quinta-feira, novembro 20, 2014

OPINIÃO: Arcipreste Dimitriy Dudko sobre Stalin

Tradução de Cristiano Alves




“Se do ponto de vista divido olhamos para Stalin, isto é, na verdade, uma pessoa especial, dada por Deus, protegido por Deus... Nós, pessoas ortodoxas, sofredoras de perseguição por nossa fé, precisamos esquecer das ofensas, como convém aos cristãos, e devemos olhar para tudo com atenção e amor. Eu vou falar de mim. Eu também não compreendi Stalin como se deve, e em seus poemas da juventude ele escreveu: “E você me parece um carrasco, que os destruiu, o primeiro de todos”. Agora, pos mortem eu estou pronto para pedir a ele perdão. Não, ele não foi um carrasco, ele salvou a vida de muitos... E eu, sentando-me nos tempos de Stalin e Brejnyev, como o bispo Luka, estou pronto para exclamar:


“Stalin é o líder dado por Deus à Rússia...”

Mas percebe-se, que não foi em vão que o filósofo N. Berdyayev fisse: “O ateísmo é a porta para Deus pela porta dos fundos”.


Stalin foi um déspota, sim, mas ele esteve próximo de Deus. Talvez por que o ateísmo é a porta dos fundos. Os democratas, embora não se declarem crentes... são crentes, só que no bezerro de ouro, nos negócios, em Mamon... E no Evangelho está dito: não se pode servir ao mesmo tempo a Deus e a Mamon!


Sim, Stalin nos foi dado por Deus, ele criou tal potência que por mais que se quebre, não pode se quebrar até o fim. E a ela temem os países capitalistas alardeados.


Sim, Stalin preservou a Rússia, mostrou o que ela significa para todo o mundo, e com isso ainda temos que lidar. Por isso eu, como cristão ortodoxo e patriota russo me curvo a Stalin .“Chur, faça novamente o sinal da cruz... – sim, eu ouço isso – aquele a quem se curvas não seria o anticristo?”


E então eu faço uma pergunta a vocês. O anticristo vem do ateu ou do crente? Quanto a essa questão é fato que o crente sempre irá jurar sobre a Bíblia. Por isso eu enfatizo, que no Evangelho: um disse “eu vou” e não foi, um outro disse “eu não vou” e foi.

Stalin por fora era ateu, mas na verdade era um homem crente, isso pode ser demonstrado através dos fatos... Não foi por acaso que na Igreja Ortodoxa Russa foi cantado para ele, quando ele morreu, até a “Memória eterna”, o que não se daria nem mesmo nos tempos “sem Deus”. Não foi por acaso que ele estudou no Seminário Teológico, apesar de que lá ele perdeu a fé, mas para adotá-la verdadeiramente. E nós não entendemos isso... Mas o principal é que, apesar de tudo, Stalin cuidou de forma fraternal da Rússia”.

4 comentários:

Pedagogia do Futuro disse...

Eu sou um cristão católico, porém eu procuro me esclarecer sobre os fatos. Tanto é verdade que tive a experiência de ler o Livro Vermelho de Mao Tse Tung, e descobri que ele não é o mostro que certas pessoas costumam transformá-lo, e vi muitas coisas bonitas neste livro. Do mesmo modo ao ver que o arcipreste Ortodoxo fala todas essas verdades a respeito de Stalin, com isso ele como sacerdote legitimamente ordenado, desmente claramente pessoas como Olavo de Carvalho e companhia limitada. A verdade é que para compreender o direitismo, existem as seguintes palavras-chave: Individualismo, egoísmo, racismo, machismo, ocidentalismo (só gosta do que é ocidental), e elitismo. Para completar eu gostaria de escrever um pequeno pensamento de um cristão do século XIX chamado antônio Frederico Ozanam, fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo, da qual faço parte. Assim ele escreveu a respeito da exploração dos trabalhadores: "A exploração do homem pelo homem é escravidão. O operário-máquina é assim somente uma parte do capital, como o escravo dos antigos, o trabalho chega a ser escravidão.". Faço minhas estas palavras como as palavras do Arcipreste, tanto neste como no outro artigo, onde ele disse que Stalin foi a espada de retaliação do povo russo contra o czar.

Revistacidadesol disse...

http://revistacidadesol.blogspot.com.br/2014/12/a-vida-suspensa-contos-de-fabio-camargo.html

Pedagogia do Futuro disse...

Outro fundamento importante que é bom esclarecer é que os dois arciprestes citados neste blog, tanto Serjiev como Dimitriy, como dois autênticos sacerdotes de Cristo que lutaram pela pátria socialista, pelo que nos é muito bem mostrado em seus dizeres. É bom lembrar que eles seguem a Liturgia de São João Crisóstomo, Patriarca de Constantinopla. Pois bem, São João Crisóstomo tem uma importante história em defesa do povo pobre, e de luta contra os exploradores de seu tempo, e uma delas foi a imperatriz Odoxa. Olhem só o que disse esse arcipreste do século IV, em defesa do miserável: "Vocês querem, em verdade, honrara o corpo de Cristo? Se consternam por que ele se encontra nu. não o ornem no templo com mantos de seda enquanto fora o deixam passar frio e nudez". Do mesmo modo os arciprestes Serjiev e Dimitriy sempre fizeram, lutaram pelos pobres, colaborando com a pátria soviética, admitindo que nela havia a prática cristã, ao afirmarem que Stalin sempre cuidou do povo russo. assim eles agiram como São João Crisóstomo para um mundo melhor.

Pedagogia do Futuro disse...

Aqui é a polêmica 1 que deveria ser publicada no arcipreste Serjiev, mas vou dividi-la aqui para o arcipreste Dimitriy.
Eu gostaria de mais uma vez ser polêmico. Isto é, estamos entrando em mais um dia do trabalhador, primeiro de maio. este dia deveria ser comemorado com muita alegria e festividade no mundo inteiro, se não houvessem tantas diferenças salariais, que separam ricos de pobres. Pois enquanto diretores ganham mais de vinte mil, quem trabalha na produção e na limpeza tem salários de fome, pois há países como Bielo Rússia, onde a diferença entre o salário mínimo e máximo é de apenas cinco vezes. sim pois a verdade é que quem está em cargo de direção não é nada sem quem está na produção. sim, pois Oscar Nyermaier não seria nada como arquiteto, sem os pedreiros que tirassem suas obras dos papeis e das maquetes.
Agora para prosseguir no assunto, eu gostaria de falar da Doutrina Social da Igreja, pois bem ele foi oficializada em duas fases: A primeira, do papa Leão XIII ao Papa Pio XII; e a segunda do Papa João XXIII ao atual Papa Francisco. Muito bem, a primeira seguia uma linha pró indústria privada, visto que o Papa como bispo de Roma, é o Primaz da Italia, e ao Italia por sua vez estava desenvolvendo a indústria privada através da Fiat, Ferrari, e outros empreendimentos também, por isso acreditava-se que, se o capitalismo era capaz de produzir riqueza, economia, máquinas e etc., deveria ser capaz de produzir justos salários aos trabalhadores. Entretanto não foi o que ocorreu, e além disso a população mundial foi aumentando cada vez mais, e as situações de miséria, vulnerabilidade, desemprego, subemprego, baixos salários, exploração, opressão foram aumentando. Devido a isso a doutrina social da Igreja tomou um rumo de mudanças estruturais na sociedade, pois em João XXIII se encontra a palavra socialização, em Paulo VI a continuidade, e agora com Francisco, o combate à ganância dos poderosos, e a indignação pelas diferenças brutais salariais entre homens e mulheres.
Prosseguindo esse assunto, as Sagradas Escrituras flama do Reino de Deus, de Justiça e Paz, Partilha e etc., porém não especifica qual é a fórmula para fazer isso. Por isso conforme as doutrinas citadas acima, a igreja sempre teve uma postura contextual frente à questão social. e há uns anos atrás o meu antigo pároco, havia me emprestado um livro escrito pelos bispos da Holanda em 1969, quatro anos após o término do Concílio Vaticano II, e neste está escrito que são Tomás de Aquino disse que em caso de extrema necessidade tudo deveria ser comunicado, ou seja comunizado, dividido entre todos. Tanto é que nos primeiros tempos da Igreja era tudo posto em comum, conforme está nos Atos dos Apóstolos, e a Igreja combatia fortemente a opressão e a exploração. O que ocorreu conforme foi dito acima foi a crença na revolução industrial por si só que havia apagado a chama transformadora, hoje recuperada com tudo pelo atual Papa Francisco.