Por Angela Sztormowsky
Muito se diz que nada se parece mais com um extremista de direita do que um extremista de esquerda. O último, assim ,como o primeiro, não é guiado por um ideário político, mas sim pelo ódio cego e inconsequente, típico de pequeno-burguês ou lúmpem-proletário revoltado. Mas em que consiste esse ódio de extrema-esquerda?
O extremista de esquerda não pensa, só odeia, e eu já testemunhei isso tudo em grupos de discussão. Uma das minhas primeiras experiências foi na faculdade, quando alguns liberais procuravam dizer que toda a minha fundação moral estava errada, o que por alguns momentos me levou à dúvida e ao mesmo tempo ao desespero. Eu era tida como uma pessoa "esnobe e metida" por que recusava convites para rodinhas de cannabis dentro da própria faculdade. Também era chamada por trotskistas do PSTU de "patricinha reacionária", o motivo é que eu não me vestia com trapos e usava maquiagem, ainda que bastante discreta. É engraçado que até nomes como Lenin, Stalin, mesmo Trotsky, usavam maquiavem, já que eram estadistas, especialmente para fotos oficiais. O mesmo pode ser dito de comunistas feministas como Alexandra Kollontay, Rosa Luxemburgo, e só para colocar o dedo na ferida desses palhaços pós-modernos, até sua querida e pós-moderna Pagu carregava na maquiagem e no batom! Mas não, se uma mulher preza por algo natural a qualquer ser humano, que é a vaidade, então isso é "se submeter ao patriarcado", é ser "patricinha reacionária" e uma série de outras coisas mais! Em verdade, todos esses extremistas de esquerda, perfeitos imbecis, mais se parecem com sectários de alguma igreja neo-pentecostal!
Não sei de onde esses anencéfalos tiram suas concepções ideológicas, os seus "arjumentos" onde a posição político-ideológica de uma pessoa é definida por uma substância cosmética. Num grupo de Facebook chamado "Mulheres Meinhoff" há um verdadeiro festival pós-moderno, o que existe de pior da esquerda festiva! Me retirei do grupo após constatar que uma de suas participantes considerava a atividade das prostitutas tão digna quanto a de professoras, advogadas, operárias e camponesas, isso, claro, depois de respondê-las à devida altura. A verdade é que muitas dessas integrantes desses grupos e organizações que deles participam são prostitutas que se orgulham disso, que defendem o lobby cafetão e que acreditam que a coisa mais importante pela qual lutar em nossa sociedade é "contra o heteropatriarcado", ah, quase esqueci, muitas dessas "feministas" chegam ao extremo de condenar mulheres que mantém relacionamentos heterossexuais. Qualquer um que conheça de perto seus pontos de vista, que interage com o seu meio, sabe que muitas até se declaram "feministas lésbicas"(não falo de lésbicas feministas), cheias de discursos inflamados contra a heterossexualidade e heteronormatividade, como se elas próprias tivessem brotado de alguma planta. É curioso notar que nesses grupos elas hostilizam mulheres com cabelos longos, pois em sua visão elas são "submissas ao patriarcado". Há dois vídeos absolutamente repugnantes desses grupos que demonstram um pouco de sua subcultura na internet, um vídeo onde elas cantam uma canção com o poético nome de "Vou cortar sua pica", tal como fez uma médica criminosa contra um rapaz que desistiu do casamento(e acreditem, não faltaram "feministas" que defendessem a atitude da moça), e um outro vídeo, recorte de uma exibição em uma TV pública, onde cantam uma música chamada "Se o papa fosse mulher", onde exibem enormes florestas debaixo de seus braços. É normal que elas achem que são "mais revolucionárias" e "a verdadeira esquerda" repudiando qualquer sinal de vaidade, algo comum a qualquer espécie de animal.
Entrei no Vkontakte(VK), rede social russa, e lá tem gente comunista e normal ao mesmo tempo. Lá tem pai de família comunista, rockeiro comunista, gamer comunista, vó e vô comunista, ortodoxo comunista, filho comunista, jardineiro comunista, costureira comunista, etc. Lá se tem liberdade de ser normal e comunista ao mesmo tempo. No VK também há reacionários, e por sinal fascistas, até algum tempo havia tanta privacidade nas informações que mesmo a rede sendo russa, os militantes do Praviy Sektor, organização neofascista ucraniana, atuavam livremente. Mas é possível perceber um nível muito mais elevado e maduro nos debates. Um grupo chamado "My kommunisty", por exemplo, com mais de dois mil participantes, não apresenta uma só discussão defendendo o uso de drogas, seus participantes se parecem com pessoas normais, e nada de tópicos estilo "olha só a fulaninha, ela é uma patricinha reaça por que usa cabelo longo demais", ou coisas tipo "olha só o fulaninho, que reacionário fascista, ele está usando uma capa". É bem sabido que o camarada Cristiano, não apenas elegante nas ideias como também em sua aparência, ganhou uma verdadeira legião de odiadores(tanto na direita quanto na esquerda) por causa de uma foto sua de capa e por não usar apetrechos como camisas de banda de rock ou deixar a barba por fazer. O fato de ser heterossexual, gostar de fotografia e não se dobrar aos pós-modernos também desperta uma verdadeira onda de fúria entre extremistas.
Me cansa ser chamada de "burguesa" tanto por direitistas quanto por "esquerdistas", no sentido leninista dessa palavra, sendo que já morei em porão úmido em minha vida. Por certo para eles, fazer "revolussaum" e não ser burguês é sair por aí quebrando vidraças da Caixa Econômica e de bibliotecas públicas!
Me cansa ser chamada de "burguesa" tanto por direitistas quanto por "esquerdistas", no sentido leninista dessa palavra, sendo que já morei em porão úmido em minha vida. Por certo para eles, fazer "revolussaum" e não ser burguês é sair por aí quebrando vidraças da Caixa Econômica e de bibliotecas públicas!
Enfim, o ódio de extrema esquerda é algo irracional, doentio, como diz o camarada Cristiano, leitor da obra de Dostoyevski, eles estão mais próximos dos personagens de "Os possessos", do que de Che Guevara ou Fidel Castro, como talvez se imaginem. Seu "esquerdismo" não diz respeito a uma preocupação altruísta, mas sim a uma fuga para as suas frustrações dentro de casa, que procuram externá-las através de uma pseudomilitância. Aliás, com sua preocupação extremada com a aparência alheia ou com a marca da roupa ou da maquiagem que alguém anda usando, esses extremistas estão mais próximos de Leão Lobo do que de Leão Trotsky!
Extremismo é doença, e doença tem cura, sua cura é o marxismo-leninismo!
Extremismo é doença, e doença tem cura, sua cura é o marxismo-leninismo!
Alexandra Kollontay, com um vestido e sobrancelhas feitas: o pesadelos das feministas extremistas |
Comunista russo, militante da AVN, fundador de um numeroso grupo de esquerda no VK |
8 comentários:
Também já passei por isso, tanto com reacionários como com supostos esquerdas. Tirar inventários "à la minute" é a especialidade da esquerda inconsequente e infantil.
Enfim, a estupidez e a imaturidade são assim.
A luta por uma sociedade livre da exploração do homem não tem nada a ver com penteados nem com roupas, isso é assunto para as revistas sobre moda, e quem se preocupa com isso, ou quem julga os outros pela maneira como se vestem atribuindo a isso um excessivo valor ideológico, apenas trai a sua falta de ideias, a sua mendicidade ideológica. Apenas revela que para si o que é importante são as roupas e os penteados, por muito que tentem mascarar isso andando "desanrranjados" como a moda manda.
A história dirá quem é verdadeiramente de esquerda, quem se mantém comunista até ao fim.
Angela: qual sua opinião sobre o grupo Putinhas Aborteiras?
https://www.youtube.com/watch?v=pEQruB_eGcE
Acho que ela já deixou bem claro nos comentários do vídeo e mesmo no texto:
"Sou comunista convicta, e essas retardadas não me representam! A única coisa que elas estão conseguindo com essa música ridícula é engrossar as fileiras da direita."
Venho lendo A Página Vermelha, e tenho achado bem esclarecedor, tenho gostado de ver que vocês tem um posicionamento sério a respeito do marxismo.Gostaria de algumas orientações, como relatado no post sobre o ódio da extrema esquerda, eu também tenho dificuldade, com essa "esquerda festiva", acredito que ser marxista não é ser amoral, porém onde posso encontrar aqui em São Paulo, Capital, um grupo marxista onde as coisas são levadas mais a sério, eu não quero entrar em movimento como já aconteceu comigo, onde você é quase que obrigado a usar maconha para fazer parte, e outras coisas mais que já estão relatadas no post da companheira... Então peço que se possível, que me orientem onde em São Paulo posso encontrar um grupo que leve a sério a causa socialista.
Muito bom o texto, faço do Abel minhas palavras também.
Essas feministas me envergonham,para elas "revolussaum" é ficar peluda,o pior é a direita relacionando essas aberrações com a esquerda.Para pós-modernos o fato de eu ter vaidade,ser hétero e ser contra anormalidades,é porque foi me imposto,o fato de eu ser do gênero feminino e casar a Barbie com o Ken quando pequena em minhas brincadeiras é porque fui "oprimida" a pensar assim.Fico feliz em não se a única mulher de esquerda que é à favor da hetero-normatividade.
E complementando meu comentário,nesse texto esses hippies imundos não deveriam se chamados de extrema-esquerda ou new-left,o termo mais cabível a eles é pseudo-esquerda.A primeira coisa que faço ao testar alguém que se diz esquerdista é se eles viveriam em um país de esquerda como Coréia do Norte,a maioria se assusta e diz que não,mostrando suas faces burguesas e influenciados pela mídia.A verdade é que esses lacaios que se instalaram na "esquerda" brasileira,o PSOL,PSTU e não poderia faltar o PCB,não passam de anarquistas e social-democratas revoltados com o sistema ou melhor dizendo,a natureza humana,que eles tanto tentam mudar.
Postar um comentário