quinta-feira, março 20, 2014

BRASIL: Pornografia, pedofilia e homossexualismo na cultura da ditadura fascio-latifundiário-militar

Por Cristiano Alves

Predomina entre a direita raivosa a falsa noção de que a ditadura latifundiário-militar, uma forma de fascismo no Brasil, era uma "ditadura da moral e dos bons costumes". Acionista maior da Embrafilme(sociedade anônima) o governo militar, idolatrado pela direita como o "guardião dos valores da família, da moral e dos bons costumes", destruiu a seriedade do cinema brasileiro com as "pornochanchadas", filmes que traziam a pornografia, pedofilia e o homossexualismo


É muito comum ouvir da direita raivosa, se "coxinhas" direitosos como tudo era lindo durante a ditadura latifundiário-militar. Em suas mentes ora inocentes, ora mal intencionadas, durante a ditadura militar "não existia corrupção", a despeito dos milhões pagos a generais para a concretização do golpe de 64 e do enriquecimento ilícito de governadores e de nomes como Paulo Maluff, cria da ditadura. Para eles, as coisas "iam pra frente", apesar dos gastos com uma tecnologia obsoleta para uma usina nuclear, a construção da Transamazônica, "comida" pela floresta e destruição da malha ferroviária, bem como o sucateamento da educação brasileira pelo acordo MEC-USAID. Por mais que alguns deles deem o braço a torcer diante dos fatos, continua a persistir em seu subconsciente a noção de que sua galinha dos ovos de ouro ao menos ganhava no aspecto moral, só que não.

Acionista maior da Embrafilmes, a tirania plutocrática instaurada no Brasil destruiu o cinema brasileiro, reduzindo-o a um nível imoral tão baixo quanto o da extrema-direita. Qualquer filme pornográfico moderno pode ser considerado "respeitável" na frente de filmes que, sem qualquer conteúdo, resumiam-se apenas a diálogos recheados de coprolalia, estupro e em alguns casos mesmo pedofilia. Em alguns casos raros podemos falar até mesmo em zoofilia, como em "Alucinações sexuais de um macaco", que embora feito em 1986, quando a ditadura já havia formalmente acabado, apenas segue um estilo de filmes adotado desde os anos 70, quando praticamente afastaram no universo cinematográfico todos os artistas que tinham um pensamento crítico ou visavam a abordagem de temas sociais. Ainda, em 1979, a famosa artista Xuxa Meneghel protagonizou um filme onde ela interpretava uma prostituta que se relacionava sexualmente com um garoto de 8 anos, "Amor, estranho amor". A pornochanchada estava para o cinema como as receitas de bolo estavam para o jornalismo. Os censores, que também faziam cortes nas pornochanchadas, estavam mais preocupados com filmes politizados do que com os eróticos, que distraíam a população dos reais problemas sociais, sendo assim uma alienação vantajosa para o governo.

As pornochanchadas não faziam distinção entre hetero e homossexualidade, todas elas apareciam numa só película. Uma das produções mais bizarras, criada logo após o término da ditadura, mas que expressa bem aquilo a que o cinema brasileiro foi reduzido pelos censores, é um filme chamado "Um pistoleiro chamado Papaco". Logo início do filme, um pistoleiro com sotaque paraguaio pergunta seu nome, ao que o protagonista responde "Papa cu", então o baleia e o sodomiza, ao que o hispanófono diz que "prefere perder as pregas a perder a vida". Na época da ditadura predominava a noção popular, ideologicamente construída pelo governo fascista, de que "viado é o que dá". Quanto a isso há que evocar aqui as sábias palavras do marxista-leninista soviético Maxim Gorky, quando este diz que no país sovietes, onde o proletariado virilmente e corajosamente tomou o poder, o homossexualismo é punido, ao passo que nos países fascistas ele age impunemente e mesmo é estimulado. Assim como a ditadura nazista promovia orgias homossexuais entre os membros da SA, nas "ligas masculinas", a ditadura latifundiário-militar fazia o mesmo no Brasil através do cinema(havia e há ainda punição, no Código Penal Militar, para o crime de "pederastia", todavia apenas para militares e se praticado dentro da instituição militar). É curioso perceber que, ao contrário dos latidos vulgares de deputados como Jair Bolsonaro, a ditadura fez pelos homossexuais mais do que deputados como Jean Willys, por exemplo, dando espaço para artistas como Ney Matogrosso, assumidamente homossexual do tipo "queerista" em seus shows. Na concepção do artista, este "defendeu a liberdade com sua libido".

Engana-se quem pensa que a ditadura latifundiário-militar, um governo fascista, promoveu "os valores da família e dos bons costumes". Promoveu talvez, os valores de um punhado de famílias burguesas, ao passo que lançou famílias proletárias na mais absoluta miséria. Era comum o estupro de filhas por seus pais, em bairros pobres, a iniciação sexual de rapazes com travestis, como o próprio Pelé assume, e tudo isso era respaldado pelo cinema, numa ditadura que promoveu não apenas valores decadentes, como também divulgou a imagem do Brasil como o país do "turismo sexual", publicando nádegas femininas em grandes anúncios publicitários. Se esse governo fascista em muitos casos pecou pela sua ação, pecou também pela omissão, e principalmente por ter destruído uma intelectualidade que apresentava um caminho para a construção de uma sociedade superior, uma cultura superior, um novo Brasil governado pelos trabalhadores, pelos marxistas-leninistas. Se o cinema socialista foi consagrado por grandes filmes como Alexander Nevsky, Outubro ou mesmo Solaris e outros filmes, todos sem palavrões, o cinema fascista brasileiro foi dessacrado pela pornochanchada!


Defender a volta da ditadura fascista no Brasil é defender o homossexualismo!
Defender a volta da ditadura fascista no Brasil é defender a destruição da família!
Defender a volta da ditadura fascista no Brasil é defender a degeneração cultural e moral do povo brasileiro!
Viva o socialismo científico!

3 comentários:

Vitaly disse...

obrigado por seu trabalho!

tenho duas perguntas: 1) esse fenômeno das pornochanchadas foi típico só para o Brasil ou para todo o Cono Sul?

2) Como acha você - é correto dizer que o fascismo europeu depois da 2GM foi restaurado no Cono Sul de America (pela influencia dos migrantes nazistas na política das ditaduras)?

A Página Vermelha disse...

1) Não tenho muitas informações sobre os demais países do Cone Sul no aspecto cultural. Mas é fato que todos esses países censuraram qualquer tentativa de crítica cultural.

2) Não. Todos os governos sulamericanos sempre tiveram uma forte tradução estatista, num Estado controlado pela burguesia. A implantação de ditaduras fascistas se deu em conluio com o imperialismo americano, que queria mais liberdade para suas empresas e essas ditaduras foram fundamentais para fertilizar o terreno para elas. O Chile, que teve o tirano neoliberal Pinochet, é um bom exemplo disso.

Unknown disse...

No comunismo os pederastas foram mortos como lixo capitalista! Mais de Um Milhão de viados foram exterminados no comunismo! E no Brasil tem pederastas imbecis que se declaram comunistas!