quinta-feira, abril 28, 2011

VÍDEO

Os verdadeiros super-heróis

O que lhe vem a cabeça quando se fala em "super-heróis"? Uma pesquisa feita na Rússia traz informações muito interessantes para se pensar a respeito, com traduções de A Página Vermelha:

HISTÓRIA


A glória de Maria Oktyabrskaya
Por Cristiano Alves



Na cultura popular surgiu a história do Batman, isto é, o "homem-morcego", que junto com super-heróis como o Super-Homem combate o crime. Batman seria apenas mais um super-herói da "Liga da Justiça", não fosse um quesito especial, ele não possui "super-poderes", embora o herói mítico possua um super-poder que, ao contrário dos demais heróis, existe na vida real, o capital. Bilionário, Batman usa seus recursos econômicos para combater o crime, tendo para isso construído um automóvel com os melhores armamentos, o Batmóvel. O que poucos sabem, entretanto, é que na realidade existiu um herói com esse perfil na vida real, ou, para ser exato, uma heroína com esse perfil, Maria Vassilyevna Oktyabrskaya.

Maria Garagulya nasceu no Império Russo em 1902, na vila de Kiyat, hoje localizada na Ucrânia. Ucraniana, Maria viveu em Sevastopol, em Djankoy e depois em Simferopol, tendo um irmão e uma irmã. Em meados dos anos 30, a família de Maria foi desculaquizada, sendo transferida para os Montes Urais, a fronteira que separa a Rússia européia da Rússia asiática. Tendo já concluído seus estudos, Maria arranjou trabalho como telefonista nos Urais, onde conheceu o seu marido, o comissário-coronel Ilya Fyodotovich Oktyabrsk, cujo sobrenome significa "de Outubro", tornando-se assim "Maria Oktyabrskaya". Junto com seu marido, foi transferida para Kishnyov(Chisinau), na República Socialista Soviética da Moldávia, país integrante da União Soviética, em razão da profissão militar deste. Estando perto da fronteira com a Alemanha, uma vez que já então não existia mais a Polônia, o marido de Maria foi uma das primeiras vítimas do nazismo na Operação Barba-ruiva. Um telegrama avisou-lhe que seu marido "morrera corajosamente numa batalha travada na Ucrânia", em razão disso ela e seus parentes restantes foram evacuados para Tomsk, onde trabalhou numa fábrica.

A morte de seu marido fora um grande choque para a telefonista soviética, que então resolveu alistar-se no Exército Vermelho para combater os fascistas. A tentativa de Maria, entretanto, fora infrutífera, ela foi dispensada por causa da idade, pois já tinha mais de 40. Mas Maria não se deu por vencida, ela arriscou um empreendimento inusitado. Passou a trabalhar arduamente, dia e noite, para arrecadar o máximo que pudesse em termos monetários, uma vez que no socialismo funcionava o princípio "a cada um segundo seu trabalho". Após adquirir uma soma considerável, Maria vendeu todos os bens de sua casa, tudo o que pôde, talheres de prata, mesa, cadeiras, anéis, tapetes, tudo foi vendido pela agora operária soviética, arrecadando cerca de 50 mil rublos com todas as vendas e o dinheiro obtido por seu trabalho, quando então resolveu depositar esse valor no banco nacional soviético e escrever uma carta para o então comandante supremo das Forças Armadas da União Soviética, o revolucionário e comandante veterano Iósif Stalin:

Moscou, Kremlin. Endereçado ao Comitê Estatal de defesa. Ao Comandante Supremo:
3 de março de 1946

Prezado Iósif Vissaryonovitch! Em combates pela pátria tombou o meu marido, o comissário-coronel Ilya Fyodovitch Oktyabrsk. Em razão de sua morte, da morte de soviéticos, torturados pelos bárbaros fascistas, quero combater os cães fascistas, e para isso depositei no banco estatal tudo o que tinha para a construção de um tanque, 50 mil rublos. Peço que o tanque se chame "Amiga combatente" e me carregue para o front na condição de condutora deste tanque. Eu tenho especialidades como chofer, posso operar uma metralhadora muito bem, me apresento aos atiradores de Voroshilov. Envio-te uma saudação calorosa e desejo dar longos, longos anos de medo ao inimigo e pela glória de nossa pátria. 

Maria Vassilyevna Otkyabrskaya, Tomsk, Berlinskogo, 31

Stalin assim respondeu:

Agradeço-te, Maria Vassilyevna, pela sua preocupação com as forças blindadas do Exército Vermelho. Seus desejos serão realizados. Receba os meus cumprimentos.

Assim, em 3 de maio de 1943, Maria começou o curso de formação de tanquistas, tornando-se sua condutora. Já em outubro de 1943, a Maria "de Outubro" recebeu seu batismo de fogo na Frente Ocidental, como Sargento da Guarda mecânica e condutora do tanque T-34 chamado Boyevaya Podruga, isto é, "Amiga Combatente", comandado por um tenente e tendo ainda um radialista e atirador de torre, totalizando em 4 a tripulação da Amiga Combatente. Sendo parte de uma unidade da "Guarda", título que promovia as unidades que melhor se destacavam em combate, por isso recebendo os melhores equipamentos, a Amiga Combatente registrou vários sucessos no front, chegando até Berlim. Esse avanço, entretanto, não se concretizaria em razão de um fato trágico ocorrido em janeiro de 1944. Em razão da Amiga combatente ter tido uma engrenagem de sua lagarta esquerda seriamente atingida por um prójétil inimigo, Maria Otkyabrskaya tentou, sob fogo inimigo, consertar o dano, o que não fo possível em razão da detonação de uma mina nas proximidades, cujos estilhaços lhe causaram ferimentos letais em seu olho. Levada imediatamente para o hospital militar, Maria passara por uma cirurgia, sendo depois tranferida para outro hospital, onde recebeu a Ordem da Guerra Patriótica de Primeira Classe. Após resistir por várias semanas, no mês de março a galhardia e dedicação de Maria Otkyabrskaya, exemplo para seus compatriotas e todas as nações amantes da paz e da liberdade, torna-se ia uma feito lendário e sua executora, apenas história, sendo enterrada com grandes honras militares e postumamente condecorada com 2 Ordens de Lenin e a maior condecoração militar do país, a medalha da Estrela Dourada de Herói da União Soviética, por decreto do Presidium do Soviete Supremo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. 



Embora sua criadora tenha passado para a eternidade, a Amiga Combatente continuou em ação, era mais do que um mero carro de combate, mas um carro de combate com toda uma história de triunfos, antes mesmo deste ver ação no plano militar. A Amiga Combatente alcançou Könnisberg, atual Kaliningrado, sendo depois disso destruída. Apesar disso, outra "Amiga Combatente" foi construída, em homenagem à sua "mamãe, como chamavam à Mariya Otkyabrskaya. A segunda amiga participou da libertação de Minsk, a terceira conheceru vários combates até que a quarta Amiga Combatente encerrasse seus combates perto de Könnisberg.

O exemplo de Mariya Oktyabrskaya foi marcante na história militar. Muitos soviéticos fizeram doações para a construção de veículos para defender o seu país, inclusive um homem da Ásia Central que vendeu tudo que tinha para comprar um caça para a Força Aérea Soviética. Poucos, entretanto, foram aqueles que solicitaram pilotar e combater no veículo que eles mesmo compraram. Nos primeiros dias de maio de 1945, tanques T-34 entraram em Berlim, pondo fim à loucura fascista que tomava conta do país cujo líder covardemente se suicidara, para escapar ao julgamente de seu povo.

Em documentário recente, o ainda vivo Marechal de Corpos Blindados Olyeg Losik descreveu os feitos de Mariya Oktyabrskaya, junto com a coronel Lyudmila Kalinina.

Fontes: http://ru.wikipedia.org/wiki/%D0%9E%D0%BA%D1%82%D1%8F%D0%B1%D1%80%D1%8C%D1%81%D0%BA%D0%B0%D1%8F,_%D0%9C%D0%B0%D1%80%D0%B8%D1%8F_%D0%92%D0%B0%D1%81%D0%B8%D0%BB%D1%8C%D0%B5%D0%B2%D0%BD%D0%B0



A Ordem da Guerra Patriótica de I Classe, atribuída aos combatentes responsáveis por determinadas façanhas.

quarta-feira, abril 27, 2011

Opinião

Por que quase nenhuma comemoração para uma vitória genuína do brasileiro?
Pelo autor de A Página Vermelha



Há quase 66 anos atrás o povo e os soldados do Exército Brasileiro alcançaram uma de suas maiores vitórias, o triunfo sobre o fascismo italiano. O povo apoiou e aplaudiu aqueles que, partindo sem armamentos, em geral carregando apenas a sua ração de campanha, mochila e muita coragem para enfrentar um inimigo com armamentos nunca vistos em vida, nem mesmo em filmes, uma vez que filmes de guerra não eram comuns nos anos 30-40 nos cinemas quase inexistentes do Brasil. O povo brasileiro, entretanto, e principalmente os comunistas, a sua vanguarda, defenderam de forma ortodoxa a participação brasileira ao lado dos Aliados, apesar da oposição de certos grupos conservadores, favoráveis à participação do Brasil ao lado da Alemanha Nazista, então a menina dos olhos da burguesia mundial.

Nos anos 40 foi composta a Força Expedicionária Brasileira, formada por homens que vinham "do morro, do engenho, das selvas, dos cafezais, da boa terra do côco", conforme reza a famosa Canção do Expedicionário, talvez a mais apropriada para ser o verdadeiro hino do Brasil, filha da luta antifascista. Sua participação da guerra se deu através de sua incorporação pelo Exército Americano, que então lutava contra os nazistas ao lado dos comunistas, da URSS. Lá a FEB conheceu dias difíceis, a começar pelos seus confrontos com os submarinos da Marinha Alemã, que frequentemente torpedeavam navios de transporte brasileiros, matando vários soldados antes mesmo destes chegarem aos seus destinos. Já na Itália, estes militares tiveram ainda que aprender a usar armas então quase inexistentes no Exército Brasileiro, as armas automáticas, sem falar no frio que a infantaria enfrentou em território europeu. Os resultados militares, entretanto, pesaram a favor do Brasil, com um saldo maior de vitórias do que derrotas contra os fascistas italianos e alemães, que então haviam assumido o controle da Itália.

Terminada a guerra, houveram os momentos de glória para o Exército Brasileiro, em grande parte formado por pessoas simples, essa glória, entretanto, durou bem pouco para os seus soldados, que, diferente do que ocorreu no socialismo, onde estes tornaram-se em sua grande maioria heróis nacionais, lendas vivas, com um padrão de vida confortável, no Brasil os soldados foram passados para a reserva, assumindo algumas funções no serviço público, em alguns casos, mas em sua grande parte sendo simplesmente esquecidos, tendo que trabalhar como "guarda-carros"(os precussores do "flanelinha" que hoje vemos nas ruas), indo morar em favelas ou habitações precárias, não condizentes com a sua condição de heróis nacionais. Poucos monumentos foram erguidos em sua homenagem, a maioria nem é tão vistosa quanto os gigantescos outdoors que poluem visualmente as nossas ruas. Enfim, uma vitória quase esquecida, jamais retratada numa produção cinematográfica, quase ignorada, mas não por aqueles que entendem o significado dessa vitória.

Não esqueçamos o sacrifício daqueles que verdadeiramente lutaram pelo Brasil, por uma causa justa! Visite um monumento à vitória brasileira na IIGM, se possível, leve junto uma Fita da Vitória, como esta ostentada no braço

terça-feira, abril 19, 2011

sexta-feira, abril 15, 2011

História

The truth on Holodomor(eng)

The truth about what is called "Holodomor", a historic farse built uppon photos from famine in 1921 in Russia, not Ukraine. This documentary brings primary sources and enlights the historical facts distorced by the government of Kuchma and Yuschenko, which ruined Ukraine, formerly one of the 10 more advanced countries of Europe and now one of the 10 less developed country of Europe, according to UN Human Development Index.


MUNDO

Lukashenko refuta las acusaciones de Euronews(esp-rus)


El presidente de la República de Belarus, Aleksander Lukashenko, refutó muchas acusaciónes hechas contra su govierno por la rede de TV Euronews, con serenidad y seriedad.

La República de Belarus no és un país socialista, pero ella conserva muchos aspectos de la era soviética, razón por la cual su pueblo no vive en miséria ni enfrentó una crise como la Rusia en los años 90.




Видео на русском языке(здесь Лукашенко отказает льжи про Беларусы)

MUNDO

Lecciones de derechos humanos para Cuba(esp)

Video informativo, en español, describe la realidad sobre los derechos humanos en Cuba. Factos muy interesantes con videos, con extratos de diferentes organos de prensa.

Parte 1 - Una policía democrática


Parte 2 - Seguir el ejemplo de la Unión Europea


Parte 3 - Desterrar la tortura


Parte 4 - El método del Partido Popular

terça-feira, abril 12, 2011

HISTÓRIA

O mito do GULAG e seu comparativo com tiranias capitalistas

Por Vladimir Tavares

É muito comum encontrar em livros pretensamente de história ou mesmo debates em fóruns de discussão o termo "GULAG", geralmente usado de forma errada, inclusive, em frases como "a URSS tinha gulags", "você já ouviu falar do gulag?", "eu sei o que eram os gulags". Quem nunca ouviu falar desse ou daquele indivíduo que "abandonou o socialismo após saber da existência dos Gulags"? Geralmente a abreviação é usada como forma de propaganda anticomunista em livros sobre a guerra fria, por irresponsáveis sem qualquer estudo a respeito do assunto ou ainda em boatos que estão a anos-luz de qualquer estudo sério a respeito do assunto, algo que este texto se propõe a fazer.

Karl Heinrich Marx, expressão máxima do socialismo científico, ensinava que "as idéias predominantes de uma época são as idéias da classe dominante", neste diapasão, a burguesia internacional gasta milhões em propaganda anticomunista. Comparar a guerra ideológica travada entre a burguesia e os trabalhadores é como comparar um dois indivíduos que vão para uma luta de boxe. É claro que aquele que tem mais dinheiro poderá pagar pelo melhor técnico, comprar os melhores alimentos, suplementos que lhe darão energia de primeira categoria, as melhores luvas, o melhor protetor bucal, os melhores médicos, caso tenha uma lesão, e ainda poderá comprar o júri da luta. O boxeador pobre, entretanto, terá que rezar que para achar um bom técnico disposto a ajudá-lo, talvez não poderá comprar os melhores alimentos, faltando-lhe uma dieta apropriada, não poderá comprar os caros suplementos, terá que contar com médicos da rede pública de saúde e terá de ser bom o suficiente para que o júri se convença. Esta analogia é necessária, para que o leitor possa compreender a potestade que é a imprensa da burguesia, que através de suas editoras monopolistas publica quase que exclusivamente livros de propaganda anticomunista, cujas livrarias apresentarão apenas uma versão da história. Sabe-se, entretanto, que na história não faltam exemplos de exércitos armados apenas com foices e martelos, de camponeses protegidos apenas por trapos e no máximo armaduras de couro, que derrotaram cavaleiros protegidos por armaduras de aço, como ocorreu em Portugal. Sabe-se que os camponeses da República de Novgorod, da velha Rússia, conseguiram derrotar a mais poderosa ordem de cavaleiros da Idade Média na Europa, os cavaleiros teutônicos, e que na Alemanha o povo trabalhador, sob a liderança do cavaleiro Geyer Florian, derrotou a nobreza germânica. Essa é a dimensão e natureza da luta contra a ideologia da burguesia, uma luta contra a elite reacionária que visa trazer apenas a subjulgação da classe operária e de todos aqueles que defendem uma sociedade justa.

Dada a compreensão desta luta, deve-se primeiramente sublinhar que diferente do senso comum, o GULAG significa "Glavnoye Upravlyenye LaGyera", isto é, "Administração Geral dos Campos". Falar em "gulags" é o mesmo que falar em "Sistemas Penitenciários" no Brasil, por exemplo, é um termo impreciso, incoerente, que nitidamente revela o desconhecimento do interlocutor a respeito do assunto e sua completa falta de epistemologia e de preparo para debates, ao qual é recomendado apenas o silêncio. A Administração Geral dos Campos era o órgão que administrava os diversos campos de trabalho na URSS, que seguia o princípio penal de que o preso deve dedicar-se à atividade produtiva como forma de sua recuperação. Este sistema, presente em monarquias e repúblicas, em sistemas autoritários e libertários, são uma constante em praticamente todos os sistemas penais dos países civilizados. Segundo Júlio Frabbrini Mirabete, eminente jurista brasileiro, ex-procurador de justiça do Estado de São Paulo e membro da Academia Paulista de Direito, e Rodrigo de Abreu Fudoli, autor de "Da remissão da pena privativa de liberdade", o sistema penitenciário passou por uma considerável evolução ao longo da história. A princípio, a pena privativa de liberdade partia do princípio de vingança e castigo, era comum, na Roma antiga, que os condenados recebessem como pena o trabalho nas galés, grandes barcos com remos operados por presos, depois, na época do Iluminismo, foi questionada a idéia do castigo físico, tendo ganho força a idéia de "trabalhos forçados", da "escravidão" meramente como elemento de penalização, numa época em que na Europa o capitalismo já estava em vigor. Entre os séculos XVI e XIX desenvolveu-se a idéia do trabalho pedagógico, moralizante e disciplinador do infrator da lei. Ao contrário do senso comum de que "o trabalho reeduca" é um lema nazista, este é na realidade um lema do sistema penal, seja ele de um país de orientação socialista, nazista, liberal, conservador...

Autores como Wilhelm Reich, em "A revolução sexual", mencionam que na Rússia socialista e mais tarde na URSS, era comum que o trabalho dos presos tivesse um caráter moralizante, disciplinador, onde os presos trabalhavam na confecção de objetos como calçados, o que lhes permitia se reinserirem na sociedade após o cumprimento de suas penas. Enquanto nos anos 20 e 30 predominava esse princípio na União Soviética, países como os Estados Unidos aplicavam penas de trabalhos forçados, nos quais o prisioneiro trabalhava exaustivamente com bolas de ferro em seus pés, cena inexistente no país dos sovietes. Segundo o autor sueco Mário Sousa, autor do brilhante trabalho denominado "Myten om miljontals fångna och döda i Stalins Sovjetunionen"(O mito dos milhões de presos e mortos na União Soviética de Stalin), "para os campos de trabalho Gulag iam os criminosos de crimes graves (homicidio, roubo, violação, crimes económicos, etc.) e uma grande parte dos condenados por actividades contrarevolucionárias. Outros criminosos com pena superior a três anos podiam também ser postos em campos de trabalho. Depois de um tempo num campo de trabalho o preso podia ser mudado para uma colónia de trabalho ou uma zona especial aberta. Os campos de trabalho eram zonas muito grandes onde os condenados viviam e trabalhavam debaixo de um grande controlo. Trabalhar e não ser um peso para a sociedade era coisa evidente, nenhuma pessoa saudavel passava sem trabalhar"(escrito português de Portugal conforme a velha regra)[1]. Ainda, o autor fala sobre as colônias de trabalho, que eram 425, onde havia um regime com menor controle, mais livre, para onde iam geralmente infratores de crimes menores e crimes políticos, trabalhando em fábricas ou mesmo colônias agrícolas, esses presos eram remunerados. No Brasil, existe um sistema similar ao este, ele se chama "Colônia penal", sendo a maioria agrícola e algumas de natureza industrial, fabricando, por exemplo, bolas de futebol, exercendo atividades que venham a possibilitar a reinserção do indivíduo na sociedade.

É certo que nenhum sistema penitenciário é um sanatório, casa de dencanso ou spa, de maneira que no sistema soviético, assim como em outros, havia irregularidades, nenhuma delas, ordenada por Stalin ou qualquer órgão diretivo do Estado Soviético. Estes casos de abuso contra prisioneiros ocorreram em sua maioria durante os anos II Guerra Mundial, quando nem a população podia vier tranquilamente sob a ameaça dos fascistas invasores, sofrendo com o racionamento de comida e uma série de privações, como não poderia deixar de ser, essas privações também ocorriam nos campos de trabalho. Muitos dos guardas que cometiam esses abusos eram pessoas que perderam sua família ante os nazistas ou seus colaboradores, pessoas que perderam suas casas, filhos, entes queridos ou simplesmente viram milhares de seus camaradas serem queimados vivos ou enforcados pelos defensores das idéias de Hitler, com quem encontravam-se frente a frente no Gulag nos anos depois da guerra. Diante do fato de que essa guerra alterou a vida de todo o país, vitimando mais de 20 milhões de soviéticos, é compreensível que muitos guardas do NKVD viessem a oferecer um tratamento gentil e cortez para criminosos nazistas. Apesar do quê, havia casos excepcionais em que o próprio Stalin chegou a pedir clemência para com os presos do Wehrmacht, o que contradiz a idéia do "Stalin cruel". Segue-se, entretanto um exemplo de ordem cruel:

"O Presidente Bush clama ao Congresso que permita que a CIA continue usando procedimentos de interrogatório "alternativos" - o qe inclui, de acordo com registros publicados, forçar os prisioneiros a ficar em pé por 40 horas, privando-os do sono e o uso da "cela fria", na qual o prisioneiro é deixado nu em uma cela mantida próxima de 50 graus negativos e molhado com água fria"[2]

O sistema carcerário soviético alcançou o número máximo de 2,5 milhões(aproximadamente) de presos em 1953, após a Segunda Guerra Mundial, quando muitos nazistas foram incarcerados e aumentou a incidência de criminalidade em razão das condições materiais do país após a guerra, tratava-se de um país em tempos difíceis, que teve grande parte de sua infraestrutura destruída e sua qualidade de vida alterada pela guerra, algo que jamais aconteceu, por exemplo, em países como os Estados Unidos, que desde o início do século XIX, isto é, há quase 200 anos, não conhece uma guerra em seu território. Este país, que gasta milhões por ano em guerras imperialistas e propaganda anticomunista, tem mais de 2 milhões de miseráveis e tem a maior população carcerária do mundo, tendo alcançado o número de 7 milhões de presos em 2007[3], o que é quase a população da cidade do Rio de Janeiro. Este número chegou a ser confirmado no site The Conservative Voice (A voz conservadora), em link[4] que atualmente está fora do ar. Um fato interessante sobre o sistema penitenciário soviético é que nem mesmo por parte dos anticomunistas mais extremistas há relatos de abuso sexual de presos por outros presos ou mesmo por parte de policiais, como acontece no Brasil e nos Estados Unidos. No primeiro, por exemplo, durante o período fascista que vigorou de 1964 a 1985, é possível encontrar casos de prisioneiros que sofriam técnicas de tortura deploráveis, mulheres que tinham insetos introduzidos no canal da vagina, que eram deixadas nuas e sem tomar banho por semanas, homens que tinham a sua masculinidade humilhada, com a introdução de objetos fálicos em seu ânus e mesmo sendo estuprados pelos mesmos torturadores que usavam termos homofóbicos contra comunistas. Embora no sistema penitenciário soviético houvessem casos de presos que sofriam tratamento duro das autoridades do NKVD como socos na barriga, nada se compara ao tratamento que os presos políticos do Brasil sofriam na época da ditadura latifundiário militar, tais como estupros, choques elétricos, mutilação, sodomia e outros tipos de abuso sexuais e físicos. Diferente do que ocorreu no Brasil, desconhece-se casos de dissidentes soviéticos que tenham saído paraplégicos do Gulag.

Disparates segundo o qual "a ditadura militar brasileira foi mais branda do que a ditadura comunista-terrorista" não passam de clichês vazios e desprovidos de qualquer objetividade, ignorando que em muitos casos eram regimes revolucionários que em razão de situação extraordinária adotaram o Estado de Exceção, uma vez que viviam uma ameaça real, a Rússia, por exemplo, foi invadida por 14 países só entre 1918-21, a URSS, em 1945, foi invadida por dezenas de países vassalos da Alemanha nazista, mais ela própria, por mais de 2 milhões de homens só no primeiro dia da invasão, tendo perdido 20 milhões ante a histeria anticomunista alemã; isso tudo sem contar os casos de terrorismo nos anos 20 e 30 promovidos com o intuito de desestabilizar o sistema socialista, na URSS e fora dela, contra suas representações diplomáticas. A ditadura latifundiário-militar fascista não conheceu invasores externos, quando muito guerrilheiros treinados em Cuba, China e Tchecoeslováquia contra tiranos formados por escolas de tortura nos Estados Unidos e alguns até mesmo na antiga Alemanha nazista. Não é segredo para ninguém que enquanto o governo perseguia implacavelmente os comunistas, patrocinava grupos neonazistas como o CCC e tinha nazistas convictos no poder como Fillinto Müller, além de ter homiziado fugitivos do Tribunal de Nuremberg como o Dr. Josef Mengele, que conviveu tranquilamente no Brasil até sua morte, um nazista protegido por fascistas, por farsantes pseudo-nacionalistas.

Um dos pontos curiosos ao se falar do GULAG, é que ele é atacado pelos mesmos indivíduos que defendem que "bandido bom é bandido morto". Alguns círculos direitistas, celebrando o massacre do Carandiru, condenam a repressão comunista a uma revolta carcerária ocorrida na Ásia Central, quando os nazistas detentos da OUN-UPA[5] tomaram um campo de trabalho e montaram um governo rebelde no Cazaquistão, revolta essa descrita e aplaudida no livro de Solzhenytsin, que é na Rússia apelidado de So-lzhi-nytsin(lzhi signifiga "mentiras", em russo). O autor, que esteve no GULAG e saiu de lá em perfeitas condições de saúde, não faz nem esforço para em seu livro ocultar a sua admiração pelo nazismo, criticando Hitler apenas por não ter usado devidamente o potencal do movimento colaboracionaista. Este pseudo-humanista, venerado pela extrema-direita, chega ao extremo de defender estupradores, fazendo apologia a dois soldados que haviam sido presos por estuprar uma civil alemã.

De fato, as críticas ao sistema do Gulag são desprovidas de epistemologia e carecem de objetividade. Mesmo números como os 10, 20, 70, 100 ou 300 milhões, não podem ser corroborados por dados, uma vez que os dados oficiais apontam o número de 2.369.222 pessoas presas e 642.980 executados, durante o período de 1921 a 1954, sto é, num período total de 33 anos, apresentando um número menor do que os Estados Unidos da América(que só em 2007 tinha mais de 7 milhões de encarceirados, sendo o campeão mundial de detentos), e mesmo a República Federativa do Brasil, que anualmente tem mais de 250 mil presos. As execuções dizem respeito a crimes contra-revolucionários, uma vez que, conforme já descrito, a Rússia e a URSS enfrentaram uma ameaça real, concreta e objetiva que justificaram a aplicação do Estado de Exceção, uma guerra civil, a invasão por 14 países neste intercurso, sabotagem, revoltas, terrorismo e a II Guerra Mundia. Houve momentos em que houveram abusos de autoridade, como durante a era em que Genrih Yagoda dirigiu a OGPU, facilitando a infiltração de agentes nazistas, e Nikolay Yejov, que mais tarde foi executado pelos seus abusos, algo que jamais aconteceu a qualquer torturador da ditadura fascista brasileira ou da ditadura americana.


[1] SOUSA, Mario. Mentiras sobre a história da União Soviética. Em http://www.mariosousa.se/MentirassobreahistoriadaUniaoSovietica.html Acesso em 12/04/2011, às 22:00

[2] MALINOWSKI, Tom. What cruelty is. Artigo do jornal The Washington Post. Em http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/09/17/AR2006091700516.html Acesso em 12/04/2011, às 22:03

[3] Study: 7.3 millions of in U.S. prison system in '07 - CNN. Em http://articles.cnn.com/2009-03-02/justice/record.prison.population_1_prison-system-prison-population-corrections?_s=PM:CRIME Acesso em 10/04/2011 às 14:54

[4] http://articles.cnn.com/2009-03-02/justice/record.prison.population_1_prison-system-prison-population-corrections?_s=PM:CRIME

[5] OUN-UPA: Organização dos Ucranianos Nacionalistas-Exército Insurrecional Ucraniano, grupo terrorista organizado e dirigido por Stepan Bandera, que recebeu guarida na Alemanha Ocidental após a II Guerra Mundial. Era conhecida por suas atrocidades contra populações ucranianas, bielorrussas, tchecas e polonesas, países que reconhecem essa organização como criminosa de guerra. Empregada pelos nazistas para combater os partizans comunistas, eles aterrorizavam vilas e matavam as famílias de guerrilheiros anti-nazistas ou simplesmente de pessoas que não queriam aderir à sua organização. O Exército Americano tem registros de sua colaboração com os alemães, embora seus apologistas insistam em dizer que lutaram "contra Hitler e contra Stalin".
MUNDO


KGB bielorrusso informa detalhes sobre a explosão no metrô Otkyabrskaya
Por Cristiano Alves



De acordo com informações oficiais do Comitê de Segurança do Estado da República de Belarus, a explosão no metrô de Minsk que matou 12 pessoas e feriu 149, segundo números oficiais, de acordo com peritos a explosão no metrõ Oktyabrskaya neste dia 11 de abril, em Minsk, foi causada por 5Kg de trinitrolueno(TNT) com projéteis perfurantes de 80x8mm e esferas metálicas de 15mm. Diante dos fatos, a Procuradoria Geral da República de Belarus irá enquadrá os responsáveis no crime de terrorismo, previsto na 3ª Parte, no artigo 289 do Código Penal bielorrusso.

Além de sua colaboração com órgãos legais do Estado de Direito bielorrusso, o KGB trabalhará também com o FSB, russo, que já enviou um grupo de peritos para o local.

Fontes: Órgão de imprensa do KGB Bielorrusso ( http://www.kgb.by/press/inform/204.html )
MUNDO


Atentado em Belarus mata 12 pessoas e fere mais de 100
Por Cristiano Alves

Neste dia 11 de abril, por volta das 18h, uma bomba explodiu na estação de metrô Oktyabrskaya(Outubrense) de Minsk, matando 12 e ferindo mais de 100 pessoas, 20 dessas em estado grave. É a primeira vez que um acontecimento dessa natureza acontece em Belarus depois da barbárie nazista nos anos 40. Há alguns anos atrás, uma bomba já havia sido detonada por grupos oposicionistas bielorrusos na capital, durante comemorações oficiais, porém, sem vítimas fatais.

Acredita-se que o atentado tenha sido cometido por grupos de oposição visando desestabilizar o governo. De acordo com o presidente Aleksander Lukashenko, que convocou ontém uma reunião extraordinária, não é descartável a hipótese de que tenha sido o atentado cometido por países estrangeiros, uma vez que a Bielorrússia atualmente auxilia a luta anti-imperialista de Muamar Kadaffi, na Líbia. O Comitê de Segurança do Estado(KGB) já anunciou hoje ter identificado um presumível autor, após a análise de câmeras de segurança. As autoridades bielorrussas encontram-se em estado de alerta máximo em portos, aeroportos, metrôs, estações de trem e estradas por todo o país. Cidadãos da lendária cidade de Brest, conhecida pela resistência heróica de sua fortaleza, assim como de outros lugares do país, num gesto de solidariedade, iniciaram doações de sangue e enviaram flores para os mortos e feridos. No atual momento, o KGB (Comitê de Segurança do Estado) conduz as investigações, tendo já detido alguns suspeitos.

O atentado em Minsk passou praticamente despercebido na imprensa ocidental, não tendo sido noticiado em sites como a BBC e os noticiários da grande mídia no Brasil, exceto a Rede TV. A Página Vermelha foi um dos primeiros jornais brasileiros a noticiar o ocorrido.
 
Zona do atentado isolada, no metrô Oktyabrskaya


O presidente Alexander Lukashenko visita os escombros do que restou da estação de metrô

Vítima testemunha o ocorrido e é socorrida
Vítima sendo atendida em hospital público bielorrusso


Jovens bielorrusos buscam informação sobre feridos
 


Oficial da Milícia recolhe depoimentos
Alexander Lukashenko em sessão extraordinária com dirigentes políticos, militares e do KGB

Oficial paraquedista de Brest doa sangue para as vítimas do atentado

Fotos: Agência de notícias Belta ( http://www.belta.by/ru/photostory/s_1264.html )

Fontes: Agência de notícias Belta e TVI-24 Portugal.
50 anos do primeiro ser humano no espaço

O primeiro homem no espaço foi um comunista!
Por Vladimir Tavares

O primeiro ser humano no espaço era comunista e soviético
É muito comum ver, nos meios de comunicação, mentiras e boatos anticomunistas, argumentos cuja sujeira moral fazem um chiqueiro parecer um exemplo em termos de limpeza. "Vagabundo", "fracassado", "pervertido"(para não usar temos mais pesados), são apenas alguns dos epítetos usados contra os comunistas em todo o mundo, numa tentativa de justificar a sua repressão e negar a sua dignidade moral e humana. Há 50 anos atrás, entretanto, um comunista foi pioneiro em algo que nunca havia sido feito antes na história do homem, demonstrando que um país de camponeses abandonados ao obscurantismo e à ignorância poderia trazer resultados inacreditáveis para a ciência.

 Yuri Gagarin como criança, sargento, durante os anos 50, e piloto soviético, em fins dos anos 50, já como oficial

Yuri Aleksyeyevich Gagárin nasceu 9 de março de 1934, na vila de Klushino, na região de Smolensk. Seus pais trabalhavam num Kolhoz, isto é, uma Fazenda Coletiva, cuja administração partia dos próprios camponeses, este sistema de agricultura havia substituído as fazendas privadas dos Kulaks, que a NEP havia permitido até 1927, sendo estabelecidas no plano quinquenal lançado pelo PCBU, então sob a liderança de Iósif Stalin, coexistindo ao lado do Sovhoz, que era administrado pelo Estado soviético. A mãe do pequeno Yuri era camponesa, ao passo que seu pai era carpinteiro, conta-se que sua mãe era uma leitora voraz, algo completamente novo na Rússia, uma camponesa leitora, oportunidade negada aos milhões de camponeses russos nos tempos do tzarismo. A família de Yuri era grande, sendo de 4 filhos, onde os mais velhos tomavam de conta dos mais novos. Essa bela família socialista, entretanto, veio a sofrer um duro golpe quando Yuri tinha apenas 7 anos de idade, ele veio a conhecer o mesmo destino conhecido por milhões de pessoas na União Soviética, tendo seus irmãos e a sua irmã mais velha sido raptadas pelos nazistas e enviados para campos de trabalho escravo. O futuro cosmonauta soviético jamais viria a ver seus irmãos novamente. Com o roubo de sua casa pelos invasores nazistas, Yuri e seus pais construíram uma cabana de barro em um lugar afastado, onde viveram até o final da guerra, que acabou com a chegada do Exército Soviético em Berlim e a destruição do Estado nazista.

Com a expulsão dos nazistas do território soviético, o país passou a se reconstruir, aparecendo novas oportunidades para a população. Yuri, em sua juventude, desejava conhecer o espaço, o que mais tarde se tornaria possível. Assim, passando por escolas vocacionais do sistema de ensino soviético, sua vocação para o vôo ficou clara, tendo então ingressado no aeroclube local de Saratov. Lá, ele descobriria um hobby que mais tarde seria seu passatempo predileto, pilotar aviões. Em 1955, com o término de seus estudos, ele ingressou Escola de Pilotos de Oremburgo, de treinamento de vôos militares, lá ele conheceu a sua futura esposa, Valyentina Goryacheva, vindo a ganhar suas asas de piloto em um MiG-15, o mais famoso caça soviético, conhecido por sua eficiência na Guerra da Coréia, extremamente temido pelos pilotos americanos. Sua carreira como piloto da força aérea iniciou-se na região de Murmansk, em áreas fronteiriças com a Noruega, estado-vassalo dos Estados Unidos, de onde anos antes partiram bombardeiros B-52 para violar o espaço aéreo soviético, dado o seu alto teto operacional. Uma dificuldade operacional na base da região de Murmansk eram os fortes ventos ártico, que tornam as condições de vôo muito difíceis para um piloto até os dias atuais. Em 1959, o militar comunista Yuri Gagarin tornou-se primeiro-tenente.

Carteira de Yuri Gagárin no Partido Comunista da União Soviética
Nos anos 60, após uma longa busca, Gagarin foi escolhido para o programa espacial soviético, sendo selecionado para um programa de treinamento de elite conhecido como "Os seis de Sochi". Passando em vários testes de natureza física e psicológica, Gagarin viria a disputar com German Titov a vaga de tripulante do cockpit da espaçonave "Vostok"(oriente, leste, em russo). Em razão de seu carisma, assim como pelas suas condições físicas e também a sua origem proletária, o que contava pontos na seleção, o escolhido foi Yuri Gagarin. A despeito do que muitos pensam, este gigante da história da humanidade e da ciência, tinha apenas 1,57m, exatamente o perfil esperado do piloto da Vostok. De todos os 20 candidatos, em votação anônima, 17 responderam que gostariam de ver Yuri Gagarin como o primeiro homem a ir para o espaço.

Yuri Gagarin sempre foi um homem carismático, tanto entre seus camaradas, quanto nos países onde chegou
Em 12 de abril de 1961, o comunista soviético Yuri Gagarin decolou na espaçonave Vostok, através de um foguete, alcançando o espaço e se tornando o primeiro exemplar da raça humana a ir ao espaço, realização que provavelmente seria impossível num país capitalista para alguém de origem proletária. e com certeza seria impensável num regime tzarista. Tripulando a espaçonave Vostok sob o codinome de "Kedr", durante o seu vôo, que durou 89 minutos, o comunista russo informou vários detalhes da superfície terrestre e do espaço, provando que era possível que um ser humano sobrevivesse às condições do espaço e que viagens ao espaço e mesmo a outros planetas podem ser possíveis. Sua façanha, como ele mesmo descreveu, foi possível graças ao esforço de milhares de técnicos, operários e cientistas. O vôo espacial soviético foi a prova da plena funcionalidade da economia planificada, que em poucas décadas levara um país que então era formado por uma população em sua maioria absoluta analfabeta que usava-se do arado de madeira até o país da Era Espacial. Esse progresso tecnológico do socialismo soviético já havia sido reconhecido anos antes por uma das mais ardentes vozes do conservadorismo político e da reação anticomunista, Winston Churchill, que declarara que "Stalin trouxe a Rússia do arado de madeira para a Era Nuclear"(uma vez que a energia nuclear era, então a mais moderna forma de tecnologia). Essas façanhas, que por si só demonstram a funcionalidade do modo de produção socialista, jamais são lembradas pelos seus detratores e inimigos confessos. A União Soviética jamais precisou matar centenas de milhões de negros ou exterminar povos indígenas na América para alcançar o seu incrível grau de progresso tecnológico.

O primeiro homem no espaço foi um comunista convicto e honrado, militar inteligente e um camponês, assim como também a primeira mulher, uma operária e comunista, fatos ignorados pelas viúvas da ditadura militar-fascista que imperou no Brasil e pelos ignorantes anticomunistas, algo que deve ser deixado claro, que deve ser ensinado nas escolas e nas universidades, onde predominam o terrorismo psicológico de teor anticomunista.

Vostok 1, espaçonave tripulada por Yuri Gagárin, construída na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas(Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão, Quirguistão, Geórgia, Azerbaijão, Armênia, Lituânia, Letônia, Estônia e Moldávia)
O progresso científico da viagem de Gagarin pode ser comparado ao da viagem de Cristóvão Colombo à América, ou mesmo ao da viagem de Darwin, no século XIX. Sua realização tornou-o famoso em todo mundo, que foi subitamente surpreendido com a notícia de sua viagem, divulgada pela agência de notícia TASS. O então primeiro-tenente(starshiy leytenant) Yuri Gagarin foi ainda durante o seu vôo, promovido ao posto de Major, pulando o posto de Capitão, inclusive, foi com esse posto que a TASS anunciou a realização do comunista soviético, que então viria a ser recebido como herói em seu país, sendo recebido com grandes honrarias na Praça Vermelha e condecorado com a maior condecoração do país, atribuída a civis e militares, a Estrela Dourada de Herói da União Soviética. Após o seu feito, Yuriy Gagarin passaria a viajar ao redor do mundo promovendo a ciência soviética, tendo estado no Brasil no começo dos anos 60. Para desespero da burguesia e dos setores reacionários do Brasil, Gagárin chegou no país tupiniquim usando o seu uniforme comunista, sendo condecorado com a maior condecoração brasileira, para civis e militares, a Ordem do Cruzeiro do Sul. Em entrevista à rede de TV Tupi, em seu tradicional tom jovial, agradeceu aos brasileiros o convite ao Brasil e saudou a bela cidade de São Paulo. Gagarin esteve também em Cuba, onde encontrou-se com o revolucionário Ernesto Che Guevara e com o também Herói da União Soviética e líder cubano Fidel Castro, único latino-americano a receber o título soviético.

Yuri Gagarin e Che Guevara
Yuri Gagarin e Fidel Castro
O Major Gagarin com o gorro de Fidel e Fidel com o quepe de Gagarin
Nos anos 60, o primeiro homem ao espaço receberia ainda duas promoções militares, em 1962 a de Tenente-Coronel(Podpolkovnik), e em 1963 a de Coronel(Polkovnik). Houve uma grande insistência por parte dos oficiais que Gagarin não tornasse a voar, temerosos de perder seu herói num vôo, como veio a acontecer com o aclamado Vladimir Komarov, cujo pára-quedas da espaçonave não abriu, em sua aterrissagem. Yuri Gagarin tornar-se-ia imortal na história em 1968, num acidente de vôo em um MiG-15. Especulações e teorias surgiram a respeito de sua morte, tendo um inquérito em 2011, a partir de documentos secretos do KGB e investigações feitas por peritos, ficou concluído que decorrera de uma manobra brusca feita num vôo em mal tempo que desestabilizara a aeronave, levando a spins que acabaram numa colisão.Vários monumentos foram erguidos em homenagem a Yuri Gagarin, em vida e após a sua morte.

O primeiro homem a ir ao espaço, Yuriy Gagarin, com a primeira mulher a ir ao espaço, Valyentina Tereshkova
Um dos mitos a respeito de Gagarin, é a de que teria dito que tendo estado no espaço, não avistara qualquer sinal da existência de Deus. Esse clichê, usado por fundamentalistas, estelionatários religiosos e fariseus, é facilmente refutado com a gravação do diálogo de Kedr(isto é, Gagarin) e Zarya(ou seja, a base terrestre), onde inexiste a passagem tão alegada por aqueles que servem apenas à causa da mentira. Em 2006 o coronel Valentin Petrov, amigo de Gagarin, negou que o cosmonauta tivesse dito tais palavras, tendo esse boato sido originado baseado numa alegação de Nikita Hruschov, que alegara que Gagarin não havia visto. De acordo com a revista Foma, em 2011, da Igreja Ortodoxa, Gagarin batizou sua filha Yelyena e sua família celebrava o natal e a páscoa, mantendo ícones em casa. De acordo com o coronel Valentin Petrov, Gagarin fora batizado como cristão ortodoxo durante a infância, assim como nomes como Lenin, que citou em várias ocasiões em discursos, e Stalin.

Yuri Gagarin como convidado especial de um acampamento da organização comunista infantil "Jovens Pioneiros"
Os feitos de Yuri Gagarin tornam uma referência para a humanidade, tornando ele respeitado em todos os países, inclusive os capitalistas, assim como demonstram a viabilidade e funcionalidade do sistema socialista. No dia 12 de abril de 2011, quando se comemora os 50 anos do primeiro homem no espaço, o Google instituiu um logo comemorativo e o canal "First Orbit", no Youtube, lançou um vídeo que simula a sua viagem ao espaço, feitas com imagens da Estação Espacial Internacional mescladas com filmagens reais da Vostok e da decolagem de Yuri Gagarin. Lá é possível acompanhar o seu diálogo de vôo. Ainda, no dia 11 de abril, foi postado no site de vídeo Youtube um vídeo do Major Yuri Gagarin no Brasil. Yuriy Gagarin, junto com Yuriy Popov, fora homenageado pelo famoso cantor paraibano Chico César na música "You Yuriy", da Música Popular Brasileira(MPB).

O então Tenente-Coronel Yuriy Gagarin, com as várias medalhas que recebeu, inclusive a Ordem do Cruzeiro do Sul

O camarada coronel Gagarin e a camarada capitão Tereshkova
Yuri Gagarin com um bibico da marinha, em foto tirada em visita a um navio soviético
Foto de Gagarin nas imediações do Kremlin, com outros oficiais soviéticos
Uma das centenas de flores entregues ao então Major Yuriy Gagarin quando de seu retorno ao nosso planeta
Gagarin em foto na Suécia

Homenagem do Google a Yuriy Gagarin, em 12/04/2011
Yuri Gagarin, em seu uniforme de cosmonauta



- Vídeos

Recriação, em tempo real, da viagem de Gagarin, com imagens da Estação Espacial Internacional:

Vídeo sobre os 50 anos da viagem de Gagarin ao espaço, com imagens de sua recepção em Moscou

Vídeo exclusivo de Yuriy Gagarin no Brasil


- Fontes de pesquisa

http://en.wikipedia.org/wiki/Yuri_Gagarin