segunda-feira, junho 30, 2014

FILOSOFIA: Michel Foucault, o pedófilo que uma certa esquerda pretende canonizar

Por João José Horta Nobre
Publicado em História Maximus




Tenho assistido nos últimos tempos a um certo reavivar da filosofia de Michel Foucault (1926 - 1984) por parte de alguns académicos e bétinhos esquerdóides que não têm mais que fazer na vida a não ser divagar num permanente delírio sem fim à vista com o dinheiro dos contribuintes...

Mas enfim, adiante... Michel Foucault tem sido protegido pelos seus seguidores que sempre se têm preocupado em ocultar o "outro Foucault" que meio-mundo não conhece por motivos de ignorância e/ou distracção. Por exemplo, quantos dos fiéis seguidores de Foucault sabem que o mesmo apoiou em força a Revolução Islâmica do Irão em 1979?[1]

Não deixa de ser bastante paradoxal e no mínimo estúpido que Foucault, um homossexual assumido, tenha apoiado a Revolução Islâmica ultra-conservadora do Irão que é bem conhecida por enviar homossexuais para o cadafalso, entre outras práticas muito pouco ocidentais. Posteriormente, quando se apercebeu da dimensão do seu erro, Foucault justificou-se afirmando que se havia precipitado e que era demasiado cedo na altura para saber no que iria resultar a Revolução Islâmica. No entanto, a justificação de Foucault não é minimamente convincente, pois na altura todos os que acompanhavam o desenrolar dos acontecimentos no Irão sabiam que o Ayatollah Khomeini era um radical islâmico e que a Revolução Islâmica não passava de uma revolução ultra-conservadora que almejava criar um Estado teocrático. [2]

Segundo Janet Afary e Kevin B. Anderson descrevem em Foucault and The Iranian Revolution: Gender and The Seductions of Islamism, a revolução do Ayatollah Khomeini no Irão e o martírio e a irracionalidade associadas à mesma tiveram um efeito profundo sobre o "último Foucault"[3] que parece ter ficado seduzido pelo "Eros xiita" da mesma.

Mas a loucura do "guru" Foucault não se ficou por aqui. Bem pelo contrário, esta atingiu o zénite com a defesa do incesto, da pedofilia e do estupro.[4] Pois é, aqui é que a "porca torce o rabo"... Quando Foucault defendeu a legalização do incesto, da pedofilia e do estupro de homens, mulheres e crianças inocentes, este passou a linha vermelha que separa a Civilização da barbárie e desceu à condição de um reles canalha em delírio.

Alguns membros da seita "foucaultiana" poderão até argumentar que Foucault nunca violou ninguém, que nunca abusou de nenhuma criança, etc... Mas o facto é que incentivou, tentou legitimar e até tornar "chique" o comportamento pedófilo, o incesto e o estupro. Isto basta para que Foucault mereça condenação e perca toda a sua legitimidade em termos éticos e morais.

Foucault advogava que a descriminalização do incesto, da pedofilia e do estupro era necessária para "suprimir o peso da culpa até que chegasse o tempo em que o corpo e os seus prazeres tivessem sido reinventados."[5] Os alucinados da contra-cultura da época de Foucault rapidamente absorverem a sua filosofia, sem sequer conhecerem a essência da mesma e é assim que chegados aos dias de hoje temos académicos que promovem abertamente este lixo demente em universidades espalhadas um pouco por todo o Ocidente.

O actual culto em torno de Foucault promovido pelos intellectual freaks da esquerda caviar (e tanto que eu os "adoro"...) é de uma absoluta irresponsabilidade social. Pessoalmente acredito que cada um tem o direito a delirar como quiser e lhe apetecer desde que não faça mal ao seu próximo. A única coisa que se pede é que se abstenham de viver à custa dos contribuintes - com salários e bolsas de investigação bastante elevadas num país em que o salário mínimo é inferior a 500€ - enquanto levam a cabo este seu "processo de delírio colectivo".


Notas:
[1] - AFARY, Janet; ANDERSON, Kevin B., - Foucault and The Iranian Revolution: Gender and The Seductions of Islamism. The University of Chicago Press, 2005.
[2] - AFARY, Janet; ANDERSON, Kevin B., - Foucault and The Iranian Revolution: Gender and The Seductions of Islamism. The University of Chicago Press, 2005.
[3] - AFARY, Janet; ANDERSON, Kevin B., - Foucault and The Iranian Revolution: Gender and The Seductions of Islamism. The University of Chicago Press, 2005.
[4] - MILLER, James - The Passion of Michel Foucault. Anchor, 1994.
[5] - MILLER, James - The Passion of Michel Foucault. Anchor, 1994.

7 comentários:

Carlos disse...

Então agora publicam-se artigos de fascistas reacionários na página vermelha?
Não se preocupem que sujeitos como este horta nobre já têm suficiente tempo de antena em Portugal...
Acho que seria bom refleteria que caminho está a seguir esta "página vermelha", se não qualquer dia estão aqui a publicar artigos do goebbels.
Qualquer um que vá ao blog do horta nobre pode perceber que ele é um fascista, o que aliás desconfiei logo pelo parágrafo de abertura do artigo.
Para além de fascista ele é também certamente racista e muitas outras coisas negativas. Podem crer no que estou a dizer, eu conheço bem esta "nova vaga" de intelectuais fascistas da europa.
Quanto ao foucault, não conheço, nem estou interessado em conhecer e também não vou conhecer através de um mentiroso profissional como é este fascista do horta nobre.
Onde está a coerência desta página vermelha?
Publiquem mas é mais artigos sobre a luta sindical do povo trabalhador! E deixem-se de ler e publicar artigos de fascistas, senão apenas lhes estarão prestando um serviço...

A Página Vermelha disse...

Prezado Carlos,

Fascista, liberalista, pofiguista ou seja lá que diabos ele é, o que interessa aqui não é o que a ideologia do autor, e sim a mensagem que este passa. Se Hitler disse que vegetarianismo é bom, isso não quer dizer que vegetarianismo é ruim.
Não há nada nesse texto dizendo que o fascismo é uma ideologia bonita, apenas um texto que adequadamente critica um patife como Focault, que hoje é uma referência para muitos intelectuais acadêmicos, por isso publicamos seu texto.
Nossa página tem sim muitos textos sobre a luta sindical e inúmeros artigos antifascistas, alguns com mais de 20 páginas, inclusive, fruto de ampla pesquisa epistemológica!

Revistacidadesol disse...

Oi, Cristiano e Carlos:

De fato, Cristiano, o Carlos demonstra um ponto interessante: ao criticar a esquerda, você não consegue efetivamente encontrar argumentos na própria esquerda. O apoio de Foucault à Revolução Islâmica se deu devido ao fato de que ele não é "filósofo homossexualista", ele não filosofia para reproduzir o "gayzismo" e homossexualizar as pessoas. Ele não foi ao Irã para transar e sim para refletir. Foucault mostra o seguinte: o sistema capitalista utiliza formas totalitárias para dominar não só o trabalho dos operários, mas também se ocupa de controlar e docilizar o corpo, o sexo, etc.
Agora, dizer que tem "eros xiita" é completo nonsense que um racista anti-árabe como Pondé repete. O que quer dizer? Ele tinha uma preferência erótica gay e muçulmana xiita? Evidentemente que não. Então, trata-se justamente disso que vc tanto insiste que não quer fazer e não aceita: difamação.

Felipe disse...

Lúcio, mas a Revolução Islâmica, a qual Foucault apoiou inicialmente, de forma nenhuma superou o sistema capitalista.

Carlos disse...

Dúvido que o camarada Stalin aprovasse a publicação de textos de fascistas numa página vermelha, mesmo que o fascista fizesse comentários verdadeiros (o que não tem nada de especial acontecer). Existem de certeza autores de esquerda críticos desse tal foucault, que eu sendo de esquerda tenho o prazer de não conhecer, pelo pouco que já vi aqui. Não precisamos confusionismo nem ir buscar textos de qualidade mais do que duvidosa para uma esquerda que de uma forma geral tem já de si tão fraco conhecimento teórico (como acontece com a maioria das pessoas de esquerda). Mantenho a minha crítica, numa página vermelha não se deveriam publicar artigos de um fascista, racista e retrógrado, alguém que mais do que certamente está e estará por exemplo contra os movimentos de libertação dos povos africanos contra o colonialismo português. Essa gente é escarro! Esses não precisam "tempo de antena", já têm o suficiente nos media portugueses (e também nos brasileiros).

A Página Vermelha disse...

@Carlos

Já estamos fartos de críticas destrutivas "Cristiano, por que você não postou isso, Cristiano, por que você não postou aquilo"?

Caso você não saiba, A Página Vermelha é um trabalho voluntário, eu não ganho para escrever aqui e tenho tido vários trabalhos ultimamente. Quem você pensa que é, meu patrão?

Qualquer um que se atreve a nos criticar sem a mínima colaboração, ainda que meramente textual é visto por mim como um PARASITA!

Em vez de ficar reclamando disso ou daquilo, que tal você começar a colocar a mão na massa? Por que você não escreve a crítica então, em vez de ficar fazendo todo esse mimimi sobre as preferências do autor. Com quantos euros você contribui para este site para vir aqui ficar reclamando?

O que autor pensa ou deixa de pensar não me interessa, o que interessa é que sua crítica a Focault vai de encontro ao nosso pensamento contra o pós-modernismo em muitos pontos? Não gostou? Então faça você mesmo! Simples!

Pedagogia do Futuro disse...

Então esse tal de Faulcault e Olavo de Carvalho devem se dar as mãos, pois são dois doentes mentais.