sexta-feira, maio 09, 2014

SEMANA DA VITÓRIA: Três paladinos antifascistas

Por Cristiano Aves




Três padres ortodoxos veteranos da Segunda Guerra, paladinos antifascistas, da Eparquia de Perm. Arcipreste Boris Bartov, Arcipreste Valentin Drugov e o monge Nikon. Dois deles foram mecânicos, um de aviões, outro de carros, e o monge Nikon um soldado operador de morteiro. Os três entraram para o sacerdócio após o fim da guerra e orgulhosamente ostentam as suas medalhas junto à cruz sacerdotal.

Enquanto a Igreja Católica Romana colocou-se ao lado do nazismo, enviando à Alemanha o cardeal Arsenigo para o lado de Hitler e abençoando os "heróis alemães da Batalha de Moscou", a quase totalidade dos cristãos ortodoxos combateu as hordas do fascismo. Mesmo hoje nomes como o padre Paulo Ricardo vergonhosamente promovem o anticomunismo e consequentemente defendem o fascismo, ideário que jamais condenaram expressamente.

2 comentários:

Pedagogia do Futuro disse...

quanto ao padre Paulo Ricardo, eu como cristão católico dei uma surra teológica em uma página dele no Youtube, citando são João Crisóstomo, autor da liturgia que esses três grandes padres que lutaram contra o fascismo seguem, mas também mandei-o fazer teologia com o Papa francisco, e perguntei a ele se ele era igual ao padre presidente do banco do Vaticano, que foi deposto e preso, graças ao Papa Francisco, ou se ele seria igual ao bispo que o papa também depôs na Alemanha por ter gastado o dinheiro que seria para obras sociais, no entanto ele usou para fazer uma obra faraônica na Cúria, ou se ele era como o cardeal Sheider do Rio de Janeiro, que foi deposto pelo papa Bento XVI, por muito menos, por ter comprado móveis caros às custas do dinheiro das obras sociais que deveriam ser feitas. e disse a ele que ele foi destronado pelo Papa Francisco, como todos aqueles. Muito bem, a verdade histórica sobre os fatos é que um pouco a Igreja de Roma não se conformava até e não pelo fato de a Igreja de Constantinopla, da qual a Igreja Russa fazia parte até o século XVI, ter se separado de Roma em 1054, justamente por práticas direitistas que praticava na época afirmando por exemplo: Palavra de grego é palavra nula, isto é dizendo que os padres orientais não valiam nada. Inclusive pelo fato de roma querer impor o sistema feudal em todos os lugares, porém o Patriarcado de Constantinopla não quis seguir essa linha. Sendo assim, o que houve foi uma certa vingança de Roma com relação aos padres separados da Rússia que separaram-se de Constantinopla, que se separou de Roma, por isso o Vaticano com essa prática de mandar um cardeal aspergir água benta para abençoar nazista foi basicamente uma vingança contra os cristãos russos que não lhe prestava mais obediência. entretanto com a morte de PIo XII, veio João XXIII que derrubou aquele modelo sombrio de igreja, que na verdade só estava se auto destruindo. Por isso João XXIII disse com todas as letras: "A Igreja está cheirando a mofo, referindo-se a todas essas contradições do passado, e Paulo VI continuou esta obra maravilhosa chamada concílio do Vaticano II, e assim as excomunhões que existiam atém então, isto é do Patriarcado de Constantinopla e o de Moscou haviam sido revogadas. Portanto, na verdade o Vaticano na época pensou mais ou menos assim, numa hipótese de dedução: "Santidade (Papa) este é o momento de darmos uma lição naqueles excomungados que se separaram de nós a partir de 1054. Vamos apoiar as tropas de Hitler? Ninguém pode se separar de Roma! Cismático não presta!". Infelizmente para mim também é vergonhoso isso, mas felizmente no catolicismo os carismas sociais lutam por sua ação para derrubar pessoas como esse Paulo Ricardo, e o Papa Francisco já está fazendo isso, pois mencionou as doenças do Vaticano, e essa da segunda guerra foi talvez a pior. Por isso mais uma vez vejo esperança cristã ao descobrir mais estes três padres contra o nazi fascismo e pela Revolução de 1917, que contrapõem certas pessoas indignas de serem chamadas cristãs.

Pedagogia do Futuro disse...

Para complementar o comentário anterior, venho com a ajuda de um padre teólogo chamado Hans Küng, em seu livro A Igreja Católica, ele fala muitas verdades sobre ela enquanto instituição e seus pecados contra a humanidade, pois o concílio Vaticano II admitiu que a Igreja é Santa e Pecadora, pois bem, realmente PIo XII é considerado o Papa Sinistro, por todas suas contradições durante seu pontificado, assim escreveu o teólogo: "Muitas vezes se perguntou por que este mesmo hierocrático Pio XII (1939-58) - o último representante incontestável do paradigma antimoderno medieval da Contra-reforma, que mesmo depois da Segunda Guerra Mundial (1950) agiu de maneira extremamente autoritária, na linha de Pio IX..., interditou os padres operários franceses e destituiu todos os teólogos mais importantes de seu tempo - desde o início opôs-se a uma condenação pública do nacional-socialismo (nazismo) e do anti-seminismos... Desde o choque que Pacelli (Pio XII) teve como jovem núncio em Munique, assitindo à 'república soviética' de 1918, obcecado com um medo de contato físico e um medo do comunismo, sua atitude fora profundamente autoritária a antidemocrática ('catolicismo de führer'). Portanto, ele estava quase predisposto a uma pragmática aliança anticomunista com o nazismo totalitário (masz tmbém com os regismes fascistas de Itália, Espanha e Portugal)... os 'direitos humanos1 e a 'democracia' a vida inteira lhe foram estranhos. quanto aos judeus, para Pacelli (Pio XII), como romano, só Roma era a nova Sion, o centro da igreja e do mundo.ele jamais demonstrou qualquer simpatia pessoal pelos judeus; antes, via-os como povo que assassinou Deus. Como o representante triunfalista de uma ideologia de Roma, ele via Cristo como um romano e Jerusalém como substituída por Roma. Assim, desde o início, como toda a cúria romana, foi contra a fundação de um estado Judaico na Palestina". Pois é, este foio o Papa que infelizmente alimentou o dragão (o nazi fascismo), e a besta (Hitler), realmente decepcionante para a moderna história da Igreja, e o curioso é que enquanto esse papa alimentava o dragão e a besta, havia em um campo de concentração deste mesmo dragão um frade franciscano polonês, chamado maximiliano maria Kolbe, também vítima do nazi fascismo. Esse frade se entregou à morte no lugar de um pai de família, e a história foi assim: "O que deseja este porco polonês?. "Gostaria de morrer no lugar de um daqueles". "ficou louco? gritou então no rosto do frei maximiliano". "Por que insigtiu Fritsch, sempre aos berros". "Já sou velho - disse Kolbe -, não sirvo mais para nada. a minha vida para nada mais aproveita...". "e por quem quer morrer?"; "Por aquele - e lhe indicou Francisco Gajowniczek, que continuava a exclamar desesperado. - ele tem mulher e dosi filhos...". "Mas, você quem é?"."Um 'padre' católico". "Um padreco! resmungou com uma careta de lívido escárnio o Lagerführer". Assim enquanto Pio XII se contradizia, São Maximiliano Maria Kolbe enfrentou o dragão de frente, fazendo como o próprio Cristo, entregando-se pela humanidade, aqui representada por aquele pai de família, assim de outra maneira fizeram os três padres ortodoxos russos homenageados.