quarta-feira, abril 30, 2014

CRISE UCRANIANA: Ucrânia constrói campos de concentração para cidadãos pró-russos da Galícia


Por Cristiano Alves
Com informações do canal Rossiya




O MVD da Ucrânia, com recursos da União Europeia, iniciou a construção de um campo de concentração em Jdanovka, na Ucrânia.

O campo de concentração(kontslager) é construído sob a máscara de "campo para imigrantes ilegais":

segunda-feira, abril 28, 2014

CHARGE: O cérebro de um racista




ESPORTE: Daniel Alves responde aos racistas da Espanha

Por Cristiano Alves


Um torcedor racista, pretendendo ofender ao jogador brasileiro e negro Daniel Alves, jogou uma banana no campo, pretendendo insinuar que se tratava de um macaco, insulto usado por centenas de anos para afirmar a inferioridade racial dos negros e mesmo confiná-los em zoológicos humanos, prática comum em países capitalistas como a Bélgica e mesmo nos Estados Unidos, ao contrário do que se deu na União Soviética a partir da época de Lenin e Stalin, que igualaram todas as etnias do país.

A atitude de Daniel Alves, além de sábia, foi jocosa contra os racistas, ele soube fazer do limão uma limonada. No momento em que bateria um escanteio, ele apanhou a banana e a comeu discretamente, frustrando o propósito do racista anônimo, que provavelmente queria vê-lo triste e humilhado. Confira a sequência de fotos:



Veja também:

- Stalin e a igualdade racial, por Alexandre Braga
- Por que estudar Stalin, por Cristiano Alves

quinta-feira, abril 24, 2014

CRISE UCRANIANA: Páscoa em Slavyansk(Fotos)


Na cidade de Slavyansk se dão conflitos armados entre a "Junta"(se lê rrunta), governo neonazista de Kiev, e os rebeldes antifascistas. Os conflitos acirraram-se após o assassinato de 3 civis pacíficos na cidade durante a páscoa.

As fotos a seguir mostram como os ucranianos antifascistas comemoraram a páscoa:








SOCIEDADE: Sobre Olavo de Carvalho e os "pobres de direita"

Por Augusto César Mazdaki



Muitas pessoas, em nosso meio, juntam-se à reação conservadora por nojo ao pós-modernismo e ao liberalismo que definem a "esquerda do bem", essa esquerda cor-de-rosa, que coloca pautas movimentistas de cunho liberal e individualista, tais como as Marchas da Maconha, Gay e das Vadias acima e à frente do contexto da luta de classes e que, além de tudo, monopoliza, junto à direita — esta, sim, variada, dinâmica e bem orientada no tocante aos seus objetivos de classe — a cena política no país.

A essa "esquerda-puteiro", de inspiração liberal, parisiense e sessenta-e-oitista corresponde — e é, por esta correspondente, derrotada facilmente, diga-se de passagem — uma direita aguerrida, combativa, violenta, obstinada e com vontade férrea — e, mais ainda, monolítica, ainda que os diversos setores pareçam divergir diametralmente em seu ethos e suas concepções da sociedade e visão de mundo.

Falta, sim, uma esquerda combativa. A essa esquerda parisiense, frouxa, bunda-mole e conciliadora — e não raramente antagônica em relação aos interesses dos próprios trabalhadores enquanto classe —, bem como às direitas liberal e conservadora, devemos contrapor uma esquerda "russa": igualmente aguerrida, combativa, violenta e obstinada e dotada de uma vontade férrea, igual ou superior àquela dos nossos antagonistas. Moradores de favelas que constroem barricadas e as incendeiam em vias públicas, professores que confrontam a polícia porca e reacionária e camponeses que se armam com espingardas de caça para enfrentar jagunços bem armados a soldo do latifúndio são exemplos da classe que pretendemos representar; suas ações e sua combatividade deve servir de guia moral para nós, ao passo que nós devemos educá-los politicamente para que esta combatividade seja canalizada corretamente em forma e conteúdo. O ethos do proletariado é o que deve servir de guia moral à esquerda. Não precisamos do liberalismo, da filantropia e do conciliacionismo da esquerda radical-chic cor-de-rosa.

Devemos ensinar o proletariado e, ao mesmo tempo, aprender dele.

E temos muito o que aprender.

quarta-feira, abril 23, 2014

INTERNET: A "superioridade intelectual" da direita

Contribuição de Gilberto Oliveira

O direitista João Bertoncini alega que uma universidade teria sido criada em 1859 por Dom Pedro I, que falecera em 1834.

CANAL DA VITÓRIA: Resposta a uma turba anticomunista

Por Cristiano Alves

Reproduzimos aqui uma resposta dada a uma ação infame e ignóbil empreendida por extremistas de direita que, por sua falta de argumentos, tentou praticar o chamado cyberbullying contra o editor-geral de A Página Vermelha e do Canal da Vitória, órgãos internacionalistas e favoráveis ao povo trabalhador e movimentos sociais.

Vídeo feito em homenagem ao Dia da Vitória enfureceu a extrema-direita

Com o intuito de "zoar" o canal, um grupo de desocupados seguidores de Olavo de Carvalho(popularmente chamados de "olavettes"), organizou um ataque ao canal, normalmente formado por insultos e deboches limitados a "kkk". A maioria se mostrava nitidamente furiosa e histérica com o fato do autor deste canal, a exemplo da jornalista Márcia Peltier num programa sobre a União Soviética, usar um uniforme comunista do Exército Soviético, o mesmo da vitória em Berlim. O último dos comentários dizia o seguinte:
"Baronema di Rio Preto: 
Você possuí sérios problemas de personalidade! Desde quando você é eslavo? Parece que você sente envergonha de si mesmo. Isso leva você buscar outras etnias. Já que ninguém te alertou, eu irei avisar: Você não é soviético e jamais participou da Segunda Guerra Mundial. Com todo respeito, você se veste assim por diversão, para fazer os outros rirem, ou por você realmente acreditar que é um soviético? Uma pessoa essencialmente saudável jamais iria adular Stalin ou usar uma vestimenta soviética de guerra, a não ser se fosse realmente um soldado."


O problema não é de personalidade, o problema é da falta do que fazer da direita mesmo, que uma vez que em nada contribuem para a sociedade e nem militam em movimentos sociais, apenas tem como ocupação trollar ambientes de esquerda, ameaçar deputados comunistas ou se autorreplicarem, não raramente com o uso de bots, programas-robôs, como já publicado no periódico Estadão, insuspeito de "apologia do comunismo". Em certos casos tais ações são patrocinadas pelo PSDB.

Segue a resposta do autor do site:

Autor do site "A Página Vermelha" e militante comunista

Onde eu disse no vídeo que sou eslavo? Você comeu quantos quilos de excremento para regurgitar tamanha merda? Aliás, você me conhece, pra saber qual a etnia de cada antepassado meu? Não sou eslavo(até onde sei), mas compartilho algo em comum com muitos deles, que é o cristianismo ortodoxo, uma religião cristã sem cruzadas, sem inquisição e sem surto de pedofilia entre os padres, que podem se casar.
Aliás você acha mesmo que só eslavos serviram no Exército Vermelho? Rubens Ibarruri, latino, não só foi tenente do Exército Vermelho(meu uniforme é de tenente, que é a propósito, meu posto militar na vida real), como também recebeu o título de Herói da União Soviética, o mais alto do país! Foi o primeiro latino a receber esse título, depois dele outros também receberam, dentre os quais Ramón Mercáder, Fidel Castro, Raul Castro e Armando Tamayo Mendez, este último o primeiro negro a ir para o espaço. Além deles negros também receberam o mesmo título, dentre os quais Patrice Lumumba, e foi até mesmo fundada uma universidade em seu nome. Não apenas na época da guerra, mas também depois dela, o Exército Vermelho teve negros no oficialato, sendo certamente o mais famoso deles Grigoriy Siyatvinda, ator que em filmes russos frequentemente representa um personagem brasileiro.

Você não tem respeito por ninguém, seu palhaço, acha que não sei que você e seus amiguinhos recalcados vem aqui com o nítido propósito de trollar?! Vocês trollam por que são recalcados, o próprio Pondé disse que o problema da direita é "não pegar mulher", e olhe que é um direitista com mais nível do que muitos que tem por aí, principalmente do que aquele palhaço afeminado e covarde chamado "conde" Leonardo Bruno(ou deveria dizer Raquel Piaszt?). Ainda me lembro quando uma vez mostrei um vídeo desse sujeitinho a uma pessoa e ela imediatamente respondeu: "isso aí é uma bichona!". Um sujeitinho ridículo que não só se passava por mulher como demonstra diversos trejeitos afeminados, deixando evidente a sua homossexualidade enrustida. Você acha que eu não sei que aquele sujeito tem pesadelos com revoluções comunistas?

Um dos promotores do ódio contra A Página Vermelha é o blogueiro Leonardo Bruno, conhecido também por "Raquel Piaszt", como se apresentava na rede social Orkut

Felizmente, a resposta que me interessava eu já recebi, não só aqui, como também no VK, onde recebi diversos elogios pelo vídeo, feito em homenagem ao grande Dia da Vitória, celebrado em 9 de maio, quando os comunistas conseguiram a capitulação dos fascistas, de pessoas como você, que odeiam a classe trabalhadora e todos aqueles que a defendem, que odeiam as "raças inferiores" em nome de sua suposta superioridade racial!

Você e sua turba são tão patéticos e intelectualmente insignificantes que para vocês mesmo chega a ser uma "novidade" ver alguém cingido com o glorioso uniforme do Exército Vermelho. Saiba você que são usados em diversos eventos civis em homenagem a esta força heroica, cujo heroísmo e valor foi reconhecido até mesmo pelos mais altos comandantes militares dos Estados Unidos da América; esses uniformes também são usados em vários eventos de reconstrução histórica, coisa que provavelmente nem você nem os seus miguxos anticomunistas sabem o que é. No máximo conhecem purpurina e fantasias de poliéster de carnaval.

Eventos de reconstrução histórica são organizados em todo o mundo e podem reconstruir ambientes de samurais, IIGM, Guerra Civil Americana, batalhas medievais, etc

O uniforme que com todo orgulho nesse vídeo não apenas foi um grande presente, como também é um excelente produto cobiçado pelos mais refinados colecionadores, capazes de pagar altas notas por um. 

Por isso se você e seus amiguinhos acham que descobriram a América por que me viram num uniforme, saiba você que não tenho vergonha nenhuma de usá-lo, e o fato de vocês ficarem tão inquietos apenas indica que o vídeo serviu bem ao propósito dele. Eu estaria preocupado sim, se estivesse recebendo elogios de uma camarilha de trolls anticomunistas vagabundos e desocupados. Aliás quem mandou você vir aqui? O "papy Olavo" ou o "titio Leonardo"?

Esse uniforme eu ganhei de presente de um amigo da Ucrânia, o que mostra que eles sabem reconhecer e mesmo respeitar quem entende o significado de sua luta, graças à qual não somos todos nazistas, agora me diga que presente você e sua turba já ganhou de americanos ou britânicos! Além desse uniforme eu guardo com todo carinho aqui um prato e uma "palitsa", presente de uma amiga, arma simbólica dos cossacos, e você e seus amiguinhos? Não vou nem cobrar uma francisca ou escudo britânico, me contento se já tiverem recebido pelo menos uma cartinha de Ano Novo de alguém da OTAN. 

Uma pessoa saudável, como o Patriarca Sergius, diria que Stalin foi o "filho eleito da providência na luta contra os fascista". Uma pessoa saudável como o Arcipreste Sergey Vishnyevskiy diria que Stalin foi a "Espada de Retribuição do Povo Russo"(pesquise o que é "retribuição"). Uma pessoa saudável, como os vários brasileiros que escalaram uma montanha nos anos 50, diria que "Stalin foi o grande campeão da paz". Uma pessoa saudável diria que Iosif Vissaryonovich Stalin foi "um verdadeiro católico", como disse Alcide Degasperi, considerado um dos "pais da Europa Moderna" e "Servo de Deus" pelo Vaticano.

Para o arcipreste Sergey Vishnyevski, clérigo octagenário veterano da IIGM, Stalin foi "a espada de retribuição do povo russo"

Vocês anticomunistas são uma completa piada, uma abominação cognitiva, que não sabem o que defendem e nem no que acreditam, "trolls" cuja atividade é apenas destruir ou tentar destruir. São contraditórios, se um manifestante usa um agasalho da GAP, então "é um esquerdista caviar", se uma gimnastyorka do Exército Soviético "então é igualmente ruim", se alguém de esquerda tem apartamento em Paris, então "é de esquerda por que não sabe o que é pobreza", se é de esquerda e é operário, então "é um vagabundo que não quer trabalhar e virou comunista pra ele próprio ficar rico como o patrão". Se decidam!

Podem espernear e rosnar o quanto quiserem que a caravana vai passar. E o fato é que o Exército Vermelho de trabalhadores e camponeses não apenas libertou o seu próprio país, como também vários outros, e se não fosse por eles o mundo inteiro seria nazista. Então agora usar um traje é "achar que faz parte daquela organização"? Engraçado que eu não vejo toda essa histeria quando alguém usa uma camisa do time de futebol Barcelona ou Real Madrid. Nem precisa ir muito longe, alguém que usa uma camisa da seleção brasileira, necessariamente acha que é jogador de futebol? Vamos tentar elaborar argumentos inteligentes, fazer algum esforço para pensar, será que isso é tão penoso para a direita?

Respeito quem usa camisa de futebol(provavelmente o caso de pelo menos 99% dos palhaços reacionários hipócritas que vieram tentar achincalhar o vídeo), eu mesmo tenho o meu time, o Palmeiras, respeito quem gosta do Real Madrid ou do Shimizu, é questão de gosto. Só que uma ou quinhentas vitórias do Real Madrid não tem absolutamente nenhum significado para a minha vida pessoal e provavelmente nem mesmo para de quem veste sua camisa, certamente também não para o seu povo! Mas graças à Grande Vitória do Exército Soviético hoje existimos enquanto Brasil, e não "Nova Germânia", graças ao Exército Soviético o meu avô não foi para um campo de concentração fascista e suas progenitoras, por mais que xinguem vocês, não se tornou uma puta de fascistas, salvando em parte as vossas imundas e pútridas reputações!

"Nós e os nossos aliados estão eternamente gratos e sempre em débito com o exército e o povo da União Soviética" (Frank Knox, Ministro da Marinha dos Estados Unidos)

terça-feira, abril 22, 2014

BRASIL: Comunistas e democratas catarinenses trocam retrato de Hitler pelo Stalin batendo em Hitler

Por Cristiano Alves


Recentemente foi noticiado um ato de vandalismo e de ódio em Santa Catarina na cidade de Itajaí, quando um grupo de nazistas anônimos postou num poste da cidade, em frente a um cartão postal, um retrato do tirano alemão Adolf Hitler, retrato esse onde está estampada em seu rosto a expressão do ódio.

Não durou nem 24 horas, um grupo democratas, comunistas e progressistas arrancou os cartazes de Hitler e em seu lugar colocou um poster de autoria de Valeriy Barykin("Byey Gitlera", isto é, "Bata em Hitler") onde o líder soviético Iósif Vissaryonovich Stalin, ícone máximo da vitória sobre o fascismo, cingido com o seu capote de Marechal da União Soviética, acerta um cruzado de esquerda no tiranete alemão Adolf Hitler.

De fato, em 1945, o Exército Vermelho colocava um fim ao delírio chamado III Reich, fundado por Hitler e sua camarilha de celerados e pervertidos. Muitos de seus associados se suicidaram, como o próprio Hitler, tal como um gângster que perde um jogo e brinca com o destino de um povo, outros fugiram para países como o Brasil e os Estados Unidos, tendo sido alguns capturados por "caçadores de nazistas".

A ação heroica do povo de Santa Catarina mostra que não há lugar para o fascismo no Brasil, nem mesmo num Estado onde os alemães compõem maioria étnica. Ela também demonstra que o nome de Iósif Vissyonovich Stalin é o estandarte de todos aqueles que abominam a besta fascista, que abraçam a paz e a liberdade!

Abaixo, a arte original do artista russo Valeriy Barykin:


domingo, abril 20, 2014

TEORIA: Contra o Pós-Modernismo

Por Augusto César Mazdaki


Integrantes da banda Pussy Riot, ícone pós-moderno, posando entusiasticamente ao lado de Hillary Clinton, voz do imperialismo

Em discussões políticas e filosóficas de qualquer natureza, quer seja no domínio da história, psicologia, filosofia ou sociologia, sempre há a possibilidade de engajar-se em um debate de forma a desqualificar o debate em si. O agnosticismo ou a afirmação de que “uma vez que não podemos acessar tal conhecimento, não devemos nos importar com a verdade que há por trás de tal dúvida” é uma das faces da arma ideológica que tem por objetivo sufocar o debate e desorientar aqueles que dele participam. O pós-modernismo, a antiteoria que representa o grau supremo degeneração da ideologia liberal-burguesa em si mesma, tem por objetivo dar uma base de sustentação filosófica para afirmações deste tipo.

Para o pós-modernista, a busca pela verdade em uma sociedade, bem como no âmbito da construção ou modificação da mesma, está destinada a fracassar, posto que não existe uma “verdade”, mas muitas. Se quisermos compreender esta perspectiva, ainda que apenas por um momento, somos obrigados a nos perguntar: qual é seu papel, então, no tocante à capacidade do sujeito passivo de se converter em agente ativo, isto é, de compreender e mudar a sociedade? Se a teoria deve ser entendida como uma ferramenta analítica ou científica, como um guia para a compreensão e a transformação das forças sociais, de que forma podem as teorias pós-modernas nos ajudar a empreender tal tarefa? Objetivamente, tais teorias auxiliam ou atravancam as lutas por avanços na sociedade? Cabe a nós, também, fazer a seguinte pergunta: poderia algum progresso na sociedade ser concebido ou simplesmente apreciado, no mundo bizarro, desfigurado, pervertido, deformado e arbitrário da pós-modernidade?

Desde o princípio, faz-se notar a forma como a rejeição dogmática de uma verdade objetiva baseada na realidade material pode impor entraves a uma avaliação da sociedade, uma vez que não pode haver consenso a respeito de um fato qualquer no âmbito do ideário pós-modernista. Qualquer tentativa de analisar um fenômeno sob a luz da ciência será necessariamente recebida com uma infinidade de questionamentos que têm por objetivo a rejeição e a desqualificação de toda análise em si. Ora, isso tudo é muito cabível e aceitável no domínio da mera filosofia, onde debates academicistas acerca do abstrato, e de questões não materiais, inerentes ao mundo das ideias constituem um objetivo em si. Fora deste âmbito, deve-se analisar sob a luz do materialismo dialético e histórico a pirotecnia do pós-modernismo e seus defensores, cujos artifícios consistem em apresentar obstáculos a fim de reiterar a sua visão dogmática da sociedade como um “simulacro” e deambular acerca da multiplicidade das “verdades”. Sem uma análise racional e materialista, o interlocutor pode ser compelido a reduzir o seu discurso a uma mera avaliação de viés e perspectiva próprios, o que, em última análise, acabará por reduzir o discurso do interlocutor a algo próximo a mero desabafo. Agir de forma contrária significaria render-se manifestamente à busca de uma verdade inalcançável. De toda forma, ceder espaço, em qualquer aspecto, à  alegação de que a teoria é incapaz de resolver quaisquer problemas no tocante a um entendimento concreto da realidade equivale a reduzir o trabalho histórico que envolve o estudo, a compreensão e a modificação das diferentes sociedades que existiram ao nível de mera frivolidade. É por esta razão que a ideia do pós-modernismo é inútil, danosa e contraproducente ao entendimento da sociedade e seus mecanismos de funcionamento, bem como à compreensão dos processos necessários às mudanças no seio da mesma.

Além do visceral ataque teórico do pós-modernismo contra o entendimento científico-social da realidade concreta, as implicações da ideia de que há múltiplas “verdades” têm como consequência direta a primazia de percepções individuais em prejuízo de quaisquer conclusões ou entendimentos que sejam obtidos coletivamente. Consequentemente, os pós-modernistas — que, muitas vezes, sequer são capazes de formar entre si um consenso acerca do significado de sua própria filosofia — são, de certo modo, inaptos à ideia de colaboração, posto que suas “verdades” são colocadas em conflito entre si mesmas. Ora, se é mesmo verdadeira a ideia segundo a qual a “verdade” é meramente aquilo que seu “portador” deseja que ela seja (wishful thinking) e não algo que exista fora dos vieses e percepções individuais que o mesmo tem do mundo a seu redor, há algo que respalde a preocupação do intelectual pós-moderno genérico em impor sua própria “verdade” àqueles que têm suas próprias concepções, de natureza individual ou não, do que seria a “verdade”? Ao tomar a verdade como algo de natureza puramente individual — considerando que todos têm por verdades as suas concepções, igualmente válidas —, o pós-modernista, em última análise, vive confinado à sua própria realidade e fracassa miseravelmente em compreender as demais verdades que o conectam a outras pessoas. A verdade universal, através da qual é concebida uma visão correta da realidade objetiva — aquela no âmbito da qual somos todos membros de uma sociedade, que devem contar uns com os outros através de uma complexa rede de relações que nos caracterizam como seres sociais —, é dogmaticamente rejeitada por uma concepção idealista segundo a qual cada pessoa é o artífice de sua própria “verdade”, através da qual tais pessoas interpretam a realidade.

Uma das consequências disso é que parece haver escasso incentivo a um trabalho ideológico, filosófico ou meramente analítico que leve a visões de mundo mutuamente aceitáveis, o que, em última análise, leva a um escasso incentivo a ações concretas, com base nessas visões de mundo mutuamente aceitáveis, que tenham por objetivo mudanças sociais de caráter estrutural. Quaisquer visões de mundo ou interpretações que combinem experiências e observações compartilhadas coletivamente e que tenham como base a realidade concreta não são consideradas qualitativamente superiores àquelas concebidas individualmente no mundo das ideias, logo, por que esforçar-se em trabalhar em conjunto visando alcançar determinado fim? Que sentido há, então, em um trabalho que vise o progresso e a construção de um pensamento de certe forma convergente, se as vazias “verdades” individuais, metafísicas e desconexas da realidade material, têm tanto valor quanto aquelas que levam em consideração o mundo material e sua realidade concreta? A resposta a esta pergunta é: não há qualquer sentido. A ação colaborativa, a interdependência entre os indivíduos, em suma, o “coletivismo”, essencial ao funcionamento, à modificação e à evolução qualitativa de qualquer sociedade, bem como qualquer esforço para a obtenção de uma verdade concreta, não são mais produtivos do que conclusões abstratas e desconexas com o mundo material. As implicações de tais concepções da teoria pós-moderna, tanto enquanto ferramentas para a compreensão da realidade além do indivíduo, quanto no tocante à colaboração (“coletivismo”) e ao trabalho de interpretação dos mecanismos da sociedade — que são essenciais, não apenas ao funcionamento da sociedade, mas também para a sua modificação e melhoramento — não são nenhum pouco positivas.

Como se tais questões não fossem suficientes para tornar a teoria pós-moderna litigável, no sentido dialético e histórico, esta propõe uma série de problemas, mas não aporta quaisquer soluções. Esta teoria vocifera contra noções de poder centralizado, alegando que as bases do poder (analisado aqui como um conceito único e invariável) são as mais diversas e que o poder em si está imprimido nas pessoas na forma de “poder disciplinar” (como, por exemplo, no caso de Michel Foucault), mas não aponta o que pode ser feito para mudar este paradigma, se é que tal paradigma pode, de fato, ser mudado. Outras teorias — não pós-modernas e com uma análise mais atenta à ciência e ao desenvolvimento das sociedades humanas sobre uma base material — fazem referências a problemas que surgem no seio da sociedade e oferecem algumas noções, mais ou menos corretas, de como se chegar a uma solução. Para o weberianismo, o problema está no excesso da autoridade racional legal, e uma solução potencial, embora temporária, seria uma liderança carismática. Para o marxismo — doutrina de caráter científico que tem como base analítica o materialismo dialético e histórico —, a raiz da maior parte dos males sociais se encontra na exploração do homem pelo homem e na propriedade privada dos meios de produção e prestação de serviços, e a solução é uma revolução das classes oprimidas contra a burguesia, encabeçada pelo proletariado. E quanto ao pós-modernista Foucault? Pois bem, se o poder (sempre como um conceito monolítico e invariável) encontra-se tão disperso e tão descentralizado, o pós-modernista certamente não terá quaisquer meios de colocar em cheque tal poder através de uma atividade revolucionária, tal como um marxista faria, e nem tampouco teria ele a opção de colocar suas esperanças em uma autoridade “carismática” a fim de abalar esse poder estabelecido. 

As críticas pós-modernistas são simplesmente isso: críticas. Não oferecem um guia para a ação e tampouco uma metodologia com algum embasamento científico para resistir à injustiça e ao moralmente incorreto conforme se manifestam no mundo material. Tais críticas, bem como as teorias que as embasam, carecem até mesmo de um discernimento moral para fazer uma distinção entre o que é injusto e imoral e o que não é. A razão de ser de tais teorias é não ter qualquer razão de ser. Sem que haja um sustentáculo lógico, sem que haja uma base material de sustentação para tal "verdade", sem que haja uma "verdade" fora das percepções e dos vieses pessoais de um indivíduo, não pode haver um guia para a ação fora do que possa representar a afirmação dessas mesmas percepções e vieses pessoais, de natureza meramente individual. O poder, desta forma, é descentralizado e impresso na persona do indivíduo e limitado à mesma: o que fazer, então, se os "objetos" de minha própria "verdade" pessoal estão submetidos e tal poder?



sexta-feira, abril 18, 2014

BRASIL: Deputada comunista "coleciona" pelo menos 20 ameaças de morte


Deputada Jandira Feghali soma 20 ameaças de morte por pretender anular mandatos de presidentes militares e mudar Lei de Anistia!

Originalmente publicado por Hildegard Angel



Publicado em 13/04/2014


A deputada federal, médica, sindicalista, Jandira Feghali já recebeu 20 ameaças de morte, através de seu e-mail pessoal e pelas redes sociais, além de um motoqueiro ter sido visto fotografando a sua residência, no Rio, em atitude suspeita.

A Polícia Federal investiga o caso, que foi denunciado pela deputada ao Ministério Público e está sendo acompanhado pelo Ministério da Justiça.

Essas violências estão sendo atribuídas ao fato de a parlamentar, lider da bancada do PCdoB na Câmara Federal, estar propondo a anulação dos mandatos dos presidentes militares Humberto de Alencar Castello Branco, Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo.

Esses militares-presidentes, para quem não sabe, eram eleitos através de um colégio eleitoral provisório que atuou durante aquele período negro da nossa história, cujo início se deu com o golpe militar de 1964 e que agora completa 50 anos.

A bancada do PCdoB assinou e os deputados do PT apoiam a proposta de Jandira. Trata-se do polêmico projeto de lei nº 7.357/2014 que propõe uma revisão da Lei da Anistia, abrangendo agentes públicos civis e militares que tenham praticados crimes de tortura, sequestro, cárcere privado, execução sumária, atentado, ocultação de cadáver.

Caso aprovada a  ‘Lei Jandira’, eles ficam excluídos da Lei da Anistia (Lei nº 6.683, de 28 de agosto de 1979).

Este Projeto de Resolução declara a ilegitimidade das eleições indiretas para Presidente da República no Colégio Eleitoral do Congresso Nacional, usando como justificativa principal o fato de que o AI 1 (Ato Institucional número 1), que transformou o Congresso em Colégio Eleitoral, ‘’violava frontalmente a Constituição vigente, que estabelecia eleições diretas, pelo voto popular, dos Presidentes da República”.

“Além disso – prossegue o documento – havia um presidente legitimamente eleito e em exercício, João Goulart”.

Ao encerrar seu pleito, a deputada quer ver declarada a ilegitimidade como um ato de respeito ao Estado de Direito Constitucional e como um veemente protesto contra a ditadura militar que se instalou por 21 anos, rasgando a Constituição do país.

DENÚNCIA: Internauta racista e misógino anda solto pelas redes sociais


Por Cristiano Alves


Há um indivíduo um tanto excêntrico tentando "causar" nas redes sociais. O dito cujo se diz "marxista-leninista" e admirador de Olavo de Carvalho. Trata-se um indivíduo que se apresenta como Maurício Alves Neto, ou "Anjo Nacionalista", como ele mesmo já se intitulou.

O dito cujo se tornara conhecido no velho Orkut por postagens de teor racista num grupo chamado Economi@ Brasileir@, onde normalmente não era levado a sério por outros participantes. No Facebook ele misteriosamente "converteu-se ao comunismo" e era conhecido por querer "causar" em grupos de discussão. Após conseguir se infiltrar em grupos de esquerda, Maurício passou a pegar informações pessoais dos membros para depois difamá-los e injuriá-los em outros círculos. O usuário em questão se diz "inimigo do pós-modernismo" e depois "apoiador do FEMEN", ora diz seguir Stalin, ora diz seguir Olavo de Carvalho, ora se diz nacionalista, ora se diz comunista, ora acusa o autor desse grupo de racismo, ora diz que "negros são sub-raça". Numa de suas postagens ele se diz admirador confesso do tirano alemão Adolf Hitler.

O sujeito em questão usou-se de seu perfil na rede social Facebook para caluniar e difamar este site, que segundo ele quer "impor Mozart e odeia Dalesta"(uma artista que o autor dessa página sequer conhece), dentre outras inverdades difundidas na rede social. Um dos crimes mais recentes deste neonazista infiltrado em grupos de esquerda foi dizer que uma das articulistas de A Página Vermelha, Angela Sztormowsky, militante antirracista, é uma "gaúcha vadia e promíscua". Maurício é conhecido por suas fotos de paletó e gravata com óculos escuros, dentro de casa.

A Página Vermelha toma agora medidas legais a fim de colocar esse indivíduo atrás das grades.


Algumas capturas de tela do "Anjo nacionalista":





quinta-feira, abril 17, 2014

sábado, abril 12, 2014

SOCIEDADE: Como funciona a lógica anticomunista

Por Cristiano Alves


Todo anticomunista segue uma lógica própria, uma lógica que vai muito além da mera lógica direitista. Ele não é um indivíduo que fala sobre o que defende, ele é um indivíduo que fala sobre o que odeia. O anticomunista, o extremista de direita, é movido pelo ódio, e para mascarar o seu mau caráter, a sua sede de sangue, o seu desprezo por tudo o que não é espelho, ele segue uma lógica específica.

- O anticomunista alega que o comunismo reprime, mas curiosamente não pestaneja antes de expulsar e reprimir qualquer um que conteste suas ideias
- Anticomunistas dizem que "Stalin era paranoico", mas curiosamente acreditam que todo mundo, exceto aqueles de seu clube social, são bandidos que pensam 24 horas em estuprar suas famílias, quase  fantasiando com tais exemplos para ressaltar seus pontos de vista reacionários.
- O anticomunista acha perfeitamente aceitável que jovens se vistam como colegiais americanos e consumam a cultura americana, porém entram numa verdadeira histeria se sabem que alguém estuda a cultura de países como a Rússia ou Cuba.
- O anticomunista acha perfeitamente aceitável que o Brasil seja "babá" de banqueiros estrangeiros, que tenha investimentos em países capitalistas e anticomunistas como a Polônia, mas fica furioso quando o país investe em portos em Cuba.
- O anticomunista nada fala sobre alguém que vai aos Estados Unidos, mas ai de quem vai a países como a Coreia do Norte, logo chamam de "espião financiado pela embaixada", "agente secreto comunista", bla bla bla...
- O anticomunista alega que é solidário com as vítimas do comunismo em países longínquos como a Coreia do Norte, mas curiosamente aplaude e elogia o massacre de trabalhadores diário nas favelas das grandes capitais.
- O anticomunista se diz solidário com mulheres supostamente torturadas na Coreia do Norte, mas nunca promove uma campanha do mesmo nível contra a violência doméstica no Brasil.
- O anticomunista acredita que "bandido bom é bandido morto", desde que esse bandido não seja o branco de classe alta, um grande empresário, o filho de um capitalista ou... um criminoso de um país de orientação marxista.
- O anticomunista se considera intelectualmente superior, o suprassumo da intelectualidade, daí chama a todos que estão fora de seu sistema de ideias de "burros e ignorantes", especialmente pessoas de classe baixa, ao mesmo tempo em que mal sabe conjugar um verbo de língua portuguesa ou escorrega feio na língua portuguesa.
- Anticomunistas detestam ditaduras, desde que essas não sejam de direita.
- O anticomunista finge que é contra os narcóticos, mas nada diz sobre o fato destes representarem um dos 3 maiores negócios do capitalismo, movimentando mais de 1 trilhão por ano. Ele se incomoda com a boca de fumo da esquina, mas é conivente com a lavagem de dinheiro de grandes cartéis feita nos grandes bancos.
- O anticomunista adora posar de moralista, dizer que "defende a moral e os bons costumes", mas curiosamente nunca fala do "Plano de Dulles", diretor da CIA que via como uma medida importante na luta contra o comunismo a promoção da promiscuidade, da pornografia e da degradação moral da juventude. Ele nada diz sobre o fato da cultura capitalista abraçar os valores pós-modernistas.
- O anticomunista fala que "o comunismo mata", quando o capitalismo que ele defende não apenas mata, como humilha e brutaliza a condição dos trabalhadores.
- Anticomunistas odeiam movimentos sociais, sejam eles em favor dos negros, das mulheres, sindicais... chamam de "comunistas", mas curiosamente, toda essa crítica não é acompanhada de uma só ação para melhorar a condição desses grupos.
- O anticomunista diz que não é fanático, mas curiosamente é incapaz de reconhecer um só benefício dos países socialistas.
- O anticomunista se apresenta como "a voz da verdade", acredita que sua opinião é uma verdade eterna e incontestável, e se irrita quando alguém mostra que seu pensamento não passa de simples opinião.
- O anticomunista acredita na "liberdade de expressão", desde que seja para que apenas pessoas que pensam como ele tenham voz.
- O anticomunista diz que odeia pensadores como Marx, Lenin, Gramsci... apesar de jamais tê-los lido.
- O anticomunista acha que é "capitalista", apesar de quase nunca serem donos de fábricas ou terras.
- O anticomunista reprime, mente, calunia e engana e põe a culpa no "malvado comunismo".

O anticomunista condena o comunismo por tudo aquilo que ele promove e aceita ativa ou passivamente! É um hipócrita e sociopata que tenta justificar todos os crimes que defende atribuindo esses crimes a "regimes comunistas", tal qual como os inquisidores, que promoviam a tortura e o extermínio alegando "estar lutando contra o diabo". O anticomunismo nada mais é do que uma versão contemporânea da Inquisição.

MUNDO: No socialismo a vida era melhor, dizem os 66% dos romenos que, numa eleição hoje, votariam em Nicolae Ceausescu

Por Cristiano Alves


De acordo com uma matéria publicada no periódico El Mundo, 66% dos romenos votariam hoje em Nicolae Ceausescu, o secretário-geral do Partido Comunista Romeno fuzilado em 1989 após um violento golpe de Estado.


Na mesma pesquisa, 23% destacaram que o melhor da época era o emprego garantido e 14% apontaram como o melhor da época o bem estar. O barômetro indica que 73% dos romenos acredita que a Romênia está em mal caminho, apenas 23% pensa o contrário. A pesquisa entrevistou 1349 cidadãos em seu destino.

Após o golpe de Estado e o fuzilamento de Ceausescu e sua esposa, a Romênia retornou ao capitalismo. Hoje, o país, membro da União Europeia, vive de empréstimos do FMI, sua economia vai mal e o país é hoje o 2º mais pobre da Europa, depois da Bulgária. Milhões de trabalhadores romenos vivem em favelas, que não existiam durante o período socialista. Milhões de romenos deixaram o país, passando a viver como mendigos em lugares como a França, Itália e Portugal. Além disso, o país tornou-se um dos destinos favoritos do turismo sexual, na Europa. Milhares de jovens romenas ganham a vida em casas ou sites de prostituição.

"Não é lindo o capitalismo?"


Fonte: http://www.elmundo.es/internacional/2014/04/10/5346de4d268e3e8f598b458c.html



FOTOS DA SEMANA: A barricada popular de Donetsk

Trabalhadores e comunistas da cidade industrial e operária ucraniana de Donetsk resolveram constituir uma barricada contra as tropas do governo neonazista de Kiev. A região, agora proclamada República Popular de Donetsk, que não reconhece a administração neonazista ucraniana e agora planeja se juntar à Rússia, encontra-se ameaçada de ser bombardeada pela artilharia pesada do Exército Ucraniano. A milícia local se recusou a retirar os resistentes dos prédios da administração pública.









12 DE ABRIL: Dia da Conquista do Espaço


Por Cristiano Alves

Yuriy Gagárin, numa pintura tradicional da cultura russa de Palekh, por Boris e Kaleria Kukuliev



No dia 12 de abril de 1961, a humanidade deu um importante passo que por milhares de anos fazia parte apenas de sonhos e fantasias. Esse passo, dado pelo primeiro país socialista, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, pelo cosmonauta camponês Yuriy Aleksyeyevich Gagarin, mudou de forma significativa a humanidade, provando a todos a possibilidade do homem ir ao espaço e mesmo manter intacta a sua consciência fora da gravidade terrestre.

A viagem de Yuriy Gagárin foi uma das grandes conquistas do socialismo, do jovem camponês que conhecera os horrores do fascismo, mas ainda assim conquistou o mundo com seu sorriso cativante, bom humor e sua coragem, o que marcou toda uma geração e comprovou que o sistema socialista, que recebera um país atrasado e agrário, iniciava uma nova era e superava o capitalismo no desenvolvimento tecnológico.

Até hoje a tecnologia desenvolvida pelos soviéticos não apenas auxilia nas telecomunicações, como a agência especial criada sob o socialismo, que hoje lança veículos espaciais inclusive de países capitalistas.


- Assista aqui ao filme sobre a história de Yuriy Gagarin, legendado em português por Cristiano Alves e disponibilizado por Erik Fischuk, do canal Pan-Eslavo Brasil:

quarta-feira, abril 09, 2014

MUNDO: Na Ucrânia, agora Donetsk declara a independência

Por Cristiano Alves

Brasão da cidade de Donetsk

Na Ucrânia, agora foi a vez do oblast1 de Donetsk declarar sua independência. Um conselho popular formado na cidade declarou a "República Popular de Donetsk", ato consagrado com a execução do hino soviético com a letra soviética e da Internacional.


Donetsk foi fundada pelo industrial inglês John Hughes, teve seu nome mudado para "Stalino" durante os anos 20 e novamente mudado para "Donetsk", após a desestalinização, nos anos 60. A região de mesmo nome possui uma numerosa e organizada classe operária, envolve cerca de 4.5 milhões de pessoas, a capital Donetsk, possui cerca de 1.5 milhões de pessoas e é considerada pela UNESCO como a capital industrial mais verde do mundo.

A declaração da República Popular em Donetsk pelos operários e outros populares pode ser um importante passo no despertar da consciência para a restauração da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.




1- Unidade federativa equivalente a de "estado" no Brasil, usada na Rússia, Ucrânia e países da ex-URSS.

sexta-feira, abril 04, 2014

MARXISMO CULTURAL: A canção da liberdade

No dia 4 de março os comunistas húngaros comemoram a derrubada do regime do fascista Horty, um dos maiores aliados do tirano austríaco Adolf Hitler, pelo Exército Soviético, abrindo as portas para a construção do socialismo no país antes pertencente ao Eixo. 

A Página Vermelha traz a "Canção da Liberdade", de 4 de abril, dia da libertação da Hungria pelo Exército Vermelho, cantada pelos pioneiros húngaros seguida de sua tradução.




Vamos para o futuro, 
não olhe para trás.
Seu passado é triste,
centenas de anos sangrentos
agora chegou o dia ensolarado
venha cantar bem alto, 
com alegria

Refrão:
Cantemos sobre o 4 de abril,
deixe o povo liberto espalhar aos ventos
o nome heroico 
do nosso libertador.

Soaram os canhões e o povo bradou,
sangrando ao chão e olhando para o céu
o heroico exército soviético venceu
acabando com séculos de prantos!

Refrão (x2)

TEORIA: Lenin contra os pogrom(ou comunismo contra o racismo)

Tradução de Erik Fischuk, do canal Pan-Eslavo Brasil

MUNDO: Lukashenko chama as sanções contra a Rússia de "excrescência" e "bobagem"

Por Cristiano Alves


O presidente da República de Belarus, Aleksandr Lukashenko, chamou as sanções contra a Rússia de bred e tchepurrá, termos equivalentes a "excrescência" e "bobagem". O chefe de Estado e de governo bielorrusso enfatizou que Belarus vive há duas décadas sob sanção e que "ainda não nasceu na terra um retardado que não saiba o que é a Rússia".

quinta-feira, abril 03, 2014

BRASIL: Jovem trabalhador denuncia "bullying" anticomunista promovido pela burguesia

CULTURA: Geórgia, terra natal de Iósif Stalin

Por Cristiano Alves





É sabido por muitos que Iósif Vissaryonovich Stalin nasceu na terra montanhosa conhecida como Sakartvelo, ou, em português, Geórgia.

A ex-república soviética deu ao mundo grandes filhos, dentre estes o amigo e professor de todos os trabalhadores, Iósif Vissaryonovich Djugashvili(Stalin), o agente secreto Lavrenti Beria e os jovens que, em 1956, se reuniram na capital Tblisi para exigir a deposição do ditador Nikita Sergeyevich Khruschyov e a completa anulação do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, ascendeu o pavio que levaria ao fim da União Soviética anos depois e explodiria em conflitos étnico-nacionais e na restauração do capitalismo.

Uma das poucas produções cinematográficas a explorar um pouco da cultura mãe de I. V. Stalin foi o seriado "Stalin live", cujos episódios sobre a infância e a juventude de "Soso" foram filmados na Geórgia, com a atuação de atores georgianos e em língua georgiana dublada para o russo.

Conheça a Geórgia e a cultura do povo kartveli(georgiano).

Qama, a adaga georgiana comumente usada com a indumentária típica, similar ao gládio romano
Situada próxima a uma das divisas da Europa com a Ásia, a Geórgia é um país cheio de montanhas
Mosaico de fotos da Geórgia
Kartveli em trajes típicos, segundo o escritor brasileiro Graciliano Ramos, autor de "Viagens", sobre sua visita à antiga União Soviética, este não vira povo mais bonito do que o do Cáucaso
Brasão da República Socialista Soviética da Geórgia, com a inscrição em georgiano(em cima) e em russo "PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!", do filósofo alemão Karl Heinrich Marx
Complexo de cavernas Uplitsuli, próximo de Gori
Tblisi, capital da Geórgia
Monumento a Stalin, na Geórgia, destruído pelo governo durante a guerra com a Rússia e reerguido a pedidos da população
Casa-museu de Stalin, na Geórgia, pequena, mas cercada por um grande panteão
Escrita kartveli
Paisagem georgiana, com uma igreja ortodoxa ao centro(a maioria dos georgianos são ortodoxos)

MÚSICA GEORGIANA










FONTE:

Kartvelian Heritage: https://www.facebook.com/KartvelianHeritage
Transphoto 2007: http://transphoto2007.livejournal.com/79053.html






quarta-feira, abril 02, 2014

MUNDO: Documentário mostra como a Transnístria pegou em armas para tentar impedir o fim do socialismo(RUS)



MUNDO: País socialista quer integrar a Federação Russa

Por Cristiano Alves

Bandeira da República Moldava da Transnístria

Durante os anos 90 alardeou-se freneticamente que "o comunismo acabou", um discurso que não tomou em conta que não bastaram 2 anos de fim da União Soviética para que o povo elegesse líderes e partidos comunistas. Na Rússia os comunistas obtiveram maioria parlamentar, sendo impedidos de assumir o poder por tanques convocados pelo beberrão Yeltsin, flagrado bebendo e rindo do bombardeio do parlamento. Na Bielorrússia foi eleito o comunista Alexander Lukashenko, que interrompeu e impediu as privatizações desenfreadas e combateu a corrupção. Todavia, na Moldávia, única república soviética de língua latina, um povo não aceitaria o fim da União Soviética, os moldávios da Transnístria.

Assim como a Crimeia realizou um referendo onde ficou decidida a adesão da república à Rússia, a Transnístria, região da Moldávia e república independente de fato(mas não de direito), guardada por forças russas e ucranianas, realizou em 2006 um referendo onde foi apoiada a independência do país para a sua posterior incorporação à Rússia. Esse referendo foi recordado pela ministra das relações exteriores Nina Shtanki, após esta saudar o resultado do referendo da Crimeia.

Nina Shtanki, Ministra das Relações Exteriores da Transnístria
As dificuldades para a integração da Transnístria à Rússia residem principalmente no fato de que o país não possui fronteira contínua com a Rússia, além de não possuir um aeroporto para conectá-la à Rússia. Além disso a medida poderia provocar um forte atrito entre a Rússia e a OTAN, da qual faz parte a Romênia, que tem interesses na região, outrora pertencente ao país.


POLÍTICA: A Página Vermelha publica nota do MEPR sobre uma suposta invasão de sua sede

NOTA DE REPÚDIO ÀS MENTIRAS DIFUNDIDAS PELA DIREÇÃO DO PSTU CONTRA A FIP-RJ E O MEPR

Fomos surpreendidos na manhã de hoje com uma nota publicada em páginas do PSTU atacando a Frente Independente Popular do Rio de Janeiro (FIP-RJ) e o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) com a esdrúxula acusação de termos tentado invadir sua sede na noite de ontem. Em uma nota que não traz nenhum elemento de confirmação, dizem:

“Na noite de ontem, 1/4, cerca de 40 provocadores assumidamente ligados a FIP tentaram invadir nossa sede, quebram vidraças e objetos, e ameaçaram aos menos de 10 militantes que estavam em seu interior”. E, mais adiante: “Este ataque a sede de uma organização de luta e revolucionária, que sempre esteve ao lado da luta dos trabalhadores e trabalhadoras, das mulheres, dos negros/as e LGBTs, é uma política fascistóide de organizações como MEPR e FIP; que com isso, só fortalecem a política dos ricos e poderosos, de dividir e criminalizar os movimentos sociais e os partidos de esquerda”.

Dizemos de antemão que a única informação que tivemos sobre o referido episódio foi o relato de algumas pessoas que afirmaram que militantes do PSTU agrediram três ativistas Black Bloc’s na dispersão da manifestação de ontem, fato que a Nota do PSTU, aliás, não esclarece. Não devemos qualquer justificativa a esse grupo, com o qual não mantemos qualquer vínculo ou identidade política ou ideológica. Apenas para mostrar a falsidade de seus argumentos, ressaltamos que ontem, por coincidência, após a manifestação, estávamos os militantes do MEPR reunidos no IFCS, na presença de vários representantes da imprensa popular e ativistas de diversas correntes. Depois, ainda, nos dirigimos para a Faculdade Nacional de Direito, onde ocorria a entrega da medalha Chico Mendes, e diversas pessoas que não militam em nossa Corrente podem confirma-lo. Como se vê, a direção do PSTU escolheu muito mal o momento de despejar o seu fel contra nós.

Sabe-se que os revolucionários se apóiam na verdade, ao passo que todos os oportunistas e reacionários fazem da mentira sua arma, por excelência, na luta política. Derrotada ideológica e moralmente pelas jornadas de junho, quando foi desmascarada como socialista de boca e pacifista burguesa e reformista eleitoreira de fato, tenta a direção do PSTU recuperar alguma credibilidade às custas dos que há meses têm enfrentado nas primeiras linhas a repressão policial, prisões e processos do velho Estado reacionário. E recorrem, sem sentir vergonha, à manipulação e a criminalização de ativistas, exatamente como faz toda a reação. Não é à toa que diversos militantes honestos têm abandonado suas fileiras nos últimos meses.

Só que o tiro sairá pela culatra, mais uma vez. Dizem que “provocadores” (linguajar típico da polícia) assumidamente ligados a FIP tentaram “invadir” sua sede. Provem, senhores, a veracidade do que dizem! Que faixa, cartaz ou qualquer material fazem daqueles ativistas pessoas ASSUMIDAMENTE ligadas a FIP? Provem que qualquer militante do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) estava na sua sede ou arredores na noite de ontem? Provem, através de qualquer vídeo, foto ou outro meio que o que dizem não é uma mentira deslavada! Como mentem, não poderão fazê-lo, o que só aumentará sua desmoralização no seio do movimento popular. Isso é certo.

Repudiamos a postura daqueles que atacam tanto ou mais a juventude combatente que o próprio Estado! Repudiamos a postura daqueles que têm sido na prática cúmplices do terrorismo de Estado contra os manifestantes, engrossando o coro da Rede Globo e do PT/Pecedobê a respeito do discurso contra o “vandalismo”, tergiversando sobre a brutal repressão policial contra os ativistas! Repudiamos aqueles que criminalizam os Black Bloc’s e fazem atos a todo momento em unidade com o PT, Pecedobê, CUT, CTB e Força Sindical, ou seja, com as forças governistas que mantém a impunidade dos torturadores e gerenciam a repressão aos protestos atualmente! Repudiamos os que jamais disponibilizaram um único advogado sequer para soltar os jovens presos arbitrariamente pela polícia, exceto nos casos que envolviam seus militantes! Repudiamos aqueles que traíram a histórica greve dos professores do Rio no ano passado, com medo da radicalização da categoria que rechaçou sua postura conciliadora! Repudiamos aqueles que se calaram quando a Tropa de Choque invadiu o Encontro da FIP e a Aldeia Maracanã, em dezembro passado, prendendo ativistas e removendo aquele histórico espaço de resistência! Repudiamos aqueles que nenhuma medida prática têm feito pela campanha em defesa da libertação dos presos políticos e extinção dos processos! Repudiamos aqueles que usam a mentira como arma na luta política, dividindo as forças populares e fazendo com isso o jogo do governo!

Exigimos:

-Esclareçam o episódio de agressão a três ativistas Black Bloc’s por parte de militantes do PSTU ao término da manifestação de ontem (01/04);

-Provem por meio de fotos, vídeos ou qualquer outra fonte documentada que militantes do MEPR tenham estado ontem na sede do PSTU ou seus arredores, ao término da manifestação;

-Provem que a Frente Independente Popular (FIP-RJ) tenha qualquer envolvimento com ditos episódios;

-Uma vez comprovada a inconsistência das acusações, façam um desmentido público.

Conclamamos o movimento popular a repudiar e rechaçar essas práticas irresponsáveis, sectárias e divisionistas. Divergências políticas e ideológicas devem ser tratadas no terreno da argumentação, jamais com base em suposições e injúrias. Há dois meses do início da Copa do Mundo e num quadro de ocupação militar das favelas, devemos concentrar nossos ataques no inimigo de classe, e é intolerável que organizações que constroem diariamente a luta popular sejam atacadas de forma tão leviana.

Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR, 02/04/2014

SEMINÁRIO VIRTUAL DE CIÊNCIA POLÍTICA: O Discurso Secreto de Nikita Khruschov e seus impactos no movimento comunista mundial




No ano que marca os 50 anos da deposição do líder soviético Nikita Sergeyevich Khruschov, A Página Vermelha promove o seu primeiro seminário virtual, abordando um assunto que dividiu o movimento comunista mundial, provocando assim a cisão num "império".

O discurso secreto de Khruschov e sua "denúncia dos crimes de Stalin" revelam o mais importante discurso político do século XX e talvez mesmo o mais importante de toda história. Seu impacto foi tamanho que ele teve enorme influência no movimento comunista mundial, causando a cisão entre dois grandes estados de orientação marxista, a União Soviética e a China, e a cisão em vários partidos comunistas mundiais, inclusive no Brasil

Pouco tem sido publicado acerca desse discurso, e mesmo dentre os historiadores marxistas-leninistas foram escritas poucas linhas sobre ele, isso até a publicação da obra de um professor da Montclair University, Grover Furr, exclusivamente devotada ao assunto. Com base nesta e outras obras o seminário abordará:


- Princípio do fim da União Soviética

- O cisma de um império: a cisão do movimento comunista mundial e seus impactos no Brasil
- A obra Khruschev Lied, do professor Grover Furr, com exclusiva tradução simultânea para a língua portuguesa
- Informações exclusivas sobre o Massacre dos operários de Novocherkassk pelo Exército Vermelho, sob a liderança de Nikita Hruschov
- Informações exclusivas sobre uma revolta ocorrida na União Soviética que condenou o discurso secreto de Khruschov e exigiu a deposição de Khruschov e Anastas Mikoyan, a reabilitação de Stalin e a secessão da Geórgia da União Soviética, logo após o discurso de Nikita Khruschov.
- Estudo da abordagem feita pelo historiador belga Ludo Martens
- Estudo da abordagem do sovietólogo britânico William Bland
- Estudo da abordagem do filósofo italiano Dr. Domenico Losurdo
- Análise da versão oficial soviética sobre o discurso
- Análise da abordagem dos comunistas chineses, albaneses e de outros países ao discurso

O seminário terá início às 17:00 do dia 05/04, horário de Brasília, sábado e contará com a presença do editor de A Página Vermelha, Cristiano Alves, da advogada e articulista de A Página Vermelha, Angela Sztormowsky; e convidou para a mesa o professor de história e militante do PCdoB Narendranath Costa e a estudante de história da USP Anna Paula Figlino. Para participar basta acessar o link que será fornecido nos comentários desse vídeo 10min antes de seu início!




O editor de A Página Vermelha e sua articulista Angela Sztormowsky promovem o evento de forma gratuita, com direito à tradução simultânea da obra do professor Grover Furr.

terça-feira, abril 01, 2014

A VOZ DO COMUNISMO: A Voz do Comunismo vai às ruas denunciar o fascismo em Fortaleza

O ato se deu na Praça do Ferreira, contraposto ao ato favorável à ditadura aprovado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza que mesmo chegou a contar com uma verdadeira muralha de escudos do choque da PM e carros de som.


O discurso se encerra, ironicamente, com uma citação do General Heleno, direitista, que disse que "defender a volta dos militares ao poder é idiotice".

O ato contou com a presença de diversos partidos e movimentos sociais, reunindo vítimas da ditadura fascista de 64, operários, advogados e estudantes.

BRASIL: Alunos de direito calam a boca de professor apologista de fascistas em plena sala de aula

Por Cristiano Alves


O dia 31 de março poderia ter sido só mais um dia de aula na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, até que um professor começa a se vangloriar de falar inglês, francês, italiano e espanhol, mas com tanta literatura precisou ler uma tradução para o português. Nessa tradução, o professor, um anticomunista fervoroso, começa a manifestar um verdadeiro frenesi ao falar com todo desprezo e ódio pelo "comunismo esquerdista totalitário", a fim de iniciar uma verdadeira ode à tirania fascista implantada em 1964, até ter uma reação inesperada(veja o vídeo no final do artigo).

O docente, identificado como professor de direito administrativo Eduardo Lobo Botelho Gualazzi, distribuíra alguns dias antes folhetins elogiando o golpe de 64, que derrubou o presidente democraticamente eleito João Goulart(vice de Jânio Quadros). Segundo o seu próprio panfleto, o docente se define politicamente: "Durante minha infância/adolescência, consolidei em silêncio minha opção íntima pelo seguinte perfil de personalidade, em ordem alfabética: a) aristocratismo; b) burguesismo; c) capitalismo; d) direitismo; e) euro-brasilidade; f) família; g) individualismo; h) liberalismo; i) música erudita; j) panamericanismo; k) propriedade privada; l) tradição judaico-cristã. Nos tempos atuais, mantenho em meu íntimo, de modo pétreo, as doze opções da minha infância/adolescência"

Após iniciar seu discurso, repentinamente alunos simularam gritos de tortura e irromperam na sala de aula cantando "podem me bater, podem me prender, mas eu não mudo de opinião", fazendo com que o professor, desarmado e sem argumentos, apelasse para a baixaria, partindo para a agressão física contra os alunos, tentando arrancar seus capuzes e mesmo ameaçando um dos alunos, "quer apanhar!?", após um desses impedi-lo de retirar seu capuz, usado em sátira aos algozes e açougueiros da tirania fascista de direita que por muitos anos oprimiu os trabalhadores e lobotomizou o povo brasileiro, institucionalizou a corrupção, afundou a economia nacional, transformou em avental de açougueiro o uniforme militar do Exército Brasileiro, único exército latino-americano que combateu o fascismo alemão, e lobotomizou o povo brasileiro, destruindo sua produção artístico-cultural, reduzindo o cinema à "Pornochanchada", uma vez que a Embrafilmes pertencia ao Estado ditatorial, e rebaixando o Brasil à condição de "pátria do futebol e da bunda", incentivando, inclusive, o turismo sexual. 

Após a publicação do vídeo, não tardaram os direitóides de plantão a alegar que "houve ditadura marxista". Um usuário de nome David Had comentou: 

"É assim que os comunistas respeitam a opinião dos outros ? entrando à força e tocando o terror numa sala de aula ??? desrespeitando a autoridade do Professor ? E se fosse o inverso, se os de direita fizessem isso com os marxistas, hein ? seria tolerado da mesma forma ??? É claro que não, né ? comunistas são assim: um peso duas medidas..."

O que o usuário não sabe(ou finge que não), é que se fosse o inverso o ato não apenas seria tolerado, como rapidamente viraria celebridade nacional, como aconteceu em Santa Catarina com um professor que sequer era marxista, que após passar um trabalho sobre Marx, no curso de economia, foi hostilizado por um aluno que rapidamente ganhou odes na revista de extrema-direita Veja. O usuário não sabe(ou finge que não) que em Minas Gerais um curso sobre ideias marxistas-leninistas foi interditado judicialmente por ser considerado "doutrinação comunista". O Brasil tem muitos professores comunistas, mas nenhum deles é tão exaltado na mídia de massa quanto aqueles que chamam países de "insignificantes" e que espinafram movimentos sociais, ideias progressistas e se julgam no dever de promover com uma cruzada histérica contra um "comunismo malvado e assassino", tal como os malévolos do Ku Klux Klan!

O que qualquer apologista de tiranos direitóides não sabe(ou finge não saber) é que o Brasil é o único país latino-americano que não puniu torturadores, é que no Brasil temos grandes avenidas, escolas e estabelecimentos bancados com o dinheiro do contribuinte que ostentam nomes de tiranos, e que até mesmo foi erigido um mausoléu para o líder "revolucionário" de 64, o Marechal Castelo Branco, um mausoléu que a população repudia, não raro homenageando e dessacrando com pedras, ovos, cuspe e até dejetos de cachorros, enquanto o Mausoléu de Lenin recebe, mesmo sob o inverno congelante da Rússia, milhares de buquês de flores! Papaguear tiranias fascistas numa sala de aula no Brasil é como dizer numa sala de aula israelense que "os nazistas só queriam salvar a Alemanha do bolchevismo assassino", ou numa sala de aula russa que "a SS só queria livrar o país de Stalin e do bolchevismo".

A ação dos estudantes, antifascista e à favor da democracia, faz ecoar as ideias daquele que foi por muitos intelectuais de seu tempo tido como figura máxima da vitória sobre o fascismo e grande campeão da paz, Iósif Stalin. Este, discorrendo sobre o fascismo em entrevista ao escritor britânico H. G. Wells, autor de "A guerra dos mundos", disse:

"O fascismo é uma força reacionária que tenta preservar, por meio da violência, o velho mundo. Que farão os senhores com os fascistas? Discutirão com eles? Tratarão de convencê-los? Isso não teria, absolutamente, nenhum efeito. Os comunistas não idealizam, em absoluto, os métodos violentos, não querem, porém, ser apanhados de surpresa; [...] e, por isso, dizem à classe operária: Preparem-se para responder com violência à violência..."

Deste modo, a ação dos estudantes não pode ser jamais equiparada a uma "ação fascista", ou "desrespeitosa", uma vez que ela, absolutamente, não visa a preservação do velho mundo, mas à construção de um novo. Sua ação demonstra a atualidade e vitalidade da teoria revolucionária de Lenin e Stalin, e demonstra que qualquer manifestação de fascismo é impassível de debate, ela requer o combate e a denúncia!


Parabéns aos estudantes de direito da Faculdade de Direito do Largo São Francisco!