandes artigos científicos que nos são ideologicamente próximos, e até traduções de filmes inteiros para o português. Normalmente, todo esse esforço colossal parte de uma iniciativa individual, eventualmente publicando artigos de nossos leitores e camaradas. Todo este trabalho, entretanto, não é remunerado e se alguém "financia A Página Vermelha", este alguém é seu próprio autor, que além de jornalista também é operário, e com as moedas advindas do suor de seu próprio trabalho proletário investe em cultura e investe contra a doutrinação de extrema-direita que se hegemoniza na internet e conta com o apoio dos grandes capitalistas. Em última instância, esse "financiamento" também advém de brindes anunciados em A Página Vermelha e em sites de venda.
Olavo de Carvalho pode adorar um showzinho com intelectuais pseudocomunistas, ele pode até ser o rei de seu próprio picadeiro, entretanto suas acusações sem provas, seu embuste típico de um sofista, não tem valor para um marxista-leninista e nem vai enganar a comunistas verdadeiros. Seu showzinho pessoal pode até ter alguma valia para a sua trupe de coprófagos, mas não para pessoas sérias que verdadeiramente entendem o significado da palavra comunismo. Olavo de Carvalho jamais se envolveria num debate aberto para com reais comunistas, pois sabe bem do vexame que iria passar e da armadilha na qual iria cair de modo vergonhoso! Melhor seria o caduco continuar seu choramingo por "ninguém apoiá-lo"(apesar de seu livro ser o quarto mais vendido) e voltar para seus vídeos sobre "açúcar de aborto na Pepsi".
2 comentários:
Não podemos esperar coisa melhor das larvas dessa mosca. O que esperar de coprófagos?
Atitudes intelectuais? Ou atitudes bestiais?
A resposta é clara, mas nosso trabalho de divulgação do comunismo e da verdade histórica não pode parar frente à besta, jamais.
Parabéns pelo trabalho realizado pelos colaborados de A Página Vermelha, do Canal da Vitória e de A Voz do Comunismo.
Abraço Samir de Queiroz Faraj.
Oi, Cristiano.
Provavelmente Olavo paga as contas dele nos USA fazendo esse tipo de trabalho: coletando informações no Brasil sobre a esquerda. Ele estava apenas terceirizando seus serviços, por preguiça ou conveniência.
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