sexta-feira, fevereiro 18, 2011

ESPECIAL

Anticomunismo é terrorismo!
Por Vladimir Tavares

Fogueira de livros na Hungria em Budapeste, 1956, empreendida por anticomunistas

Fogueira de livros na Alemanha Nazista, nos anos 30, empreendida por anticomunistas
Muitas são as fontes que comprovam o ridículo do anticomunismo, 5, 50, 100, 300 milhões[1], números astronômicos que traduzem o desespero daqueles que, sem resolver os problemas de milhões de trabalhadores em todo mundo, condenando os povos à miséria material e espiritual, fazem o possível para sufocar todas as alternativas de mudança e revolução social, empreendendo técnicas avançadas de terrorismo psicológico contra a coletividade.

O fato, entretanto, é que estes propagandistas nada mais são do que lobos em pele de cordeiro, falando em "censura" e "falta de liberdade de expressão" em países buscam sistemas econômico-sociais alternativos, criminalizando movimentos sociais e até mesmo perseguindo indivíduos que ousam desafiar o sistema e desmascarar publicamente a sua ideologia e prática podre, como Julian Assange, autor do "Wikileaks".

Sem dúvidas, umas mentiras mais populares é o mito das "milhões de vítimas do comunismo", que de tão ridículo oscila entre 3 e 300 milhões de mortos, variando de acordo com o desequilíbrio psicológico deste ou aquele propagandista anticomunista, ausentes de quaisquer evidências comprobatórias.

Sem dúvidas, chocaria a muitos saber que só na Era Stalin, por exemplo, à qual é atribuída a maioria das "mortes", a população soviética cresceu em aproximadamente 45 milhões de pessoas, mesmo com a II Guerra Mundial, que na URSS vitimou entre 24 e 30 milhões de pessoas(repare que aqui há uma margem de erro, sem no entando falar em cifras astronômicas.

Segundo as estatísticas, na Era Stalin a população da URSS aumentou em cerca de 45 milhões de pessoas
De acordo com o CIA Factbook, um livro da CIA elaborado a partir da coleta de dados, em 1990 a população da URSS em Julho de 1990 era de 290,938,469 pessoas, excluindo-se os países bálticos, isto é, Letônia, Estônia e Lituânia, que somavam aproximadamente 10 milhões de pessoas. A taxa de crescimento populacional era de 0.7%, superior à de muitos países desenvolvidos da época, a taxa de alfabetização era de 99% e a força de trabalho era de 152,300,000 de civis, com carência de mão de obra especializada.[2]

Embora a burguesia continue repetindo ad infinitum que "o comunismo matou milhões", o que logicamente apontaria um decrécimo populacional na URSS, na realidade foi o inverso que ocorreu. Esta é a tabela oficial da demografia soviética[3]:

January 1897 (Rússia): 125,640,000
1911 (Rússia): 167,003,000
January 1920 (Rússia): 137,727,000*
January 1926 : 148,656,000
January 1937: 162,500,000
January 1939: 168,524,000
June 1941: 196,716,000
January 1946: 170,548,000**
January 1951: 182,321,000
January 1959: 209,035,000
January 1970: 241,720,000
1985: 272,000,000
July 1991: 293,047,571

*Diz respeito aos dados da RSFSR, novo Estado surgido após a desintegração do Império Russo, que abrangia mais 30 milhões de habitantes(18 milhões de poloneses, 3 milhões de finlandeses, 3 milhões de romenos, 5 milhões de bálticos e 400 mil cidadãos perdidos para os turcos). 
**Diz respeito às perdas da II Guerra Mundial na URSS, estimadas entre 25 e 30 milhões de vítimas, mais 1,5 milhões em mortalidade infantil.

Gráfico do crescimento populacional no antigo Império Russo, RSFSR e URSS[4]
Esses dados corroboram a mitologia anticomunista, que vomita a cada dia números absurdos sobre "milhões de vítimas do comunismo", eles são a espada que estraçalha toda a rede de mentiras que são repetidos ad infinitum com o objetivo de demonizar a ciência marxista-leninista e, tal como estupradores fascistas, sufocar nobres idéias.

Nenhum espaço deve ser dado para o anticomunismo nas faculdades, escolas, redes sociais ou na sociedade em aberto. É necessário denunciar a rede de mentiras criados por estes indivíduos que, tal como vermes, destróem a mente humana e mutilam seu senso crítico. Anticomunismo é terrorismo!

Monumento ao soldado libertador, no Treptower Park, Berlim, onde o soldado, segurando uma criança e uma espada, pisoteia a suástica, símbolo máximo da reação anticomunista

[1] Ver http://apaginavermelha.blogspot.com/2011/02/historia-afinal-quantos-milhoes-o.html
[2] CIA Factbook 1990 Em 10/04/2009
[3] Andreev, E.M., et al., Naselenie Sovetskogo Soiuza, 1922-1991. Moscow, Nauka, 1993.
[4] Ibid

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