sexta-feira, outubro 28, 2011

POESIA

MEUS SUPER HERÓIS

Por Eduardo Terra Coelho 

 

Meus super-heróis não são dos quadrinhos,
São de sangue, de pó e de lágrimas.
Choram, riem têm medo e erram também.
Não são eternos, têm seu tempo e lugar,
Mas superam qualquer herói de H.Q.,
Pois existem ou existiram algum dia.

Não são invencíveis, mas são humanos,
Não têm super poderes, mas coração.
Basta ter uma razão para lutar.
Meus super heróis não são dos quadrinhos
Já que existem ou existiram algum dia.

Não defendem objetos e lugares,
Mas defendem e emancipam pessoas.
Não agem sós, mas coletivamente.
Ensinam e aprendem a ser super heróis.
Basta ter uma razão para lutar,
E, se almejar, pode ser um deles.

Não são eternos, tampouco imbatíveis.
Duram o tempo de fazerem-se heróis,
Nos erros, acertos, medos e lágrimas.
E sendo humanos são imprevisíveis.
Nisto consiste sua eternidade,
Superior à dos heróis de H.Q.

Os heróis de H.Q. encerram-se em si,
Os meus ainda que mortos são atuais,
Pois defendem e emancipam pessoas,
E prosseguem pelos que os entenderam,
Pois não agem sós, mas no coletivo.

Meus super heróis não são dos quadrinhos,
Não têm super poderes, mas coração,
Não agem sós, mas coletivamente,
Pois sendo humanos são imprevisíveis,
Que ainda que mortos são sempre atuais.
Nisto consiste sua eternidade.

Meus super heróis não são de quadrinhos
Têm cores mais vivas que sangue e suor.
Se eu estou vivo a lutar, devo a eles.
São grãos que morrem para a vida brotar,
E nisto consiste sua eternidade.
São frutos da terra, não devaneios.

Meus super heróis não são de quadrinhos
E são tão reais quanto você ou eu.
Com eles nós sempre podemos contar.
Assim é com eles que esperam de nós,
Eles sobrevivem através de nós.
Nisto consiste sua eternidade.

Nenhum comentário: