segunda-feira, maio 10, 2010

Vergonha: NATO marchará na Praça Vermelha

(Artigo publicado originalmente no Orkut)
Cristiano Alves

Neste dia 9 de maio de 2010 comemora-se os 60 anos da Vitória sobre o fascismo, quando o Exército Vermelho, que enfrentou a maior invasão militar da história da humanidade, após repelir com heroísmo e galhardia o exército racista e genocida de Hitler, hasteou no Reichstag, um dos grandes símbolos do poder alemão, a bandeira vermelha com a foice e o martelo, símbolo indelével na história da humanidade que representa a liberdade e a vitória.

A segunda guerra mundial custou aos europeus 60 milhões de vidas, dentre as quais a de 20 milhões de soviéticos no que foi o maior holocausto da história da humanidade. Estima-se que cerca de 10 milhões de soldados do Eixo invadiram o país, sendo parte de seu contingente, principalmente, os alemães, embora sendo também composto de italianos, finlandeses, húngaros, dentre outras nacionalidades, que compunham mais de 50 mil soldados, o suficiente para tomar uma cidade do tamanho de Fortaleza, a contingentes de voluntários que cumpunham 200 soldados, como os suecos, o suficiente para guardar um Posto de Segurança Estático ou sabotar um aeroporto. De fato, a invasão da URSS, o que não é mostrado em nossos livros de história, não foi uma mera "invasão alemã", foi uma invasão de quase toda a Europa contra a república socialista, inclusive com o apoio da "Santa" Sé do Vaticano.

Mesmo em condições desiguais, os comunistas repeliram os invasores nazistas adotando a tática de guerrilha através dos chamados partizans, especialmente em lugares como a República Socialista Soviética da Bielorrússia, na RSS da Ucrânia, e combates regulares entre as forças armadas da URSS e do Eixo, especialmente em lugares como a guarnição cercada de Brest, na Bielorrússia, Leningrado, Moscou, Kursk e Stalingrado, estas últimas na Rússia soviética. Na capital soviética a resistência, dirigida pessoalmente pelo Secretário-Geral do PCUS, Primeiro-Ministro e Marechal I. V. Stalin, declarado pelo Patricarca Sergius, de Moscou, o "filho eleito eleito da providência para a salvação do país".

Este homem, de origem georgiana, filho de um sapateiro e uma lavadeira, acostumado a trabalhar pesado desde menino, pai de um filho martirizado pelos nazistas, preferiu ficar em Moscou mesmo ante a iminente tomada da cidade e, ainda assim, promover o desfile do Dia do Trabalho naquela urbes mesmo com a ameaça de uma invasão, uma verdadeira provocação às tropas hitlerianas. Assim, a que viria se tornar a "Cidade Heróica de Moscou" tornou-se uma das capitais européias a nunca ter sido pisada por um só coturno fascista, um orgulho que até esse 9 de maio podia ser compartilhado por milhões de russos. Bem, isto é, excluindo-se o fato de que na Parada da Vitória de 1946 os nazistas participaram, porém na condição de prisioneiros e escoltados pelo Exército Vermelho, numa posição subalterna e humilhante, de derrotados.

Acontece que, em escárnio às memórias de seus avós, a Rússia, que hoje em dia adota a mesma bandeira usada pelos colaboradores vlassovistas, que ajudaram Hitler a matar seu próprio povo, teve o infortúnio de contar com líderes que conseguiram fazer o que nem Hitler, com seus milhões de soldados armados até os dentes não conseguiu, Gorbatchov trocou seu país por mansões na Europa Ocidental e contratos com grifes renomadas de bolsas, disso todo mundo já sabe, porém agora Medvedev, o aluno mais fiel de Putin, autorizou os fascistas da NATO(OTAN), a participar do desfile da vitória de 9 de maio de 2010. Sim, aqueles responsáveis pela morte de milhares de irmãos sérvios, de milhares de cidadãos iraquianos, servos de um governo que inclusive cogitou ajudar Hitler militarmente durante a II Guerra Mundial e mesmo antes dessa contra a URSS e o seu povo, membros de uma organização que inclusive contratou velhos nazistas e hospedou seus meios ideológicos como a Rádio Europa Livre e terroristas como a Operação Gládio; irmão marchar em Moscou.

Chega a ser ridículo ver as fotos do ensaio de um exército vermelho que não é o Exército Vermelho, mas os "Capotes Vermelhos" britânicos, com um currículo que mais parece uma folha corrida, tendo promovido, por exemplo, além de guerras contra o antigo Império Russo na Criméia junto à França e Turquia, uma guerra contra a China para obrigar seus cidadãos a consumirem ópio, uma proeza invejável a traficantes do quilate de Abadia, Fernandinho Beiramar ou Andinho, ressalte-se ainda seu papel reacionário na chamada "Revolução Americana", ou "Guerra de Independência dos Estados Unidos", por estes reprimida de forma brutal, contando até hoje com o repúdio de seus parceiros de genocídio.

É um fato que antigo Exército Soviético jamais fora convidado para participar de desfiles militares em Washington, no Arco do Triunfo em Paris ou em Londres, porém, Medvedev e os líderes da Europa Ocidental decidiram que as tropas da NATO "merecem", além de sua condição de observadores, ou de sua participação ao menos em forma e sem desfiles na Praça Vermelha, participar também marchando e desfilando, e pelas fotos dos ensaios, o contingente não é pequeno, não é só um pelotão ou companhia, mas a julgar pelas fotos, quase um batalhão, com direito até à continência dos soldados russos. Ressalte-se que nem mesmo exércitos como os da República de Belarus e da Ucrânia, cujas forças foram númerosas na guerra anti-fascista, tiveram direito a tal regalia, limitando-se a comemorar o 9 de maio em seus respectivos países.

Medvedev garante aos açougueiros da OTAN regalias que nem outros países da CEI tem, que seus soldados, talvez cansados da devassa que promovem contra mulheres de países do sudeste asiático transformados em verdadeiros bordéis, agora tenham também o direito de abusar sexualmente de mulheres russas. Com a recepção calorosa de terroristas legalizados em território russo, especialmente o moscovita, qual será o próximo passo, privatizar a Praça Vermelha? Stalin e 20 milhões de russos se debatem, Yeltsin agradece!

As fotos do ensaio:
http://img188.imageshack.us/gal.php?g=natomoscou4.jpg

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