Fitas georgianas são distribuídas gratuitamente nas semanas que antecedem o Dia da Vitória |
O governo neonazista de Kiev agora tomou mais uma decisão escandalosa. Há algumas semanas atrás, a Junta proibiu a realização da Parada da Vitória de 9 de maio na Ucrânia, o dia 9 de maio, dia da derrota do nazismo nas ex-repúblicas soviéticas, foi declarado dia de luto pelo regime de Kiev. Agora, além da proibição da língua russa e da parada antifascista, o governo proíbe a utilização da fita georgiana, usada em honra à batalha que expulsou os nazistas do território soviético.
A fita georgiana tem esse nome por sua associação com São George, o santo romano da Capadócia que derrotou um dragão. No Império Russo foi instituída a Ordem de São George, que era pendurada com uma fita nas cores amarelo e preto. Ela era a mais alta condecoração militar do Império Russo. No romance "Guerra e Paz", do escritor russo Lyev Tolstoy, ela é citada. A ordem foi atribuída a muitos que combateram o Exército Francês de Napoleão Bonaparte.
Com a Revolução de Outubro foi instituído o Estado laico e a Ordem de São George foi reformulada, ganhando uma tonalidade laranja(em razão do vermelho comunista) e preta. Em vez da antiga condecoração, foi instituída a Ordem da Glória, assim como outras ordens que possuíam a mesma fita característica, nas cores laranja e preto. Com o fim da URSS, a Ordem da Glória foi cancelada e reinstituída a Ordem de São George.
Na década de 2000, como fator de consenso e união de todas as forças políticas do país, foi instituída por uma ação cívica a fita georgiana, usada tanto por comunistas quanto por outras forças políticas da Rússia, por vezes usados com outras fitas para caracterizar melhor as convicções ideológicas de cada um. A fita ganhou um tom antifascista, de defesa do próprio país ante o invasor externo.
No ano 2013, com a queda do governo democraticamente eleito da Ucrânia e a ascensão de uma junta governamental neonazista, diversas medidas antipopulares e de caráter fascista passaram a ser tomadas, tais como proibição da língua russa e outras línguas usadas na Ucrânia, incluindo o grego, perseguição de ucranianos não favoráveis ao novo governo, busca e assassinato de comunistas, proibição de ideias comunistas e destruição de monumentos antifascistas. Assim, os ucranianos antifascistas recorreriam a um símbolo para se distinguir dos neonazistas, a fita georgiana.
Ucraniano da República Popular de Donyetsk ostenta uma fita georgiana |
Se a fita georgiana provocava algumas discussões na sociedade russa, em razão de sua banalização(alguns adolescentes usavam-nas até no cadarço do tênis), ela agora se afirma como um indiscutível símbolo antifascista, sendo usada por forças populares ucranianas e em diversas manifestações contra o governo de Kiev. O uso constante da fita provocou a ira do Praviy Sektor e da deputada Irina Farion, que não apenas exigiu a sua proibição, como o fuzilamento de manifestantes pacíficos que carreguem a bandeira da Rússia. O novo governo instituiu uma tirania e chama os seus opositores de "pró-russos", curiosamente esquecendo-se de que ele próprio surgiu como um movimento pró-OTAN/UE.
O novo governo de Kiev cria leis e projetos de leis que lançam irmão contra irmão, proibindo a utilização de "qualquer símbolo russo". Esse governo, no Brasil saudado pelo PSTU e pela deputada Luciana Genro, demonstra que o fascismo é uma força reacionária que a Junta de Kiev está disposta a reativar.
Fonte: Moskovskiy Komsomolets
Um comentário:
Terrorismo é o que fazem os fascistas de Kiev!
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