quarta-feira, maio 08, 2013

9 DE MAIO: Como é retratada a história da Segunda Guerra Mundial nos EUA


É sabido que os americanos costumam reescrever a história conforme seus próprios interesses, da maneira que lhe pareça mais confortável, essa prática fica ainda mais evidente quando se trata da própria história da IIGM, onde mais de 27 milhões de soviéticos foram mortos pelas hordas fascistas, civis e militares, crianças, mulheres e homens, muitos deles aldeões indefesos incinerados vivos em igrejas em massacres como o de Hatin, em Belarus, ou mesmo heroicos combatentes como os da batalha de Stalingrado, a maior da história. Ocorre que, embora Stalingrado, Kursk ou Brest não fiquem em Nova Iorque, nos EUA existe a versão de que foi o país americano o grande "vencedor da guerra", o grande "libertador". Esse processo de falsificação e exclusão do papel soviético, facilmente refutável até mesmo por fontes americanas da época da guerra, é apresentado aqui pelo candidato de ciências tecnológicas armeno Tigran Halatyan, que hoje vive nos Estados Unidos.


Por Tigran Halatyan
Tradução de Cristiano Alves






Eu moro na América e quero compartilhar com você a forma como é apresentada a Segunda Guerra Mundial nos EUA. Primeiramente, o que me impressionou, é o fato de que a maioria dos americanos acreditam que eles foram o fator básico que decidiu a destruição da Alemanha fascista, e no tocante à União Soviética tem eles uma visão anuviada. Muitos até mesmo pensam que União Soviética lutou ao lado de Hitler...

Mas abandonemos pontos de vista e passemos aos fatos. Como falsificar a história sem recorrer a mentiras deslavadas? Basta contar uma parte da verdade, e assim teremos uma mentira sem máscara.

É assim que se escreve a história no Ocidente. Problemas ideológicos são resolvidos por meio de distorção e ocultação..

Tomemos o livro de história da 7ª série pelo qual estudou a minha filhinha, "Prentice Hall. History of Our World 2007"(Prentice Hall. História do nosso mundo, 2007). Na página 623 (seção 4, capítulo 21), a guerra que se passa em 1943-45 na Europa tem a ela apenas um parágrafo dedicado. Aqui ao todo:

"A vitória na Europa. Através das campanhas na África do Norte e na Itália, os Aliados abriram a frente ocidental contra os enfraquecidos alemães. Em 6 de junho de 1944, navios aliados com 156.000 soldados embarcados assaltaram a Normandia, na costa setentrional da França. Conhecido como Dia D, o assalto à Normandia iniciou a marcha dos aliados em direção ao leste. Em seis meses os exércitos aliados alcançaram a Alemanha. Após a última tentativa de atingir sucesso em dezembro de 1944, conhecida como "Batalha nas Ardenas", o Exército Alemão foi destruído. Os aliados alcançaram a vitória na Europa em 8 de maio de 1945.

E foi assim que acabou a guerra na Europa. É justo dizer que a Batalha de Moscou e de Stalingardo foi lembrada no capítulo acima. Mas como os americanos chegaram à Europa, os autores rapidamente esqueceram-se dos russos. Não há "ataques poderosos do Exército vermelho em 1944-1945, não há o assalto a Berlim. Há apenas alemães enfraquecidos, enfraquecidos pela aviação estratégica dos aliados!

Agora vejamos a biblioteca local. Na estante há muitos livros sobre a Segunda Guerra Mundial. Em suma falam sobre as batalhas com participação americana ou sobre o Holocausto. Muitos livros dedicam-se aos ataques japoneses em Pearl Harbor e ao Dia D. Para os que não sabem, a abertura da Segunda Frente em 6 de junho de 1944 se chama Dia D, termo militar para o dia do início da operação.

Isso, aliás, não é coincidência. Muito conveniente, em vez de falar sobre a segunda frente, os americanos preferem lembrar o "Dia D: o começo do fim para a Alemanha nazista" como a batalha mais importante da Segunda Guerra Mundial, em sua descrição. E ao começar a falar sobre a segunda frente, surge imediatamente a pergunta: onde foi a primeira frente e qual foi a frente mais importante? Portanto, a resposta mais curta e clara é "Dia D".


Mas de volta à biblioteca, eu noto em local visível três belas cópias do livro do historiador americano Stephen Ambrose, "A justa luta: Como foi vencida a Segunda Guerra Mundial"(Stephen E. Ambrose. The good fight. How World War II was won, 2001).

As notas sobre a obra são promissoras. Lá está escrito "Steven E. Ambrose, um dos melhores historiadores dos nossos tempos, escreveu a história da Segunda Guerra Mundial para os nossos jovens leitores". E aqui leio uma lista dos acontecimentos principais da guerra:

1939: 1º de Setembro. Alemanha invade a Polônia, iniciando a Segunda Guerra Mundial.
1940: 27 de setembro. Japão assinou o Pacto de Aço.
1941: 5 de novembro. O governo japonês toma a decisão secreta de ir à guerra com os Estados Unidos. 
7 de Dezembro. Os japoneses fazem um ataque surpresa na base militar norte-americana em Pearl Harbor, no Havaí.
8 de dezembro. Estados Unidos declaram guerra ao Japão.
1942: 20 de janeiro. A Conferência de Wannsee.
18 de abril. Raide de Dulit no Japão.
4 de junho. A Batalha de Midway, os japoneses capturados nas ilhas de Attu e Kiska perto Alaska.
7 de agosto. Fuzileiros navais dos EUA invadem o Guadal Canal japonês.

8 de novembro. Operação Tocha, o desembarque aliado na África do Norte.

E assim por diante. Sobre a guerra da URSS contra o nazismo - praticamente nada se diz.

Isto é, respondendo à pergunta sobre como a Segunda Guerra Mundial foi vencida, por um "dos melhores historiadores do nosso tempo", tranquilamente e sem qualquer pitada de consciência é falado apenas sobre as batalhas e eventos envolvendo a participação dos americanos. E na América isso é adotado como norma. Visite um website popular de venda de livros. Lá há apenas comentários positivos sobre o autor(menos as opiniões verdadeiras dos leitores). 


Steven Ambrose, um dos historiadores mais populares de livros escritos nos EUA, possui um livro com um parágrafo significante em "Os vencedores: Eisenhower e seus rapazes. Os homens da II Guerra Mundial"(The Victors: Eisenhower And His Boys The Men Of World War II). Na página 352 temos: 

"Na primavera de 1945, em diferentes partes do mundo, apareceram destacamentos de dúzias de jovens, armados e uniformizados, que semearam o terror nos corações das pessoas. Fossem eles destacamentos do Exército Vermelho... ou do Exército Alemão... ou destacamentos do Exército Japonês... esses destacamentos recorriam a estupros, pogroms, saques, destruição maciça e matanças desmotivadas. Mas havia uma exceção, eram os destacamentos do Exército Americano, visão que despertava os maiores sorrisos, visíveis nos rostos das pessoas, que semeavam a alegria em seus corações..."

Se Ambrose não vê diferença entre o Exército Vermelho e os nazistas, fazer o quê? E como ficam seus amigos ingleses? Num ataque de narcisismo até esqueceram deles. E isso, repito, num dos principais historiadores americanos - seus livros são vendidos em toda parte. Mas será que não é possível encontrar na biblioteca livros dedicados à participação da União Soviética na guerra?

É possível. Temos um livro de 2004, de Margaret D. Goldstein: "Segunda Guerra Mundial na Europa" (Margaret J. Goldstein. World War II in Europe).

Lá, na página 17, há um mapa da Europa intitulado "Blitzkrieg de Hitler: 1939-1941". Só a União Soviética, por algum motivo, não está pintada. Olhei mais de perto e vi  "União Soviética, aliada da Alemanha até junho de 1941". Isso de forma clara e sem pudor. Depois disso, não é surpreendente que sobre a contribuição da União Soviética não tenha sido tamanha. Mas, mesmo depois de junho de 1941, tivemos como aliados a Inglaterra e os EUA. Mas, na página 86 há uma lista de grandes batalhas.

As principais batalhas da Segunda Guerra Mundial na Europa:

A invasão alemã da Polônia - 1 de setembro de 1939
A invasão alemã da Noruega e da Dinamarca - 09 abril de 1940
A invasão alemã da Bélgica, Holanda e França - 10 de maio de 1940
A Batalha da Grã-Bretanha - De julho a outubro 1940
A invasão alemã da União Soviética - 22 de junho de 1941
A batalha de Kiev, Kursk, Leningrado, Moscou, Sevastopol e Stalingrado - junho de 1941 a junho 1944
Os japoneses bombardearam Pearl Harbor, Hawaii - 07 de dezembro de 1941
A Batalha de El Alamein - de outubro para novembro 1942
Invasão aliada da Argélia e Marrocos - 08 de novembro de 1942
Invasão aliada da Tunísia e Líbia - de fevereiro a maio 1943
A invasão aliada da Sicília - 10 de julho de 1943
A batalha de Monte Cassino, Itália - 4 de janeiro to 18 de maio, 1944
A invasão aliada da Anzio na Itália através de: - 22 de janeiro de 1944
Invasão aliada da França através da Normandia (Dia D) - 06 de junho de 1944
Invasão aliada do sul da França - agosto 1944

Isso mesmo, sem qualquer respeito, todas as mais importantes das nossas batalhas são reunidas numa simples linha. E as batalhas por Budapeste e Berlim, além de outras, sequer aparecem. Por isso que o americano médio não entende que 80% do exército alemão foi destruído na Frente Oriental. Ah, nós lembramos - "após a batalha nas Ardeñas o exército alemão foi esmagado". Nos dá a impressão, ainda, de que após a chegada dos americanos na Europa, apenas eles combateram os alemães.

Alguém pode alegar que eu escolhi especialmente os piores livros, e que, de súbito, há melhores. Há, nó é preciso buscar muito. É possível recolher migalhas da verdade, mas o filho de um americano não conseguiria fazê-lo. E eu citarei trechos de publicações mais populares. Por exemplo, o que pode ser mais popular do que a famosa série "Para leigos"(For Dummies), que é publicada em enormes tiragens para todo o mundo, inclusive na Rússia?

Vejamos um livro de Kate D. Dickson, "A Segunda Guerra Mundial para leigos"(Keith D. Dickson. World War II for Dummies). Na contra-capa do livro, que deve prender a atenção do leitor, temos: "Conheça a história de Hitler, Pearl Harbor, Dia D e Hiroshima". A frase é bastante notável e mostra a quê os americanos associam a guerra. Não surpreende, que entre vários eventos importantes não havia lugar para Moscou e Kursk. Mas é interessante o que está no capítulo 23, página 371 de "Os dez maiores líderes da Segunda Guerra Mundial".

O autor trata o assunto a sério: "Quando se trata de fazer tal lista, há que escolher aqueles que merecem atenção... Eu fiz uma lista com as principais qualidades de liderança de pessoal, domínio da técnica militar, capacidade de inspirar as pessoas na batalha, capacidade de usar a vontade individual em prol dos interesses nacionais. Para fugir de discussões maiores eu coloco a lista em ordem alfabética".

Como resultado, os dez primeiros foram:

1. Winston S. Churchill: A Grandeza Eterna (Inglaterra).
2. Dwight D. Eisenhower: Não se preocupe, alegre-se (EUA).
3. Douglas MacArthur: Malditos torpedos! (EUA).
4. George Marshall: A Verdadeira devoção (EUA).
5. Chester W. Nimitz: Senhor dos Mares (EUA).
6. George S. Patton: Guerreiro para qualquer época do ano (Estados Unidos).
7. Erwin Rommel: A raposa do deserto (Alemanha).
8. Franklin D. Roosevelt: Esquivador habilidoso (EUA).
9. Isoruko Yamamoto: Guerreiro Samurai (Japão).
10. Georgy Júkov: O líder das massas (URSS).

É compreensível o porquê desse livro, ao contrário da série For Dummies, este livro sobre a Segunda Guerra Mundial não seja traduzido em russo. Nós provavelmente tínhamos outra Segunda Guerra Mundial completamente diferente. Mas adivinhem quem disse o seguinte:

"A história não conhece maior exemplo de coragem do que o que foi mostrado pelo povo da Rússia Soviética". "Nós e os nossos aliados estão eternamente gratos e sempre em débito com o exército e o povo da União Soviética.". "A capacidade e o espírito de luta combativo dos soldados russos têm a admiração do Exército dos EUA". "A escala e a grandiosidade da contribuição russa pode ser considerada como o maior feito militar de toda a história".

Eu encontrei essas declarações no alto comando dos EUA no famoso filme-documentário americano "Por que lutamos: A batalha da Rússia", dirigido por Frank Kapra, produzido em 1943. A primeira citação pertence a Henri L. Simpson, Ministro da Guerra dos EUA; a segunda, a Frank Knox, Ministro da Marinha dos EUA; a terceira, ao Diretor do Estado-Maior George Marshal; a quarta, ao general Douglas McCarthur, comandante das forças americanas no Oceano Pacífico.

Assim, no distante ano de 1943, quando a União Soviética praticamente sozinha combateu a força da Alemanha nazista e salvou todo o mundo da ameaça parda, eles falavam de modo completamente diferente...


Extraído da revista Gorod 812: http://www.online812.ru/2012/05/23/010/
Traduzido por Cristiano Alves

MUNDO: Como se ensina sobre a Segunda Guerra Mundial nos EUA (RUS)


Как преподносят историю Второй Мировой войны в США 

Всем известно, что американцы переписывают всю историю на свой лад, так как им удобно. История второй мировой войны не исключение, а яркое тому подтверждение. В доказательство хочу привести статью Тиграна Халатяна кандидат технических наук, который проживает на данный момент в США.

В своей статье он приводит конкретные примеры из американских учебников, где самым мерзким образом вклад Советского Союз в победе над фашистской Германии принижается и не учитывается. Зато Американский солдат показан во всей исторической красе.

Статья:

Я живу в Америке и хотел поделиться с вами, как освещается Вторая Мировая война в США. Первое, что меня поразило это то, что большинство американцев уверены, что именно они внесли основной вклад в разгром нацисткой Германии, а про вклад Советского Союза имеют весьма туманное представление. Многие даже думают, что Советский Союз воевал на стороне Гитлера...

Но перейдём от общих впечатлений к фактам. Как можно сфальсифицировать историю, не опускаясь до откровенного вранья? Просто рассказывая часть правды. И это будет ещё почище откровенной лжи.

Так и пишут историю на Западе. Идеологические задачи решаются путём искажений и замалчиваний.

Возьмём учебник мировой истории для 7-го класса по которому училась моя дочка. Prentice Hall. History of Our World 2007 (Прентис Хол. История Нашего Мира, 2007). На странице 623 (section 4, Chapter 21) ходу войны в 1943-45 г. в Европе, посвящен всего один параграф. Вот он полностью:

«Победа в Европе. Вслед за компаниями в Северной Африке и Италии, Союзники открыли западный фронт против ослабленных немцев. 6 июня 1944 корабли союзников с 156 000 солдат на борту высадились в Нормандии, северном побережье Франции. Известная как День Д, высадка в Нормандии была началом массированного похода союзников на восток. Через шесть месяцев союзные армии дошли до Германии. После последней попытки достичь успеха в декабре 1944, известной как Битва в Арденнах, немецкая армия была сокрушена. Союзники провозгласили победу в Европе 8 мая 1945 г.»

Вот так и закончилась война в Европе. Справедливости ради надо сказать, что Битва за Москву и Сталинградская битва в главе всё-таки были упомянуты. Но как пришли американцы в Европу, про русских авторы учебника сразу забыли. Нет мощнейших ударов Красной армии в 1944—1945 году, нет штурма Берлина. А есть ослабленные немцы, ослабленные налётами стратегической авиации союзников!

Теперь давайте заглянем в местную библиотеку. На полке достаточно много книг про Вторую Мировую войну. В основном они рассказывают о битвах с участием американцев или про Холокост. Много книг посвящённых атаке японцев на Пёрл Харбор (Pearl Harbor) и День Д (D-Day). Для тех, кто не знает: открытие Второго Фронта 6 июня 1944 г. в Америке давно называется «День Д», от военного термина означающего день начала операции.

Это, кстати, неслучайно. Очень удобно, вместо того, чтобы говорить о Втором Фронте, американцы предпочитают вспоминать «День Д: начало конца для Нацисткой Германии» (D-day: the beginning of the end for Nazi Germany), самой главной битвы Второй Мировой в их представлении. А заговоришь о Втором фронте, сразу возникают вопросы: а где же был Первый Фронт, и какой фронт был важнее? Поэтому коротко и ясно – «День Д».

Но вернёмся в библиотеку, на видном месте замечаю целых три копии красиво оформленной книги известного американского историка Стивена Амброза «Справедливая битва. Как была выиграна Вторая Мировая война», 2001 (Stephen E. Ambrose. The good fight. How World War II was won, 2001).

Аннотация на вкладыше многообещающая. Там говорится «Стивен И. Амброз, один из лучших историков нашего времени написал превосходную хронологию Второй Мировой войны для молодых читателей…» И тут же на развороте читаю список основных событий войны и цепенею.

1939

1 сентября. Германия вторгается в Польшу, Вторая Мировая Война начинается.

1940

27 сентября. Япония подписывает Стальной Пакт.
1941

5 ноября. Японское правительство принимает секретное решение начать войну с Соединёнными Штатами.

7 декабря. Японцы производят внезапную атаку на Американскую военную базу в Пёрл Харбор, Гавайи.

8 декабря. США объявляют войну Японии.

1942

20 января. Ванзейская конференция.

18 апреля. Рейд Дулита на Японию.

4 июня. Битва за Мидуэй, Японцы захватывают острова Атту и Киска возле Аляски.

7 августа. Морские пехотинцы США вторгаются на удерживаемый японцами Гуадаканал.

8 ноября. Операция Торч, высадка союзников в Северной Африке.

И так далее, и тому подобное. О борьбе СССР с нацизмом – практически ни слова.

То есть, отвечая на вопрос, как Вторая Мировая война была выиграна, «один из лучших историков нашего времени» преспокойно и без всякого зазрения совести рассказывает только о битвах и событиях с участием американцев. И в Америке воспринимают это как норму. Пойдите на популярный вебсайт по продаже книг. Там в основном очень позитивные отзывы читателей (кроме отзыва вашего покорного слуги).

Стивену Амброзу, одному из самых популярных историков пишущих книги в США, принадлежит и следующий «выдающийся» параграф из не менее «выдающейся» книги «Победители: Эйзенхауэр и его ребята – Мужчины Второй Мировой Войны» («The Victors: Eisenhower And His Boys The Men Of World War II»). На странице 352 читаем:

«Весной 1945 в разных концах мира появление отряда из дюжины молодых людей, вооружённых и в форме, вселяло ужас в сердца людей. Был ли это отряд Красной Армии… или немецкий отряд... или японский отряд... этот отряд означал изнасилования, погромы, грабёж, масштабные разрушения, бессмысленные убийства. Но было и исключение: отряд американцев, вид которого вызывал самые большие улыбки, которые возможно было бы увидеть на лицах людей и вселял радость в их сердца…»

Ну, не видит Амброз разницы между Красной Армией и нацистами, что поделать. А как же друзья англичане? В порыве самолюбования о них вообще забыли. И это, повторяю, один из ведущих американских историков – его книжки повсюду продаются. Но неужели в библиотеке нельзя найти книги, где освещён вклад Советского Союза в войне?

Можно. Вот книга 2004 года: Маргарет Д. Голштейн «Вторая Мировая война в Европе» (Margaret J. Goldstein. World War II inEurope)

Там на странице 17 напечатана карта Европы, озаглавленная «Блицкриг Гитлера 1939—1941». Только Советский Союз как-то не так там закрашен. Смотрю внимательнее и вижу: «Советский Союз (Союзник Германии до июня 1941)». Вот так вот чётко, без всяких оговорок. После этого не стоит удивляться, что про вклад Советского Союза не так много. Но хоть после июня 1941 мы, вроде как бы уже союзник Англии и США. А вот на странице 86 и список главных битв.

Главные битвы Второй Мировой Войны в Европе:

Немецкое вторжение в Польшу – 1 сентября 1939

Немецкое вторжение в Норвегию и Данию – 9 апреля 1940

Немецкое вторжение в Бельгию, Нидерланды и Францию – 10 мая 1940

Битва за Британию – С июля по октябрь 1940

Немецкое вторжение в Советский Союз – 22 июня 1941

Битвы за Киев, Курск, Ленинград, Москву, Севастополь и Сталинград – июнь 1941 по июнь 1944

Японцы бомбят Пёрл Харбор, Гавайи – 7 декабря 1941

Битва за Эль Аламейн – Октябрь по Ноябрь 1942

Вторжение союзников в Алжир и Морокко – 8 ноября 1942

Вторжение союзников в Тунис и Ливию – с февраля по май 1943

Вторжение союзников на Сицилию – 10 июля 1943

Битва за Монте Казино, Италия – 4 января по 18 мая 1944

Вторжение союзников в Италию через Анцио – 22 января 1944

Вторжение союзников во Францию через Нормандию (День Д) – 6 июня 1944

Вторжение союзников в южную Францию – август 1944

Арденская битва в Бельгии – декабрь 1944.
Вот так, без всякого уважения, самые главные наши битвы собраны в одну кучу. А битв за Будапешт и Берлин, да и многих других и нет вовсе. Поэтому простой американец никогда не догадается, что 80% немецкой армии было разбито на восточном фронте. Ах, мы же помним – «после битвы в Арденнах немецкая армия была сокрушена». Надо же произвести впечатление, что после того как американцы пришли в Европу, именно они в основном и воевали с немцами.

Кто-то может сказать, что я специально самые неправильные книжки выискиваю, а, мол, есть и получше. Есть, но их поискать ещё надо. Можно по крупицам правду собрать, только американский ребёнок вряд ли будет этим заниматься. А я ведь привожу выдержки из достаточно популярных изданий. Например, что может быть популярнее, чем знаменитая серия «Для Чайников» (For Dummies), которая во всём мире, и в том числе и в России, издаётся большими тиражами.

Что же, возьмём книгу Кейт Д. Диксон «Вторая Мировая война для Чайников»(Keith D. Dickson. World War II for Dummies). На обложке фраза-крючок, которая должна привлечь внимание читателя: «Узнай историю про Гитлера, Пёрл Харбор, День Д и Хиросиму». Фраза весьма примечательная – она чётко показывает, с чем у американцев ассоциируется война. Уже не удивляюсь, что среди десятков не таких уж и важных событий в Хронологии не нашлось места битвам за Москву и Курск. Но особый интерес вызывает глава 23, страница 371 «Десять крупных лидеров Второй Мировой войны».

Автор подходит к делу серьёзно: «Когда составляешь такой лист, всегда приходится исключить кого-то, кто заслуживает внимания... Я сделал свой выбор на основе качеств личного лидерства, владения военной наукой, способности вести за собой и вдохновлять людей в битве, применения личной воли к достижению национальных интересов. Чтобы избежать слишком больших споров я перечисляю имена в алфавитном порядке».

В результате в десятку вошли:

1. Уинстон С. Черчиль: Вечное Величие (Англия).

2. Дуайт Д. Эйзенхауэр: Не беспокойся, будь счастлив (США).

3. Дуглас Макартур. К чёрту торпеды! (США).

4. Джордж Маршал: Подлинная преданность (США).

5. Честер У. Нимиц: Господин морей (США).

6. Джордж С. Паттон: Воин для любого времени года (США).

7. Эрвин Роммель: Лис пустыни (Германия).

8. Франклин Д. Рузвельт: Ловкий хитрец (США).

9. Исоруко Ямамото: Воин Самурай (Япония).

10. Георгий Жуков: Лидер масс (СССР).

Понятно, почему в отличие от других книг серии «для чайников», эту книгу о Второй Мировой не стали переводить на русский язык. У нас, видимо, была совсем другая Вторая Мировая война. Но угадайте, кто произнёс следующее:

«История не знает большего примера храбрости чем тот, что был показан людьми Советской России... Мы и наши союзники бесконечно благодарны и навсегда обязаны армии и людям Советского Союза... Умение и агрессивный боевой дух русских солдат вызывают восхищение американской армии... Масштаб и грандиозность русского вклада можно считать величайшим военным достижением во всей истории…»

Я нашёл эти высказывания высших командных чинов США в известном американском документальном фильме «Почему мы сражаемся, Битва России», режиссёр Франк Капра, который был снят в 1943 году. Первая цитата принадлежит Генри Л. Симпсону, министру войны США; вторая – Франку Ноксу, министру флота США; третья – начальнику генерального штаба Джорджу Маршалу; четвёртая – генералу Дугласу Макартуру, командующему американскими силами на тихом океане.

Тогда, в далёком 1943 году, когда Советский Союз практически в одиночку сражался со всей мощью нацисткой Германии и спасал весь мир от коричневой чумы, они говорили совершенно по-другому...

BRASIL: Extrema-direita quer a morte de crianças e se opõe ao atendimento médico para famílias carentes


Por Cristiano Alves


Não é raro no Brasil encontrar pessoas carentes sem qualquer atendimento médico de qualidade, trabalhadores que não podem pagar por terríveis enfermidades perfeitamente tratáveis e curáveis em pleno século XXI, não raramente vindo a óbito por falta de atendimento médico adequado. Recentemente, o governo brasileiro anunciou a contratação de seis mil médicos cubanos, o que despertou a fúria da chamada "direita raivosa". Por quê?

A medicina cubana é considerada uma das melhores do mundo, o pequeno país socialista insular exporta médicos para mais de 70 países, estatísticas comprovam a eficiência destes profissionais, Cuba tem a menor taxa de mortalidade infantil de todas as Américas, mesmo com sua frágil economia debilitada por um embargo de mais de 40 anos, Cuba também tem a maior taxa de médicos por habitantes das Américas, lá é possível encontrar médicos em escolas, universidades, fábricas e outros estabelecimentos. O país envia médicos para países latinos e até mesmo formando gratuitamente médicos interessados em participar de programas gratuitos de assistência aos mais carentes. Milhares de afroamericanos estudam em Cuba, a fim de atender os mais de 40 milhões de negros nos Estados Unidos desprovidos de atendimento médico. Assim, por esses motivos, o país governado pelo Partido Comunista encontra-se em uma situação médica confortável que lhe possibilita "exportar médicos", além da mentalidade comunista de seus cidadãos onde o obreiro e o campesino vem em primeiro lugar. Deste modo, de que país poderia o Brasil "importar seis mil médicos"? Dos Estados Unidos, país que não tem médicos suficientes nem mesmo para sua própria população? País que gasta mais com a sua "guerra contra o terrorismo" do que em pesquisas de remédios(e sua socialização) para curar doenças que matam mais do que o "terrorismo"?

Há milhões de brasileiros sem atendimento médico adequado, mendigando ajuda médica, sem ter onde cair. Parte de nosso povo sofre de terríveis enfermidades cuja cura já está disponível no século XXI, mas carece de tratamento adequado, de remédios ou instalações hospitalares adequadas. Amontoam-se em frente a hospitais em gigantescas filas indianas, esperam atendimento em pé ou no chão em hospitais públicos, correndo o risco de contraírem outras enfermidades e muitas vezes deslocam-se de lugarejos no interior do país até a capital para conseguir atendimento médico. Além disso, a taxa de mortalidade infantil no Brasil é bem maior do que em Cuba, que segundo a UNICEF tem a menor taxa de crianças mortas até o primeiro de vida. Logo, há que questionar, por que tanta gente está se opondo a uma medida que poderá diminuir o número de crianças mortas e propiciar a muitos brasileiros atendimento médico adequado? Num país elitista como o Brasil não é difícil entender o porquê disso tudo. A burguesia brasileira prefere ver uma criança vir a óbito do que aceitar a ajuda de um país estrangeiro socialista, de médicos dispostos a ir trabalhar no interior do país! Essa posição, a propósito, é a de todas as burguesias nacionais. Nos anos 30, para citar um exemplo, a União Soviética, socialista, firmou um pacto de aliança com a Tchecoeslováquia e a França contra a Alemanha nazista. Quando alemães e ingleses assinaram um pacto que garantiu aos primeiros a Tchecoeslováquia a burguesia deste país preferiu trair os interesses nacionais a aceitar a ajuda soviética. No Brasil, seguindo seus companheiros de bolso tchecoeslovacos, a burguesia brasileira, com seus tentáculos na área médica, esbraveja contra a ajuda cubana e tenta por todos os modos impedir que mais de seis mil profissionais de saúde venham trabalhar no Brasil. Não é irônico que os mesmos que dizem "ser contra o abortamento por que é contra a vida" são os mesmos que dizem "não" aos médicos cubanos que poderão impedir a morte de milhares de crianças?

A direita raivosa apresenta-se a cada dia como uma classe antinacional e antissocial, e há quem pergunte ainda "o porquê da inexistência no Brasil de partido de direita". De fato, não há partidos de direita, mas, pior, há muitos partidos de extrema-direita, categoria que ainda sobrevive no cenário nacional graças à influência midiática de revistas reacionárias como a Veja ou do jornal O Globo. Essa situação cada vez mais distancia a elite brasileira das massas trabalhadoras, e isso, para essa elite, longe de ser um "problema", acaba sendo uma conquista para um segmento que tem "horror a pobre".

A direita raivosa alega, nas redes sociais, ser este um "grupo de médicos-milicianos-revolucionários" que vem fazer a Revolução Comunista no Brasil. Curiosamente, os "médicos" da foto portam um FN FAL, de fabricação belga, armamento não empregado pelo Exército Cubano(usam o fuzil Kalashnikov, russo). Além disso, as forças armadas de Cuba não usam chapéu de palha, mas sim gorro verde-oliva.


Fontes:
Estatísticas da UNICEF sobre Cuba: http://www.unicef.org/infobycountry/cuba_statistics.html
Matéria sobre a medicina cubana de jornal suíço: http://www.swissinfo.ch/eng/politics/Cuban_doctors_give_Swiss_a_lesson_in_true_grit.html?cid=33231628#element34210416
Matéria de jornal americano sobre a medicina cubana e americana: http://www.finalcall.com/artman/publish/article_1382.shtml


quinta-feira, abril 11, 2013

MUNDO: Festejando a destruição da vida de milhões de trabalhadores

Por Cristiano Alves


Esses dois agentes da burguesia internacional tiveram muitos motivos para sorrir, pois lograram em destruir a vida de milhões de trabalhadores, a ponto de um deles ter tido seu óbito comemorado em larga escala no Reino Unido. O outro ainda está vivo, mas vale lembrar uma citação sua dada em entrevista a jornais turcos em Ankara, publicada no jornal Dialog, da República Tcheca:




"Minha ambição era liquidar o comunismo, a ditadura sobre todo o povo. Minha esposa me apoiou e me incentivou nessa missão, ela que tinha essa opinião bem antes de mim. Eu sabia que eu poderia fazer isso apenas como funcionário dirigente. Nisso, minha esposa me incentivou a chegar ao posto máximo. Quando vim a entrar em contato com o Ocidente, minha mente ficou convencida disso para sempre. Eu decidi que eu deveria destruir por completo aparato do PCUS e da URSS. Igualmente, eu deveria fazê-lo em todos os outros países socialistas" GORBATCHOV, Mihail

quarta-feira, abril 10, 2013

MUNDO: Rokossovskiy ou Soljenitsyn, quem é a maior autoridade?

Tradução de Cristiano Alves (extraído de URSS durante Stalin: Apenas fatos. Grupo na rede social VK. Em http://vk.com/public47660412 )



Ambos foram reprimidos, ambos passaram pela cadeia e campos de trabalho.
Um foi reprimido injustamente, mas durante toda sua vida serviu ao seu povo e ao poder soviético.

O segundo foi culpado justamente, mas durante toda sua vida incomodou e traiu seu povo.
Um esteve o tempo todo no front, sendo ferido.
O segundo fez tudo que pôde para fugir do front.

Um tornou-se Marechal da União Soviética e comandou a Parada da Vitória.
O segundo tornou-se prisioneiro de um campo de trabalho, jogando lama e mentiras contra primeiramente contra seus camaradas, e depois, durante toda a vida, contra seu país e seus líderes.

Um, quando Hruschov pediu-lhe que escrevesse algo negativo contra Stalin, rejeitou, alegando: "Nikita Sergeyevich, Stalin para mim é um santo".
O segundo nega NOSSA VITÓRIA: "A Inglaterra, França e EUA são as potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial" (Discurso em Nova Iorque em 9 de junho de 1975. Soljenitsyn A. I. Discursos americanos - Paris: YMKA-PRESS, 1975. YMCA PRESS, pág. 27), e a serviço de seus heróis diz ao nosso povo "Esperem, monstros! Truman agirá contra vocês! Largará uma bomba atômica em suas cabeças!" (Arquipélago Gulag. Tomo 3, pág. 52.)

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Они оба были репрессированы, оба прошли через тюрьмы и лагеря. 

Один был репрессирован безвинно, но всю жизнь служил своему народу и советской власти. 

Второй был осужден за дело, но на всю жизнь затаил обиду и предал свой народ. 

Один всё время на передовой, получает ранения. 

Второй делает все возможное, чтобы сбежать с фронта. 

Один стал маршалом Советского Союза и командовал парадом Победы. 
Второй стал лагерным стукачем "Ветровым", оклеветал и облил грязью сначала своих товарищей, а потом и всю свою страну и ее вождя.

Один, когда Хрущев попросил его написать о Сталине что-нибудь да почерней отказал ему в этом, заявив: «Никита Сергеевич, товарищ Сталин для меня святой». 

Второй отнимает НАШУ ПОБЕДУ: «Англия, Франция, США - державы победительницы во Второй мировой войне» (Речь в Нью-Йорке 9 июля 1975 г. \\ Солженицын А.И. Американские речи. - Париж:YMKA-PRESS, 1975.YMCA PRESS, с.27), и устами своих героев говорит нашему народу "Подождите,гады! Будет на вас Трумен! Бросит вам атомную бомбу на голову!" (Архипелаг Гулаг. т.3.с.52.)

MUNDO: Coreanos não permitirão que a história se repita

Por Cristiano Alves


Norte-coreanos não cairão nas mãos de torturadores americanos

O governo da República Democrática Popular da Coréia decidiu que seu país não fará parte dos milhões de indivíduos torturados e mortos pelos Estados Unidos da América. Este país, que sabia que o Iraque não possuía armas de destruição em massa, promoveu um banho de sangue no país dos babilônios sem qualquer motivo, alegando agir "contra o terrorismo internacional". Recentemente, após Seul e Washington ensaiarem uma invasão da Coréia do Norte com o emprego de bombardeiros invisíveis, o jovem comunista e presidente do país, Kim Jong Un, autorizou o disparo de foguetes nucleares contra os Estados Unidos. Com essa medida, Pyongyang evitou que ocorresse em seu país o que os EUA promoveram contra os defensores do Iraque.

MUNDO: Opressivo e cinzento? Não, crescer no comunismo foi a época mais feliz de minha vida


 Jornalista húngara descreve a sua "vida sob o comunismo"

A autora do artigo, Zsuzsanna Clark, como estudante de Ensino Primário na Hungria socialista
Hungria - Diário Liberdade - [Zsuzsanna Clark, tradução do Diário Liberdade] Quando as pessoas me perguntam como era crescer atrás da Cortina de Ferro, na Hungria nos anos setenta e oitenta, a maioria espera escutar contos sobre polícia secreta, as filas nas padarias e outras declarações desagradáveis sobre a vida em um Estado de partido único.


Eles ficam sempre desapontados quando explico que a realidade era muito diferente, e a Hungria comunista, longe de ser o inferno na terra, era, na verdade, um ótimo local para viver. Os comunistas proporcionavam a todos com trabalho garantido, boa educação e atendimento médico gratuito. 

Mas talvez o melhor de tudo fosse a sensação primordial da camaradagem, o espírito que falta em minha adotada Grã-Bretanha e, de igual forma, a cada vez que volto à Hungria atual. 

Eu nasci em uma família de classe trabalhadora em Esztergom, uma cidade no norte da Hungria, em 1968. Minha mãe, Juliana, veio do este do país, a parte mais pobre. Nascida em 1939, teve uma infância dura. Deixou a escola aos 11 anos e foi diretamente trabalhar nos campos. Ela recorda ter tido que se levantar às 4 da manhã para caminhar cinco quilômetros e comprar um pão. De menina, ela tinha tanta fome que com frequência esperavam junto à galinha até que pusesse um ovo. Então abria-o e engoliam, crua, a gema e a clara. 

Foi o descontentamento com aquelas condições dos primeiros anos do comunismo, que conduziu à revolta húngara de 1956. 

Os distúrbios fizeram com que as lideranças comunistas compreendessem que só poderiam consolidar suas posições tornando as nossas vidas mais toleráveis. O estalinismo acabou e o 'comunismo goulash' -um tipo original de comunismo liberal- chegou. 

Janos Kadar, o novo líder do país, transformou a Hungria na barraca mais feliz do Leste da Europa. Tínhamos provavelmente mais liberdades que em qualquer outro país comunista. 

Uma das melhores coisas foi a maneira como as oportunidades de lazer e férias se abriram a todos. Antes da Segunda Guerra Mundial, as férias estavam reservadas para as classes altas e médias. Nos imediatos anos da pós-guerra também, a maioria dos húngaros estava trabalhando muito duro para reconstruir o país, as férias ficavam fora de questão. 

Porém, nos anos sessenta, como em muitos outros aspectos da vida, as coisas mudaram para melhor. No final da década, quase todo mundo podia se dar ao luxo de viajar, graças à rede de subsídios a sindicatos, empresas e cooperativas de centros de férias. 

Meus pais trabalhavam em Dorog, uma cidade próxima, por Hungaroton, uma companhia discográfica de propriedade estatal, de modo que ficamos no acampamento de férias da fábrica no lago Balaton, 'o mar húngaro'. O acampamento era similar à espécie de colônias de férias na moda na Grã-Bretanha da época, a única diferença era que os hóspedes tinham que fazer seu próprio entretenimento às noites. Nom havia campos de férias tipo Butlins Redcoats. 

Algumas das minhas primeiras lembranças da vida no lar são os animais que meus pais mantinham no quintal. A cria de animais era algo que a maioria da gente fazia, bem como o cultivo de hortaliças. Fora de Budapeste e as grandes cidades, nós éramos uma nação de "Tom e Barbara Goods". (nota: referência à série da BBC dos anos 70 'The Good Life', protagonizada por uma família auto-suficiente) 

Meus pais tinham por volta de 50 frangos, porcos, coelhos, patos, pombos e gansos. Mantivemos os animais não só para alimentar a nossa família, como também para vender a carne a nossos amigos. Utilizaram-se as penas de ganso para travesseiros e edredões. 

O governo entendeu o valor da educação e da cultura. Antes da chegada do comunismo, as oportunidades para os filhos dos camponeses e da classe operária urbana, como eu, para ascender na escala educativa eram limitadas. Tudo isso mudou após a guerra. 

O sistema educativo na Huntria era similar ao existente no Reino Unido na época. A Educação Secundária era dividida por níveis: Elementar, Secundário Especializado e Formação Profissional. As principais diferenças eram que estávamos no Ensino Básico até os 14 anos e nom até os 11. 

Havia também ensino noturno, para crianças e para pessoas adultas. Os meus pais, que tinham abandonado a escola de novos, iam a aulas de Matemática, História e Literatura Húngara e Gramática. 

Eu adorava os ir à escola e principalmente fazer parte dos Pioneiros - um movimento comum a todos os países comunistas. 

Muitos em Ocidente achavam que era uma burda tentativa de doutrinar a juventude com a ideologia comunista, mas sendo pioneiros ensinaram-nos habilidades valiosas para a vida, tais como a cultura da amizade e a importância de trabalharmos para o benefício da comunidade. "Juntos um para o outro" era nosso lema, e assim foi como se nos encorajava a pensar.

Como pioneiro, se obtinha bons resultados em teus estudos, no trabalho comunal ou em competições escolarres, podia ser premiado com uma viagem a um acampamento de verão. Eu ia todos os anos, porque participava em quase todas as atividades da escola: competições, ginástica, atletismo, coro, fotografia, literatura e biblioteca. 

Em nossa última noite no acampamento de Pioneiros, cantávamos canções ao redor da fogueira, como o Hino Pioneiro: 'Mint a mokus fenn a fan, az uttoro oly vidam' ("Somos tão felizes como um esquilo em uma árvore"), e outras canções tradicionais. Nossos sentimentos sempre foram misturados: tristeza ante a perspetiva de irmos embora, mas contentes ante a ideia de vermos nossas famílias. 

Hoje em dia, inclusive os que não se consideram comunistas olham para atrás com saudade para seus dias de pioneiros. 

As escolas húngaras não seguiam as chamadas ideias "progressistas" sobre a educação dominantes na altura em Ocidente. Os padrões acadêmicos eram extremamente altos e a disciplina era estrita. 

Minha professora favorita ensinou-nos que sem o domínio da gramática húngara iriamos carecer de confiança para articular os nossos pensamentos e sentimentos. Só podíamos dar um erro se queríamos atingir a nota mais alta. 

Diferentemente do Reino Unido, tínhamos exames orais em todas as matérias. Em Literatura, por exemplo, tínhamos que memorizar e recitar diferentes textos e depois a/o estudante teria que responder perguntas colocadas oralmente pola professora. 

Sempre que tínhamos uma celebração nacional, eu era das que pediam para recitar um poema ou verso em frente de toda a escola. A Cultura era considerada extremamente importante pelo governo. Os comunistas não queriam restringir as coisas boas da vida para as classes altas e médias - o melhor da música, a literatura e a dança eram para o desfrute de todos. 

Isto significava subsídios generosos para as instituições, incluindo orquestras, óperas, teatros e cinemas. Os preços dos ingressos eram subsidiados pelo Estado, daí que as visitas à ópera e ao teatro fossem acessíveis. Abriram-se "Casas da Cultura" em cada vila e cidade, também provinciais, para que a classe trabalhadora, como meus pais, pudessem ter fácil acesso às artes cênicas, bem como aos melhores intérpretes.
Com 14 anos, a Zsuzsanna (à direita) com uma amiga ainda antes da volta da Hungria ao capitalismo.
A programação na televisão húngara refletia a prioridade do regime para levar a cultura às massas, sem estupidização. 

Quando eu era adolescente, a noite do sábado em prime time pelo geral significava ver uma aventura de Jules Verne, um recital de poesia, um espetáculo de variedades, uma obra de teatro ao vivo, ou um simples filme de Bud Spencer.

Grande parte da televisão húngara era feita com produção própria, mas alguns programas de qualidade eram importados, não unicamente do Bloco do Leste, mas também do Oeste.

Os húngaros de inícios dos anos 70 acompanharam as aventuras e tribulações de Soames Forsyte em The Forsyte Saga, tal como o público britânico tinha feito poucos anos antes. The Onedin Line foi uma outra das séries populares da BBC que eu desfrutei, assim como os documentários de David Attenborough.

No entanto, o governo estava atento ao perigo de nos tornarmos uma nação de televidentes imbecilizados.

Todas as segundas-feiras, tínhamos 'noite familiar'. Aí a televisão estatal ficava fora do ar e isso encorajava as famílias a fazerem outras coisas juntas. Também era chamada "noite dos planos familiares" e eu tenho certeza que um estudo do número de crianças concebidas durante as segundas-feiras familiares seria uma boa leitura.

Ainda que vivêssemos no 'comunismo goulash' e tivéssemos sempre comida suficiente para comer, não eramos bombardeados com publicidade de produtos que não precisávamos.

Durante a minha juventude, vesti roupas em segunda mão, como a maior parte das pessoas novas. A minha mochila escolar era da fábrica onde meus pais trabalhavam. Que diferença com a Hungria de hoje, onde as crianças são intimidadas, tal como no Reino Unido, por usarem uns ténis da "pior" marca.

Como a maioria da gente na era comunista, meu pai não tinha obsessão com o dinheiro. Como mecânico, ele cobrava às pessoas com justiça. Uma vez vi um carro avariado com o capô aberto - um espetáculo que sempre o fazia reagir. Pertencia a um turista da Alemanha Ocidental. Meu pai arranjou o carro, mas negou-se a cobrar-lhe, nem que fosse com uma garrafa de cerveja. Para ele era natural que a ninguém pudesse aceitar dinheiro por ajudar a alguém com problemas.

Quando o comunismo na Hungria terminou em 1989, não só fui surpreendida, também estava entristecida, tal como muitos outros. Sim, tinha gente se manifestando contra o governo, mas a maioria das pessoas comuns - eu e minha família incluída - não participou nos protestos.

Nossa voz - a voz daqueles cujas vidas foram melhoradas pelo comunismo - rara vez se escuta quando se trata de discussões sobre como era a vida por trás da Cortina de Ferro. Em troca, os relatos que se escutam no Occidente são quase sempre da perspetiva de emigrantes ricos ou dos dissidentes anticomunistas com um interesse pessoal.

O comunismo na Hungria teve seu lado negativo. Enquanto as viagens a outros países socialistas não tinham nenhuma restrição, viajar para o oeste era problemático e só era permitido a cada dois anos. Poucos húngaros (eu incluída) desfrutaram das aulas de russo obrigatórias.

Tinha restrições menores e desnecessários setores burocráticos, e a liberdade para criticar o governo estava limitada. No entanto, apesar disto, acho que, em seu conjunto, as caraterísticas positivas ultrapassam as negativas.

Vinte anos depois, a maior parte destes benefícios foram destruídos.

As pessoas já não têm estabilidade no emprego. A pobreza e a delinquência vão em aumento. Pessoas da classe trabalhadora já não podem se dar ao luxo de ir à ópera ou ao teatro. Tal como na Grã-Bretanha, a televisão atonta em um grau preocupante - ironicamente, nunca tivemos Big Brother durante o comunismo, mas hoje temos. E o mais triste de tudo, o espírito de camaradagem que uma vez se desfrutou quase desapareceu.

Nas últimas duas décadas é possível que tenhamos aumentado o número de shoppings, a "democracia" multipartidarista, os celulares e a internet. Mas perdemos muito mais.


Original em inglês no Dailymail.
Extraído de http://www.diariodaclasse.com.br/forum/topics/opressivo-e-cinzento-n-o-crescer-no-comunismo-foi-a-poca-mais

Hino ao comunismo

HISTÓRIA: Artigo da American History Review sobre o sistema penal soviético

Este artigo da American History Review é um banho de água fria na cabeça dos energúmenos que adoram papaguear o mito das "milhões de vítimas do comunismo", comprovando, com a participação de historiadores renomados e dados extraídos dos arquivos de Moscou, números que chegam a milhares, e não milhões, num país assolado pela guerra civil, pela espionagem e sabotagem internacional patrocinada pelos inimigos do socialismo e do povo soviético.

http://www.cercec.fr/materiaux/doc_membres/Gabor%20RITTERSPORN/Victims%20of%20the%20Gulag.pdf

ENTREVISTA: Atriz russa explica como era a vida no país do socialismo

Yelyena Sopova, atriz russa do filme "Os penetras" surpreende a audiência brasileira ao contar , em português, como era a vida na ex-URSS, país intensamente caluniado e difamado no ocidente, em entrevista a um programa de rádio da Jovem Pan. Antes dela, o craque Petkovic refutara em rede nacional as colocações da socialight Anna Maria Braga, descrevendo um estilo de vida pacífico, emprego para todos e seguridade social.

Yelena Sopova, em entrevista a um programa da Jovem Pan





sexta-feira, janeiro 25, 2013

terça-feira, janeiro 08, 2013

MULTIMÍDIA: A Página Vermelha e o Canal da Vitória em 2012


Prezados leitores, A Página Vermelha tem aumentado cada vez mais o seu número de visualizações graças a sua atenção e sua divulgação. Confira abaixo algumas estatísticas de "A Página Vermelha" e do "Canal da Vitória":






A Página Vermelha pode ser acessada em apaginavermelha.blogspot.com e o Canal da Vitória em https://www.youtube.com/user/Swordman85

RELIGIÃO: Catolicismo e nazismo de mãos dadas

Na Igreja Católica Apostólica Romana é perfeitamente aceito ser fascista, nazista e racista, mas não comunista, pela bula papal do papa nazista Pio XII, denominado "o papa de Hitler". A colaboração entre a Igreja Católica e os nazistas é algo conhecido já de tempos, inclusive no cinema soviético, que retratou-a brilhantemente no filme "A queda de Berlim"(1948), numa conversa entre Hitler e Arsenigo. Com um vasto acervo bibliográfico provando a colaboração entre a Santa Sé e o III Reich, há quem negue-a, alegando se tratar de "propaganda comunista" ou "marxismo cultural". Em 2010, o papa Bento XVI pediu desculpas pelo apoio da Igreja Católica ao nazismo, admitindo-a tacitamente, algo que este artigo bem elucida.



A cumplicidade da igreja com o nazismo e o fascismo
Por Steve


Hitler e o cardeal Arsenigo

A igreja apóia ativamente o crescimento do fascismo na Europa. Em Portugal, ela apóia Salazar. O cardeal Cerejeira (amigo do ditador) chega a dizer que Salazar a tinha a missão divina de governar Portugal.Na Áustria, a igreja apóia o Austro-Fascismo de Dollfuss e Schuschnigg.O primaz Innitzer é o principal apoiante do regime. Innitzer mais tarde apoiaria a "Anschluss" nazista.

Na católica Polônia, a igreja apóia Pilsudski (e sucessores). O regime polaco anexa partes da Ucrânia e Bielorússia e promove a aculturação forçada das 2 nações. Os idiomas (ucraniano e bielorrusso) e a igreja ortodoxa são proibidos. Vários ortodoxos (inclusive padres) são presos e executados. Igrejas ortodoxas são destruídas pelos "piedosos católicos poloneses". Essa repressão duraria quase 20 anos (só pararia com a invasão da Polônia em 1939). O Vaticano foi conivente com a opressão. Essa opressão contra a minoria ucraniana serviria de pretexto mais tarde para o Exército Insurgente Ucraniano (Ukrainska Povstanska Armiya, ou UPA) promover o massacre de 100000 poloneses em Volinia (incluindo crianças e padres) em 1944.

Na Itália, a igreja assina com o Mussolini uma concordata que faz do catolicismo a religião de estado. A igreja sacrifica em grande parte as suas próprias associações (inclusive o Partido Popular de Sturzo, no intuito de ajudar Mussolini consolidar sua ditadura): todas, exceto a Ação Católica, devem integrar as organizações fascistas. O Vaticano promete a Mussolini de fazer com que a AC não se deixe tentar por ações antifascistas. Mussolini, depois de ter assinado a concordata dita "Patti Lateranensi", é qualificado pelo papa como "o homem da providência". Em 1932, o ditador recebe das mãos do papa, a Ordem da Espora de Ouro, que é a mais alta distinção concedida pelo Estado do Vaticano. O Vaticano apoiaria a invasão italiana na Abissínia, sob protexto de que os soldados italianos estavam levando valores cristãos. Estes bons "soldados de Cristo" cometem inúmeras atrocidades contra os "bárbaros" da Abissínia, como por exemplo, o uso de gás mostarda.

Na Alemanha, em março de 1933, o Zentrum, partido católico, cujo líder é um padre (Ludwig Kaas), vota a favor de plenos poderes para Hitler (A lei habilitante, que se aprovada no parlamento, daria poderes ilimitados ao Executivo): Hitler pode assim atingir a maioria de dois terços necessária instituir uma ditadura. Com uma caridade toda cristã, o Zentrum (e o Vaticano) aceita também fechar os olhos pros crimes nazistas. Depois a igreja começa a negociar uma concordata com a Alemanha: nesse cenário, ela sacrifica o Zentrum, então o único partido significativo que os nazistas não tinham proibido. Na realidade ele tinha-o ajudado a chegar ao poder. Em 5 de julho de 1933, o Zentrum se dissolve sob solicitação do Vaticano (cujo Secretário de Estado era Pacelli, futuro Pio XII), deixando o caminho livre para o NSDAP de Hitler, então partido único (A Alemanha assinou a Concordata com o Vaticano em virtude dos votos importantes do Zentrum. Em suma, foi um clientelismo).Hitler declara-se católico no "Mein Kampf", o livro onde ele anuncia o seu programa político. Também afirma que está convencido ser ele um "instrumento de Deus". A igreja católica nunca colocou no seu Índex o "Mein Kampf"(ao contrário dos livros de Rousseau,Sartre,Pascal e Voltaire), mesmo antes da ascensão de Hitler ao poder. Podemos acreditar que as idéias de Hitler não desagradavam à igreja. Hitler mostrará o seu reconhecimento tornando obrigatória uma prece a Jesus nas escolas públicas alemãs, e reintroduzindo a frase "Gott mit uns" (Deus está conosco) nos uniformes do exército alemão. Hitler também foi apoiado pela igreja protestante, a ponto dessa igreja criar o movimento nazi-protestante chamado "Deutsche Christen" liderado pelo pastor Ludwig Müller. Müller e outros religiosos (católicos e protestantes) se tornariam membros do NSDAP. O bispo Alois Hudal (membro do NSDAP), publica um livro que concilia vários aspectos do catolicismo com o nazismo. Ele defende visão arianizada do cristianismo. Hudal nunca foi condenado pelo Vaticano. Hudal mais tarde ajudaria nazistas a fugir da Europa.

Na Espanha, os militares tentam um golpe de estado, que aborta, mas degenera em guerra civil. A igreja os apóia, padres e bispos benzem os canhões de Franco, celebram com muita pompa e Te Deum as suas vitórias contra o governo republicano legítimo (que havia acabado com os privilégios do clero). A guerra faz mais de um milhão de mortos, e Franco fuzila todos os prisioneiros. Franco se mostrará reconhecido por seus santos aliados, nomeando diversos membros da Opus Dei para o seu governo. A influência da Opus Dei crescerá ao longo da ditadura franquista, ao ponto de se chegar a mais de metade dos ministros serem membros dessa venerável instituição católica. Franco proíbe todas as religiões, com a exceção óbvia do catolicismo. A minoria protestante sofreria anos de perseguição por parte do piedoso regime franquista. O Vaticano nunca condenou essa perseguição.

Na Eslováquia (fantoche nazista), o piedoso padre Jozef Tiso assume o poder e promove uma violenta perseguição de opositores, ciganos e judeus (parte das vítimas foi deportada pra Auschwitz). O Vaticano jamais excomungaria este sacerdote exemplar (ao contrário de padres que defendem camisinha, aborto, fim do celibato clerical etc.). Tiso ajudaria Hitler a invadir a católica Polônia. O Vaticano não condena os 2 ditadores, pois ficou sabendo que a Polônia invadida serviria de base pra uma futura invasão à URSS (odiada pela igreja).A Polônia foi literalmente traída pelo Papa.

Na França (Vichy), a igreja declara que "Petain é a França": ela prefere de fato o Trabalho-Família-Pátria de Vichy ao Liberté-Égalité-Fraternité da República, que sempre a horrorizaram. Pétain suspende a laicidade do Estado instituida em 1905 e restabelece os privilégios clericais. Em retribuição, o clero fecha os olhos pros abusos do regime de Pétain.

Na Bélgica, a igreja católica apóia o movimento fascista "Rexisme" (nome derivado de Christus Rex) chefiado pelo devoto Leon Degrelle. Degrelle acabaria influenciado mais tarde pelas idéias de Hitler. Durante a 2ª guerra, Degrelle vira oficial nazista e chefia as SS Wallonie, com a presença de capelães. O padre Cyriel Verschaeve se torna capelão das SS Langemarck (formada por belgas flamengos). Estes 2 católicos exemplares fugiriam da Bélgica (seriam condenados por colaboracionismo) e viveriam no exterior pro resto de suas vidas.

Na Croácia, a "Ustasha"(fantoche nazi), a igreja apóia plenamente (e ativamente) os crimes de Ante Pavelic (líder Ustasha). Cerca de 1000000 de pessoas (sérvios, ciganos, judeus, croatas antifascistas etc.) seriam brutalmente assassinadas. Os terríveis crimes Ustasha chocariam até mesmo os nazistas, aliados de Pavelic.Os padres cooperam com o genocídio promovido pelos Ustashas. Os piedosos padres também promovem a conversão forçada dos sérvios (cristãos ortodoxos) ao catolicismo, sob ameaça de tortura e morte. Várias igrejas ortodoxas são destruídas e o clero ortodoxo sofre terríveis atrocidades por parte dos piedosos Ustashas.O regime de Pavelic constrói o terrível campo de extermínio de Jasenovac, cujo comandante era o sádico padre franciscano Filipovic (O "Irmão Satan"). Os guardas de Jasenovac executam as vítimas friamente com facas, machados, marretas e outros métodos cruéis. O franciscano Brzica, um guarda de Jasenovac, degola mais de 1000 prisioneiros. A crueldade Ustasha(e a cumplicidade dos padres) jamais seria condenada pelo primaz Stepinac (aliado de Pavelic. Stepinac acabaria beatificado pelo Vaticano em 1998) e nem mesmo pelo Vaticano do Papa Pio XII. Pavelic e outros piedosos Ustasha conseguiriam fugir da Europa pós-guerra com a santa ajuda do Vaticano. Até hoje, o Vaticano nunca pediu perdão por sua cumplicidade com Pavelic. (a cumplicidade católica com Pavelic lhe renderia mais tarde um processo  http://www.vaticanbankclaims.com/)

Na Eslovênia, o bispo Gregory Rozman chefia uma terrível milícia pró-nazi. Rozman acabaria fugindo de seu país, procurado como criminoso de guerra (a exemplo do piedoso bispo Ustasha Ivan Saric).

Durante a 2ª guerra mundial, o Vaticano estava ciente das atrocidades nazistas. O papa Pio XII pensou em condenar os nazistas, mas desistiu por causa de seu anticomunismo ferrenho e achando que uma vitória russa seria pior (o Vaticano chegou a considerar a invasão da URSS por Hitler uma ?cruzada contra o bolchevismo ateu?). Na rádio-mensagem de Natal de 1942, Pio XII critica o comunismo, ao contrário de Hitler e seus serviçais (Tiso,Pavelic, Pétain,Franco,Mussolini etc.). Ele falou em sua mensagem natalina das ?centenas de milhares de pessoas que sem culpa nenhuma da sua parte, às vezes só por motivos de nacionalidade ou raça, se vêem destinadas à morte ou a um extermínio progressivo?, porém ele não citou as vítimas e nem os carrascos nazistas. Em 1943, os nazistas ocupam Roma. O terror nazista chega diante das portas do Papa. Eles perseguem judeus, comunistas e outros grupos. Em 23 de março de 1944 um grupo de guerrilheiros atacou um comando nazista e matou 33 invasores. Este ato heróico foi duramente criticado pelo Vaticano e definido como terrorismo. A resposta alemã foi assassinar friamente 335 italianos nas Fossas Ardeatinas sob o comando de Erich Priebke. A Santa Sé simplesmente se lastimou pelas pessoas sacrificadas "em lugar dos culpados". Em outras palavras, o Papa não se oporia se os fuzilados fossem os membros da resistência italiana. A preocupação de Pio XII não era com as vítimas dos nazistas, ou com a ocupação nazi, mas com os partisans que lutavam pela libertação da Itália. Temia que uma abrupta saída dos alemães pudesse deixar a cidade nas mãos da resistência comunista. Apesar disso, o Vaticano ajudaria alguns perseguidos pelos nazistas quando viu que a derrota alemã era iminente. Depois da guerra, o Vaticano ajudaria Mengele, Eichmann, Priebke e outros nazistas a fugirem da Europa através das "Ratlines".

A igreja apoiou também ditaduras na América Latina e África. Na Argentina, a igreja colaborou com a repressão, a ponto de padres cooperarem com a tortura e morte de opositores, inclusive nos vôos da morte, onde os opositores eram atirados ao mar. A igreja também apoiou a repressão de minorias (testemunhas de Jeová e gays, por exemplo). Católicos dissidentes, a exemplo do bispo Angelelli, das freiras francesas e dos padres palotinos, foram mortos perante o silêncio cúmplice da igreja. O núncio Pio Laghi foi um notável apoiante da repressão na Argentina, além de ter tido amizado com a cúpula militar. A igreja apoiou também Pinochet, Somoza, Stroessner, Trujillo e outros fascistas da região. Em Ruanda, padres e freiras cooperaram com o genocídio local. (houve cumplicidade também de líderes de igrejas protestantes e adventistas). O Vaticano jamais excomungou os religiosos envolvidos no genocídio, além de proteger alguns deles.


*Seria bom lembrar que o Vaticano, que foi conivente com o nazifascismo, condenaria diversas vezes o comunismo e outros sistemas políticos "heréticos", a ponto de pedir pros católicos residentes em países comunistas e laicos pra que promovessem rebeliões, desobediência civil, e outras formas de resistência aos governos vigentes. O Vaticano apoiou os "Cristeros" contra o governo mexicano, o sindicato Solidariedade de Lech Walesa contra os comunistas poloneses, a revolta anticomunista na Hungria em 1956 etc.


Extraído de: http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2013/01/515242.shtml
Por sugestão de "Stefano"


Vídeo revela fotos e fatos sobre o fascismo de batina

https://www.youtube.com/watch?v=91PyhdmvCps