Tradução de Cristiano Alves
Um texto que irá mudar a esquerda brasileira, escrito pelo grande escritor comunista e dedicado combatente antifascista, filho da classe operária, a resposta a muitas questões discutidas pelos comunistas. A resposta a uma sociedade tristemente representada por abominações políticas como Bolsonaro e Jean Williams
"O mundo está doente", constatam não apenas os bolcheviques, mas também constatam os construtores líricos humanitários que, enfim, entenderam que "humanidade", "compaixão", "generosidade" e outros elementos com os quais os predadores bípedes tentaram cobrir sua natureza de lobo, são sentimentos não aplicáveis à realidade, difíceis de transformar numa mercadoria pois não encontram clientes e prejudicam o crescimento dos lucros comerciais e industriais.
"O mundo enlouqueceu", dizem cada vez mais alto as pessoas que escolheram como vocação a defesa justificada do irresponsável, desumano poder do capital sobre o mundo trabalhador, a defesa sem limites e já insensata da exploração da energia dos trabalhadores pelos senhores.
A história da "doença" do capitalismo começa quase imediatamente após a burguesia arrancar o poder das mãos dos senhores feudais desgastados. Pode-se dizer que primeiramente quem notou essa doença e desesperadamente gritou acerca dela foi Friedrich Nietzsche, um contemporâneo de Karl Marx. Ocasionalidade ou não, todos os fenômenos da vida estão fundados, não por acaso, naqueles anos, quando Marx cientificamente provou de forma conclusiva a inevitabilidade do poder proletário, Nietzsche, com a fúria de um fanático desesperado, pregou o poder ilimitado da "besta loira". Até Nietzsche condenou o estado burguês, a religião, a moral e reivindicou o direito do indivíduo ao egoísmo sem limites de Maks Stirner, sob este esconderijo de negação anarquista, em essência, há uma negação do "humanismo", que a burguesia começou a desenvolver ainda na idade média, no início de uma guerra contra o feudalismo e a igreja, ideal de liderança feudal. A inconveniência e inconsistência desse "humanismo" na prática cotidiana da burguesia foi entendida desde muito cedo, como evidenciado pelas reformas eclesiásticas de Lutero, Calvino e outros. Em essência, essa reforma se deu para que o evangelho "humanitário" substituísse a Bíblia, que não era considerada natural, mas mesmo havia elogios a tribos em guerra, extermínio, roubo, fraude e tudo aquilo sem o qual o Estado burguês não poderia existir. Antes de Lutero, a igreja dissertou sobre como trabalhadores negros construtores da cultura deviam sofrer e ser pacientes em nome de Cristo, Lutero, com franqueza, atípica dos sacerdotes, ensinou no século XVI, ano da insurreição revolucionária, aos camponeses e artesãos: vivam e trabalhem para que seja mais fácil aos reis e barões dirigir vocês. "Sejam pacientes, cedam o corpo e sua propriedade, não se rebelem contra a autoridade e contra o violentador".
Não há necessidade de provar a falsidade e a hipocrisia do "humanismo" burguês em nossos dias, quando a burguesia, organizando o fascismo, funda o seu próprio humanismo, como uma ousada máscara que cobre a cara de uma atrevida fera, e faz isso por que para ela o humanismo é entendido como uma das razões de sua cisão e apodrecimento. Os fatos mencionados acima, mostram que cada vez mais, quando as pessoas sensíveis, alarmadas com o espetáculo de abominações do mundo, fazem ingênuos esforços filantrópicos para aliviar estas abominações ou cobri-las com discursos bonitos, os mestres da vida, os lojistas, admitiram essa mensagem como tentativa de acalmar as pessoas descontentes com a miséria, a injustiça, a opressão e muitos outros resultados inevitáveis do mundo de atividades "culturais" dos lojistas. Mas assim que a irritação da massa operária tomou uma forma social-revolucionária, a burguesia respondeu com uma "ação-reação".
De bom grado obedeceu a esta lei também a nossa burguesia liberal, publicamente alertada após os eventos de 1905-1906 na penitência da coleção "Vyehi": "Nós devemos ser gratos ao poder por ele ter nos protegido das baionetas da fúria do povo". O poder estava então nas mãos de Stolypin, que agindo de forma ditatorial enforcou mais de 5 mil obreiros e campesinos.
Em nossos dias o poder levantou-se de modo historicamente e cientificamente sólido, um verdadeiro humanismo proletário universal de Marx, Lenin e Stalin, um humanismo cuja finalidade é a completa libertação do povo trabalhador de todas as raças e nações das garras do capital. É uma doutrina verdadeiramente humana que provou de modo decisivo que as garras de aço do capital fazem os trabalhadores e principalmente os proletários construir para o capital uma "vida bonita", ficando miseráveis e impotentes.
Esse humanismo revolucionário dá ao proletariado um direito histórico de uma luta implacável contra o capitalismo, o direito de arruinar e destruir todos os fundamentos vis do mundo burguês. Pela primeira vez na história da humanidade é organizada como força criativa uma verdadeira humanidade, ela tem por objetivo a libertação de milhões de pessoas trabalhadoras que trabalham sob um poder de uma minoria insignificante, brutal e sem sentido, ela mostra para centenas de trabalhadores braçais que é seu trabalho que criou todos os valores da cultura e, dependendo deles, o proletariado deve criar uma nova cultura universal do socialismo, que estabelecem firmemente no mundo a fraternidade e a igualdade do povo trabalhador.
Esse humanismo do proletariado não é fantasia, nem teoria, mas uma prática viril e heroica do proletariado da União Socialista dos Sovietes, uma prática que provou que o antigo burguês, camponês, "bárbaro" da Rússia, sente a fraternidade e igualdade dos povos, e de fato indiscutivelmente desenvolve-se um processo que visa transformar uma grande quantidade de energia física em energia intelectual.
O que apresentam os capitalistas de todos os países contra o crescimento da consciência revolucionária da classe trabalhadora?
Forçando os últimos esforços para manter sob o seu poder bilhões de povos trabalhadores, defendendo a sua liberdade insensata de exploração do trabalho, os capitalistas organizam o fascismo. O fascismo é uma mobilização e organização do capital de modo doentio e moralmente exausta pela sociedade burguesa, uma mobilização de crianças histéricas, sofredoras da guerra de 1914-1918, crianças da pequena-burguesia, "vingadores" da derrota com sede de vitória, que para a burguesia não é pior do que a derrota. A psiquê desses adolescentes caracteriza-se por fatos desta natureza: na Alemanha nos primeiros dias de maio na cidade de Essen, Heinz Christen, um adolescente de 14 anos, matou seu amigo, Fritz Valkengorsta, um menino de 13 anos. O assassino friamente disse que cavou o túmulo de seu amigo com antecedência, jogou-o lá vivo e enterrou sua cara na areia até que Valkengorst fosse sufocado. O assassinato foi motivado pelo fato de que ele queria muito o uniforme hitlerista de Valkengorst.
Quem viu as paradas fascistas viu então que é uma parada de pessoas frágeis, escrofulosas, jovens consumistas que querer viver com toda a sede doentia de poder tomar tudo que o seu sangue envenenado e efervescido lhes der liberdade. Em milhares de faces saudáveis cinzas e magras, há pessoas cheias de sangue fervente, são poucos. Esses, claro, inimigos da classe do proletariado ou aventureiros da pequena-burguesia, ontem sociais-democratas, pequenos burgueses que querem ser grandes e a voz que os líderes do fascismo compram com um pouco de combustível e batatas, isto é, o trabalho dos operários e camponeses. O garçom quer ter seu próprio pequeno restaurante, pequenos ladrões querem ladroagem, num poder institucionalizado de grandes ladrões, esse é o "retrato" do fascismo. A parada fascista é ao mesmo tempo a parada da força e da fraqueza do capital
Não vamos fechar os olhos: entre os fascistas há não poucos trabalhadores que ainda não entenderam a força decisiva do proletariado revolucionário. Não ocultemos que o capitalismo é um parasita muito poderoso do mundo, pois os operários e camponeses, deixando em suas mãos as armas e o pão, continuam a alimentá-lo com sua carne e sangue. Esse é o fenômeno mais triste e vergonhoso de uma violenta contemporaneidade. É chocante que se esteja alimentando de forma submissa o inimigo, educado na classe trabalhadora sob seus líderes sociais-democratas, cujos nomes agora estão amarelados, o brilho reluzente da vergonha. É surpreendente a paciência dos desempregados, das pessoas famintas face a fatos como, por exemplo, a destruição de produtos alimentícios a fim de manter seu preço de mercado em certa faixa, enquanto o desemprego está a aumentar, o salário é reduzido e o poder de compra até da pequena-burguesia cai.
Parece que a dignidade humana do proletariado inglês se deve ativa e profundamente a zombar de fatos cínicos referentes aos seus irmãos desempregados, fatos como o seguinte:
Na cidade inglesa de Surre abriu-se a primeira confeitaria do mundo para cães. Qualquer cão pode receber nessa confeitaria um bolo, e para cães desabrigados e famintos ha alojamento e comida. A abertura desta confeitaria se deu por meio do mister James Patterson, que morreu há algumas semanas em Brock Horst.
Desavergonhadamente, essas artimanhas cínicas deste tipo estão se tornando mais frequentes na Inglaterra, Estado da "raça aristocrática". Possivelmente, nessas palhaçadas há um sentimento escondido de Patterson de demonstrar seu destino de deixar a vida de modo aristocrático, deixando nela um mal vingativo.
Adolescentes e jovens armados, menos com revólveres, sustentam ideias ultrapassadas do nacionalismo e do racismo, educando a juventude com um cinismo social, uma paixão sádica pelo assassinato, de modo destrutivo, os capitalistas organizam essa juventude não apenas como ajudantes da polícia em sua luta contra o proletariado revolucionário, mas as usam como um veneno que irá combater o exército dos operários e camponeses, armados com equipamentos modernos de extermínio do homem. Os capitalistas bem lembram que os operários e camponeses, disciplinados em quarteis brutais, mostraram em 1918-20, que seu serviço absurdo e suicida só tem importância enquanto carrega baionetas e canhões, depois de caçar operários e camponeses, perseguindo cada um, deixa de servir aos interesses do capital. Percebe-se que, "antes tarde que nunca", é preciso aprender com o inimigo de classe: o capitalista destrói o trabalhador antes do trabalhador levantar suas mãos contra ele.
Não dezenas, mas centenas de fatores demonstram uma influência corruptora do fascismo sobre a juventude da Europa. Vou enumerar os fatos desagradáveis e a memória descarrega uma sujeira dura e e ricamente fabricada pela burguesia. Saliento, no entanto, que no país onde virilmente e com êxito governa o proletariado, o homossexualismo, corruptor da juventude, é reconhecido como ofensa social e punível, e no país "culto" dos grandes filósofos, cientistas, músicos, ele age livremente com impunidade. Já se criou um provérbio sarcástico: "Destruam os homossexualistas e o fascismo desaparecerá"*. Deve-se salientar que os semitas, pessoas de uma raça que pôde, se necessário, se vangloriar de sua pureza, pessoas que deram à humanidade grandes mestres da cultura, e o maior deles, o verdadeiro Messias do proletariado, Karl Marx, essas pessoas são oprimidas pela burguesia da Alemanha e pelos fascistas da Inglaterra, onde não poucos semitas estiveram "no comando" e muitos inclusos na aristocracia do país, os fascistas da Inglaterra também começaram a pregar um vergonhoso antissemitismo.
Ao mesmo tempo no país onde o poder pertence à classe operária está organizada uma república independente de judeus, uma região autônoma de judeus.
Os grupos nacionais de capitalistas apressadamente preparam-se para uma nova guerra mundial, novamente querem dividir o mundo para a mais ampla e confortável exploração do trabalho dos operários e camponeses. Países pequenos novamente são ameaçados sob o perigo do "gigante de aço", eles novamente querem retirar o direito do livre desenvolvimento de sua cultura.
Nas massas multilíngues, do proletariado multinacional, o imperialismo e o fascismo semeiam as sementes do mal do ódio étnico, negligência e desprezo, o que pode se transformar em ódio racial e impedir o desenvolvimento pacífico da consciência de interesses de classe, consciência de salvação, de que apenas ela pode libertar os operários e camponeses de todo o mundo da posição de indefesos, escravos sem direitos de lojistas ensandecidos. A sua disputa comércio-industrial poderia facilmente aumentar, e já cresce, fomentando o ódio racial e as guerras raciais. Hoje eles pregam, e isso já se dá como prática vil, o antissemitismo, amanhã ressuscitam pregações antieslavistas, lembrando-se das palavras vergonhosas sobre os eslavos de Mommsen, Treitschke e outros e esquecendo-se de quantas pessoas talentosas foram dadas à cultura alemã por poloneses, pomerânios, tchecos. Uma vez que todos os industriais e lojistas da Europa produzem aquelas mesmas mercadorias e as comercializam, assim é aceitável haver uma inimizade e guerra da raça germânica contra a romance, também contra a anglossaxônica. Claro, há os acordos, mas se você quer vender, o que impede de trair? Por exemplo, existe um acordo entre Inglaterra e Japão, mas os japoneses em Londres vendem meias de ceda por 3 libras, ou seja, uma pechincha pelo par, o que naturalmente é pouco, mas é "dumping" japonês, razão suficiente para inimizade e ódio contra a raça amarela. Ações de impunidade dos imperialistas japoneses na Manchúria, China, são muito sedutoras para os imperialistas da Europa.
A teoria racial é a última reserva "ideológica" moribunda do capitalismo, mas a sua respiração pode envenenar mesmo as pessoas mais sãs, por que as pessoas geralmente se corromperam ante o longo espetáculo de impunidade da escravidão imposta por europeus brancos fortemente armados aos índios, chineses e negros desarmados.
Apenas uma frente unida do proletariado revolucionário com seu poder pode resistir ao envenenamento infame e o saque impune contra seus irmãos de classe.
Esse proletariado é educado sob a ideologia de Marx-Lenin, é de fato e sabiamente liderado por Stalin, esse proletariado provou ao mundo que em seu poderoso país todas as tribos e raças são absolutamente iguais em seu direito à vida, ao trabalho, para desenvolver suas culturas. Analfabetos, que não tinham sequer uma língua escrita, povos russos semi-selvagens abriram uma longa estrada para o conhecimento. Na União dos Socialistas Soviéticos não há tribo numericamente insignificante que não tenha provado a sua sede por cultura e sua habilidade para percebê-la...
A rapidez do crescimento cultural da população da União dos Sovietes é reconhecida pelas pessoas honestas de todos os países. Parece que para as pessoas honestas, reconhecendo esse fato, devem tirar disso conclusões muito simples, moralmente higiênicas, subjetivamente e objetivamente úteis, mais honestas na vida de um ambiente saudável contaminado com doenças sociais e sentenciado à morte. Reconhecendo o proletariado como sendo capaz de tal criatividade social, muito mais útil para impulsionar o desenvolvimento por sua sede de conhecimento, talentos e consciência de massa no propósito histórico do proletariado que começou a se dar no país onde vivem 170 milhões. Parece que o sentimento de auto-estima dos mestres da cultura, "humanistas", leva a cultura dos lojistas a uma negação indignada, a uma campanha contra o crescimento de qualquer equipamento que não seja o militar, projetado para destruir pessoas. Mas não é perceptível, que os mestres da cultura burguesa atiçam a fogueira de livros que não contemplam o fascismo, a misantropia abraçada pelas teorias nacionais e raciais, preparatórias para uma nova guerra de ódio, para a destruição insana da vida de muitas pessoas saudáveis, um novo fogo de extermínio de antigos valores culturais, a destruição de cidades, a destruição dos resultados do trabalho duro das massas que criaram as fábricas, trabalharam os campos, construíram pontes, estradas. A loucura de predadores que não podem ser curados pela eloquência, tigres e hienas não comem bolo.
Não é perceptível que nos "humanistas" havia um tipo de humanidade genuína, não está claro que eles sentiram a maior tragédia heroica e entenderam quem de fato são seus heroicos. Aproxima-se o tempo em que quando a revolução do proletariado desencadear, como um elefante, atormentando formigueiros de lojistas, pisoteando e esmagando-o. Isso é inevitável. A humanidade não pode morrer por causa de uma minoria insignificante que está em seu decrépito se decompondo em dor e ganância incurável. A perdição de uma minoria, um ato de maior justiça, e ato de história em favor do proletariado. Por este grande ato começa um ato internacional, amistoso e fraterno do povo trabalhador do mundo, um trabalho por uma livre, linda criação de uma nova vida.
Isso é crendice? Para o proletariado esse tempo passou, quando a fé e o conhecimento do inimigo vinham como mentira e verdade. Lá, onde o proletariado governa, onde todos criam com sua mão poderosa, não há lugar para crendice, lá há uma crença, o resultado das forças da razão, e essa fé é criada pelos heróis, e não por deuses.
*Nota da tradução: No meio marxista sempre existiu uma posição desfavorável ao "homossexualismo" enquanto posição política, especialmente nos escritos de Engels. Na União Soviética predominava a ideia de que, com raríssimas exceções, a homossexualidade era uma questão cultural, tese sustentada por Preobrajenskiy que prevalesceu na URSS. Antes, já nos anos 20, a homossexualidade fora criminalizada em diversas repúblicas soviéticas, que possuíam seu próprio código penal. A Ucrânia socialista a condenou, em seu direito penal, sem no entanto penalizá-la, e a Rússia a condenou em 1933, com a pena de 5 anos de prisão e 8 anos em caso de dependência de um dos parceiros. A lei soviética fala em "mujelojstvo", deixando evidente que a punição era dirigida exclusivamente a homens, e não a qualquer homossexual. Um dos motivos para isso era a posição de círculos homossexualistas que cresciam em ambientes como salões, saunas, dentre outros, vinculados aos nazistas, que tinham por líderes conhecidos homossexuais como Hitler e Rhöms, bem como sua posição contrária ao serviço militar, que mais tarde seria indispensável à defesa do país e à destruição do fascismo alemão.
Atualmente os marxistas se opõem à ideia de penalização do homossexualismo, embora advoguem, nos dias atuais, um combate a este no campo político.
*Nota da tradução: No meio marxista sempre existiu uma posição desfavorável ao "homossexualismo" enquanto posição política, especialmente nos escritos de Engels. Na União Soviética predominava a ideia de que, com raríssimas exceções, a homossexualidade era uma questão cultural, tese sustentada por Preobrajenskiy que prevalesceu na URSS. Antes, já nos anos 20, a homossexualidade fora criminalizada em diversas repúblicas soviéticas, que possuíam seu próprio código penal. A Ucrânia socialista a condenou, em seu direito penal, sem no entanto penalizá-la, e a Rússia a condenou em 1933, com a pena de 5 anos de prisão e 8 anos em caso de dependência de um dos parceiros. A lei soviética fala em "mujelojstvo", deixando evidente que a punição era dirigida exclusivamente a homens, e não a qualquer homossexual. Um dos motivos para isso era a posição de círculos homossexualistas que cresciam em ambientes como salões, saunas, dentre outros, vinculados aos nazistas, que tinham por líderes conhecidos homossexuais como Hitler e Rhöms, bem como sua posição contrária ao serviço militar, que mais tarde seria indispensável à defesa do país e à destruição do fascismo alemão.
Atualmente os marxistas se opõem à ideia de penalização do homossexualismo, embora advoguem, nos dias atuais, um combate a este no campo político.
6 comentários:
Parabéns pela postagem, camarada Cristiano Alves.
Quanto mais textos de verdadeiros comunistas, mais reforçamos nossas bases e posições.
Samir Faraj
Oi, Cristiano.
O PCB tem uma resolução a respeito no caderno de tesese(de 2010, me parece) que fala, discretamente, a favor da "opção sexual". Mas nas últimas teses e opiniões, dá para ter certeza que advoga a favor e não contra.
Abs do Lúcio Jr.
1 - Devemos nos diferenciar e combater qualquer movimento (neofeminista, gay, negro, contra "opressões") de matriz ultra-pós-moderna, ou seja, expressão da degeneração da burguesia no mundo atual. Perfeito!;
2 - A maioria destes movimentos é fartamente financiada pelo imperialismo e pelo Estado Burguês. Imperialismo e seu Estado não financiariam tão bem algo que lhes fosse prejudicial;
3 - estes movimentos ultra-pós-modernos são financiados pelo imperialismo e seus Estados com a tarefa de criar divisões e enfraquecer a organização e luta dos/as trabalhadores/as, inclusive a luta das mulheres. São muito funcionais nestes objetivos;
4 - Mas, por um lado, graças a bobagem que são estas "teorias" ultra-pós-modernas elas têm pouca capacidade de penetração na classe trabalhadora e classes populares; por outro lado, graças a nosso trabalho de desmascaramento e de luta contra estas correntes e "teorias" temos, de forma relativamente positiva, conseguido criar uma barreira da classe trabalhadora em relação a estas "teorias" e movimentos. Estes dois elementos tem dificultado a entrada destas "teorias" no interior da classe trabalhadora;
5 - Devemos continuar este trabalho de desmascaramento e combate a estes movimentos ultra-pós-modernos elitistas e divisionistas;
6 - Masssss, temos que ter muito cuidado e desenvolver uma política correta com relação aos homossexuais, condenando a sua criminalização ou penalização, e buscando disputar os/as homossexuais trabalhadores ou ligados a luta dos trabalhadores. Disputá-los enquanto trabalhadores, e não enquanto homossexuais;
7 - Nesta linha, não há ligação direta entre homossexualismo e fascismo/nazismo. Pelo contrário, apesar de no início aceitar homossexuais, o partido nazista, e suas forças armadas e milicias, posteriormente mataram todos eles. Este bom artigo de um grupo gay (que as vezes escreve um monte de merda) descreve bem a relação: http://www.ggb.org.br/nazismo_artigo.html
Nossa política deve ser bem diferente desta.
@amigo de viagem
O movimento negro não, trata-se de um movimento sério que visa resgatar a cultura negra (esmagado pela cultura cosmopolita do capitalismo e por setores racistas da sociedade) e conseguir o lugar do negro na sociedade. Sua luta é amplamente respaldada em clássicos de Lenin sobre a luta nacional e colonial e em clássicos de Stalin sobre a questão nacional.
Claro que no movimento negro há elementos oportunistas, mas que não devem influenciar no julgamento do movimento como um todo.
Onde estão as fontes jornalista?
@Marcos Pinto
http://gorkiy.lit-info.ru/gorkiy/articles/article-361.htm
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