Por Cristiano Alves
Um dos grandes problemas do Brasil é que assim como nós temos uma direita burra, nós também temos uma esquerda burra e em breve falarei do segundo. Uma pessoa que vai a uma sala de cinema sem sequer ler a sinopse do filme é uma pessoa que certamente não pode e nem deve ser tida como culta, no máximo é um fanfarrão metido a intelectual. E depois, como se diz, por certo alguém viu no título "futuro" e achou que ele viajava no tempo pelas ondas da praia, já que o mesmo Wagner Moura estrelara "O homem do futuro". Aos idiotas, esclareço que "Praia do Futuro" é o nome da praia mais famosa de Fortaleza. E se alguém se sentiu ofendido pelo filme, já ouviram falar de "classificação etária"? Ah, quase esqueci que nem numerais a direita tem competência intelectual pra ler.
Pronto, falei do burro de direita, agora vou falar do burro de esquerda. Uma pessoa burra é uma pessoa que, independente de grau de instrução, seja ele analfabeto ou pós-doutor, não tem a capacidade de refletir, o burro não tem senso crítico, ele acredita cegamente em algo por que ele "ouviu falar na faculdade", "ouviu falar de outro", ele não analisa os fatos dialeticamente para chegar a uma síntese, ele simplesmente ignora o outro lado por que o outro é "um vermelho safado" ou "um fascista homofóbico". Assim como o extremista de direita vê comunistas até embaixo da cama, inclusive no liberal mais moderado, o extremista de esquerda vê fascistas em toda parte, inclusive na moça que "lhe deu um fora".
A Praia do futuro, em Fortaleza-CE |
Vi pessoas aqui comentando negativamente as críticas às ideias do homossexualismo(estou falando aqui da ideologia que extrapolou seu propósito confesso de combater o preconceito e partiu para um proselitismo ideológico, e acreditem, algum imbecil não vai entender isso e vai dizer que estou falando da prática homossexual, que difere das ideias uranistas). Vi pessoas ditas "de esquerda" falando contra os "coxinhas homofóbicos que saíram do cinema", como se tivessem a obrigação de gostar e assistir a cenas de algo que não é normal(já deve ter gente coçando o dedo pra dizer que o texto é fundamentalista ao estilo Malafaya ou nazista). Pois bem senhores, eu vou citar aqui um coxinha, doutor, que tenho orgulho de tê-lo como grande professor. Esse coxinha ataca as ideias uranistas(LGBT) como "obscenidades transformadas em teorias", ele também descreve a relação entre homem e mulher como a única natural em seus Manuscritos Econômico Filosóficos. Esse "coxinha" de quem falo, senhores, esse "nazista, fascista, fascista, homofóbico..."(como vocês provavelmente devem estar imaginando) se chama Karl Heinrich Marx, doutor em filosofia! Gostaram? "Ah, mas Karl Marx escrevia isso há centenas de anos atrás"... Tão se coçando pra expor falácias ad temporum não é? Não duvido que um e outro esteja até pensando em replicar esse comentário usando mitos da imprensa burguesa segundo o qual "Marx era racista" ou "Marx teve um filho com a empregada". Engels foi mais além, ele disse que o triunfo das ideias uranistas(como eram chamadas as ideias homossexualistas naquele tempo, sim senhores, homossexualista e gayzista não é invenção de Olavo de Carvalho ou de Malafaya) implicaria em prejuízos para os próprios heterossexuais.
Se alguém aqui acha que "a Europa é mais avançada por que as pessoas encaram cenas como essas naturalmente", deixe-me lembrar que no continente mais imperialista do mundo, no continente da Organização do Tratado do Atlântico Norte, há partidos que defendem abertamente a pedofilia, além de deputados que defendem a legalização do incesto. Isso é progresso? Há alguns atrás, mesmo no mundo ocidental, um político desse tipo estaria preso. Na Rússia e em Belarus ou na Coreia do Norte políticos assim sequer se criariam.
Esse filme é uma propaganda pós-modernista, e o objetivo do modernismo é destruir o consenso que existe em qualquer civilização, seja ela americana, africana, asiática... Ele visa uma subversão da ética, da moral, fontes do direito, fontes dos Direitos Humanos. Quando você destrói toda essa ética e relativiza completamente conceitos morais, logo você abre uma porta para a ideia de que "não existe nenhuma verdade", e a completa destruição da moral, algo perseguido por ninguém menos que Adolf Hitler(ele próprio um homossexual, segundo vários indícios), é uma ideologia funcional ao imperialismo, que assim estaria livre de amarras morais para fazer o que bem intende contra outros povos, e assim "levaria a diversidade" aos cinco cantos do mundo.
Quando neonazistas ucranianos massacram civis indefesos eles estão lutando pela União Europeia, pelos valores(ou a falta deles) expostos em "Praia do futuro", estão lutando pela "Conchita", a mulher barbada que virou musa da UE/OTAN, pela bandeira colorida! Defender o capitalismo e sua forma superior, o imperialismo, é defender a degeneração do ser humano!
Alguns podem alegar que "o filme retrata a particularidade das pessoas que tem seus direitos oprimidos e violados". Só que nem todo filme que aborda a questão dos homossexuais é necessariamente pós-moderno, um bom exemplo disso é o excelente filme de Tom Ford, "A single man"(Direito de amar em português), que aborda a questão de maneira inteligente, sem vulgaridade ou pornografia. Talvez o exemplo mais inteligente, já que aborda de forma mais genérica o "diferente" são os filmes dos X-men! Como assim? Eles são discriminados por serem diferentes, por terem nascido mutantes. São perseguidos, humilhados e nem sempre podem reagir. Dentre eles há um grupo, do professor Xavier, que procura se integrar à sociedade(o que Marx defendia para os grupos minoritários), talvez uma referência aos gays que só querem levar uma vida normal; outro grupo, do mutante Magneto, quer destruir a sociedade para impor os seus valores e reformulá-la segundo os seus interesses(uma referência aos devaneios dos uranistas representados no proselitismo LGBT).
Infelizmente, o cinema brasileira tem sido muito limitado. Na época da ditadura cívico-militar fascista, ele se resumia a isso, prova disso são os filmes da pornochanchada, feitos com o dinheiro público da Embrafilmes. Nos anos recentes, além Nathalia Dill protagoniza uma cena de sexo homossexual em "Paraísos artificiais", além de cenas de "casamento" não tradicional em filmes como Carandiru, e filmes sobre Cazuza e Renato Russo. Curiosamente, filmes sobre heróis que verdadeiramente merecem o nosso respeito admiração como os veteranos da Força Expedicionária Brasileira, combatentes antifascistas, são praticamente ignorados no cinema. O filme "A montanha", sobre a FEB na Itália, aparentemente enfrenta dificuldades e não se sabe se algum dia estará pronto, já que suas filmagens foram iniciadas em 2011 e até hoje não saiu no cinema.
Numa cidade como Fortaleza, onde infelizmente é grave o problema do travestismo, geralmente jovens que se prostituem para fugir da miséria, onde muitos rapazes aprendem que "é errado serem rapazes", que devem ser "pessoas", filmes assim tem um resultado trágico na sociedade. Melhor seria fazer um romance de um rapaz cearense que se apaixona por uma mulher na praia, seja brasileira ou estrangeira, e vive um amor verdadeiro, o natural, entre um homem e uma mulher, algo que infelizmente está em baixa em nossa sociedade.
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