quarta-feira, novembro 18, 2015

CANAL DA VITÓRIA: Resposta a uma telespectadora


Publicamos na íntegra o comentário da telespectadora Magu Moura no vídeo "Russos falam quem foi Stalin", bem como a nossa resposta, deixando a critério do leitor tirar suas próprias conclusões:

Magu Moura30 de out de 2015


Responder

+Canal da Vitória Vocês falam de combate ao racismo mas Stalin foi o cara mais abusivo possivel, tanto que sua filha a após sua morte retirou seu sobrenome e foi para os Estados Unidos denunciar o soviéticos, idolatram um ditador que mata falando de paz, Stalin foi o ditador mais burro que a Russia já viu. Utilizou da teoria maquiavélica de que um líder deve liderar um povo utilizando o medo, só os russos sabem o quanto sofreram com o sistema soviético, prova disso foi a queda do muro de Berlim foi a uma comemoração imensa porque o povo soviético não aguentava mais a opressão, autoritarismo e burocracia que permanecia forte na Russia, sem dizer do governo corrupto que sempre foi e continuou sendo com o socialismo. O socialismo é a maior hipocrisia que o mundo já viu, líderes que lutam pela igualdade social, vendo o povo morando em casas mediocres, enquanto militares viviam em palácios.




Canal da Vitória13:12

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+Magu Moura Saudações, Magu. Obrigado por visitar o nosso canal, entretanto as as suas afirmações são absolutamente desconexas, dos pés à cabeça e iremos mostrar aqui erros crassos cometidos em seu discurso.

1- "tanto que sua filha a após sua morte retirou seu sobrenome"
Stalin não fazia questão de que seus filhos utilizassem seu sobrenome, pois só havia e sempre houve apenas um Stalin. Nem os netos de Stalin que o defendem hoje usam o sobrenome "Stalin". Svetlana casou-se mais de uma vez, portanto é normal que tenha perdido o sobrenome do pai.

2- "e foi para os Estados Unidos denunciar o soviéticos"
E voltou a Rússia, onde morou até o fim da URSS. Aliás, ela foi aos EUA por motivos passionais, escreveu um livro chamado "Vinte cartas a um amigo", onde ela descreve Stalin como um pai exemplar, mas vítima do Politburo. Ela descreve, por exemplo, uma cena onde seu pai queria cumprimentar vários operários numa estação ferroviária, mas teve que partir. Ela descreve o pai como um "prisioneiro do Kremlin", uma crítica que em nada difere da crítica a qualquer governante.

3- Você desconhece totalmente a teoria do filósofo italiano N. Maquiavel. Em nenhum momento ele diz isso, e você erra feio tentando discutir com quem lê Maquiavel desde os 14 anos de idade.
Maquiavel estuda a política como ela é, e não "como deveria ser". Em nenhum momento Maquiavel diz que "deve-se liderar o povo usando-se do medo", o que ele diz é que um governante deve ser amado e temido, mas se ele puder escolher apenas um, ele deve ser temido, pois costuma-se respeitar aquilo que se teme, o que é uma verdade indiscutível.
Pode-se dizer que Stalin foi amado e temido, e certamente mais amado que temido, basta ver o que dizem as pessoas que viveram em sua época, em sua maioria elas são favoráveis a Stalin, incluindo pessoas que foram reprimidas em seu período. Leia o que diz Alexander Zinoviev, que chegou a tramar o assassinato de Stalin, leia o que ele escreveu quando ele viu a URSS acabar.

4- "só os russos sabem o quanto sofreram com o sistema soviético, prova disso foi a queda do muro de Berlim foi a uma comemoração imensa porque o povo soviético não aguentava mais a opressão"

Prezada Magu Moura, Berlim fica na ALEMANHA, o povo soviético morava na URSS. Logo relacionar o povo soviético com a queda do muro de Berlim, além de ser um erro crasso, é no mínimo uma ledisse, é cômico! A única prova aqui é a de que você, infelizmente, não estudou geografia. 

Hoje a maioria dos russos afirma que preferia a vida na URSS, onde tinham trabalho garantido e a velhice não era sinônimo de "fim". Eles sabem que sob a URSS não havia guerras fratricidas. Duvida? Quem prova isso são pesquisas do Instituto Levada.

5- "O socialismo é a maior hipocrisia que o mundo já viu, líderes que lutam pela igualdade social, vendo o povo morando em casas mediocres, enquanto militares viviam em palácios."

Gostaria de saber que palácios eram esses, pois visitei residências onde moravam líderes do Partido, na Nova Arbat, em Moscou, eu vi os apartamentos dos líderes do Partidão. De fato estão bem situados, já que ficam no centro, mas não se diferem muito no aspecto estético e em seu interior com relação às "Hruschovki" da periferia, que também visitei. Eles são ligeiramente maiores, mas nada comparável aos apartamentos em arranha-céus de Nova Iorque dos CEOs das grandes companhias capitalistas.


Ninguém disse que socialismo é "todo mundo ganhar a mesma coisa", isso é um mito! No socialismo havia sim diferenças salariais que geralmente eram de 1:3, ou no máximo 1:10. Para efeitos de comparação, no capitalismo um CEO ou um grande capitalista pode ganhar mensalmente mais de 100 vezes o salário de um operário normal. Mais do que isso, o 1% dos mais ricos do mundo chegam a ganhar mais que 40% da população mundial e possuem uma renda superior à de vários países. Disso você não sabia, né?


*Acrescentamos aqui que a noção de que "Stalin era um ditador burro" é absolutamente descabida. Segundo os seus biógrafos, e isso é ressaltado por Arsen Martirossyan (200 mifov o Staline), Stalin em seu período estudantil teve notas acima de 4 na maioria das disciplinas (a maior nota no Império Russo era 5, atingida mais de uma vez por Soso). Ele falava, além do georgiano e do russo, também alemão (tendo inclusive morado em Viena sem intérprete), turco (morou na Turquia sem intérprete), latim e grego, aprendidos no seminário, entendia armênio e falava um pouco de inglês e de húngaro. Segundo alguns, era esperantista.
Stalin lançou os planos quinquenais, que transformaram a URSS numa potência industrial, escreveu livros sobre linguísitca, sobre economia (defendendo a redução da jornada de trabalho para 5 horas diárias), além de ter habilidades diplomáticas reconhecidas por grandes estadistas como Churchill, Roosevelt e mesmo Truman. Grandes estadistas como esses jamais negociariam com um idiota.
Conforme Martirossyan enfatiza, também era comum que engenheiros tirassem dúvidas com Stalin acerca de materiais como o aço industrial, cuja composição era bem conhecida pelo líder.

sábado, novembro 14, 2015

CANAL DA VITÓRIA: Iniciada uma série de vídeos de humor



Os vídeos mostram um cidadão em seu carro, muito parecido com o Pateta do episódio do motorista. Enfurecidamente gritando, bufando e num dos vídeos até babando, ele expressa o seu desejo de "exterminar todos os comunistas", de "tomar Brasília" (sozinho!) e ameaça até mesmo a direita: "...e quem fala em Impeachment será considerado um inimigo da pátria!". Confira!


CANAL DA VITÓRIA: A Página Vermelha traduz vídeo proibido que faz revelação inédita (Exclusivo!)


domingo, novembro 08, 2015

SOCIEDADE: O frenesi dos avatares coloridos e a doutrina dos manipulados

Por Vladimir Tavares


Muitos leitores têm questionado o posicionamento de A Página Vermelha a respeito de um tema polêmico, a febre dos "avatares coloridos" na rede social americana Facebook e resolvemos expressar nossa posição a respeito com as mais convincentes razões possíveis. Nenhum de nós de "A Página Vermelha" resolveu colorir o seu avatar, e alguns de nós foram vítimas inclusive de insinuações ofensivas, acusações de "intolerância" e houve até os velhos clichês no estilo "seguidor de Feliciano", "seguidor de Bolsonaro". Mas por mais irônico que isso possa parecer, entendemos que o mundo não se limita a preto e branco, ele tem amarelo, verde, azul e tem vermelho também. Sim, por mais irônico que possa parecer nós enxergamos o mundo colorido! Mas você já parou alguma vez para pensar em por que muitas pessoas não coloriram o avatar e se recusam a fazê-lo?

A ilha dos prazeres e a cultura do hedonismo

Existe um famoso clássico da Disney de 1940 chamado "Pinóquio", baseado no livro de Carlo Collodi. Trata-se de uma animação onde um pedaço de madeira encantado é esculpido por um carpinteiro e por ser encantado passa a viver como um menino, o único filho do humilde carpinteiro Gepeto. Sempre que Pinóquio conta uma mentira o seu nariz cresce.

Certo dia, Pinóquio é seduzido por um indivíduo que promete uma ilha cheia de prazeres, uma ilha onde eles não precisam da "escola chata" e nem terão "pais chatos" para ensinar-lhes lições de moral ou o que fazer, onde eles poderão passar o dia inteiro brincando em parques sem ter qualquer preocupação. Ocorre que após chegar nessa ilha, as crianças acabam sendo transformadas em burros. Pinóquio ouve todas as horas os conselhos e lições do Grilo Falante, personagem que representa a sua consciência, até que ele é ensinado, em uma partida de sinuca, a ignorar este grilo. Quando ele o faz, começam a nascer orelhas e até um rabo de burro em Pinóquio, quando o seu pesadelo começa a acontecer.


Estado americano, genocidas em série e promotores da ideologia LGBT
A história de Pinóquio não poderia ser melhor para ilustrar a histeria coletiva dos "avatares coloridos", uma loa ao movimento LGBT e antes de tudo às políticas promovidas pela Casa Branca. Há algum tempo atrás, o site "A Página Vermelha" denunciou que o movimento dos homossexuais recebe recursos da Casa Branca e é promovido por esta com um propósito político. Na mesma semana em que os EUA enviou centenas de blindados para a Europa Oriental e anunciou novas medidas contra a Rússia, país que se opõe à sua política unipolar, ninguém disse uma palavra sobre isso, mas cantaram loas a Obama e ao Estado imperialista americano por este liberar o casamento gay, isto é, por promover abertamente e sem máscara a ideologia LGBT a ponto de iluminar a Casa Branca com as cores de tal movimento. 

No Brasil, isso foi um tapa na cara da direita pró-americana, que costumava dizer que os EUA "são um país da moral e dos bons costumes". Para estes o "gayzismo é promovido pela (sic) KGB e por comunistas soviéticos malvados". E isso também foi um tapa na cara de quem acredita que no Brasil existe "esquerda" ou "partido comunista", pois a chamada "esquerda festiva" demonstrou prova de sua submissão ao imperialismo americano. Nomes como o deputado Jean Wyllys chegaram a ponto de colocar em seu perfil de Facebook uma foto da Casa Branca totalmente colorida. É curioso como, durante o dia 9 de maio de 2015, quando o mundo, em especial a Rússia, comemorou os 70 anos de vitória sobre o fascismo, não vimos nenhuma liderança política de esquerda colocar uma foto do Kremlin de Moscou ou da Praça Vermelha. Coloriram o avatar partidos como o PSOL, PCB e até mesmo o PCdoB, além de políticos como Lula e a presidenta Dilma!

A razão para isso não é difícil de entender, no mundo apocalíptico pós-moderno existe a chamada "cultura do hedonismo". Se para o pós-modernismo niilista "tudo é permitido", por consequência o hedonismo também o é. Se antes jovens em sua puberdade precisavam buscar caixas de sutiã para satisfazer suas necessidades, hoje pessoas de todas as idades já são "masturbadas" quando põem os pés para fora de casa, seja em grandes anúncios publicitários de roupas íntimas, em revistas com mulheres nuas em bancas de revista, letras de músicas de artistas decadentes como Madonna e Lady Gaga, cujas músicas incentivam abertamente o sexo grupal, hetero e homossexual, o hedonismo! Todos esses fatores criam uma cultura de banalização do sexo, onde o amor e sexo são intencionalmente confundidos. Para eles o sexo não é um processo de união entre um homem e uma mulher, um compromisso de lealdade, mas uma "obrigação", e é nesse contexto que se cria a figura da "lésbica", do "gay", "bissexuais" e "transgêneros".

Um longo processo de controle mental e engenharia social

Os efeitos da ideologia LGBT, crianças em "relacionamento sério" em rede social
A reificação do comportamento gay não foi conseguida do dia para noite, ela é resultado de um longo processo de controle mental promovido pelas grandes elites internacionais. Nos EUA, 300 das maiores empresas do país pressionaram o governo para a aprovação do casamento homossexual. No Brasil, a Rede Globo, maior rede de televisão, promove dia e noite o comportamento homossexual em "programas para donas de casa", em jornais, trazendo notícias não comprovadas sobre "homofobia", em novelas, noticiários noturnos, em programas de entrevista e filmes.

O controle mental, segundo especialistas, é obtido através de uma série de medidas, de acordo com o Dr. Robert J. Lifton, há 8 (oito) critérios para reformar o pensamento.

1- Controle Milieu: envolve o processo do controle de informação e comunicação com aqueles de fora do grupo. Livros, revistas, amigos, família passam a ser tabu, "eles pensam assim por que são atrasados, não pensam como o meu grupo".
2- Manipulação mística: envolve a manipulação de experiências que parecem espontâneas, mas em realidade são orquestradas. É uma técnica amplamente usada por seitas. Na propaganda de valores não tradicionais, isso se dá através do uso intenso de falácias, sendo um bom exemplo disso o próprio uso e apropriação do termo "gay". "Gay", em inglês, significa "alegre", assim, se "gays são alegres", o que seria um pai ou uma mãe com uma família formada, ou mesmo um indivíduo solteiro, um "triste"? Um "infeliz"? Essa manipulação ainda se dá criando as chamadas "igrejas gays", supostas igrejas cristãs que realizam cerimônias de casamento gay, através de reinterpretações da Bíblia, "Deus é amor, logo se homossexualismo é amor, então isso está de acordo com Deus", "a Bíblia também diz para não usar roupa de linho", dentre outras falácias que escapam a qualquer teologia. Há ainda falácias pseudo-humanísticas no estilo "aqueles que se preocupam com a homossexualidade deveriam estar mais preocupados com a fome na África", ou ainda manipulações jocosas como a acusação de "fiscal de cu", e por essa lógica, uma pessoa contrária à pedofilia ou que repudia a coprofilia seria o quê?
Essa manipulação ainda se dá por meio do cinema, que traz sempre personagens homossexuais como protagonistas, nunca como vilões. Se um filme traz um vilão pedófilo e homossexual, como foi o caso de um filme do ator Sylvester Stalone, logo blogueiros rapidamente acusam o filme de "discriminar homossexuais", de serem "homofóbicos". Homossexuais são místicos demais para serem vilões ou personagens negativos.
3- Exigência de pureza: O mundo é visto em "preto e branco", e os membros de um universo são exortados a perseguir essa perfeição. "Se você não concorda com nossa ideologia, logo você segue Bolsonaro, Feliciano e Malafaya". "Seja puro, o amor venceu, se você é contra, então você é um chato homofóbico e intolerante".
4- Culto da confissão: Geralmente praticado por seitas, não é uma prática comum dentre os homossexualistas, mas pode ser usado em circunstâncias especiais. Alguém se lembra do debate político presidencial de 2014 no canal de TV Band? Após declarações do candidato Levy Fidélix, o candidato do Partido Verde instigou Levy a "pedir desculpas aos homossexuais por suas declarações homofóbicas". Há alguns meses, um militante do PSOL autor de um Vlog exigiu que o autor de A Página Vermelha se arrependesse e retirasse do ar programas do Vlog A Voz do Comunismo por suposta "homofobia", por criticar o movimento LGBT e suas teorias totalitárias. Isso por que para os homossexualistas eles são "puros" e ir contra a sua linha é um pecado, uma imperfeição da qual todos devem se arrepender.
5- Sacra ciência: A doutrina ou ideologia do grupo é considerada como suprassumo do conhecimento, a verdade absoluta e inquestionável que explica todos os fenômenos e situações. Ela é inquestionável e seu líder é o porta-voz da humanidade e da divindade. É exigido um absoluto conformismo com a doutrina. Em programas de TV e livrarias ocidentais frequentemente há pessoas defendendo "ser normal ser homossexual", nunca, jamais, apresentando um ponto de vista contrário, pois isso seria "homofóbico demais".
6- Linguagem carregada: Um novo vocabulário surge dentro daquele grupo, reutiliza termos e inventa frases de modo que somente os membros daquele grupo entenderão e estarão condicionados a pensar conforme os líderes do grupo. "Gay", "homoafetivo", "amor entre os iguais", "diversidade", "homofóbico", "intolerante" são algumas palavras das quais os homossexualistas se apossaram com o intento de promover a sua ideologia, dando a elas um novo sentido. O próprio termo "homofobia" foi pensado por um pensador americano e mais tarde imposto aos 5 continentes como a grande heresia do final do século XX e do século XXI. Mais a frente iremos estudar esse termo per si.
7- Doutrina sobre a pessoa: Experiências pessoais antes e depois do grupo são relatadas de forma a serem interpretadas conforme a doutrina. Na doutrina LGBT, essa prática é geralmente aplicada aos gays, "eu tive namoradas, filhos, mas me descobri homossexual e me tornei mais feliz", nunca nada é dito sobre pessoas que se tornaram homossexuais e passaram a ser infelizes, ou sobre homossexuais que mais tarde acabaram desistindo de tal vida. Nada é dito sobre as lésbicas, que quase sempre terminam indo atrás de um homem, de atrizes como Angelina Jolie, que se dizia lésbica, mas teve três maridos, todos "referências heterossexuais". Falar em "gays ou travestis arrependidos" contradiz a doutrina e sequer pode ser mostrado em jornais respeitáveis, para que não sejam acusados de "homofobia".
8- Existência dispensável: O grupo tem a prerrogativa de decidir quem deve existir e quem não deve. Naturalmente, todos os "infiéis" que não se curvam à doutrina homossexualista tem sua existência dispensável. Em um vídeo sobre um experimento social com "homossexuais" (na verdade atores) na Rússia, há inúmeros pedidos de invasão do país e extermínio do povo russo por este não se curvar às doutrinas uranistas ocidentais.

Estes são 8 critérios para "reformar o pensamento", ou utilizando um termo mais popular, promover a lavagem cerebral! Este processo é feito de forma contínua, seja por uma grande companhia capitalista que em numa data especial apresenta um "casal homossexual", ou por uma grande companhia de cinema, que produz um filme onde aparece um personagem gay, amigo do personagem principal, esse personagem é inocente, mesmo engraçado, então em outro filme não é mais um, mas dois personagens, três, até aparecerem "casais" gays talvez mesmo no papel principal, de modo às pessoas aceitarem como normal.

LGBT e Rede Globo

Não foi por acaso que o deputado Jean Wyllys, indo contra o seu partido, o PSOL, votou contra um projeto que limitaria os abusos midiáticos das grandes redes de TV. O seu movimento LGBT deve talvez 70 a 90% do que ele é hoje devido à Rede Globo de televisão, uma emissora de TV que mais do que qualquer outra propagandeou do início ao fim do dia, especialmente em grandes produções televisivas como a famosa "novela das 9", exibida diariamente às 21:00h, no chamado "horário nobre", casais gays, lésbicos, travestis, etc.

Após o fim da ditadura, o surgimento de produtoras de filmes pornôs, desapareceu a chamada indústria da "Pornochanchada", a única produção "cultural" da ditadura, que produzia filmes pornôs de todos os tipos em um só filme.

Esses diretores e outros produtores que trabalhavam nesse tipo de filme rapidamente migraram para a Rede Globo, que a partir dos anos 90 passou a produzir uma série de novelas que traziam o tema "homossexual" no horário nobre. Reparemos que essa época coincide com o fim da União Soviética e com o governo Clinton, que decidiu levar a frente a agenda dos chamados "direitos LGBT".

Em meados de 95, a Rede Globo trouxe a novela "A Próxima Vítima", que trazia uma dupla de homossexuais, um negro e outro indígena. O personagem homossexual negro era o único que aparecia positivamente numa família negra que mais parecia ter sido retirada dos anos 30, um pai que era contra a sua filha e a esposa trabalharem, arrogante, retrógrado e reacionário. Em contrapartida seu filho gay era um "homem bom".

Depois o tema "gay" virou clichê, então passaram a trazer galãs de TV no papel de travestis. Lembremos que nessa época a novela passava no horário de 20:00h, um horário acessível a menores.

Após os travestis, vieram as lésbicas. Inicialmente personagens secundárias, que morriam numa explosão de shoppings ou rapidamente saíam de cena, tão importantes quanto o "Jamanta", mas depois personagens principais de tramas, com direito a encerrar episódios com "casamento lésbico" e até beijo na boca. Depois vieram insinuações de sexo lésbico e quando isso se tornou clichê, então entraram em cena "triângulos amorosos lésbicos", "idosas lésbicas" e quando isso se tornou trivial, então galãs de TV foram chamados para fazer papeis de gays.

Como vimos, por mais de 20 anos a Rede Globo bombardeou e vem bombardeando a população brasileira com a ideologia LGBT. Trata-se de uma guerra de informação. A existência do absurdo número de LGBTs que vemos nas ruas, em especial em cidades como Fortaleza e Curitiba, se deve à Rede Globo!
Durante mais de 20 anos a Globo, que apoiou a ditadura fascista, promoveu o homossexualismo em suas novelas
Falácia ad scientiam (ou o homossexualismo é doença sim!)

Um dos mais comuns argumentos levantados pelos uranistas, em especial de esquerda, é o apelo a ciência, "a ciência disse que não há nada de errado com a homossexualidade", eles berram. Primeiramente, nós devemos questionar quem são os autores desses argumentos! São eles biólogos? São eles médicos? Sexólogos? Psicólogos? Cientistas? Caso sejam, com base em que se baseiam? Quais o seu método? Sim, senhores, ciência é questionamento, não adianta ficar irritado por que alguém está questionando.

Imaginemos que de repente os "cientistas" autores dessa suposta pesquisa dissessem que cometeram um equívoco, que estavam errados, essas pessoas estariam prontas a aceitar essa posição e acabariam com a anatematização daqueles que não concordam com a ideologia de gênero? Se a resposta é positiva, é interessante lembrar que isso não é uma mera hipótese, isso já aconteceu! Toda "ciência" segundo a qual o homossexualismo "não é doença" é pseudo-ciência, é falsa! O Dr. Andrew Cummings (nome um tanto curioso para um sexólogo!) não é "qualquer doutor já velhinho", ele foi o homem responsável pela desclassificação da homossexualidade enquanto doença nos Estados Unidos (ressalte-se aqui, apenas no Estado imperialista americano!).

O Dr. Andrew Cummings não é um "extremista", não é um "padre", "pastor" ou "religioso moralista", ele inclusive se posiciona a favor do casamento gay, entretanto, ainda assim ele descreve em uma entrevista o processo pelo qual os ativistas gays ganharam o controle da psicologia americana nos anos 70, passando a violar o Princípio Leona Tyler, que sustentava que qualquer pesquisa deveria ser baseada na "experimentação e dados científicos". Isso não foi feito com o homossexualismo, pois de acordo com magíster citado, em realidade isso foi feito exclusivamente para atender a reivindicações políticas de teor liberal, pois em sua época qualquer um que não adotasse posturas liberais era considerado um anátema político.

Essa é a revelação do ex-presidente da Associação de Psicologia Americana, isto é, que a ideia de que o homossexualismo foi removido da categoria de doenças não possui nenhuma base científica, mas política. Essa mesma afirmação é feita pelo Dr. Robert Spitzer, dos Estados Unidos, que foi a ponta de lança na remoção da homossexualidade enquanto desordem mental. O cientista afirma que a decisão foi feita apenas para atender a exigências de "correção política".

Embora no Brasil, por razões políticas, assim como em muitos países ocidentais, seja um anátema político afirmar que a homossexualidade é uma doença, há entendimento diferente dentre diferentes correntes médicas no mundo. Um artigo da Professora Natalya Rasskazova*, autora de várias traduções de psiquiatria, sexóloga, sustenta que a homossexualidade continua como doença no MKB-10 na seção "Psiquiatria" como "Orientação Sexual Egodistônica". Se o indivíduo se sente desconfortável com sua condição (estado egodistônico), ele pode buscar um médico psiquiatra sexólogo para tratamento, mas se a pessoa se sente confortável (estado egosintônico) ele pode viver normalmente sem tratamento.

Ainda, a magíster russa prossegue, sustentando que há razões para o homossexualismo. De acordo com ela:

1- O primeiro e maior grupo de homossexuais é o de vítimas da propaganda televisiva, que têm um reflexo patológico durante a adolescência. A teoria da psiquiatra russa condiz com a realidade se tomarmos em conta que em países como a Rússia, onde muitas casas sequer tem TV, lá é menor a ocorrência de homossexuais. Mesmo antes da TV era menor o número de homossexuais, embora devamos tomar em consideração que a TV não é o único meio exclusivo para a sua propagação. Pode ser tratado com um psicólogo sexólogo, segundo a professora.

2- O segundo grupo é formado por vítimas de estupros durante a infância. O tratamento pode ser feito com um psicólogo sexólogo.

3- O terceiro grupo é formado por esquizofrênicos doentes ou vítimas da psicose maníaco depressiva (transtorno bipolar). Quem estudou psiquiatria sabe que a esquizofrenia inicia-se com a promiscuidade sexual, tal como indivíduos que correm nus pela rua ou fazem sexo em locais públicos abertamente sob a luz do dia em frente a populares. Como bem coloca a médica, sem um tratamento adequado essas pessoas podem adentrar em estado de invalidez.

4- O quarto grupo é praticamente invisível, mas é necessário mencioná-los, é o grupo formado por pessoas com problemas endócrinos ou de patologia cromossômica.

5- O quinto grupo é o mais perigoso de todos. Aqueles que criaram essa propaganda de "liberdade sexual", "luta pelos oprimidos" tiveram como objetivo usar pessoas desinformadas e ocultar nesse grupo todos os anteriores. Estes são verdadeiros psicopatas e para entender do que são capazes basta ler sobre os horrores que passaram aqueles conhecidos como  "Órfãos de Duplessis".

Este é o grupo de psicopatologia mais perigoso. A razão é biológica e incorrigível. Imagine um intelectual altamente educado, mas biologicamente inapto para sentir qualquer sentimento moral, sem compaixão, sem empatia, sem simpatia, sem crenças, sem honestidade, consciência ou moralidade. E assim pode-se perceber como, sob os 4 grupos anteriores, pode-se esconder uma tragédia cujo horror pode ser entendido apenas por aqueles que estudaram psicologia há 25-40 anos atrás.

A ideia de que o homossexualismo é doença é apoiado por um enorme número de cientistas, estão elencados aqui alguns deles:

- Dr. Charles Socarides, Professor de Psiquiatria da Universidade de Columbia e da Universidade Estadual de Nova Iorque; Professor de Psiquiatria do Albert Einstein College of Medicine de Nova Iorque

- Dr. Samuel Bernard Hadden, da Internacional Association for Group Psychotherapy; Philadelphia Psychiatric Society; premiado com o Strittmatter Award da Philadelphia County Medical Society

- Dr. Aquilino Polaino-Lorente, Doutor em Medicina e Catedrático de Psicopatologia na Universidade Complutense de Madri

- Dr. Neil Macdonald, cientista, e Dr. Barry Evans, epidemologista

- Dr. Ian Genrihovich Holland, psiquiatra, psicoterapeuta, psicoanalítico e sexólogo russo que curou, através de métodos psicoterapêuticos e hipnóticos 68 pacientes homossexuais e 7 travestis que hoje têm um estilo de vida normal heterossexual. Autor de artigos sobre o chamado "extremismo gay".

Deste modo, vemos que a ideia de que "o homossexualismo deixou de ser doença" é um argumento falacioso. Em realidade a sua classificação foi alterada e por votação, e ciência não se resolve com "votação", mas com base em experimentos, observação, questionamentos, dentre outras premissas básicas.

Instituto Tavistock e o Programa MKULTRA

A ofensiva ideológica homossexualista não nasceu de uma geração espontânea, trata-se de um projeto iniciado ainda no século XIX e retomado durante a IIGM. Nos anos da Grande Guerra, o Reino Unido criou, com a assinatura de um memorandum assinado pela família Rockefeller e pelo general Jonan Rolling, o Instituto Tavistock. Esse instituto, localizado em Londres, é descrito como um centro de "estudo de relações humanas". Nenhum especialista desse instituto tem a permissão de informar sobre as atividades deste instituto, filmagens dele são proibidas, lá trabalham servidores de serviços secretos britânicos.

A ideia do Instituto Tavistock foi empregada não apenas como instrumento de guerra contra os nazistas, como também de operações de guerra psicológica contra a União Soviética. Segundo Daniel Estulin, estudioso e autor de vários livros sobre o Clube de Bilderberg e de livros sobre o Instituto Tavistock, foi nessa instituição que foram pensados termos que são a trend da juventude europeia atual, tais como swing, "amor livre", dentre outros.

Junto com o Instituto Tavistock foi criado pela CIA o programa MKULTRA, de manipulação da consciência. Foi nesse instituto que foram criados modelos de comportamento, métodos de ação utilizados pela "Revolução Laranja" na Ucrânia, além de slogans popularizados por grandes bandas em festivais de rock.

Deste modo, as concepções sobre homossexualismo que vemos hoje são fruto de um intenso programa criado não há 5 ou 15 anos, mas desde a época da Segunda Guerra enquanto método de manipulação e controle mental. Como bem coloca Daniel Estulin, hoje há homem e mulher, homossexuais, transsexuais e depois haverá "transpessoas", depois "pós-pessoas", haverá "pessoas-robôs" como o "Exterminador do futuro", haverá ciborgues e então entidades que são 100% não-humanas resultado da biologia sintética, pois hoje pode-se criar pessoas em laboratórios. E assim, esses entes poderão criar outros entes não-humanos, que por sua vez poderão criar uma nova elite e através de manipulação genética perpetuar essa mesma elite e destruir a memória dos "humanos comuns".

O Dr. Sergey Kurginyan, politólogo, afirma: 

"...por que foi pervertida a juventude americana com brigas, sexo, drogas e rock-n-roll, hippie e punk? Por que se ela não fosse pervertida ela se tornaria socialista! Ela foi dopada com drogas para não se ocupar com projetos sociais. Se não fosse pelas drogas e pela perversão hoje os americanos estariam vivendo no comunismo"

Esses fatos são necessários para destruir o mito propagado por Hillary Clinton, segundo a qual "direitos LGBT são direitos humanos e direitos humanos são direitos LGBT". Em realidade, direitos LGBT são uma ideologia misândrica anticomunista de controle e engenharia social!

Festival de rock com uso de drogas e sexo explícito: "por que foi pervertida a juventude americana com brigas, sexo, drogas e rock-n-roll, hippie e punk? Por que se ela não fosse pervertida ela se tornaria socialista!" S. Kurginyan
Homoditadura global

Em todo o mundo os uranistas movem uma ofensiva ideológica global, sendo que em alguns países como a Itália eles sofrem forte oposição da população. Na França, quando foi aprovado o casamento LGBT, protestos massivos que reuniram mais de centenas de milhares de franceses na Torre Eifel condenaram a medida pró-LGBT sancionada pelo presidente François Hollande, o protesto pacífico foi implacavelmente reprimido pela polícia francesa, que prendeu mais de 300 dos manifestantes.

Na Alemanha, o cidadão Eugen Martens, um pai sem ficha criminal foi preso durante 24 horas por não permitir que seus filhos fossem a uma aula de "educação sexual" na qual é feita a propaganda de valores não-tradicionais. Hoje alguém na Alemanha pode ficar preso por 24 horas por isso, num futuro próximo, talvez, 24 anos. Nesse mesmo país há várias contra-demonstrações ao movimento LGBT, atos pacíficos, que são em regra atacados por militantes LGBT. Eles atacam pais manifestantes, provocam, e depois dizem na TV e nos jornais que "foram agredidos, humilhados e são oprimidos".

Nos Estados Unidos, Barronelle Sturtzman, renomada floricultora, mãe de 8 filhos e 23 netos, teve a sua vida transformada em um inferno por militantes homossexualistas. Após prestar excelentes serviços a uma dupla de homossexuais, estes recorreram a Barronelle para que ela providenciasse flores para o seu casamento. Por se recusar a fornecer flores e serviços de decoração, ela os recomendou a outro floricultor, a dupla de homossexuais Ingersoll, assistidos pela ACLU (Associação Americana de Liberdades Civis), iniciou uma ação judicial contra Barronelle, demandando milhares de dólares, o que resultaria inevitavelmente no confisco de todas as suas propriedades! A idosa americana recebeu mais de 100 mil dólares em doações dos americanos. O caso foi iniciado pelo Procurador-Geral do estado de Washington, foi um caso inédito, segundo a advogada Kristen Verggoner. Para Barronelle Sturzman, ela não teria problemas em fornecer flores para o aniversário de seus clientes, mas jamais para o seu casamento.

Na Geórgia, vários ativistas anti-LGBT foram presos pelo regime de Saakashvili, considerado fantoche de Washington e hoje governador de Odessa, na Ucrânia. Na prisão de Gldanskaya os georgianos eram submetidos a torturas na prisão de Gldanskaya, apelidada "Glantanamo". Lá, eles não apenas eram submetidos a espancamentos, como também eram empalados com vassouras, canetas e outros objetos fálicos, amarrados à cela. O objetivo era torturá-los, pressionados e humilhá-los, fazer deles dejetos ambulantes.  Para um georgiano, isso equivale à morte! Esses métodos foram inspirados no que os americanos utilizaram nas prisões de Abu Graib.

No Brasil, muitos jovens são excluídos de grupos de discussão, são ostracizados na sala de aula e discriminados por não se curvarem ao Beemote colorido. Há locais de trabalho em que um funcionário pode ser demitido por emitir em seu espaço pessoal opiniões que fogem à cartilha LGBT. Em muitas faculdades, trabalhos não relacionados com temas LGBT também são rejeitados. Em âmbito escolar, acadêmico ou no espaço de trabalho, opor-se à ideologia homossexualista pode custar muito caro!

A musa da União Europeia

Uma das expressões da "arte" moderna europeia, uma exposição com fotos de ânus em Paris, "cultura civilizada"

Uma das estratégias mais comuns dos uranistas para promover a sua ideologia é usar como modelo a Europa e por tabela a sua pseudociência.
É verdade que já há muito tempo a ciência na Europa está desacreditada. Basta acompanhar as manchetes de jornais para nos darmos conta do nível de degradação e de imbecilização dos "cientistas" europeus. Um funcionário de uma renomada universidade de Londres, o professor Roger Wotton, do University College of London, após estudar por anos as pinturas com imagens de anjos chegou a uma conclusão sem a qual nós não poderíamos viver, o cientista provou que que "devido ao tamanho de suas asas em relação à massa de seus corpos, os anjos não poderiam voar".*

Uma outra grande descoberta também foi feita por pesquisadores britânicos. Professores da Universidade de Leicester descobriram que o consumo do álcool não afeta a capacidade dos homens de avaliar a idade das mulheres. Esse é o nível da ciência de um país tido como "padrão ouro" na ciência. Ciência essa na qual são gastos enormes recursos econômicos.

Um outro estudo interessante comprova que o nível da educação nos países do Velho Mundo, do Primeiro Mundo, caiu bastante. Uma pesquisa feita no Reino Unido com 18 mil jovens de 11 a 13 anos comprovou que esses jovens não tinham sequer um livro em casa. Na Alemanha, quase 8 milhões de jovens são incapazes de ler e escrever corretamente. A pesquisa não foi feita com imigrantes, mas com alemães nativos!

Na TV europeia o processo de idiotização não é diferente, num programa holandês de TV a apresentadora e os participantes abertamente consomem drogas e fazem sexo, depois deixando as suas impressões. Noutro programa holandês uma modelo ensina os telespectadores sobre "o que fazer durante o sexo", com a ajuda de bonecos. Um outro reality show norueguês filma uma gaiola durante 24 horas para mostrar a vida de passarinhos, depois, para tornar o programa "mais interessante", incluíram esquilos. O programa tem milhões de fãs. Especialistas afirmam que agora esses programas tornam-se mais famosos do que programas clássicos, por exemplo, sobre história. 

Pervertido promovido a ícone cultural da Europa, Conchita Wurst
Na Alemanha, uma aposentada de 74 anos foi presa e condenada a pagar uma multa por "discurso de ódio". O seu "discurso de ódio" consistiu em tentar iniciar um referendo contra a construção de uma mesquita em Munique, em seu bairro.

No Reino Unido, uma votação histórica sobre a independência da Escócia foi adulterada por aqueles que contavam os votos. Vários bilhetes com o "SIM" foram colocados na mesa do "NÃO". Se isso se desse em um país latino-americano ou da Europa Oriental, rapidamente seria noticiado internacionalmente sobre "como esses países são repúblicas de banana" ou sobre como são "ditaduras totalitárias e mafiosas".
Fraude eleitoral no Reino Unido, votos com a marcação pró-independência incluídos no "NÃO"
Muitos consideram a Europa Ocidental como um centro de "democracia e humanismo". Entretanto, o eurodeputado Griffin, do Reino Unido, propôs bombardear navios com imigrantes vindos da África, mas claro, ele alegou ser "civilizado e não queria matar ninguém", pois também queria que fossem "jogados coletes salva-vidas para que essas pessoas não se afogassem", uma lógica totalmente absurda! 

Nessa mesma Europa de absurdos, em escolas infantis são distribuídas "bonecas sem sexo". Em países nórdicos há escolas que educam crianças "sem gênero". Na pré-escola estadual "Egalia", não se utiliza "ele" e "ela", não há divisão entre meninos e meninas.  A diretora Lotta Rajalin enfatiza que a Egalia dá uma ênfase especial na promoção de um ambiente tolerante a gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.* Em alguns países da Europa já não há mais "pai e mãe", mas "genitor 1" e "genitor 2". 

Pseudociência em socorro ao hedonismo


Se a Europa tornou-se o centro de "fantásticas e imprescindíveis" descobertas como as incríveis aptidões de homens alcoolizados, ela tornou-se também centro de "grandes descobertas" sobre sexualidade. Um estudo pseudocientífico europeu revelou ter descoberto que "não existem homens e mulheres heterossexuais", que "todos os homens e mulheres são homossexuais ou pelo menos bissexuais".

O método para tal "brilhante descoberta" foi uma pesquisa feita com 300 homens e 300 mulheres onde a pupila destes teria dilatado ao ver cenas de pornô homossexual, talvez uns 600 hipsters britânicos. E depois, nós sabemos que 300 pessoas representam todos os bilhões de pessoas mulheres e de homens no planeta.

E deve-se perguntar, desde quando dilatação de pupila é prova de atração sexual? Uma pessoa que impressionada com a beleza de uma árvore ou de um pôr do sol então torna-se automaticamente um pansexual?

Se ontem a ciência burguesia defendia a cientificidade de uma pseudociência, a eugenia, para justificar o domínio da maioria pela minoria (no caso a Europa branca), hoje a pseudociência ocidental defende a cientificidade da ideologia de gênero para submeter a maioria (os heterossexuais) por uma minoria homossexual.

LGBT e os euroburocratas de Bruxelas

Nas palavras do politólogo S. Kurginyan, a Europa precisa ser corrigida e reconstruída antes que seja tarde, pois ela se transformou numa salada de perversão, degradação e imoralidade de proporções nunca vista antes na história, o que representa um duríssimo obstáculo ao estabelecimento do socialismo no velho continente.

Para o historiador russo Andrey Fursov, doutor em história, o ocidente poderá algum dia perdoar Putin pela Ucrânia e também pela Síria, mas há uma coisa pela qual ele jamais será perdoado, a lei de proibição da propaganda de valores não-tradicionais na Rússia.

Para a União Europeia (e agora para os Estados Unidos), todos os países têm a obrigação de promover ou de algum modo incentivar a "Parada Gay". Lembremos que essa foi uma das exigências da UE para que países Bálticos fossem nela admitidos, foi uma solicitação ao governo neonazista de Petró Poroshenko, da Ucrânia, e também uma exigência feita ao governo da Sérvia que assumiu o poder após a queda de Slobodan Milosevich, e por quê? Por que é uma forma de mostrar que um determinado governo local não é governado por grupos nacionais ou por suas tradições histórias, mas sim por euroburocratas sentados em Bruxelas. É um "jesuitismo do século XXI", uma colonização ideológica que visa possuir as almas e mentes dos povos não submissos ao imperialismo dos EUA e da União Europeia.

Homofóbicos, os "hereges do século XXI"

Não ser a favor da causa LGBT tornou-se motivo de escárnio e de discriminação em muitos círculos. No Brasil, uma operária de uma famosa rede de farmácias foi demitida após dizer que "Deus criou homem e mulher", após ser acusada de "homofobia".

Em um programa de TV russo, "Pyedinok", uma sexóloga renomada foi insultada e agredida por um militante homossexualista histérico, após a sexóloga perguntar-lhe se seria discriminação o fato dela ter sido ameaçada após escrever um livro que questiona a validade das teses homossexualistas. Quando questionado pelo apresentar sobre "como ele queria que as pessoas concordassem com ele diante de sua ação", este largou o microfone no palco e retirou-se do programa. Após alguns instantes o seu namorado francês saiu do programa proferindo xingamentos de baixo calão.

Em escolas e universidades (incluindo aí particulares e da Igreja Católica!), alunos que não concordam com a ideologia imoral homossexual viram piada e motivo de escárnio por parte de professores, que usando-se de seu espaço sustentam ser "homofóbico" quem discorda do deputado Jean Wyllys. Alunos assim são, em muitos casos, insultados pelos próprios colegas (incitados pelos professores) de "fascistas", "hitleristas", "ditadores" e em muitos casos isolados por pensarem diferente.

Se alguém posta em uma rede social que "todos os homossexuais devem ser exterminados", não tarda para que essa pessoa perca o emprego, seja perseguida e mesmo responda a um processo na justiça civil e penal. Mas se alguém posta em uma rede social o mesmo sobre heterossexuais, isso passa despercebido e quem denuncia o ato é tido por um "mentiroso homofóbico e intolerante".

Militante lésbica defendendo abertamente o genocídio de russos e extermínio de evangélicos
Quando um homossexual é atacado por heterossexuais com lâmpadas na Avenida Paulista, isso vira uma notícia de repercussão nacional e é tido como "a prova de que nosso país é intolerante e violento com homossexuais". Quando uma jovem heterossexual é morta a mando de um homossexual, tendo seus pés e mãos cortados, inclusive, então "é apenas a prova de que nosso país é violento".

É verdade que no Brasil há violência contra homossexuais inclusive pela sua condição de serem homosexuais, entretanto também há no Brasil violência contra heterossexuais pela sua condição de heterossexuais. Entretanto, no que diz respeito à violência contra homossexuais devemos tomar em conta que em grande parte dos casos é violência "autofágica". Ninguém é mais violento contra um homossexual do que um homossexual traído ou arrependido. Assim, que culpa tem um indivíduo heterossexual se após uma "briga de casal" um homossexual corta a cabeça de outro?

No Piauí, no início de 2015, um travesti foi estrangulado na cidade de Teresina, sem que o culpado fosse achado. Em defesa desse travesti falava um professor universitário conhecido pelas suas pregações LGBT, em defesa da "diversidade", contra o "fascismo heteronormativo". Ocorre que em meados de setembro a Polícia Civil do Piauí encontrou provas e prendeu o professor, militante de um partido de extrema-esquerda, descobrindo que fora o nosso ilustre proselitista LGBT o assassino do travesti, preso algum tempo depois. O caso surpreendeu a comunidade policial piauiense.

Os comunistas sobre o homossexualismo

Líder de seita política (URC), Alexandre Rosendo defende que gays possam "fazer orgias na rua" em rede social
Apesar de que algumas seitas políticas ditas "comunistas" reivindicarem a ideologia LGBT, o homossexualismo sempre foi considerado como uma aberração, como uma doença pelos pais fundadores do socialismo científico, Marx e Engels.

Ao receber uma carta de Karl Ulrichs, pensador do século XIX que idealizou o movimento gay, Karl Marx chamou a sua carta de "obscenidades disfarçadas de teoria". Engels condenou a Grécia antiga pelo "mito de Ganimedes" e por seus pederastas. Chamou ele a pederastia de um "vício abominável". Engels escreveu que somente no comunismo seria plenamente possível a fidelidade conjugal, e Marx escreveu em seus "Manuscritos econômico filosóficos" que o único relacionamento natural entre seres humanos é o relacionamento entre homem e mulher. Engels, que viveu junto com apenas uma amante até o resto de sua vida, sem contrair com ela matrimônio, possuía tamanho ódio pelas teorias uranianas que referia-se a elas da forma mais agressiva possível, desprezando-as. Sobre um famoso homossexualista da época, Engels escreveu que ele W. Liebknecht:

"gerou um programa podre junto ao come-cu Hasselman"*

Lenin, tal como Marx e Engels, também desprezava aqueles que visavam incluir no programa socialista teorias de natureza sexual:

"Parece-me que essa abundância de teorias sexuais, que não são em grande parte senão hipóteses arbitrárias, provém de necessidades inteiramente pessoais, isto é, da necessidade de justificar aos olhos da moral burguesa a própria vida anormal ou os próprios instintos sexuais excessivos e de fazê-la tolerá-los.
Esse respeito velado pela moral burguesa repugna-me tanto quanto essa paixão pelas questões sexuais. Tem um belo revestimento de formas subversivas e revolucionárias, mas essa ocupação não passa, no fim das contas, de puramente burguesa. A ela se dedicam de preferência os intelectuais e as outras camadas da sociedade que lhes são próximas. Para tal tipo de ocupação não há lugar no Partido, entre o proletariado que luta e tem consciência de classe."*

Ou seja, para Lenin, indivíduos que defendem ideologia LGBT, "poliamorismo" e afins sequer deveriam ser aceitos em um partido comunista, embora hoje no ocidente partidos comunistas inteiros tenham sido pervertidos e afastados da luta de classes e do internacionalismo proletário por influência e lobby de coletivos e militantes e dirigentes pró-LGBT. Os homossexuais militantes conseguiram o que nem Hitler conseguiu, minar e enfraquecer o movimento comunista internacional!

Inimigos do internacionalismo, os uranistas negaram apoio às repúblicas revolucionárias e progressistas de Donetsk e de Lugansk, já que essas não possuíam uma agenda LGBT. No Brasil, partidos ditos "socialistas" como o PSOL e o PSTU mesmo chegaram a declarar o seu apoio ao golpe neonazista chamado "Euromaydan", pois embora se tratasse de neonazistas, estes tinham e têm ainda interesse em ingressar na União Europeia. Devemos lembrar que nomes como Luciana Genro mesmo chegaram ao ridículo de chamar o golpe neonazista, que promoveu o massacre de Odessa e o bombardeio de civis em Donetsk e Lugansk, de "revolução popular". Os uranistas agem como agentes diversionários quando infiltrados em partidos de esquerda.

Para o pai fundador do comunismo científico, a ideologia LGBT não passa de uma obscenidade disfarçada de teoria
Para muitos pensadores comunistas modernos, o uranismo é uma ideologia que fragmenta e desfoca a luta de partidos comunistas, desviando a sua atenção para direitos de cunho individualista e para a bandeira do liberalismo.

Conclusão

Exatamente por tudo isso que foi exposto nós entendemos que denunciar e combater o homossexualismo enquanto ideologia política é uma obrigação moral a ideológica de todo comunista! Marx e Engels consideraram o homossexualismo uma aberração, Lenin como uma perversão moral e Stalin e seus sucessores como uma "manifestação de decadência da burguesia". Qualquer um que se considere comunista não pode fugir desse caminho, não há "outro caminho", ou erguemos alto a bandeira vermelha marxismo Leninismo com a sua foice e o martelo, ou erguemos a bandeira colorida e o triângulo burguês. Em realidade, nós erguemos com prazer a bandeira colorida em direção a uma fogueira!

Há 10 anos atrás, um artigo nosso concluía: "com tantos direitos e tantas conquistas, qual será a nova reivindicação dos homossexuais, pintar a bandeira nacional de róseo?". Certamente não precisam eles pintar uma bandeira de róseo, já que uma rede social faz isso por eles em seus avatares, demonstrando o triunfo do modelo de colonização cultural e ideológica das grandes potências.

Combater o homossexualismo é lutar pelo socialismo, é lutar pelo nosso direito de sermos homens, de sermos mulheres, é lutar pelo direito de sermos valentes e pegar em armas para defender nossas famílias, nossos amigos, os trabalhadores, pelo direito de defender outros povos ameaçados por aqueles que promovem os "direitos homossexuais" e querem decidir quem deve viver ou quem deve morrer "em nome da democracia".

Longe daquilo que o sistema prega, da ideologia dominante, combater o homossexualismo, longe de ser "homofobia", é cidadania!


Ao lado esquerdo, o que é uma grande vitória para os comunistas. Ao lado direito, o que é uma grande vitória pra os EUA



*https://www.youtube.com/watch?v=rTrvSs2VoPQ
*http://communitarian.ru/novosti/medicina/pochemu_gomoseksualizm_byl_isklyuchen_golosovaniem_iz_spiska_psihiatricheskih_zabolevaniy_03072015/
*http://www.telegraph.co.uk/topics/christmas/6860351/Angels-cant-fly-scientist-says.html
*http://www.frontpagemag.com/fpm/177594/74-year-old-german-woman-convicted-hate-speech-andrew-harrod
* http://www.pavablog.com/2011/06/28/em-pre-escola-sueca-nao-existe-mais-distincao-entre-meninos-e-meninas/
* Marx Engels Werke vol.38, German edition - p. 30/31
* ZETKIN, Clara. Lenin e o movimento feminino. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/zetkin/1920/mes/lenin.htm

quarta-feira, setembro 30, 2015

FUNDO DE AJUDA AO DONBASS

A Página Vermelha orgulhosamente organiza um grande esforço de ajuda ao Donbass, às repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk, que conta com milhares de reais solidariamente depositados em nosso fundo, que será levado até a região do Donbass. Para contribui, é preciso ajudar e confirmar através do site:

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/fundo-de-ajuda-ao-donbass

sábado, agosto 22, 2015

Filosofia: Esboços da crítica da filosofia de Alexander Duguin

Por Cristiano Alves e Angela Mezacasa

Duguin é sem dúvidas um pensador importante, até pelo currículo dele, é doutor, era professor da Universidade Estatal de Moscou e é um politólogo com uma significante estratégia para a geopolítica russa, entretanto sua obra possui sérias limitações.

 Capas de livros de A. Duguin: Konspirologiya e Elyemyenty


A crítica que Duguin faz a Marx é tão rica quanto aquela feita por Mises, isto é, é inteiramente baseada em premissas falsas, seja por desconhecimento da obra de Marx ou por conveniência política conveniente ao seu movimento próprio e à sua doutrina política, classificada por muitos autores como "neoeurasianismo". "Neo" por que os nacionalistas ucranianos também têm sua própria versão do eurasianismo, que prega a supressão da Rússia para a formação de uma grande Rússia sediada em Kiev, com a supressão de "Moscou", como eles chamam a Federação Russa, e a eliminação física de todos os "moskalya", isto é, dos russos, tal como planejado pelos nazistas, inspirados no programa de anglossaxonização da América, como bem nos mostra Domenico Losurdo.

Defesa de que tradição?

Muitos brasileiros respeitam Duguin pela sua crítica do pós-modernismo, "nós defendemos a tradição", dizem os duguinistas, "nós somos contra o pós-modernismo". Porém, evocando aqui o pensamento de S. Kurginyan, como defender a tradição num país, por exemplo, como Afeganistão? Propõe Duguin defender o Talibã? Afinal, ninguém defendia mais a tradição contra o "malvado comunismo ateu" do que os terroristas do Afeganistão, e nessa tradição está inclusa a produção de heroína e o estupro de meninos. Que propõe Duguin? Extinguir da mulher o direito de voto para se ater a uma "grande tradição"? Seu modelo de "tradição" é um modelo que vai não apenas contra o pós-modernismo, como também contra o modernismo, e isso fica bem evidente em sua "Catequese do membro da Juventude Eurasianista":

"O passado nos mostra como viver, sem parlamento, sem televisores, "direitos humanos", utensílios eletrônicos das cidades. O passado é real, o presente é virtual... A contemporaneidade sempre erra"1

A propósito, vale salientar que dentre os Direitos Humanos, odiados pelos duguinistas, está o direito à vida, à liberdade de expressão, dentre outros. Nesse aspecto a teoria de Duguin mostra-se extremamente reacionária. Isso explica por que em um de seus vídeos, Duguin diz que "a internet não traz nada de bom" e noutro por que "o homem deveria parar de construir foguetes para pensar em Deus".

Ora, a tecnologia sempre foi um ponto muito forte para a Rússia e fator determinante de sua sobrevivência econômica. Hoje, até a NASA precisa de motores de foguete russos, sem os quais os seus foguetes não decolam. A Rússia também desenvolveu e desenvolve várias tecnologias, o que quer Duguin? Uma Rússia na Idade da Pedra como solução?!

Racismo

Um dos pontos polêmicos do catecismo político de Duguin é o seu racismo. Se os seus seguidores são alguns rapazes com fantasias por garotas-propagandas de Duguin, vamos ver o que o catecismo de seu movimento nos ensina sobre relacionamentos com pessoas que não são da sua raça2:

"Você é mulher (...) Seja digna da sua grandeza, não fuja das leis da raça, dê amor e afeição a homens bonitos e fortes da sua tribo (...) Sirva aos fortes, violentos e livres, fuja dos covardes, frouxos e dos cretinos"3


Para ser justo, Duguin possui escritos antirracistas, especialmente em "Evraziyskiy revansh Rossii", mas devido ao fato de estar ligado a Julius Évola, ele mostra-se anti-miscigenação. Essa postura evoliano-duguiniana é facilmente refutada por um autor que Duguin diz defender, sobre o qual até chegou a escrever positivamente, um autor que refuta Duguin, Iosif Vissaryonovitch Stalin.

Em "O marxismo e a questão nacional" Stalin destrói o mito da "raça pura", quase 100 anos antes do Projeto Genoma, usando-se de estudos históricos (o georgiano estava muito à frente de seu tempo):


"A atual nação italiana foi formada de romanos, germanos, etruscos, gregos, árabes, etc. A nação francesa foi constituída de gauleses, romanos, britânicos e germanos, etc. O mesmo pode-se dizer dos ingleses, alemães e dos outros povos (...)"4


Ora, se mesmo a Rússia é um país miscigenado, se mesmo os russos vem dos povos cita, sármata, mongóis, dentre outros, o que quer Duguin falando em pureza racial, ainda que indiretamente? E essa realidade da Rússia também vale para Alemanha, França... "nações puras" só podem ser encontrados em tribos de aborígenes na Oceania ou em florestas da África. Que sentido faz uma teoria dessas em um país miscigenado como o Brasil? Nem para um alemão (saxões, romanos, celtas...) isso faz sentido, quanto mais para um mestiço tupiniquim. Esse tipo de teoria não tem espaço na sociedade e nem na política brasileira, ela é natimorta.

Duguin contra a ciência e a tecnologia

Para defender a sua ideia de "revolução conservadora" Duguin criou o site Arktogeia (país mítico no Paraíso Polar pensado pelo historiador nazista Guerman Irvit).

No site citado, ele defende o seu ódio contra a tecnologia, afirmando que a verdadeira face da "Revolução Conservadora" é o ódio ao pensamento científico, o que seria voltar ao tempo em que "senhor' e "servo" tinham um sentido absoluto. Isso explica sua oposição à corrida espacial e à internet, expressa em dois notáveis vídeos seus disponíveis na internet.

A posição de Duguin, segundo a qual a tecnologia escraviza o homem e é preciso destruí-la para emancipar o homem, especialmente a tecnologia de ponta, é muito parecida com a opinião dos ludistas do século XIX, segundo a qual a emancipação do homem se daria pela destruição das máquinas. Essa postura foi firmemente condenada pelos marxistas, em especial por um marxista da Geórgia, país do Cáucaso, que classificou em suas Obras Escolhidas as doutrinas "anti-tecnologia" de fase infantil do movimento operário.

Nesse sentido, ao contrário do que pregam os adeptos do neo-eurasianismo de Duguin, sua teoria não apresenta absolutamente nada de novo, apenas a velha teoria anarquista com uma roupagem de ultranacionalismo russo. Uma reedição de velhas ideias que se apresenta com caráter de excepcionalidade ou de novidade.

O velho discurso liberal, mas antiliberal

Karl Marx e Friedrich Engels são dois autores no mínimo curiosos, conseguindo a façanha de serem muito conhecidos e ao mesmo tempo desconhecidos. Todo mundo "conhece" Marx, todo mundo "refutou" Marx e está sempre pronto par apontar o dedo e nos dizer como sua teoria estava errada, por esse ou aquele motivo que não está na obra de Marx e nem de Engels. Na melhor das hipóteses, esses marxólogos de araque não leram sua obra na íntegra. Duguin cai no mesmo conto do "Marx profeta".

Em "A quarta teoria política", Aleksandr Guelyevich, falando sobre Marx, sustenta que:

"O marxismo está normalmente correto quando descreve seu inimigo, especialmente a burguesia. Porém, suas próprias tentativas de entender a si mesmo levaram ao erro. A primeira e mais proeminente contradição é a previsão não cumprida de Marx sobre os tipos de sociedades que são as mais aptas para as revoluções socialistas. Ele estava confiante de que essas ocorreriam nos países industrializados europeus com elevado nível de manufatura e um alto percentual de proletariado urbano. Tais revoluções eram excluídas de ocorrer em países agrários e países com o modo asiático de produção devido a sua falta de desenvolvimento. No século XX, tudo ocorreu exatamente ao contrário. Revoluções socialistas e sociedades socialistas se desenvolveram em países agrários com uma população rural arcaica, enquanto nada similar ocorreu nas altamente desenvolvidas Europa e América.Porém, mesmo naqueles países em que o socialismo venceu, o dogma marxista não permitiu repensar seus pressupostos lógicos básicos, considerar o papel de fatores pré-industriais e avaliar corretamente o real poder do mito. Em suas versões ocidental e soviética, a autorreflexão do marxismo acabou sendo questionável e imprecisa. Justificadamente criticando o liberalismo, o marxismo estava seriamente equivocado sobre si mesmo, o que, em certo ponto, afetou seu destino."

A priori essa história já é conhecida! E ela nem mesmo é de Duguin. E o problema dessas afirmações é que elas estão completamente erradas!

Levando para o campo da epistemologia, em 1881, o filósofo alemão Karl Heinrich Marx redigiu cartas para a revolucionária Vera Ivanovna Zasulitch falando sobre a luta de classes na Rússia. Essas cartas apresentam uma ruptura com a ideia da necessidade do desenvolvimento das forças produtivas para que a revolução socialista aconteça. Marx mudou de opinião, em uma perspectiva diferente dos textos anteriores que ele havia escrito não apenas países industrializados tinham condições para uma revolução socialistas, mas também países agrários e países subdesenvolvidos. Essa análise da situação russa no século 19 forneceu bases e anteciparam o movimento que culminaria na Revolução Russa de 1917. Essas cartas de Marx foram compiladas e agora são um livro chamado “Luta de Classes na Rússia” que pode ser facilmente obtido.

É curioso como há sempre um ou outro pretenso "estudioso de Marx" pronto a dizer que "Marx não previu isso", "Marx não previu aquilo". Devemos lembrar que Marx e Engels eram filósofos, e não videntes para prever isso ou aquilo. Eles não participavam de missa negra, ritual xamânico ou criavam sites sobre "reinos fantásticos do Polo Norte", ou usavam como símbolos de suas obras runas vikings ou recorriam aos segredos da sabedoria hiperbórea, da Cabala ou dos dos xamãs. Marx não era Mãe Diná! Ou como diriam no mundo eslavo, "Marx não era a Vovó Vanga".

Praviy Sektor russo?

A atuação dos duguinistas na Novorrússia é alvo de vários debates e críticas. Algumas unidades e pensadores acusam os duguinistas de "não levar uma luta séria contra Kiev", sustentam eles que mais cedo ou mais tarde irão entrar em acordo para promover uma Maydan na Rússia.

Os autores Aleksey Kochetkov e Stanislav Byshok, monitores de direitos humanos respeitados na Rússia e fora dela, que denunciam os crimes do regime de Kieve o estudam em profundidade na sua magna obra "Euromaydan imeni Stepana Bandery" (Euromaydan chamada Stepan Bandera), muitas vezes comparam o movimento que tomou o poder na Ucrânia com o de Alexander Duguin na Rússia. Vale frisar que os neonazistas e elementos fascistóides ucranianos também se dizem "eurasianistas", só que com uma visão centrada em Kiev, ao contrário do neoeurasianismo duguiniano que se concentra em Moscou.

Vale lembrar que embora oficialmente apoie resistência anti-Kiev da Novorrússia, o mesmo Duguin tem uma relação amistosa e curiosa com ninguém mais, ninguém menos do que Korchinskiy, um banderista ucraniano! Em 2005, o banderista Korchinsky aparece em um Protesto Eurasiano ao lado de Alexander Duguin.



Conclusão

Longe de "superar o marxismo" ou seguir por um "caminho alternativo", "terceiro", "quarto" ou décimo, a teoria de Duguin não tem nada de novo, ela propõe a supressão de aspectos culturais dos povos, a destruição de valores modernos, industriais. Trata-se de um fascismo com uma nova roupagem, reeditado, mas muitos de seus objetivos são os mesmos.



1- http://www.zerkalov.org.ua/node/5814
2- Originalmente o termo usado é rod.
3- http://www.zerkalov.org.ua/node/5814
4- STALIN, Iosif Vissaryonovich. OBRAS. Volume 2. O Marxismo e a questão nacional. Pg. 280. Editorial Vitória LTDA. Rio - 1952

quarta-feira, agosto 12, 2015

REFLEXÃO DO DIA: O que é liberdade?


"É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste em se fazer o que se quer. Em um Estado, isto é, numa sociedade onde existem leis, a liberdade só pode consistir em poder fazer o que se deve querer e não em ser forçado a fazer o que não se tem o direito de querer.
Deve-se ter em mente o que é a independência e o que é a liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; e se um cidadão pudesse fazer o que elas proíbem ele já não teria liberdade, porque os outros também teriam esse poder."

MONTESQUIEU. O espírito das leis

A VOZ DO COMUNISMO: Stalin e os negros

A VOZ DO COMUNISMO: Reacionários coxinhas são pervertidos e estupradores em potencial

terça-feira, julho 07, 2015

NOVORRÚSSIA: A Página Vermelha entrevista miliciana socialista

Por Cristiano Alves

A miliciana Svetlana com uma Metralhadora Kalashnikov (PK)

Foi uma grande surpresa para A Página Vermelha ter estabelecido contato com a notável miliciana russa que hoje luta no Donbass, a entrevista revelou uma série de surpresas sobre uma mulher verdadeira, uma luz que não é movida não pelo ódio, bizarrices pós-modernas num mundo povoado por idolatras do hedonismo, mas antes de tudo uma jovem com princípios movida por um sentimento de justiça e altruísmo. Ela se inspira no exemplo de Zoya Kosmodemyanskaya, lendária partizanka soviética que voluntariamente participou de vários atos de sabotagem contra o invasor nazista, acabando torturada, enforcada e esquartejada por se manter leal aos seus camaradas até os seus últimos momentos, nos anos 40. 

Enquanto muitos "homens" se dizem de esquerda e se mantém indiferentes à guerra no Donbass, idolatrando aberrações fetichizadas e propagandeadas pelo imperialismo, Svetlana foi combater a maior instituição do imperialismo moderno, a OTAN. A miliciana, que gosta da natureza e quer ter muitos filhos após a guerra, nos fala um pouco de si e de seu povo. 

Ao falar de minha experiência na Rússia, sobre como fui bem acolhido em seu país e tive uma enorme facilidade para se relacionar com os russos, a miliciana Svetlana nos fala de seu pov, ela diz que "os russos possuem uma alma bastante aberta". Essa, a propósito, é uma característica marcante da língua russa que nenhuma tradução pode captar com exatidão, o uso constante da palavra "dusha", isto é, "alma", usada com muito mais frequência do que em outras línguas. Não se fala do coração físico, mas do estado de espírito em si. "Os russos são um povo muito amistoso, mas nós jamais permitimos que nos ofendam", ela prossegue, "e sempre nos levantamos contra a injustiça. Lutamos por uma causa justa e por isso Deus está conosco e somos invencíveis".

Svetlana foi ao Donbass, após retornar da Rússia, onde mora o povo que desde seus primórdios divide a mesma história com os ucranianos. Em realidade, não há diferenças físicas entre russos (russkie) e ucranianos (antes chamados de pequenos-russos), sua única diferença é na língua, já que a Ucrânia por muito tempo esteve sob domínio polonês e na região de Lvov passou a conhecer diferenças significantes em relação ao idioma falado em Moscou. Lembremos que até a Revolução de Outubro de 1917, a escrita cirílica ucraniana e russa eram praticamente idênticas. É um fato que 1, em cada 3 russos, tem parentes na Ucrânia. Deste modo, é um erro muito frequente de analistas políticos e apologistas do regime de Kiev comparar Rússia e Ucrânia (que compartilharam um território comum, uma cultura e economia comuns, e compartilham fronteira e um idioma comum) com Brasil e Portugal ou Argentina e Espanha, que tiveram uma história diferente, compreendiam uma etnos diferente (americana e europeia) até ter sua história fundida pela invasão de um pelo outro.

Da Rússia, Svetlana trouxe ajuda humanitária para as crianças do Donbass, no Leste da Ucrânia, onde milhões de crianças estão vivendo em porões para se proteger dos ataques de artilharia do regime de Kiev, da Junta, liderado por Poroshenko, um tirano que governa com o aval da OTAN e o apoio moral de John McCain, candidato a presidência fracassado dos Estados Unidos, que após ser derrotado nas urnas americanas agora dá instruções até de que ministros devem ser escolhidos para o governo ucraniano.

A miliciana Svetlana com um fuzil AK, colete balístico, capacete e um cão
A Página Vermelha: Aqui no Ocidente muitas fontes de imprensa "livre" dizem que no Donbass lutam apenas profissionais das Forças Armadas Russas. Você teve qualquer instrução antes de sua chegada ao Donbass? Talvez no Exército? Na Polícia?

Miliciana Svetlana: Eu nunca tive qualquer experiência militar até vir ao Donbass. A primeira vez que eu vi um fuzil foi só aqui. Nas fileiras da milícia lutam pessoas de especialidades totalmente pacíficas, mineiros, professores, economistas, advogados, etc. Aqui não havia Forças Armadas Russas e nem há, apenas voluntários.

A Página Vermelha: Quem são essas pessoas que servem com você? O Pyatnashka é um batalhão internacionalista, de onde são os seus camaradas? Por que eles lutam?

Miliciana Svetlana: Em nossa brigada lutam pessoas de diferentes países. Há habitantes locais, russos, abecásios, armênios, uzbeques, eslovacos.

A Página Vermelha: Acerca da fé, todos sabem que você é ortodoxa. Você tem uma foto em frente a um monumento soviético. Você tem convicções políticas?

Miliciana Svetlana: Socialistas!

A Página Vermelha: Durante a Grande Guerra Pátria (nome da IIGM na Rússia e ex-URSS) diferentes mulheres tornaram-se famosas em combate, Mariya Oktyabrskaya, Zoya Kosmodemyanskaya, Lidiya Litvyak... Alguma delas te inspira?

Miliciana Svetlana: Zoya Kosmodemyanskaya é uma mulher que merece respeito. Ela foi um símbolo de heroísmo do povo russo.


A brava Svetlana em meio à guerra


A Página Vermelha: O que é estar na guerra? Quais foram os momentos mais difíceis? As cenas mais assustadoras? A mídia ucraniana e alguns apoiadores da Ucrânia nos dizem que os milicianos são terroristas. O que você responde a essas pessoas?

Miliciana Svetlana: A guerra é horrível, é a lágrima de pessoas inocentes, é uma morte sem justificativa. É horrível quando crianças, em vez de passear com os seus pais pelos parques e comer sorvete, são forçados a ficar em porões sujos para se esconder de bombardeios. 

Acerca dos terroristas, como chamar a uma pessoa que se levanta para defender a sua casa, o seu povo e os interesses de seu povo, como podem ser chamados de terroristas?! Isso não me entra na cabeça.

A Ucrânia berra que está combatendo mercenários russos, para justificar os seus fracassos no campo de batalha, para eles é uma vergonha reconhecer o fato de que as suas forças armadas estão sendo derrotadas por simples mineiros.

A Página Vermelha: Você tem uma foto com uma metralhadora. Diferentes fotos mostram você no front. Você tem armas favoritas?

Miliciana Svetlana: A minha arma favorita é o AK, Fuzil Kalashnikov. 

A Página Vermelha: Após a guerra, você pretende continuar como militar?

Miliciana Svetlana: Após a guerra eu quero voltar para casa e ter muitos filhos.

A Página Vermelha: Agora um pouco sobre o Brasil. O que você sabe sobre o Brasil? 

Miliciana Svetlana: No Brasil eu nunca estive, por isso eu não sei nada.

A Página Vermelha: No Donbass lutam voluntários do Brasil, alguns deles não tinham nenhuma experiência militar antes da guerra, mas ironicamente jornais ucranianos como a TSN insistem em dizer que são "mercenários", mercenários sem preparo militar?! Nós temos aqui muitas pessoas, incluindo mulheres, que gostariam de lutar pelo povo do Donbass. Que conselho para eles você tem?

Miliciana Svetlana: Se há o desejo de ajudar, então é necessário ajudar por quaisquer meios.

A Página Vermelha: Que mensagem você gostaria de dar a nós brasileiros e a nós de A Página Vermelha? Talvez você não saiba, mas dentre nós há uma jovem que gostaria de lutar no Donbass, mas não pode, nossa camarada Angela.

Miliciana Svetlana: É um prazer saber que pessoas no distante Brasil não são indiferentes à guerra no Donbass. Muitos dizem que "a guerra não é lugar para mulheres". Mas quando surge a questão sobre defender o povo de um genocídio, a questão do sexo não tem nenhuma importância.

Svetlana atira com um lança-rojão RPG
Encerramos a entrevista com um convite a Svetlana para visitar o Brasil. No curso da entrevista ela mostrou o desejo de encontrar-se no Donbass com o autor de A Página Vermelha futuramente e de manter contato. Muitos milicianos mantém contato através de suas redes sociais, trazendo informações diretas sobre combates e a situação de milhões de pessoas oprimidas e bombardeadas pelas forças ucranianas. São pessoas nobres, que lutam por uma causa justa, e não mercenários obcecados por dinheiro ou neonazistas sedentos de sangue das "raças inferiores" como há nas forças ucranianas. Svetlana em russo significa "Iluminada", e seu depoimento nos dá uma luz para que do Brasil possamos entender os acontecimentos na Ucrânia Oriental, no Donbas.

Sobre a questão de quem é o "verdadeiro terrorista na história", alguém poderia dizer que "o lado ucraniano é suspeito para falar", que "o lado miliciano é suspeito para falar", o que nos obriga a buscar uma terceira parte, no caso a INTERPOL. Ao passo que se inserirmos no banco de dados da INTERPOL o nome de Girkin (Strelkov), o primeiro miliciano, ou Pavlov (popularmente conhecido como Motorolla), ou Hodakovskiy (comandante da Brigada Vostok), nós não obtemos nenhum retorno. Todavia se inserirmos o nome de Yarosh, um dos líderes do Setor de Direita, deputado e comandante do Batalhão Punitivo ucraniano, formado por neonazistas, obtemos seu nome na lista de terroristas. A verdade está com o Donbass!

quarta-feira, julho 01, 2015

MUNDO: Aleksiy II, o patriarca que desafiou a União Europeia (LEGENDADO)


Quando um pontífice religioso é mais revolucionário do que muitos ditos "comunistas"

NOVORRÚSSIA: Temos que resistir no Donbass, entrevista com uma miliciana

Tradução russo-português de Cristiano Alves

Introdução de A Página Vermelha: Enquanto muitos ditos "homens" idolatram pervertidos e a Casa Branca, uma jovem siberiana pegou em armas para lutar contra Kiev e os valores ocidentais que os neonazistas pretendem impor na Ucrânia Oriental.

Como é que garotas do interior dos Urais aparecem na milícia do Donbass? Como elas combatem? O que elas dizem sobre isso?

Outro dia eu tive o prazer de conversar com uma dessas valentes garotas. O nome dela é Svetlana, ela tem pouco mais de 20 anos, nasceu e vive na cidade de Solikamsk, na região de Perm, antes trabalhava com tipografia. A guerra na Donbass não a deixou indiferente e, em novembro de 2014, Svetlana demitiu-se do trabalho, recebeu a indenização, gastou dinheiro com presentes para crianças de Donetsk e partiu para o Donbass.

Svetlana passou a servir no batalhão “Pyatnashka”. Primeiramente trabalhou conseguindo na Rússia ajuda humanitária, distribuindo-a para os necessitados. Entregava comida e roupas a pessoas que viviam em porões. Para as crianças ela trazia bombons. “Se vocês vissem os seus olhos!” – diz Svetlana sobre as crianças de Donetsk, e os olhos da própria Svetlana mudam, tornando-se vivazes.

"E o que você fazia em Donetsk?" - pergunto eu.

"Não consegui ficar muito tempo sentada como ajudante humanitária, pedi para entrar em um grupo de combate” – responde Svetlana. 

"Por que?" - pergunto.

"De fato, não quero que a guerra chegue à Rússia. Preciso parar isso tudo lá" - responde Svetlana.

E torna-se compreensível por que a frágil garota largou o trabalho, por que em meio à incompreensão de conhecidos e parentes ela deixou a sua cidade natal, por que ela foi ao próprio inferno e por que ela pegou em armas.
Abaixo, passo algumas das mais interessantes partes da nossa conversa.

Sobre a construção do Estado na RPD (República Popular de Donetsk)

Pergunta: “Como se dá hoje a construção do Estado na RPD?”

Svetlana: “Constroem, ativamente constroem. Organizaram seus comissariados de recrutamento militar (adiante CRM), através deles se dá a mobilização dos donenses no exército. Organizam o pagamento de benefícios, pensões. As pessoas gostam muito de Zaharchenko e esperam dele a melhoria em sua vida”.

Sobre o espírito combativo dos habitantes da RPD e da milícia

Pergunta: “E como é o povo de Donetsk? Há prontidão de combate, para guerrear?”

Svetlana: “A guerra afetou muito os cidadãos pacíficos. Mas no exército da RPD o espírito de luta é muito alto. Afinal de contas, por que temos tanto sucesso, por que temos poucas perdas? Por que temos um alto espírito de luta, alta motivação. E os soldados das Forças Armadas Ucranianas (adiante FAU) vem aqui involuntariamente, não querem guerrear.  A propósito, atrás das posições das FAU estão os “pravoseki” (NT: membros do Praviy Sektor), a guarda nacional, como destacamento punitivo*. Eles mesmos não se envolvem na batalha... nós fizemos muitos prisioneiros, as FAU não querem guerrear... Agora temos potencial militar bem maior, do que tínhamos a um ano atrás. Das FAU, nos “caldeirões”, nós tomamos o máximo que pudemos, armas, munições, equipamentos!”

Pergunta: "Muitos nativos estão na milícia?"

Svetlana: "Muitos, oitenta a noventa por cento. Os milicianos tem um moral muito elevado. Eles correm em direção à luta".

Sobre como tudo começou

Pergunta: “E como foi que tudo começou na primavera de 2014? O que dizem os habitantes locais?”

Svetlana: “Aqueles com quem eu conversei, em sua maioria, disseram que eles queriam se separar da Ucrânia, juntar-se à Rússia ou viver independentemente. Os nativos se levantaram por si mesmos, se auto-organizaram, eles mesmos invadiram as administrações locais...”

Sobre Strelkov

Pergunta: “E quem é Strelkov, o que falam a seu respeito em Donetsk?”

Svetlana: “Sim, já esqueceram dele. Quando no ano passado ele entregou Slavyansk e veio para Donetsk, muitos falaram dele. E agora na Rússia, ele faz discursos... Lembrar de que a respeito dele?”

Sobre a defesa de Slavyansk

Pergunta: “E o que falam a respeito de Slavyansk? Era possível defende-la, mantê-la?”

Svetlana: “Entregaram em vão. A milícia poderia manter Slavyansk, em sua maior parte, dizem. E Strelkov? A entrega de Slavyansk não foi covardia dele, mas antes de tudo estupidez...”

Sobre a ajuda humanitária.

Pergunta: “Há rumores de que a ajuda humanitária da Rússia é vendida em Donetsk nos mercados e lojas. É verdade?”

Svetlana: “Antes poderia ser, mas não agora. Mercadorias russas vem para Donetsk apenas em comboios humanitários. Se alguém ver em uma loja mercadorias, mesmo que remotamente pareçam com ajuda humanitária da Rússia, então o dono da loja não apenas é multado... Isso é rigorosamente punido”.

Sobre ações militares

Pergunta: “De que ações militares você participou pessoalmente?”

Svetlana: “Agora nós estamos a 200 metros das FAU em Marinka. Eu olho no binóculos, e os soldados das FAU me observam. Os soldados das FAU adoram sentar-se em residências, colocam tanques no meio da rua. Como atirar neles? A nossa unidade ajudou a tomar o aeroporto de Donetsk, lá nós tomamos muitos uniformes da OTAN. Mochilas (mostra a sua), kits de primeiros socorros, rações, fuzis M-4... O Ocidente está ajudando a Ucrânia seriamente, e mesmo as próprias FAU se preparam seriamente. Nós, em Debaltsevo, após a libertação, invadimos muitos hangares com alimentos, armas, equipamentos e munições, que as FAU prepararam para si. Eles poderiam se defender durante a metade do ano...”

Sobre Donetsk

Pergunta: “Fale de Donetsk, o que achou da cidade?”

Svetlana: “Donetsk é uma cidade muito bonita, o centro da cidade mesmo agora está em condição quase ideal. Lá crescem rosas, Donetsk é geralmente chamada de a cidade das rosas. Se é necessário limpar, as pessoas saem aos sábados maciçamente e de forma gratuita. Pessoas fortes, vencê-las é impossível”

Sobre a relação dos civis com os milicianos

Pergunta: “Como os habitantes nativos se relacionam com a milícia, com o exército?”

Svetlana: “Como se relacionam com a milícia? Dou um exemplo: às vezes nas trincheiras de combate nos faltam batatas** e nós vamos até os nativos trocar carne enlatada por batatas, temos muita. Então eles não pegam a carne moída, dizem: “Você já nos ajuda! Fique com elas”. Uma mulher foi nos chamar na adega, pediu para pegar as compotas, com conservas. “Só devolvam as latas”. Depois as FAU mataram o seu marido e a feriram...”

Sobre as relações com a Rússia

Pergunta: “Algumas fontes na Rússia “divulgam” que no Donbass não gostam da Rússia e dos russos”

Svetlana: “As pessoas se dão muito bem com a Rússia e com os russos. No inverno aqui eu tive resfriado, fui até a enfermaria de Donetsk, pedi ajuda. Então lá, melhor do que na Rússia, eles me trataram, vieram atrás de mim, me levaram, cuidaram de mim. Fui curada... A eles sou muito grata.”

Sobre os habitantes dos territórios ocupados pela Junta banderista*

Pergunta: “Qual é a sua relação com os habitantes da Ucrânia?”

Svetlana: “Às vezes nos ajudam os nativos de Donetsk de locais temporariamente ocupados pela Junta. Falam das FAU, para onde se mudaram... Eles vivem lá com medo, revistam tudo, levam as pessoas. Batem à porta e os vizinhos são despejados pelas FAU, em seus lugares colocam outras pessoas... A Ucrânia hoje vive um bloqueio de informação... Quando o povo da Ucrânia conhecer a verdade, ele se levantará”.

Sobre o principal

Pergunta: “E que saída você vê para essa guerra civil?”

Svetlana: “Chegar até Kiev. Não há outra opção, eles não vão descançar. Nós temos que resistir no Donbass! Ninguém “enterra” o Donbass, não o entregará a essas pessoas. Nós temos que defender essas terras, do contrário a guerra irá até a Crimeia, à Rússia, a Rússia irá guerrear com a OTAN no território da Ucrânia. E não serão granadas que irão voar, mas foguetes atômicos”.

Hoje Svetlana voltou a Donetsk para lutar pela Rússia, pelo Donbass, pelo povo. Contra o fascismo.
Foto de Svetlana com uma metralhadora 7,62, de seu arquivo pessoal


*Originalmente, “zagradotryad”, tropas punitivas responsáveis por atirar em soldados que tentam fugir da guerra. Não confundir com a expressão “batalhão punitivo”, responsável por promover atos de terror e bombardear civis na Ucrânia Oriental.
**Na Rússia, Novorrússia e Ucrânia, é comum usar como complemento alimentar a batata, em vez de arroz, como no Brasil ou partes da Ásia.
***Seguidora das ideias de Stepan Bandera, colaborador de Hitler na Ucrânia e agente da inteligência do III Reich, o Abwehr, conhecido sadista e pervertido sexual responsável pelo assassinato e estupro de russos, ucranianos e de poloneses no massacre de Volhynia, na Ucrânia Ocidental durante a IIGM.